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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema do Trabalho
Origem da evolução da vida na terra e suas teorias

Docente: Estudante:
dr. Berassone Augusto Helder Luís Nhabanga
Código: 708195692

Curso: Geografia
Disciplina: Biogeografia
Ano de Frequência:3º Ano

Milange, Maio de 2021


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problema)
Introdução  Descrição dos
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objectivos
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ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas

Normas APA 6ª
Referências  Rigor e coerência das
edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução...................................................................................................................................1

Objectos......................................................................................................................................1

Geral........................................................................................................................................1

Específicos..............................................................................................................................1

Metodologia................................................................................................................................1

Origem da evolução da vida na terra e suas teorias....................................................................2

A Origem da Vida...................................................................................................................2

Origem da vida na Terra primitiva..........................................................................................2

Constituição da atmosfera primária da Terra..........................................................................3

Hipóteses sobre a origem da vida...............................................................................................4

Teorias da origem da vida...........................................................................................................5

Teoria da biogénese................................................................................................................5

Teorias de Lamarckismo.........................................................................................................6

Teorias de Darwinismo...........................................................................................................8

Teoria sintética da evolução....................................................................................................9

Adaptação dos Seres vivos aos Factores Ambientais...........................................................10

O Darwinismo e o Lamarckismo..............................................................................................12

Darwin e a selecção natural..................................................................................................12

Tipos de adaptações..............................................................................................................12

Morfológicas e fisiológicas...................................................................................................13

Adaptações morfológicas......................................................................................................13

Conclusão..................................................................................................................................14

Referencia Bibliografia.............................................................................................................15
Introdução
O presente trabalho da cadeira de biogeografia, tem como tema origem da vida, iremos
abordar conteúdos relacionados com: Origem da vida e suas teorias. Várias foram as teorias
que tentaram explicar a origem da vida na Terra? Donde vem a Vida? Fomos criados? Somos
produto da evolução? Estas e outras perguntas sempre inquietaram o homem e é para
entendermos e respondermos a essas perguntas que apresentamos nesta unidade algumas
teorias como: Abiogénese; Biogènese, fixista. Para entendermos a evolução apresentaremos
as leis de Darwin e Lamarck

Objectos

Geral
 Compreender a Origem e evolução da vida na Terra e as suas teorias.

Específicos
 Conhecer a origem da vida;
 Descrever a evolução da vida;
 Descrever as teorias.

Metodologia
O presente trabalho realizou com base nas regras de publicação de trabalhos cinéticos da
UCM. Para o desenvolvimento do tema em questão, recorreu-se a leitura de varias obras
literárias, artigos e manuais que abordam assuntos relacionados com o tema, recorreu-se
também ao uso da internet.

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Origem da evolução da vida na terra e suas teorias

A Origem da Vida
De acordo com Silva, et al., (2004).Origem e Evolução da Vida na Terra

 Várias foram as teorias que tentaram explicar a origem da vida na Terra :


 Donde vem a Vida?
 Fomos criados?
 Somos produto da evolução?

O que diz, em linhas gerais, a teoria da geração espontânea (ou da abiogênese)? A vida teria
surgido a partir da matéria bruta (sem vida), na qual existiria um princípio activo., isto é, uma
capacidade. De produzir a vida. Essas ideias vinham desde Aristóteles, até meados do século
XVII, quando começaram a ser experimentalmente combatidas por Francisco Redi (Silva &
Sasson, 1992).

A origem dos seres vivos e do planeta, as ideias que predominavam eram as religiosas e
mitológicas. Muitas resistem até os dias atuais. Muitas religiões possuem seu livro sagrado,
que explica sobre a origem no universo. A origem da vida é uma questão que até hoje
permanece em aberto. Entretanto, dentre as várias teorias já propostas, muitas já caíram em
descrédito com a expansão do conhecimento científico. É o caso da teoria da geração
espontânea ou abiogênese, que por muito tempo foi a hipótese mais aceita. Segundo esta
teoria, organismos podiam ser gerados espontaneamente a partir de matéria sem vida (Silva, et
al., 2004).

