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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema do Trabalho
OS FACTORES DA DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO EM MOÇAMBIQUE

Docente: Estudante:
Abel Carlos Helder Luís Nhabanga
Código: 708195692

Curso: Ensino de Geografia


Disciplina: Geografia de Moçambique
Ano de Frequência: 3º Ano

Milange, Maio de 2021


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução.....................................................................................................................1

1.1. Objectivos.................................................................................................................2

1.1.1. Geral......................................................................................................................2

1.1.2. Específicos............................................................................................................2

1.2. Metodologia..............................................................................................................2

2. Factores da Distribuição da População em Moçambique............................................3

2.1. Factores Físico-Naturais...........................................................................................3

2.1.1. Clima.....................................................................................................................3

2.1.2. Relevo...................................................................................................................3

2.1.3. Vegetação..............................................................................................................4

2.2. Factores Humanos....................................................................................................4

3. Regiões mais e menos povoadas e suas causas............................................................4

4. Distribuição espacial da população em Moçambique..................................................5

4.1. População de Moçambique.......................................................................................5

4.2. Problemas Rurais e Possíveis Soluções....................................................................6

4.3. Possíveis Soluções....................................................................................................7

5. Conclusão.....................................................................................................................8

6. Referência Bibliográfica..............................................................................................9
1. Introdução
O homem é o animal que dentre vários, melhor e com facilidades consegue adaptar-se a
diversos ambientes. Mesmo assim, nem sempre tem sido uma tarefa fácil essa mesma
adaptação, devido às variações climáticas, geomorfológicas. Eis que existem meios
geográficos com muita densidade/concentração populacional e outros com fracos
aglomerados populacionais. Ou seja, à escala planetária, a distribuição da população é
desigual, o que é motivado por diferentes factores que se combinam, criando condições
atraentes ou repulsivas.

Neste sentido, os factores da distribuição da população em Moçambique é o tema que será


abordado nesse trabalho. O presente trabalho está estruturado de forma a facilitar a fornecer
bases sólidas para uma boa percepção do tema em questão. Com o objectivo de elucidar o
tema em questão, no decorrer do desenvolvimento do trabalho começaremos por analisar os
factores da distribuição da população em Moçambique como o primeiro ponto da estrutura do
presente trabalho. De seguida, analisaremos os factores da distribuição da população no
contexto geral.

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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Analisar os factores da distribuição da população em Moçambique

1.1.2. Específicos
 Identificar os factores da distribuição da população em Moçambique;
 Mencionar os factores da distribuição da população em Moçambique;
 Descrever os factores da distribuição da população em Moçambique.

1.2. Metodologia
O presente trabalho realizou com base nas regras de publicação de trabalhos cinéticos da
UCM. Para o desenvolvimento do tema em questão, recorreu-se a leitura de varias obras
literárias, artigos e manuais que abordam assuntos relacionados com o tema, recorreu-se
também ao uso da internet.

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2. Factores da Distribuição da População em Moçambique
Como acontece com a distribuição da população de qualquer outro país, região, continente ou
mundo, a de Moçambique foi e é também determinada por factores físicos-naturais e
humanos. De acordo com Mangue, et all. (2011), um estudo deste género pressupõe a recolha
de informações sobre a distribuição da população, sua análise e as relações com os aspectos
do meio e todas as modificações que se operam ao longo do tempo.

Muanamoha (1995) afirma que:

As guerras do passado, o maior ou menor desenvolvimento da agricultura, da indústria, dos


transportes e outros factores humanos, interagem também na fixação da população. A desigual
distribuição da população em Moçambique foi originada provavelmente por factores
económicos e de natureza conjuntural como por exemplo as migrações forçadas devido o
conflito armado que terminou em Outubro de 1992.

De acordo com Araújo (1994), dos principais factores que determinam a distribuição
territorial da população em Moçambique, destacam-se: os físico-naturais e humanos.

 Os factores físico-naturais estão relacionados com o meio natural, como: o clima, a


vegetação, o relevo, os solos, os rios, etc.
 Os factores humanos dependem do passado histórico de uma país ou região, das
cidades, das actividades económicas (agricultura, indústria, comércio, serviços e
turismo) e das vias de comunicação.

