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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Característica geomorfológica de Moçambique


Amina Aliasse 708220947

Curso: Ensino de Geografia


Disciplina: Geografia de
Moçambique I
Ano de Frequência: 2º
Turma : J
Docente:

Nampula, Setembro de 2023


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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subtot
do
máxima al
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução...................................................................................................................................4

Objectivos...................................................................................................................................4

Geral............................................................................................................................................4

Específico....................................................................................................................................4

Referencial teórico......................................................................................................................5

Origem e evolução do relevo em Moçambique..........................................................................5

Origem........................................................................................................................................5

Formas de relevo em Moçambique.............................................................................................5

Planície........................................................................................................................................6

Evolução geodinâmica................................................................................................................7

No período pós-Grenvilliano......................................................................................................8

Conclusão..................................................................................................................................10

Bibliografia...............................................................................................................................11
Introdução
O presente trabalho debruça sobre uma temática de maior valor na actualidade e na cadeira de
Geografia de Moçambique em particular,

Moçambique está localizado no continente africano, mais precisamente na região da África


Oriental, ao sudeste do continente, possui uma extensão territorial de aproximadamente
799.380 Km2, faz fronteira com 6 países sendo eles a África do Sul, Essuatini (antiga
Suazilândia), Malaui, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.

Sua Capital é Maputo, possui como idioma oficial o Português e tem como moeda oficial o
Metical que apresenta baixo valor de mercado internacional em relação ao Dólar americano.

Importa salientar que para a efectivação dos trabalho recorra-se á pesquisa Bibliográfica,
abordagem qualitativa e ao estudo de caso, de forma a alcançar os objectivos.

No que concerne á estrutura organizacional deste trabalho, pode se destacar: a Introdução,


Objectivos Geral e específicos, Metodologias, Análise e discussão, conclusão e referencias
Bibliográficas.
Objectivos
Para a realização do trabalho de forma exaustiva, o autor optou pelos seguintes objectivos:
Geral
 Falar da Importância de Didáctica de Geografia para a transmissão dos conteúdos
escolares.
Específico
 Escrever os factores que influenciaram os tipos e relevo em Moçambique
 Mencionar os períodos levaram para a evolução do relevo moçambicano
 Definir e a Evolução geodinâmica do relevo moçambicano

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Referencial teórico

Origem e evolução do relevo em Moçambique


Arlindo, (2016relevo- são as irregularidades ou formas que a superfície terrestre o relevo é
resultado dainteracção de agentes internos e externos, deste modo, a superfície terrestre
apresentauma série de irregularidades na sua morfologia. apresenta.o relevo é resultado
da interacção de agentes internos e externos, deste modo, asuperfície terrestre
apresenta uma série de irregularidades na sua morfologia

Origem
O relevo moçambicano, formou-se a partir, da interacção de agentes
internos(tectonismo e abalos sísmicos) que são fenómenos endógenos responsáveis
pelaformação de montanhas, planaltos e planícies e agentes externos que são
fenómenosexógenos responsáveis pelo processo de erosão (rios, ventos, animais e plantas,
lagos,glaciares, acção humana, mares e oceanos). Uceda, (2000)

Formas de relevo em Moçambique


Em Moçambique distinguem –se três principais formas de relevo,
nomeadamente:planície, planaltos e montanhas. Assim, de uma forma geral, o relevo
moçambicano temum formato de escadaria, pois, ao caminhar do litoral para o interior do
país, temos trêsdegraus. O primeiro degrau localiza-se ao longo do litoral e é formado por
planícies, osegundo degrau situa-se na zona intermediária e é formado por planaltos, e
finalmente oterceiro degrau no interior formado por montanhas. Para uma melhor
compreensãoobserve atentamente a seguir a disposição indicada

Depressões- altitudes inferiores a 0 metro ou seja abaixo de nível médio das águasdo mar.
Planícies-com uma altitude entre 0 metro ( nível médio do mar) e os 200 metros 3 -Planaltos-
constituem espécies de superfícies planas no alto com altitude que variam entre 200m a
1000m. Assim, distinguem-se fundamentalmente, em Moçambique duasunidades planálticas:

 Planaltos médios-com altitude entre 200m a 600m


 Planaltos altos ou altiplanaltos - com altitude a variar entre 600 m a 1.000m
 Montanhas- a sua altitude ultrapassa os 1.000m

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Planície
Pereira, (2006). A área de planícies estende-se ao longo do litoral desde a foz do rio Rovuma
até à Pontado Ouro. Ocupa cerca de 1/3 do território nacional, aproximadamente 250.000
km2. Amaior extensão encontra-se nas províncias de Sofala, Inhambane e Gaza, tornando
secada vez mais estreita quando do se caminha para norte.