De acordo com Valva (2004), as contradições existentes na Bíblia, a evolução das


mentalidades e o desenvolvimento do conhecimento científico, levaram vários
pensadores/pesquisadores a interrogar-se sobre como teria sido, a origem dos primeiros seres
vivos? E como teriam evoluído gerando uma imensa diversidade de formas vidas que habitam
hoje no nosso planeta?

Origem da vida na Terra primitiva


Isso levou ao descrédito da abiogênese pelo menos da forma como se acreditava inicialmente
e a biogênese se consolidou, ficando claro para os cientistas que os seres vivos podem surgir
apenas de outros seres vivos preexistentes. Entretanto, isso levou a uma nova questão: como
então teria surgido o primeiro ser vivo? A teoria da biogênese fornece explicações apenas
sobre como os seres vivos são gerados nas condições atuais do nosso planeta, mas não sobre
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como surgiu a vida na terra pela primeira vez. A teoria da evolução molecular, uma das
teorias atualmente mais aceitas para explicar a origem da vida que defende que as substâncias
químicas presentes na Terra primitiva teriam originado moléculas orgânicas precursoras dos
primeiros seres vivos se trata de um processo abiogênico, que pode ter ocorrido pelo menos
uma única vez na história da Terra (Silva, et al., 2004).

Constituição da atmosfera primária da Terra


Ao atingirem um certo tamanho, os planetas em formação passaram a atrair, por gravidade, os
gases hélio e hidrogénio. Essa atmosfera, no entanto, logo desapareceu, varrida pelos fortes
ventos de energia solar (Uzuman, 2004).

Como se formou e de que era constituída a atmosfera secundária da Terra primitiva? Que
ocorrências se seguiram? Uma atmosfera secundária formou-se lentamente pelo cúmulo de
gases liberados do interior do próprio planeta: NH3 (amónia), H2 (hidrogénio), CH4 (metano)
e H2O (vapor de água). À medida que a crosta terrestre foi se esfriando, ocorreu condensação
do vapor de água, formando-se chuvas. Nas rochas, a temperatura ainda elevada, provocava
evaporação dessa água de chuva, num processo cíclico, acompanhado por descargas eléctricas
(Lopes, 2005).

Além disso, não existindo O3 (ozónio), as radiações ultravioletas chegavam à superfície sem
obstáculos. Descargas eléctricas e radiação ultravioleta agindo sobre CH4, NH3, H2 e H2O,
desfizeram ligações, permitindo que os átomos se combinassem de outras maneiras. Assim,
aparecem na atmosfera substâncias orgânicas, entre as quais aminoácidos, arrastados pelas
chuvas através da crosta. Os aminoácidos combinam entre si, formando moléculas maiores,
assemelhadas a proteínas, levadas aos oceanos em formação. Num passo seguinte as
moléculas de proteínas se juntaram na água, formando pequenos agregados, chamados
coacervados (Purves & Heller, 2006).

Para Lopes (2005), indica que:

Devido às constantes modificações químicas, alguns coacervados puderam adquirir


uma complexidade molecular crescente, até chegar a um estágio no qual surgisse a
capacidade de duplicação: estava-se diante de um ser vivo extremamente primitivo,
porém capaz de reprodução.

Devido às constantes modificações químicas, alguns coacervados puderam adquirir uma


complexidade molecular crescente, até chegar a um estágio no qual surgisse a capacidade de

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duplicação: estava-se diante de um ser vivo extremamente primitivo, porém capaz de
reprodução. Por que motivo se acredita hoje que os primeiros seres vivos foram heterótrofos?
Para preservar sua organização e se duplicar, o primeiro ser vivo necessitaria energia, que
provavelmente foi extraída do alimento, pela fragmentação de moléculas orgânicas, como os
carbohidratos (Silva Júnior & Sasson, 1992).

