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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................5
1.1. Objectivo Geral:...................................................................................................................5
1.2. Objectivo específico.............................................................................................................5
1. 3. Metodologia do trabalho.....................................................................................................5
2. Desafios Actuais da Educação em Moçambique....................................................................6
2.1. A Educação e o Tipo de Sociedade de que Precisamos num Estado democrático..............9
2.3. As Principais Dificuldades para uma Educação de Qualidade em Moçambique..............11
2.3.1. Desafios socioeconómicos..............................................................................................11
2.3.2. Analfabetismo.................................................................................................................12
2.3.3.Violência contra Professores............................................................................................12
2.3.4. Falta de Investimentos....................................................................................................12
2.3.5. Qualidade na Educação...................................................................................................12
2.3.6. Formação e Capacitação dos professores.......................................................................13
2.4. As aulas debaixo da árvore vão acabar..............................................................................14
3. Conclusão..............................................................................................................................15
4. Referências Bibliográficas....................................................................................................16
1. Introdução
1. 3. Metodologia do trabalho
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2. Desafios Actuais da Educação em Moçambique
De acordo com o filósofo Ngoenha (2000, p. 199), o discurso sobre a educação hoje,
está consubstanciado nos planos governamentais para esta área, concentram-se “na melhoria
da qualidade da educação” e no “alargamento da rede escolar”. Assim, as reflexões confinam-
se cada vez mais ao governo e aos doadores internacionais. Falta, no entanto, alargar cada vez
mais essa abordagem, para que não tenha apenas compromissos eleitorais imediatistas, nem
ideológicos limitantes e muito menos com compromissos com o passado.
Contudo, a educação é um projecto que deve ser repensado na sua globalidade e no quadro
das condições concretas, com vista a identificar os momentos disfuncionais do actual sistema
6
em relação à realidade e ao tecido social em que se está projectando. Assim, a educação no
contexto actual, não pode ser apenas um objecto de estudo fechado nele mesmo.
Ela deve inscrever-se nas realidades culturais, económicas e políticas que devem ser
tomadas em consideração: o campo educativo está condicionado por várias dimensões que a
influenciam, como por exemplo: primeiro, a dimensão cultural, baseada no substrato das
normas e nos valores instituídos de cada sociedade; segundo, a dimensão económica, esta é
essencial pelo facto dela basear-se cada vez mais, na questão da quantidade e qualidade das
estruturas educativas e dependem bastante do capital financeiro que o Estado e as populações
são capazes de investir nela; a terceira, é a dimensão política, está virada para a questão
organizacional institucional do campo educativo (Ibidem, p. 202).
Entretanto, Ngoenha apela-nos para a construção de uma política - pedagógico
coerente que conta com as forças de desenvolvimento passíveis de intervenção, mas, ao
mesmo tempo, com as áreas de mudanças sujeitas à actuação do dinamismo espontâneo,
senão regulam-se aspectos inoperantes e produzem-se resultados que não correspondem às
expectativas da sociedade. Por sua vez, “elas não se podem limitar-se a questões de
crescimento económico, liberalização económica, ajustamento estrutural, sujeitos estudados
pelas ciências políticas e económicas. Mas sim, elas tem que ter em consideração aos aspectos
humanos, culturais e axiológicos”.
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Com isto, as novas abordagens ou paradigmas educacionais que vêm surgindo,
resumem-se em três principais focos a saber: primeiro, a educação é objectiva, isto é, está
directamente relacionada com os conhecimentos a serem adquiridos; segundo, é subjectiva,
está relacionada com as emoções e os valores a serem transmitidos e; terceiro, ela é criativa,
busca novas formas ou métodos e estratégias para uma vida cada vez melhor e feliz tanto para
o aluno assim como para o educador. Esta dinâmica da educação hoje, faz nos pensar, que ela
está mais virada à conduta, dos elementos fazedores desse processo, como também, visa dar
um significado ao mundo ou a sociedade em que estamos inseridos a partir da nossa própria
existência e da experiência pessoal.
Contudo, Freire têm como ponto de partida do seu projecto pedagógico as relações
político pedagógico que ocorrem particularmente dentro da escola. Entretanto, é preciso criar
um projecto virado mais para as relações educadores - educandos, orientados para a prática
desse diálogo político - pedagógico em que se fazem sentir as virtudes éticas, e que se
estabeleçam as condições que abram a possibilidade de ambos se existirem na autonomia, na
cidadania responsável e na apropriação crítica do conhecimento e sua recriação (Freire,
2014a).
Por isso, “o acto de educar é sempre um acto ético”. E, simplesmente não há como
escapar das decisões éticas, desde a escolha de conteúdos a leccionar até ao método a ser
usado no processo de ensino-aprendizagem com os alunos. Parafraseando as suas “primeiras
palavras” de a Pedagogia da autonomia, ele faz a questão de analisar profundamente esta
questão da relação entre a prática educativa com a ética.
Estas relações são a condição que possibilitam a abertura para a liberdade que todos
almejamos. Por isso, segundo ele, a autoridade é “uma presença formadora”, na perspectiva
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da construção da autonomia crítica que é capaz de assumir diferentes posições, de forma
independente e solidárias, ao mesmo tempo, em busca de um despertar para a liberdade
(FREIRE, 2014b, p. 103).
A busca da autonomia é uma das grandes preocupações centrais de todos os
pedagogos que edificaram a pedagogia moderna.
