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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE ENSINO A DISTÂNCIA (IED)


CENTRO DE RECURSOS DE PEMBA

MÁ GESTÃO DOS RESÍDUOS DOMICILIÁRIOS, URBANOS E RISCOS


AMBIENTAIS PARA A SAÚDE HUMANA.
Nome do Estudante: Estela Abel Daudo
Nr. do Estudante: 708213361

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Disciplina: Ecologia Geral
Ano de Frequência: 3º Ano
Regime: Ensino a distância
Tutor: Hélder Wong

Pemba, Agosto de 2023


FOLHA DE FEEDBACK

Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico (expressão
2.0
escrita cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos paragrafo,
Formatação 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas

Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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ÍNDICE
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................3

1.1.Objectivos.................................................................................................................................3

1.1.1.Objectivo geral......................................................................................................................3

1.1.2.Objectivos específicos............................................................................................................3

1.2.Metodologia..............................................................................................................................3

2.CONCEITOS BASICOS:...........................................................................................................4

2.1.1.Resíduos................................................................................................................................4

3.CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS.........................................................................................5

4.GESTÃO DE RESÍDUOS...........................................................................................................6

4.1.Má Gestão dos resíduos domiciliários......................................................................................6

4.2.Má gestão dos resíduos urbanos e Impactos na saúde pública.................................................7

4.3.Efeitos dos Resíduos na Saúde Humana e no Meio Ambiente..................................................9

CONCLUSÃO.............................................................................................................................11

Referência bibliográfica.......................................................................................................................12
INTRODUÇÃO

O trabalho de ecologia geral tem como tópico central: Má gestão dos resíduos domiciliários,
urbanos e riscos ambientais para a saúde humana. Os impactos da má gestão dos resíduos
sólidos causam poluição atmosférica, poluição hídrica, poluição do solo e poluição visual, e,
além disso, dependendo do tipo de resíduos, podem causar doenças para população,
ocasionando o dano a saúde das pessoas. Outro impacto significativo é o risco de sofrer
penalidades pela gestão inadequada.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Conhecer má gestão dos resíduos domiciliários, urbanos e riscos ambientais para a
saúde humana.
1.1.2. Objectivos específicos
 Explicar e má gestão dos resíduos domiciliários, urbanos e riscos ambientais para a
saúde humana;
 Identificar resíduos domiciliários, urbanos e riscos ambientais para a saúde humana;
 Descrever riscos ambientais para a saúde humana.
1.2. Metodologia
A metodologia usada para a realização usada para a realização deste trabalho foi a de consulta
bibliográfica, que consistiu na leitura, critica e análise das informações de várias obras que
debruçam sobre o tema exposto em causa. Os autores das referidas obras estão devidamente
citados dentro do trabalho final.

No que tange a estrutura, o trabalho compõe-se de: três secções, a primeira: capa, índice,
introdução, segunda secção compreende a análise e discussão da matéria em destaque (Má
gestão dos resíduos domiciliários, urbanos e riscos ambientais para a saúde humana), a
terceira secção que suporta conclusão e bibliografia.

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2. CONCEITOS BASICOS:

2.1.1. Resíduos

Motta, S. (1994), Resíduos são as partes que sobram de processos derivados das actividades
humanas e animal e de processos produtivos como a matéria orgânica, o lixo doméstico, os
efluentes industriais e os gases liberados em processos industriais ou por motores.

Forattini, (1973). Resíduos são compostos de restos de alimentos, papel, plástico, metal,
trapos, podas, madeira, entre outros. Esses resíduos quando manuseados e dispostos de forma
inadequada no meio ambiente podem ocasionar problemas sanitário, como também,
deteriorando a paisagem e desperdiçando oportunidades de obtenção de renda.