De acordo com Uzuman, (2004), o equipamento bioquímico de um heterótrofo é mais simples


do que o de um autótrofo. Então, é pouco provável que o autótrofo tivesse aparecido antes,
pois seria admitir que a estrutura mais complexa tenha surgido antes da mais simples. De
acordo com a hipótese heterotrófica, a inexistência de O2 na atmosfera fez com que processos
anaeróbicos, como a fermentação, fossem os únicos possíveis (heterótrofos 1 anaeróbios).

De acordo Silva Júnior & Sasson, (1992), os heterótrofos fermentadores se reproduziam,


aumentando rapidamente em número, gastavam velozmente o stock de alimentos acumulados
nos mares. Por outro lado, os fermentadores modificaram seu ambiente, liberando CO2
gradualmente. Esses seres vivos, sujeitos ao mecanismo de evolução sofreram mutações,
resultando em variedades que foram submetidas à selecção ambientais da época. A presença
exclusiva dos heterótrofos terminaria por esgotar o stock de alimento; é provável que, antes de
isso ocorrer, por evolução, surgiram os primeiros autótrofos, capazes de realizar fotossíntese.
O material orgânico foi regenerado com rapidez pelos autótrofos, além de modificarem a
atmosfera, pela liberação de O2, que foi se acumulando.

Se, por evolução, surgissem seres que usassem o O2, para degradação do alimento
(heterótrofos aeróbios), eles teriam todas as condições para ser bem sucedidos. Apareceu
assim a respiração aeróbica, método bem mais eficiente do que a fermentação. A sobra de
energia permitiu então que os organismos crescessem e se reproduzissem com maior rapidez
(Ridley, 2006).

Hipóteses sobre a origem da vida


Origem por criação divina: Criacionismo

Até ao século XIX prevaleceram as ideias fixistas, segundo as quais as espécies são
imutáveis, surgindo por geração espontânea ou por um acto criador (criacionismo). Ao
contrário do fixismo, as ideias transformistas contestam esta visão estática do mundo,
sugerindo que as espécies sofrem modificações ao longo do tempo (Uzuman,2004).

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É a hipótese mais antiga de todas e tem forte cunho religioso: até hoje é aceita e defendida por
fiéis de várias religiões. A Terra surgiu há apenas alguns poucos milhares de anos e todos os
seres vivos foram criados ao mesmo tempo por uma divindade, mantendo sua forma original
até hoje. Segundo esta hipótese, os seres vivos não mudam ao longo do tempo imutabilidade
das espécies ou fixismo. De acordo com Lamarck (1809), cujas ideias evolucionistas viriam a
ser conhecidas por lamarckismo, as mudanças ambientais determinam nos seres vivos a
necessidade de estes se adaptarem de forma a poderem sobreviver em novos contextos
ambientais (Amabis & Martho, 2016).

Teoria Fixista

Teoria que acreditava que os seres vivos haviam sido criados tal e qual se apresenta
actualmente. Admitia que as espécies não se modificassem no decorrer do tempo, Teoria
Fixista ou Criacionista esta ligada ao poder divino / sobre natural. O seu principal defensor
Cuvier, sustentando que, as formas vivas são unidas estáticas criadas por uma entidade
soberana total, não podendo modificar e originar novas espécies (Uzuman, 2004).

Origem extraterrestre: Panspermia

Segundo Valva & Diniz-Filho (1998), esta hipótese, os seres vivos não se originaram na
Terra, mas em outros planetas. Foram trazidos por meio de esporos ou outras formas de
resistência aderidas a meteoritos que caíram no planeta.

Teorias da origem da vida

Teoria da biogénese
No século XVII acreditava-se que organismos vermiformes encontrados em cadáveres
surgiam por transformação espontânea da carne em putrefação, ou seja, de acordo com a
teoria da abiogênese. Até que, em 1668, o médico italiano Francesco Redi, não convencido
com esta explicação, decidiu testar a hipótese de que tais organismos eram provenientes de
ovos colocados por moscas (Uzuman,2004).