Hipsometricamente, a planície moçambicana é muito homogénea, sem


grandesflutuações: a altitude não ultrapassa os 200 m mas distinguem-se 2
faixas,designadamente uma no litoral tendo como máximo 100 m de altitude e outra a seguir
aesta cuja altitude varia de 100 a 200 m.

Planaltos - A maior extensão está na região norte e centro, donde progridem para afronteira
ocidental. No sul ocupam apenas uma faixa nas províncias de Maputo e Gaza,ao longo da
fronteira com a República Sul Africana e o Zimbabwe.

A região planálticaocupa cerca de 2/3 do território sendo, de vez em quando interrompida por
montanhas. Morfologicamente distinguem-se os planaltos médios cuja altitude varia entre os
250 eos 500 m e os altiplanaltos que possuem entre 500 e 1000 m. Montanhas- São zonas de
altitude superior a 1000 m. Não chegam a constituir uma zonacontínua e homogénea.

As principais formações ocorrem na zona centro e norte do país,erguendo-se na zona


planáltica. As principais formações montanhosas estão agrupadasem cadeias montanhosas,
sendo de mencionar: a) Cadeia montanhosa de Maniamba-Amaramba – ocorre no Niassa, ao
redor do Lago.Tem na Serra Jéci, com 1.836 m dos pontos mais altos.

b) Formações Chire-Namuli – encontra-se na Zambézia e tem como pontos mais altos omonte
Namuli e a serra Inago, com 2.419 m e 1.807 m, respectivamente.

c) Maciço de Chimanimani- que se estende ao longo da fronteira entre a província deManica e


a República do Zimbabwe. Nele se localiza o monte Bingo que é o mais altopaís, com
2.436m. Ainda nesta cadeia localiza-se o monte Goóngue e a serra Coa com1.887 e 1.844m,
respectivamente.

d) Cadeia dos montes Libombos - ao longo da fronteira com a República da África doSul, nas
províncias de Maputo e Gaza. Nesta cadeia a altitude máxima é inferior aos1000 m,
distinguindo-se por ser as única na região Sul do país. O monte Mponduinecom 801, no
distrito da Namaacha, província de Maputo é o ponto mais alto destacadeia. Muchangos,
(1999).

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Evolução geodinâmica
Na zona noroeste de Moçambique, concretamente na província de Tete, a fronteira entreos
terrenos do Gondwana Este e Oeste é formada pela frente de carreamento
daAngónia, a qual possui vergência para oeste e ligeira inclinação para leste
(GTKConsortium, 2006a; Fig. 3.8).

No norte de Moçambique, o limite entre o Complexo paleoproterozóico da


PontaMessuli (1954 ± 15 Ma) e o resto do soco cristalino mesoproterozóico pode ser
vistocomo sendo o limite entre o Gondwana Oeste e o Gondwana Leste. O soco
cristalinomesoproterozóico do norte de Moçambique continua ao norte até aos
“GranulitosOrientais” da Tanzânia Consortium, ( 2006).

A Zona de Cisalhamento de Sanângoè constitui a fronteira entre os terrenos


doGondwana Oeste e Sul (Fig. 3.8). A sutura real encontra-se oculta algures sobre asrochas de
cobertura pertencentes ao rifte do Médio Zambeze.No período paleoproterozóico, ocorreu
uma extensão ao longo da margem leste doCratão do Zimbabwe, responsável pela deposição
das sucessões dos Grupos de Gairezie Rushinga, datadas de 2.04 Ga (Consortium, 2006)

Com o fim do Ciclo Orogénico Eburniano (Ubendiano/Usagariano) no


períodocompreendido entre ~ 2.0 – 1.8 Ga, ocorreu a cratonização da margem meridional
doCratão da África Central.No período pós-Eburniano/pré-Grenvilliano verificou-se o
rifting/deriva/ dispersão comuma deposição na garganta irumide inicial (~ 1880 Ma) e na
garganta kibariana entre1.35 e 1.25 Ga. Idades semelhantes são conhecidas para o Bloco
deTete-Chipata, o Ofiolito de Chewore (1393 ± 22 Ma) e alguns ortognaisses
nosegmento do Zambeze do Cinturão Damariano-Lufiliano-Zambeze apresentando
idadescomparáveis (1352 ± 14 Ma).