Para Gonçalves (2005), Lixo é designado como todo material inútil, descartável que se joga
fora, geralmente, em lugar público. Pode ser composto por: material orgânico (sobras de
comidas), o que representa cerca de 65% a 70% produzido nos países em desenvolvimento;
rejeitos (lixo de banheiro, pilhas, lâmpadas), que correspondem 5% da massa total dos
resíduos, ou seja, o lixo propriamente dito que não é passível de reciclagem, reuso ou
compostagem; e materiais recicláveis (plásticos, papéis, metais e vidros), que compõem
aproximadamente 25% a 30% do peso, mas que representa a maior parcela em volume.

Resíduos são as partes que sobram de processos derivados das atividades humanas e animal e
de processos produtivos como a matéria orgânica, o lixo doméstico, os efluentes industriais e
os gases liberados em processos industriais ou por motores.

2.1.2. Resíduos domiciliários

Os Resíduos Domiciliares são definidos como os originários de actividades domésticas em


residências urbanas.

Monteiro, et al. (2001). Esses resíduos podem ser classificados como:

 Matéria orgânica: restos de comida;


 Papel e papelão: jornais, revistas, caixas e embalagens;
 Plásticos: garrafas, garrafões, frascos, embalagens;
 Vidro: garrafas, frascos, copos;
 Metais: latas;
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 Outros: roupas, óleos de motor, resíduos de electrodomésticos.
2.1.3. Resíduos sólidos urbanos

Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) são os resíduos gerados pelas atividades domésticas,
comerciais ou sanitárias em uma cidade. O descarte correto do lixo e os processos de
aproveitamento são alguns dos maiores desafios enfrentados por qualquer grande centro
urbano.

A NBR 10.004 (ABNT, 1987) define resíduos sólidos como resíduos nos estados sólido e
semi-sólido que resultam de actividades da comunidade, de origem industrial, doméstica,
hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os
lodos proveniente de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controlo de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d´água, ou exijam
para isto soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia
disponível.

3. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

Classificação dos resíduos sólidos Os resíduos sólidos são formados por materiais
heterogéneos e anisotrópicos. A heterogeneidade é devida ao fato dos resíduos serem
provenientes de diferentes origens, onde, cada uma das quais lhes confere características
específicas. A anisotropia é a característica da substância que apresenta propriedades físicas
desiguais. Da associação dessas características, decorre a grande dificuldade encontrada em
seu manuseio: os resíduos sólidos não obedecem às leis da dinâmica dos fluidos, ou seja, não
escoam por uma tubulação como os líquidos, não percolam segundo as leis da hidráulica, não
são passíveis de serem lançados num sistema de coordenadas cartesianas para estudos e,
devido a estas dificuldades, foram abandonados durante anos (Dias & Salgado, 1999).

Dessa forma, são várias as maneiras de se classificar os resíduos sólidos. As mais comuns são
quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente e quanto à natureza ou
origem. No que concerne aos riscos potenciais, os resíduos podem ser assim definidos
(Monteiro, et. al., 2001):

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 a) CLASSE I ou PERIGOSOS: São aqueles que, em função de suas características
intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reactividade, toxicidade ou
patogenicidade, apresentam riscos à saúde pública;

 b) CLASSE II ou NÃO-INERTES: São os resíduos que podem apresentar


características de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, com
possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente;

 c) CLASSE III ou INERTES: São aqueles que, por suas características intrínsecas, não
oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente.

4. GESTÃO DE RESÍDUOS

A Gestão, segundo Oliveira (2012), é o conjunto de acções voltadas a solucionar os


problemas com os resíduos sólidos, tais como normas, leis e procedimentos sob a premissa do
desenvolvimento sustentável.

Segundo Schalch (2002), está relacionada com a tomada de decisões e escolhas que envolvem
a organização do sector (resíduos sólidos) com políticas, instituições, instrumentos e meios.