Numa outra perspectiva, Rios (2010, p. 25), considera que, para se criar uma educação
para a cidadania, a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens
fundamentais ao longo de toda a vida, que serão os pilares do conhecimento para cada
indivíduo: “aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser que
são a via essencial que integra as três precedentes”.
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isso, para se educar para a cidadania, é necessário “formar professores de
forma integral e para depois, formar o aluno, de forma a criar um equilíbrio
que se pretende no contexto social, e transmitir confiança e apoio adequado
para todos que procuram se formar através da educação” (YUS, 2002, p. 16).
Na perspectiva de Rios (2010, p. 8), “um dos papéis na educação, é de criar nas
escolas um investimento na qualidade da formação dos docentes e no aperfeiçoamento das
condições de trabalho nas escolas, para que favoreçam a construção colectiva de projectos
pedagógicos capazes de alterar os quadros de reprovação, retenção e de qualidade social e
humana dos resultados da escolarização”.
Todavia, compreender a educação como função social, pressupõe dizer que uma
sociedade deve estar engajada para a “mudança” e para a “transformação”, de um ideal da
vida que as sociedades necessitam, onde paira o respeito mútuo pela vida, isto é, onde existe
uma pré-humanização tanto dos homens e mulheres.
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2.3. As Principais Dificuldades para uma Educação de Qualidade em Moçambique.
Também não é igualitária a aprendizagem, uma vez que há défice na cadeia de ensino
para pessoas com deficiências físicas e intelectuais, assim como as que têm qualquer
dificuldade.
2.3.2. Analfabetismo
Lembrando que o Plano Nacional de Educação (PNE) de 2015 tinha como meta
reduzir drasticamente o número de analfabetos no País. Mas as pesquisas indicam que, mesmo
tendo caído a percentagem, essa redução é bem lenta e os números permanecem altíssimos.
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2.3.3.Violência contra Professores
É consensual que há défices no que diz respeito à estrutura das escolas já existente, à
quantidade de instituições, sobretudo nas periferias, à formação dos professores, aos
equipamentos de tecnologia, entre tantos outros. Além disso, os investimentos em recursos
didácticos são muito diferentes de região para região, tendo em vista que o País é continental.
Como se pode ver, estamos perante uma definição que nos remete a competitividade
de instituições educativas onde os programas de ensino podem sofrer mutações de acordo com
as exigências do mercado. Neste caso a qualidade de educação é medida pelo número de
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clientes que ingressa no estabelecimento de ensino e pelo número de graduados que ingressa
no mercado de trabalho.
por seu turno que professores bem formados e motivados são essenciais para um
ensino de qualidade, contudo reconhece a fraca formação de professores primários no país
pois, os mesmos ainda não estão preparados para lidarem com alguns desafios que o sistema
lhes coloca.
Analisando as situações acima descritas, pode-se deduzir que nem todos os professores
contratados podem estar comprometidos com a profissão. Esta ideia encontra justificação em
Nóvoa (1999) onde chama atenção para a necessidade de que as escolas eficazes ou de boa
qualidade devem possuir um quadro de profissionais qualificados e comprometidos com
aprendizagem dos alunos. O autor acrescenta, ainda que a experiência docente deve-se
articular ao processo de formação contínua e valorização da profissão.
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Ainda sobre a valorização da profissão (Passos & Cabral 1989 citados em Guro 1998 p:20) no
seu estudo sobre formação dos professores do ensino primário do 1º grau afirmam que os
candidatos voluntários aos CFPPs muita das vezes “ são os que por falta de vagas nas escolas
de ensino geral ficam 1 ou 2 anos sem estudar” e como alternativa optam por ingressar nesses
centros. Na mesma linha (Baloi & Palme 1995 como citado em Guro 1997:21) no seu estudo
sobre vocação chegaram a conclusão de que a profissão perdeu muito do seu prestígio e
muitos dos professores recém formados estão na profissão por não terem conseguido carreiras
profissionais da sua preferência do que por vocação. Daí que a qualidade do processo de
ensino-aprendizagem pode estar comprometida.
Enquanto não se investir nas infra-estruturas na educação as aulas por baixo das arvores
nunca vão acabar, comprometendo assim a qualidade de educação no nosso pais. Dai que o
governo deve adoptar métodos adequar uma educação de qualidade. Neste vertente, a
sociedade esta convidado a participar neste que é causa nacional.
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3. Conclusão
Mas acredito que, se pretendemos criar uma educação que satisfaça a todos é preciso
construir currículos educacionais virados para a cidadania, onde a escola não pode ser apenas
um espaço privilegiado para uma certa camada social, enquanto a maioria não tem acesso à
escola, mas sim, deve-se abrir espaços de abertura para todos com vista a abranger o
sentimento colectivo e o bem-estar de todos.
Finalmente, sendo a educação uma necessidade humana essencial, precisamos ensinar
e aprender sempre, tendo como horizonte último a humanização crescente do ser humano, que
não nasce homem nem mulher, mas se faz no processo histórico. As teorias educativas têm de
colaborar com uma prática pedagógica cada vez mais consciente e promotora da vida, da
liberdade, da autonomia, da esperança, dos valores humanos, da justiça e da paz em prol da
pré-humanização dos cidadãos. “A educação que não promove esses valores não merece o
nome de educação”.
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4. Referências Bibliográficas
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