Em Moçambique, as rochas contemporâneas ao eventoacima referido ocorrem no soco


cristalino da província de Tete e incluem as rochassupracrustais de Zâmbuè (1.3 – 1.2 Ga) e
as rochas meta-vulcânicas do Supergrupo doFíngoè (1327 ± 16 Ma).O período Proterozóico-
Ordovícico foi caracterizado por uma sucessão de eventos compressivos e
distensivos, queafectaram as placas litosféricas e resultaram na formação de
supercontinentes, seguidapela sua separação, migração e dispersão (Consortium,
2006).Durante o Ciclo Orogénico Grenvilliano (~ 1.1 a 1.0 Ga) ocorreu a colisão e encosto
damargem continental meridional do Cratão da África Central ao Bloco.Tete-Chipata aos
1046 ± 3 Ma, dando origem ao Supercontinente Rodinia.

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No norte deMoçambique, ocorreu um evento dinamo-termal entre 1117 – 1095 Ma
na sub-Província de Nampula, manifestado pela deformação S1 na Suite de
MocubaConsortium, (2006).Após a união do arco-de-ilha e da margem continental, o
adelgaçamento crustal oucolapso orogénico deu origem a uma fase de magmatismo bimodal
maciço, manifestadopela instalação aos 1050 – 1040 Ma de granitóides relacionados com a
extensão, assimcomo de charnoquitos e corpos bandados de anortositos máficos e
ultramáficos,incluindo a Suite de AMCG (Anortosito-Mangerito-Charnoquito-Granito) da
provínciade Tete, restrito ao Terreno granulítico do Luia.

No período pós-Grenvilliano
ocorreu o rifting/deriva/dispersão com a instalação de rochas ígneas
bimodais,incluindo o maciço (ultra)básico bandado do Atchiza (864 ± 30 Ma), a Suite de
Guro (~867 e 852 Ma) e a Suite de Matunda (784 ± 36 Ma).No mesmo período, entre 800-730
Ma o Complexo de Unango foi caracterizado porrifting e magmatismo alcalino e félsico
de carácter anorogénico ou intraplaca,bvrepresentado pelos sienitos dos Montes
Chissindo e Naumale. No norte de Moçambiquea crusta mesoproterozóica (Complexos
de Nampula, Unango, Marrupa, Nairoto eMeluco) é coberta por um conjunto de
nappes pan-africanos compostaspredominantemente por litologias neoproterozóicas
pertencentes aos Complexos deXixano, Lalamo, M´Sawize e Muaquia a norte do Cinturão do
Lúrio e aos Complexosde Mugeba e Monapo a sul do mesmo cinturão. No Complexo de
Xixano a 735 ± 4 Maé registado um evento de fácies granulítica de alta pressão, coevo com a
intrusão derochas plutónicas enderbíticas (742 ± 16) e granitos com teor elevado de
potássio(Bingen et al., 2007; Fig. 3.14).

Rochas metamórficas de fácies granulítica de diversas composições, incluindo


assupracrustais consideravelmente mais jovens do Grupo do Alto Benfica (< 610
Ma),ocorrem como vários Klippen com idades de 735 – 550 Ma (picos entre 640 e 590
Ma),cobrindo rochas mesoproterozóicas de fácies de anfibolito no norte de
Moçambique.Estas representam supostamente rochas de arco magmático relacionado
com asubducção do Oceano de Moçambique. Restos daquelas rochas granulíticas
estãopreservados na Faixa de Empurrão do Lúrio e nos terrenos de Mugeba, Plantação

Santos e Monapo, na sub-Província de Nampula (GTK Consortium, 2006d). Durante oCiclo