Segundo Brasil (2010), gestão integrada de resíduos sólidos é o conjunto de acções voltadas
para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões
políticas, económica, ambiental, cultural e social, com controlo social e sob a premissa do
desenvolvimento sustentável.
De acordo com o Decreto nᵒ 13/2006, de 15 de Junho, no seu artigo 1 sobre o Regulamento de
gestão de resíduos em Moçambique, a gestão de resíduos são todos os procedimentos viáveis
com vista a assegurar uma gestão ambientalmente segura, sustentável e racional dos resíduos,
tendo em conta a necessidade da sua redução, reciclagem e reutilização, incluindo também a
separação, recolha, manuseamento, transporte, armazenagem e/ou eliminação de resíduos bem
como a posterior protecção dos locais de eliminação, por forma a proteger a saúde humana e o
ambiente contra os efeitos nocivos que possam advir dos mesmos (Conselho de Ministros,
2006).
4.1. Má Gestão dos resíduos domiciliários
Os resíduos sólidos domiciliares colectados são depositados em lixeiras oficiais ou
clandestinas sem nenhum tratamento. Desse total, 60% podem potencialmente ser
reaproveitados, desde que separados na fonte geradora e colectados selectivamente para serem

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encaminhados para reaproveitamento e reciclagem, poupando recursos naturais e promovendo
assim o aumento da vida útil dos aterros e a geração de trabalho e renda.

Micoa, (2009), Em Moçambique, todos os municípios destinam seus resíduos sólidos à


disposição a céu aberto, nas denominadas lixeiras ou lixão. Nenhum município do país ainda
resolveu satisfatoriamente o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos e o modelo
tradicional de gestão apresenta uma série de problemas, sem trazer soluções.

4.2. Má gestão dos resíduos urbanos e Impactos na saúde pública

A má gestão de resíduos sólidos de uma empresa pode contaminar o meio ambiente, trazendo
impactos significativos para um grande grupo de pessoas e para o ecossistema. Na verdade a
má gestão dos resíduos pode agir negativamente na saúde de todos, mesmo que seja no bairro,
na rua ou na empresa. (Monteiro, et al. 2001).

É importante saber que os resíduos estando bem protegidos e geridos, contribuirão para a
preservação do meio ambiente, evitando assim os impactos socio ambientais e à saúde
pública.

Os resíduos sólidos sendo mal geridos causam poluição visual, poluição do solo, do ar e do
lençol freático. Além disso, prejudica a saúde da população. Também, para as empresas que
fazem uma gestão inadequada há o risco de sofrerem penalidades, por exemplo, multas ou
paralisação de suas actividades.

A Lei nº 12.305/2010 estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que dá


ênfase às responsabilidades as empresas pela correta gestão dos resíduos. A lei os auxiliam na
implantação das directrizes de gestão integrada, na qual, os elementos presentes possibilitam
estratégias e procedimentos que busquem uma gestão responsável.

Conforme os critérios básicos estabelecidos pela Resolução 001/86-CONAMA, onde constam


definições e directrizes gerais de medidas administrativas, o conceito de impacto ambiental,
mencionado no art. 1.º da referida resolução, é classificado como:

“Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e


biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante de actividades humanas que, directa ou indirectamente, afectem: a saúde,
segurança e o bem-estar da população; as actividades sociais e económicas; a biota; as

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condições estéticas e sanitárias e o meio ambiente e a qualidade dos recursos
ambientais”.

Se engana quem pensa que as variadas formas de poluição citadas anteriormente são o único
problema causado pelo lixo que é produzido e descartado inapropriadamente no país. O
manejo arbitrário de resíduos sólidos deve ser atacado e extinto. Não só porque traz sérias
consequências à saúde pública e ao meio ambiente de forma geral, mas também por estar
associado à manutenção das mazelas sociais, especialmente das famílias que sobrevivem de
colectar e comercializar materiais que encontram nos lixões.