Redi colocou pedaços de carnes em frascos, deixando alguns abertos e outros vedados com
gaze e, como esperava, não demorou muito para que larvas surgissem nos frascos que
permaneceram abertos. Já naqueles que permaneceram vedados nos quais as moscas não
puderam entrar , mesmo após dias, nenhum “verme” surgiu. Os experimentos de Redi fizeram
a teoria da abiogênese perder bastante credibilidade, mas ela voltou a ser evocada para

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explicar a origem dos microorganismos, descobertos por volta do século XVII por Antonie
van Leewenhoek (Reece, 2015).

Para testar a hipótese da abiogênese nos microorganismos, em 1745, o naturalista inglês John
Needham fez o seguinte experimento: separou um caldo nutritivo em vários frascos e os
ferveu por 30 minutos, fechando imediatamente com rolhas de cortiça. Passados alguns dias,
os frascos foram tomados por microorganismos e Needham assumiu que a única explicação
plausível era a geração espontânea, já que a fervura deveria eliminar qualquer organismo pré-
existente no caldo e a rolha impediria a contaminação por qualquer ser vivo proveniente do
meio externo (Amabis, e Martho, 1995).

Em 1770, o padre e pesquisador italiano Lazzaro Spallanzani refez os experimentos de


Needham, porém fechou alguns frascos com rolhas de cortiça tal qual no experimento de
Needham e outros com uma vedação hermética. Após ferver os frascos por um longo período,
microorganismos surgiram apenas nos frascos fechados com rolhas, o que levou Spallanzani a
concluir que o tempo de fervura ou a vedação usados no experimento de Needham não tinham
sido suficientes para impedir a contaminação. Needham argumentou que a fervura prolongada
teria levado à perda de “força vital” do caldo fator que seria essencial para o surgimento da
vida. Spallanzani então desfez a vedação dos frascos que estavam hermeticamente fechados,
que em pouco tempo foram tomados pelos microorganismos, confrontando a justificativa de
Needham, que então sugeriu então que a força vital havia sido restabelecida com a entrada de
ar fresco. Needham saiu da polêmica fortalecido pois Spallanzani não conseguiu elaborar um
experimento que rejeitasse seu novo argumento (Reece, 2015).

O pesquisador francês Louis Pasteur, elaborou um experimento similar ao de Needham e


Spallanzani, mas utilizou frascos com gargalos em forma de pescoço de cisne que permitiam a
entrada de ar, mas retiam partículas em suspensão nas paredes de seus gargalos curvos.
Mesmo em contato direto com o ar, não surgiram microorganismos em nenhum dos frascos
do experimento de Pasteur. Ao quebrar o gargalo de alguns dos frascos, no entanto, os caldos
foram tomados por microorganismos em poucos dias. Assim, Pasteur conseguiu finalmente
demonstrar que os microorganismos em caldos nutritivos não surgem por geração espontânea,
mas através da contaminação pelo ambiente externo (Lopes, 2005).

Teorias de Lamarckismo
O Lamarckismo foi uma teoria proposta por Jean-Baptiste Lamarck, um naturalista francês.
A Teoria de Lamarck tenta explicar a evolução das espécies. Em 1809, ele publicou o livro
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Filosofia Zoológica e introduziu que o ambiente em mudança fazia com que os organismos
mudassem de comportamento (Amabis & Martho, 2016).

As leis de Lamarck

O livro Filosofia Zoológica introduzia duas leis propostas por Lamarck. O ambiente é assim
responsável pelo início do processo de evolução, cujos mecanismos se encontram enunciados
na lei do uso e do desuso e na lei da transmissão dos caracteres adquiridos (Menck & De
Oliveira, 2001).