2.1. Factores Físico-Naturais


2.1.1. Clima
É o principal factor que condiciona a distribuição espacial da população, através dos seus
elementos: temperatura, humidade e precipitação. Por exemplo, a temperatura ambiente ideal
para o ser humano varia entre o 22º C e o 25º C, sendo que os climas frios e os climas áridos
são dificilmente suportados. As regiões desérticas apresentam temperaturas extremamente
baixas ou elevadas, para além da escassez de água características, estas que repelem o
povoamento destas regiões (Muanamoha, 1995).

2.1.2. Relevo
As regiões montanhosas são pouco povoadas pois, a altitude afecta para funcionamento
normal do organismo humano em virtude da diminuição da pressão atmosférica, da

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temperatura e da proporção do oxigénio no ar. Nestas mesmas áreas montanhosas torna-se
difícil a prática de agricultura. Como principais exemplos de autênticos desertos humanos
encontramos: A cordilheira dos Himalaias (Ásia), o Monte Quilimanjaro (África), os Montes
Alpes e Pirinéus (Europa), as montanhas Rochosas e os Apalaches (América do Norte) e a
cordilheira dos Andes (América do Sul) (Muanamoha, 1995).

2.1.3. Vegetação
As densas florestas tropicais constituem, em regra, um quadro ambiental repulsivo, pelo que a
população nestas áreas é escassa. Por exemplo, o calor e humidade são condições favoráveis
para o desenvolvimento de microrganismos causadores de doenças, tornando as florestas
espaços desfavoráveis para a fixação populacional (Muanamoha, 1995).

2.2. Factores Humanos


Segundo Muanamoha (1995), tal como os físico-naturais, os factores humanos também
podem ser sedutores ou repulsivos. Por exemplo:

 Agricultura: as regiões de solos férteis atraem (seduzem), regra geral, a população,


pois apresentam condições favoráveis para a prática da mesma, sobretudo para as
comunidades agrícolas.
 Indústria e serviços: a instalação de uma unidade industrial numa região, atrai a
população dum determinado meio geográfico, bem como outras actividades, a
exemplo: comércio, finanças, seguros, banca, serviços de educação e saúde, etc.
 Vias de comunicação: a população (regra geral), tende a fixar-se junto às principais
vias de acesso, nas margens dos rios e lagos navegáveis, ao longo da faixa costeira e à
volta das grandes cidades, pois são locais com facilidade fluidez de informação, bens,
etc. Eis que a maior parte das cidades no mundo e em Moçambique, localiza-se numa
zona litoral ou planície atractiva.

3. Regiões mais e menos povoadas e suas causas


Para Mangue (2011), as áreas costeiras concentram a maior parte da população moçambicana,
dadas as boas condições de habitabilidade e incluem os maiores centros urbanos.
Internamente, os principais movimentos populacionais tomam o sentido do interior para a
costa, ou seja, do Oeste para Leste, e do Norte para o Sul, face aos altos níveis de
desenvolvimento social e económicos vigentes na Região sul (p. 16).

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Uma análise da distribuição da população em Moçambique por exemplo, indica que ela se
concentra ao longo do litoral, nas margens dos principais rios, ao longo dos corredores de
transporte e nos centros urbanos (Mangue, 2011, p. 16).

4. Distribuição espacial da população em Moçambique


4.1. População de Moçambique
A partir da década de 70 sobretudo, Moçambique tem vindo a registar uma rápida taxa de
urbanização. Em 1950, o país era quase totalmente rural. Porém em 1980, a percentagem de
população urbana atingem os 13% e, de acordo com o INE em 1997 a taxa era de 27,6%. A
população do País é predominantemente rural. Em 1980, 73% da população total residia nas
áreas rurais enquanto a restante morava nas principais cidades consideradas urbanas. Só a
capital do País, Maputo, acolhia 48% do total da população urbana, o que demonstra um
padrão de distribuição muito heterogéneo (Mangue, 2011 & Araújo, 1994).