A má gestão dos resíduos sólidos (ou seja, a destinação, transporte, descarte e o


armazenamento incorrecto dos resíduos) causam sérios impactos ambientais e danos à saúde
humana. Os impactos da má gestão dos resíduos sólidos causam poluição atmosférica,
poluição hídrica, poluição do solo e poluição visual, e, além disso, dependendo do tipo de
resíduos, podem causar doenças para população, ocasionando o dano a saúde das pessoas.
Outro impacto significativo é o risco de sofrer penalidades pela gestão inadequada. Neste
artigo você saberá quais são os impactos da má gestão dos resíduos sólidos (Micoa, 2009).

A má gestão de resíduos sólidos de uma empresa pode contaminar o meio ambiente, trazendo
impactos significativos para um grande grupo de pessoas e para o ecossistema. Na verdade a
má gestão dos resíduos pode agir negativamente na saúde de todos, mesmo que seja no bairro,
na rua ou na empresa.

É importante saber que os resíduos estando bem protegidos e geridos, contribuirão para a
preservação do meio ambiente, evitando assim os impactos socio ambientais e à saúde
pública.

Fernando, (2013) Os resíduos sólidos sendo mal geridos causam poluição visual, poluição do
solo, do ar e do lençol freático. Além disso, prejudica a saúde da população. Também, para as
empresas que fazem uma gestão inadequada há o risco de sofrerem penalidades, por exemplo,
multas ou paralisação de suas actividades.

O resíduo pode apresentar diversos problemas relacionados ao seu mau acondicionamento ou


disposição, entre eles questões relacionadas à saúde. Sua disposição imprópria contribui para
o desenvolvimento de agentes patogénicos responsáveis pela proliferação de diversas
doenças, constituindo-se num problema de carácter sanitário.

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Apesar de não ser em si um agente causador de doenças, o resíduo quando armazenado ou
descartado inadequadamente, cria condições ideais para proliferação de vectores que podem
disseminar várias doenças entre a população, sobretudo aquela que vive junto ou próximo às
áreas em que os resíduos sólidos estejam inadequadamente dispostos.

Para Forattini (1973) apud Motta (1994):

[...] o lixo representa componente que não pode ser desprezado no estudo da estrutura
epidemiológica de vários agravos à saúde. Contudo sua influência se faz sentir
principalmente por vias indirectas. Assim é que ele propicia condições que facilitam,
ou mesmo possibilitam a acção de múltiplos factores. Do conjunto destes últimos
resultam como efeitos, os vários inconvenientes à saúde e bem-estar da comunidade.

Estudos de Rutala e Mayhall (1992), Garcia e Ramos (2004) mostram que o lixo domiciliar
pode conter microrganismos com um grande potencial patogénico, e em especial em alguns
casos, podem até ser mais nocivos do que resíduos considerados perigosos como os de origem
hospitalar.

Tais microrganismos podem estar presentes nos lenços descartáveis, nas fezes de animais
domésticos, fraldas descartáveis, absorventes higiénicos e alimentos perecíveis.

4.3. Efeitos dos Resíduos na Saúde Humana e no Meio Ambiente


A Lei do ambiente nᵒ 20/97, de 1 de Outubro, no seu artigo 1, define o ambiente como sendo
o meio em que o Homem e outros seres vivem e interagem entre si e com o próprio meio e
inclui o ar, a luz, a terra, a água, os ecossistemas, a biodiversidade e as relações ecológicas, a
matéria orgânica e inorgânica, e as condições socioculturais e económicas que afectam a vida
das comunidades.
A associação entre saúde e saneamento ambiental é evidente. No local em que os sistemas de
saneamento são adequados, há saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde Brasileiro (2009), no local em que as condições de


saneamento ambiental são precárias ou não existe qualquer acção de saneamento, há muitos
casos de doenças.

De acordo com Fernando (2013), os problemas relacionados aos resíduos sólidos não são
peculiares a este século. Continuando, ao longo da história, a má disposição dos resíduos
sólidos trouxe muitos problemas relativos a saúde pública, como a peste bubónica, cólera, e a

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febre tifoide, citando algumas, estas afectaram as populações na europa onde influenciaram as
monarquias.