Para Lopes (2005), afirma que Lamarck Postulou duas leis:

a) A primeira, chamada Lei do Uso e desuso, afirmava que, se para viver em


determinado ambiente fosse necessário certo órgão, os seres vivos dessa espécie
tenderiam a valorizá-lo cada vez mais, utilizando-o com maior frequência, o que o
levaria a hipertrofiar. Ao contrário, o não uso de determinado órgão levaria à sua
atrofia e desaparecimento completo ao longo de algum tempo.
b) A segunda lei, Lamarck chamou de Lei da Herança dos Caracteres Adquiridos.
Através dela postulou que qualquer aquisição benéfica durante a vida dos seres vivos
seria transmitida aos descendentes, que passariam a tê-la, transmitindo-a, por sua vez,
às gerações seguintes, até que ocorresse sua estabilização.

Exemplos das leis de Lamarck chegaram a ser propostos como o pescoço das girafas.
Ao tentarem se adaptar ao meio em que viviam e para se alimentar melhor das folhas que
ficam nas partes mais altas das árvores, as girafas começaram a esticar seus pescoços. Esta
característica e a necessidade de comer folhas em locais mais altos foram transmitidas por
várias gerações.

Outra questão que coloca o Lamarckismo em cheque é a verificação dos caracteres


adquiridos. Basicamente, condições que os organismos passam a exercer não são transmitidos
para as gerações futuras; por exemplo, alguém que faça actividades físicas e desenvolva
músculos não passará essa característica (de ter músculos desenvolvidos) para seus filhos e
netos. Uma girafa que esticava seu pescoço não passaria essa característica (de esticar seu
pescoço) para as gerações futuras (Amabis & Martho, 2016).

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Teorias de Darwinismo
Charles Darwin contribuiu, com a Teoria da Evolução das Espécies, de forma significativa
para a questão das espécies que vivem no nosso planeta. Entretanto, a sua busca por respostas
foi um trabalho bastante árduo e que levou bastante tempo. Ao publicar seu livro A origem
das Espécies Darwin selou o futuro da Biologia no campo da Genética e dando início ao que
chamamos de Darwinismo que é o mais aceito para explicar a evolução da vida na Terra
(Amabis & Martho, 2016).

De acordo com Lopes (2005), Darwin desenvolveu uma forma de explicar esse mecanismo,
conhecido como Seleção Natural. Os organismos que são mais adaptados às condições que o
ambiente proporciona sobreviverão e serão maioria. Ele já havia pensado nisso em 1838
depois de ler sobre o princípio da população de Malthus, que dizia que a produção de
alimentos acontece numa proporção aritmética e as populações crescem numa proporção
geométrica.

Para Darwin, a selecção natural é o processo que permite a evolução das espécies, sendo o
ambiente o agente desse processo, determinando quais são os seres que sobrevivem e os que
são eliminados num dado momento, pelo facto de estarem mais ou menos aptos para enfrentar
situações específicas. Apesar de não explicar a variabilidade existente entre os seres vivos que
pertencem à mesma espécie, Darwin salienta a sua importância como causa dos diferentes
níveis de adaptação (Lopes, 2005).

Para Amabis & Martho (1995), as ideias de Darwin podem ser assim resumidas:

1. Os organismos vivos têm grande capacidade de reprodução. Apesar disso, já que o


suprimento alimentar é reduzido, poucos indivíduos chegam à idade de procriação.
Disso decorre que os organismos com as mesmas exigências alimentares competem
entre si, "lutando" constantemente pela existência.
2. Os organismos apresentam variações hereditárias e, portanto, transmissíveis. Algumas
variações são mais favoráveis à existência do que outras, num determinado ambiente.
Disso decorre que os organismos com as variações mais favoráveis num determinado
ambiente estarão mais capacitados a sobreviver e a se reproduzir nele do que os que
possuem variações desfavoráveis. Assim, cada geração sucessiva fica melhor adaptada
ao ambiente. Darwin só não foi mais completo porque não soube explicar a razão pela
qual existiam tantas variações em indivíduos pertencentes à mesma espécie.