Orogénico Pan-Africano (750 a ~ 550 Ma), ocorreu a colisão e união
doGondwana Este e Oeste, que resultou na formação do Gondwana Norte e na formaçãodo
Orógeno da África Oriental entre 690-580 Ma, seguido de colisão eamalgamação
8
doGondwana Norte (= Gondwana Este + Oeste) com o Gondwana Sul
(CinturãoDamariano-Lufiliano-Zambeze) Consortium, (2006)

A reunião dos microcontinentes fora da borda do Cratão do Congo-Tanzânia


edeposição do Grupo de Txitonga ocorreu a 640 Ma (Fig. 14). Há 615 Ma deu-se a uniãodos
terrenos na margem do Cratão do Congo-Tanzânia e o fecho do oceano deMoçambique. No
Complexo de Mugeba é registado um evento de fácies granulítica(Bingen et al., 2007; Fig.
3.14).Durante o Pan-Africano há 580 Ma, ocorreu a translação de nappes sobre os Grupos
deMarrupa e de Nampula, e metamorfismo progrado nos Complexos de Ocua,Marrupa e
Unango (Bingen et al., 2007; Fig. 3.14).

A junção final do Gondwana Norte e Sul resultou no desenvolvimento de zonas


decisalhamento sinistrógiras, como as faixas de Namama, de direcção NNE e a
do“Zimbabwe Oriental”, de direcção N-S e o rejuvenescimento de antigas zonas
defraqueza, como o Deslocamento de Mbembeshi. A faixa de cisalhamento pan-africanacom
direcção N-S, que ocorre ao longo da borda oriental das rochas arcaicas do Cratãodo
Zimbabwe, manifesta a reactivação termal seguida de arrefecimento por volta de 553Ma
(oeste) e 468 Ma (leste). O Deslocamento de Mbembeshi foi activado entre os 566 e538 Ma
Consortium, (2006)

No mesmo período, ocorreu a imbricação dos Complexos de Marrupa, Nampula eUnango,


metamorfismo, dobramentos e achatamento no Cinturão do Lúrio, emetamorfismo
nos Complexos de Nampula e Unango (Bingen et al., 2007, Fig. 3.14).Durante o mesmo
evento, ocorreu uma sobre-impressão de grau elevado e transportetectónico dos microterrenos
do Atchiza e de Matunda (470 Ma).

O período compreendido entre 540 e 490 Ma é caracterizado por metamorfismo (7 kbar)e


fusão crustal nos Complexos de Unango e Nampula (Bingen et al., 2007; Fig. 3.14)

O colapso tardi- a pós-pan-africano é reflectido por granitos datados de 492 ± 2 Ma


epegmatitos (430 – 480 Ma), indicando que o episódio termal Pan-Africanocontinuoupelo
Fanerozóico (GTK Consortium, 2006d). As últimas idades são semelhantes àsidades 0.47 –
0.50 Ma dos granitos de Macanga e Sinda, na província de Tete

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Conclusão
Ao terminar, o trabalho teve como conteúdo a reflexão sobre a evolução do
relevomoçambicano. Com o trabalho conclui que foi caracterizado por uma sucessão
deeventos compressivos e distensivos, que afectaram as placas litosféricas e resultaram
naformação de supercontinentes, seguida pela sua separação, migração e dispersão
(GTKConsortium, 2006c).Durante o Ciclo Orogénico Grenvilliano (~ 1.1 a 1.0 Ga) ocorreu a
colisão e encosto damargem continental meridional do Cratão da África Central

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Bibliografia
Muchangos, A. dos. (1999). Moçambique, Paisagens e Regiões Naturais. Edição: doAutor.
Panizza, M. & Piacente, S. (1993)

Pereira, P. (2006). Património geomorfológico: conceptualização, avaliação


edivulgação. Aplicação ao Parque Natural de Montesinho. Tese de Doutoramento
emCiências, Universidade do Minho, Braga, Portugal, 370 p.

Uceda, A. C. (2000). Patrimonio geológico; diagnóstico, clasificación y valoración.


In:Jornadas sobre Patrimonio Geológico y Desarrollo Sostenible. Suárez-Valgrande, J

Arlindo Cesário, (2016), Modulo de Geomorfologia, UCM, Beira, Mocambique

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