Estes males foram perpetuados em função da disposição inadequada dos resíduos, tendo
facilitado a proliferação de vectores e contaminado as fontes de água (Poleto, 2010).

Os resíduos sólidos podem poluir e contaminar o ar, o solo e as águas, pois podem
conter matéria orgânica, materiais perigosos, como matéria termo tolerante humana,
lodos provenientes dos sistemas de tratamentos de esgotos e de lodos industriais, entre
outros (Micoa, 2009).

De acordo com a mesma fonte, a contaminação do solo no entorno dos aterros e lixão deve ser
evitada, pois pode comprometer o desenvolvimento da flora e fauna.

Por isso mesmo, de acordo com Fernando (2013), a percolação do lixiviado em aterros e
lixeiras municipais não deve ocorrer. Neste sentido, a selecção de áreas adequadas para a
disposição dos resíduos sólidos merece destaque na gestão dos resíduos sólidos, visando à
minimização dos impactos negativos.

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CONCLUSÃO
A disposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos corrobora para o aumento da
degradação ambiental, pois é sabido que estes resíduos dispostos de maneira inadequada
causam, sob o ponto de vista ambiental, a poluição do solo, do ar e das águas subterrâneas,
através da emanação de gases e do chorume provenientes da decomposição da matéria
orgânica. No tocante a questão sanitária, os “lixões” são ambientes propícios para a
proliferação de vectores, que são responsáveis pela transmissão de diversas enfermidades.
Afora os aspectos sanitários e ambientais, importante se faz destacar o valor económico
agregado a estes resíduos. Dessa forma, estes terminam por atrair uma parcela da população
que sem expectativas acaba por ingressar na actividade de “catação”, como forma de
subsistência. Concomitantemente, estes trabalhadores conseguem minimizar parte da
problemática ocasionada pela má disposição dos resíduos no meio ambiente. Sem a presença
desses trabalhadores, os problemas ambientais estariam bem mais agravados, haja vista o
modo de vida consumista e insustentável ao qual estamos inseridos.

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Referência bibliográfica

BRASIL. Lei n° 12.305, de 02 de agosto de 2010. Dispõe sobre a Política Nacional de


Resíduos Sólidos, altera a Lei nº 9.605, de 12 de Fevereiro de 1998 e dá outras
providências. Publicada no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília,
DF, 03 ago. 2010. 2010a. Disponível em: Disponível em:< http://www.planalto.gov.br >
Acesso em: 20 out.2013.

Fernando, A. (2013). Diagnostico sobre o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos no


Município de Maxixe, Inhambane/Moçambique. Dissertação para o grau de Mestre em
Geografia. Uberlândia/ Mg, acessado a 20 de Novembro de 2014, disponível em:
Http://Repositorio.Ufu.Br/Bitstream/123456789/3313/1/Diagn%C3%B3sticoger
enciame Ntores%C3%Adduos.Pdf.

Forattini, O. P. F (1973). Psychodidae. In: Entomologia médica. São Paulo: Ed. Universidade
de São Paulo.

Gonçalves, R. C. M. (2005). A voz dos catadores de lixo em sua luta pela sobrevivência.
Dissertação Mestrado Políticas Públicas e Sociedade. UFSC. Disponivel em:
<http://www.uece.br/politicasuece/index.php/arquivos/doc_view/52rubia
cristinamartinsgoncalves1?tmpl=component&format=raw.> Acesso em: 19 jul. 2013.

Micoa. (2009). Manual do educador ambiental. Jica. Maputo, Moçambique.

Motta, S. (1994). Saneamento. In: Rouquayrol, M. Z. Epidemiologia e Saúde. 4. ed. Rio de


Janeiro: Medsi,

Dias, J.A.; Salgado, M.G. (1999). Manual do Procurador Público. Programa Lixo e
Cidadania: criança no lixo nunca mais. Procuradoria-Geral da República. Brasília.

Monteiro, J.H.P. et al. (2001). Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. Rio
de Janeiro: IBAM.

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