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Teoria sintética da evolução
A teoria moderna da evolução  (também conhecida por síntese moderna, teoria sintética da
evolução ou neodarwinismo), refere-se à expansão da teoria da evolução, que teve início com
a fusão das ideias sobre hereditariedade à teoria da seleção natural (Lopes, 2005).

Quando Darwin propôs a seleção natural como mecanismo condutor do processo evolutivo,


ele reconheceu que um dos seus pré-requisitos era a variação nas características herdáveis dos
organismos. No entanto, Darwin não pode explicar precisamente como os organismos
poderiam passar tais características à prole, pois sequer tinha conhecimento sobre genes
(Ridley, 2006).

De acordo com Uzuman, (2004), essa teoria reconhece como principais factores evolutivos a
mutação genica, a recombinação genica e a selecção natural. Mutação e recombinação
provocam variações que diferem no seu valor adaptativo, sendo, por isso, submetidas ao crivo
da selecção natural. Se estas variações novas forem mais eficientes do que as que existiam,
são mantidas, e aquelas, progressivamente vão sendo eliminadas.

O processo de especiação é um exemplo: antes da síntese moderna ele era frequentemente


explicado em termos de macromutações ou por herança de caracteres adquiridos, mas depois
dela passou a ser descrito com base na genética de populações. A classificação biológica
também foi afectada (Silva Júnior & Sasson, 1992).

O conceito tipológico de espécie (que definia espécies como um conjunto de organismos


similares) tornou-se inapropriado sob a ótica do neodarwinismo. Os membros de uma espécie
passaram então a ser definidos pela capacidade de se intercruzarem. No campo
da paleontologia, até então se acreditava que as mudanças observadas no registro fóssil eram
explicadas pela evolução orogenética (hipótese de que existe uma tendência intrínseca de uma
espécie em evoluir numa determinada direção, para um objetivo pré-definido). Com a
descoberta dos mecanismos genéticos da evolução, esta hipótese foi refutada (Reece, 2006).

Por volta da década de 1940 o neodarwinismo – que podemos considerar o núcleo da teoria
evolutiva já havia se espalhado por todas as áreas da biologia e se tornado amplamente aceito.
Nas décadas seguintes a biologia evolutiva continuou se desenvolvendo e foi incorporando
diversos outros princípios compatíveis com a síntese moderna, como a “teoria neutra” que
enfatiza a importância de processos aleatórios na evolução. Entretanto, a maior parte dos
pressupostos da síntese moderna original predomina até os dias atuais e existe uma corrente

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que defende que a biologia evolutiva carece de uma nova síntese, pois negligencia processos
importantes (Lopes, 2005).

O avanço dos conhecimentos científicos, nomeadamente nas áreas da anatomia, embriologia,


citologia e bioquímica, forneceu dados e conclusões que sustentam a argumentação a favor do
evolucionismo. O neodarwinismo, baseando-se sobretudo em argumentos genéticos, esclarece
que a origem da variabilidade existente entre os seres vivos é fruto de vários fenómenos
intrínsecos à reprodução sexuada e de alterações do material genético. Através da
recombinação genética, da fecundação e das mutações surgem novas combinações de genes
que conduzem a uma maior diversidade fenotípica, sobre a qual o ambiente actual de forma
selectiva. Os principais factores que, actuando sobre as populações, conduzem à alteração dos
respectivos fundos genéticos, obrigando-as a evoluir (Menck & De Oliveira, 2001).

De acordo com Amabis & Martho, (2016), refere que:

A selecção natural; as mutações; as migrações; os cruzamentos não ao acaso; e a


deriva continental

Adaptação dos Seres vivos aos Factores Ambientais


As adaptações referem-se às características dos organismos que os permitem sobreviver e se
reproduzir melhor em seu ambiente do que se não as possuíssem. Muitas dessas adaptações
são muito fáceis de reconhecer, como os bicos das aves altamente específicos
aos alimentos que consomem, as caudas preênseis de algumas espécies de macacos
extremamente úteis à vida nas árvores, os olhos grandes de alguns animais como corujas e
társios, adequados para capturar a maior quantidade possível de luz, entre muitas outras
(Lopes, 2005).