Segundo os dados do Censo de Moçambicano de 2007, a Região Centro detinha 42,9% da


população e as regiões Norte e Sul contribuíam com 33,4% e 23,7% respectivamente. As
províncias de Nampula e Zambézia foram as mais populosas e, as menos populosas, as de
Maputo-Cidade e Niassa. Realçando as constatações do Censo de 1997, as províncias da
Região Sul apresentavam taxas de imigração muito elevadas, destacando-se as províncias de
Maputo-Província e Maputo-Cidade, nas quais, respectivamente, 50% e 60% da população
eram imigrantes (Mangue, 2011 & Araújo, 1994).

Quanto à densidade populacional, para o país, havia, segundo o Censo 2007, 25,3 habitantes
por km2. As províncias costeiras de Nampula, Zambézia, Maputo-Província e Maputo-Cidade
apresentam as mais altas densidades. Comparado a 1997, a província de Maputo-Cidade
capital do país, obteve mais de 426 habitantes por km2, ao passo que as demais províncias,
mais povoadas, obtiveram, em média, um aumento em 12,2 habitantes por quilómetro
quadrado (Mangue, 2011 & Araújo, 1994).

A distribuição territorial da população em Moçambique tem conhecido nos últimos anos,


profundas alterações, devido a diversos factores conjunturais de carácter social, político e
económico, dinâmica produtiva e ambiental. Esta distribuição é em geral de carácter disperso
nas zonas rurais e concentrado nas zonas urbanas (Mangue, 2011 & Araújo, 1994).

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Em 1980, a população considerada urbana isto é vivendo nas 12 cidades era de 1.5 milhões de
habitantes; ou seja, de 13.2%, contra 86.8% das zonas rurais. Em 1991, os 12 centros
classificados como cidades, passaram a ter uma população de 2.5 milhões de habitantes.
Comparando este valor com cerca de 1.5 milhões de 1980 observa-se um crescimento de
994.894 habitantes para um período de 11 anos, o que equivale a uma taxa média de
crescimento anual na ordem de 4.5%. Contudo, na década de 90 a distribuição espacial foi
influenciada por um conjunto de factores conjunturais que alteram o desenvolvimento normal
da distribuição geográfica da população (Mangue, 2011 & Araújo, 1994).

Entre estes factores conjunturais adversos, a guerra foi um dos principais, associados à fraca
rede de infra-estruturas sociais e económicas, principalmente no meio rural, tornando-o
extremamente repulsivo, enquanto os espaços urbanos transformaram-se em centros mais
seguros e atractivos (Mangue, 2011 & Araújo, 1994).

No meio urbano, a distribuição territorial da população vai progredindo no sentido duma


maior concentração à medida que nos aproximamos do centro urbano. Assim, a população
residente nas faixas peri-urbanas ostentam características de sociedade rural que se misturam
com formas económico-sócio-culturais urbanas (Mangue, 2011 & Araújo, 1994).

4.2. Problemas Rurais e Possíveis Soluções


O surgimento de um povoamento rural concentrado, com as características daquele que está a
expandir-se por todo o território da república de Moçambique, num território da população
essencialmente dispersa, além do impacto que está a ter na distribuição da população rural e
dos problemas daí decorrentes, também está a influenciar diversos aspectos da organização
sócio-económicas, surgindo novas situações que nem sempre são de fácil resolução (Mangue,
2011 & Araújo, 1994).

Um dos problemas surgidos, diz respeito à localização geográfica das habitações. Durante a
primeira fase do desenvolvimento deste novo tipo de povoamento, a localização era fruto do
acaso ou de alguns conhecimentos empíricos dos camponeses. O movimento de criação de
aldeias não pode ser acompanhado por estudos físico-geográficos e económico-geográficos
que fornecem as bases científicas necessárias para uma correcta localização, tanto do ponto de
vista económico como do ponto de vista físico (Mangue, 2011 & Araújo, 1994).