De acordo com Uzuman (2004), as adaptações são inquestionáveis e desde a antiguidade já


são reconhecidas por filósofos e estudiosos, entretanto sua origem já foi muito discutida — e
até hoje gera alguns equívocos. Os teólogos naturais, como William Paley e John Ray,
explicavam as adaptações que podem ser observadas na natureza através da criação divina,
ideia que até hoje continua sendo defendida por criacionistas modernos.

A partir do século XIX, uma série de pensadores passou a admitir a ideia da substituição
gradual de espécies por outras através de adaptações a ambientes em contínuo processo de
mudança. Já Jean-Baptiste de Lamarck explicava as adaptações com base em dois princípios:
o uso e desuso e a herança dos caracteres adquiridos (lamarckismo), que propunha que

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os seres vivos poderiam mudar suas características de acordo com o seu uso no ambiente e
que essas mudanças (adaptações ao meio) podiam ser passadas à prole. Apesar de reconhecer
que os organismos podem mudar ao longo do tempo de acordo com o ambiente, os
mecanismos propostos por Lamarck são considerados incorrectos (Martho & Amabis, 1995).

Essa corrente de pensamento, transformista, que vagarosamente foi ganhando adeptos,


explicava a adaptação como um processo dinâmico, ao contrário do que propunham os
fixistas. Para o transformismo, a adaptação é conseguida através de mudanças. À medida que
muda o meio, muda a espécie. Os adaptados ao ambiente em mudança sobrevivem. Essa ideia
deu origem ao evolucionismo. Evolução biológica é a adaptação das espécies a meios
continuamente em mudança. Essa mudança das espécies nem sempre implica
aperfeiçoamento ou melhora. Muitas vezes leva a uma simplificação (Reece, 2015).

De acordo com Ridley, (2006), afirma que:

“A evolução pode ser vista como um processo contínuo em que o material biológico
que constitui as populações e que apresenta uma determinada variabilidade genética é
submetido a um conjunto de pressões selectivas (p.115).”

 A selecção natural é capaz de produzir adaptações de maneira consistente, embora seja


importante ressaltar que ela não é o único mecanismo evolutivo. A selecção natural, cuja ideia
é atribuída principalmente a Charles Darwin, atua directamente sobre as características
fenotípicas dos indivíduos de uma população, favorecendo aqueles que têm maiores chances
de sobreviver e se reproduzir em dado ambiente, em detrimento àqueles menos adaptados.
Como tais características fenotípicas reflectem a variação nos genes que são transmitidos à
prole através da reprodução  a selecção também atua indirectamente sobre eles, aumentando
na população a frequência dos alelos que conferem vantagens adaptativas e diminuindo a dos
que são desvantajosos (Uzuman, 2004).

De acordo com Lopes (2005), as adaptações não são perfeitas (embora muitas vezes até
pareçam), e este fato está plenamente de acordo com a selecção natural. Isso ocorre porque
este processo atua, em última instância, sobre a variabilidade genética existente na população
(que por sua vez resulta da recombinação genética e do acúmulo de mutações), não havendo
propósito a fim de produzir seres perfeitos e complexos. Portanto, se não existe variabilidade
genética na população capaz de produzir uma adaptação, esta simplesmente não se dá. Além
disso, os organismos guardam resquícios de mudanças acumuladas durante milhões de anos
de história evolutiva, por isso é necessário levar em conta o factor histórico.
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O Darwinismo e o Lamarckismo

Darwin e a selecção natural


A partir da ideia de adaptação de populações a seus ambientes, fica fácil entender as propostas
de Charles Darwin (1809-1882), inglês, autor da teoria da Selecção Natural. Imaginando-se
dois ratos, um cinzento e outro albino, é provável que em muitos tipos de ambientes o
cinzento leve vantagem sobre o albino. Se isto realmente acontecer, é sinal de que o ambiente
em questão favorece a sobrevivência de indivíduos cinzentos ao permitir que, por exemplo,
eles fiquem camuflados entre as folhagens de uma mata (Menck & De Oliveira, 2001).