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Não existiam os quadros necessários para tão grande tarefa. E assim que, por vezes, surgem
aldeias implantadas em lugares contra-indicadores (vertentes, por exemplo), sem articulação a
rede de estradas com os centros urbanos. Esta situação começou a ser corrigida na segunda
fase deste processo através da relocalização de algumas aldeias em situação mais crítica e da
criação de um sistema de comercialização e aprovisionamento (Mangue, 2011 & Araújo,
1994).

A relação entre a quantidade da população agrupada nas aldeias e os recursos naturais


disponíveis (terras, água, florestas), revela-se, por vezes, com desequilíbrios pronunciados,
quando a escassez de terra arável de água e de lenha em áreas próximas da aldeia. É frequente
encontrarem-se aldeias onde a distância média entre habitação e a terra de cultura é superior a
5km, e a fonte de abastecimento de água mais próximo localiza-se a mais de 3km (Mangue,
2011 & Araújo, 1994).

4.3. Possíveis Soluções


Para minimizar estes problemas, além da localização de algumas aldeias, devem ser tomadas
algumas mediadas no que diz respeito a melhoria do abastecimento de água potável, de tal
forma que os abertura de furos de água estarem próximas das aldeias, a extensão da rede
eléctrica para as zonas rurais. Da formação de bairros satélites, maior incentivo das
cooperativas agrícolas, reorganização das propriedades familiares e introdução de outras
actividades para além da produção agrícola (Mangue, 2011 & Araújo, 1994).

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5. Conclusão
Concluímos que, dos principais factores que determinam a distribuição territorial da
população em Moçambique, destacam-se: os físico-naturais e humanos. Os factores físico-
naturais estão relacionados com o meio natural, como: o clima, a vegetação, o relevo, os
solos, os rios, etc. Os factores humanos dependem do passado histórico de uma país ou região,
das cidades, das actividades económicas (agricultura, indústria, comércio, serviços e turismo)
e das vias de comunicação.

Entre tanto, o clima é o principal factor que condiciona a distribuição espacial da população,
através dos seus elementos: temperatura, humidade e precipitação. O relevo as regiões
montanhosas são pouco povoadas pois, a altitude afecta para funcionamento normal do
organismo humano em virtude da diminuição da pressão atmosférica, da temperatura e da
proporção do oxigénio no ar. Nestas mesmas áreas montanhosas torna-se difícil a prática de
agricultura. A vegetação as densas florestas tropicais constituem, em regra, um quadro
ambiental repulsivo, pelo que a população nestas áreas é escassa.

Tal como os físico-naturais, os factores humanos também podem ser sedutores ou repulsivos.
Por exemplo: Agricultura nas regiões de solos férteis atraem, regra geral, a população, pois
apresentam condições favoráveis para a prática da mesma, sobretudo para as comunidades
agrícolas. A indústria e serviços a instalação de uma unidade industrial numa região, atrai a
população dum determinado meio geográfico, bem como outras actividades. Vias de
comunicação a população, tende a fixar-se junto às principais vias de acesso, nas margens dos
rios e lagos navegáveis, ao longo da faixa costeira e à volta das grandes cidades, pois são
locais com facilidade fluidez de informação, bens, etc. Eis que a maior parte das cidades no
mundo e em Moçambique, localiza-se numa zona litoral ou planície atractiva.

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6. Referência Bibliográfica
De Araújo, Manuel Garrido Mendes. (1994). As Aldeias Comunais e o seu Papel na
Distribuição Territorial da População Rural na República Popular de Moçambique.
UEM, Maputo.

Mangue, João etall. (2011). Aspectos Sociais, Económicos, Demográficos e de Saúde em


Moçambique 1997 á 2007. Maputo.

MINISTÉRIO DE PLANO E FINANÇAS. (1998). Moçambique político nacional de


população Maputo.

Muanamoha, Ramos Cardoso. (1995). Tendências históricas da distribuição espacial da


população em Moçambique. Belo Horizonte, Brasil.

PERFIL DO SECTOR URBANO EM MOÇAMBIQUE. (2007). Programa das Nações


Unidas para Assentamentos Humanos Escritório Regional para África e Estados
Árabes.

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