Os albinos, sendo mais visíveis, são mais atacados por predadores. Com o tempo, a população
de ratos cinzentos, menos visada pelos atacantes, começa a aumentar, o que denota seu
sucesso. É como se o ambiente tivesse escolhido, dentre os ratos, aqueles que dispunham de
mais recursos para enfrentar os problemas oferecidos pelo meio. A esse processo de escolha,
Darwin chamou Selecção Natural. A escolha pressupõe a existência de uma variabilidade
entre organismos da mesma espécie (Lopes, 2005).

Lamarck acreditava que, por exemplo, mudanças das circunstâncias do ambiente de um


animal provocariam modificações suas necessidades, fazendo que ele passasse a adoptar
novos hábitos de vida para satisfazêlas. Com isso o animal passaria a utilizar mais
frequentemente certas partes do corpo, que cresceriam e se desenvolveriam, enquanto outras
partes não seriam solicitadas, ficando mais reduzidas, até se atrofiarem. Assim, o ambiente
seria o responsável directo pelas modificações nos seres vivos, que transmitiriam essas
mudanças aos seus descendentes, produzindo um aperfeiçoamento da espécie ao longo das
gerações (Amabis & Martho, 2016)

Tipos de adaptações
As adaptações são caracteres que ajustam ou adequam melhor as espécies às suas condições
de vida ou ao seu meio ambiente e que resultam de mutações ocorridas no passado em
ancestrais dessas espécies (Menck & De Oliveira, 2001).

Para Lopes (2005) afirma que:

“Pode, pois, considerar-se que o tempo e a reprodução diferencial das formas


favorecidas em relação às menos aptas produzem mudanças nas espécies existentes,
conduzindo a formação de novas espécies (p.120).”

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Morfológicas e fisiológicas.
As adaptações morfológicas consistem em modificações na forma ou na estrutura da espécie.
Exemplo as barbatanas das baleias e as asas dos morcegos e aves (Menck & De Oliveira,
2001).

Adaptações morfológicas
De acordo com Amabis e Martho (2016), as adaptações fisiológicas consistem numa
adequação funcional do organismo ao tipo de ambiente em que vive. Um peixe de água doce e
um de água salgada são exteriormente semelhantes, porém seus organismos funcionam de
forma diferente para controlar a diferença da concentração salina da água onde vivem.

Camuflagem e Mimetismo são adaptações morfológicas que oferecem às espécies melhores


condições de defesa ou de ataque. Quando a espécie revela a mesma cor ou possui uma forma
que se confunde com coisas do ambiente, está manifestando uma adaptação chamada de
camuflagem. É o caso do camaleão (Menck & De Oliveira, 2001).

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Conclusão
Pode se concluir que para explicar a origem e evolução da vida na Terra várias foram as
teorias que tentaram explicar dentre as quais destacamos a fixista que defende que os seres
vivos haviam sidos criados tal qual se apresentam actualmente. A teoria Abiogénese (ou da
geração espontânea) defende que os seres vivos teriam sido originados do nada, e que a vida
teria surgido a partir da matéria bruta (sem vida). Teoria da biogênese a vida só pode ser
originada por outra vida preexistente, ou seja, pela reprodução de seus genitores. Darwin fala
da selecção natural realizada pela natureza sobrevivência do mais apto, permitindo que eles
gerem maior número de descendentes (teoria da selecção natural). Lamarck formulou a Lei da
Herança dos Caracteres Adquiridos e de Uso e desuso

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Referencia Bibliografia
Amabis, J. e Martho, G. (1995). Biologia das células. Vol. 3, 1ª edição. Editora Moderna,
Lda, São Paulo, Brasil.

Amabis, J.; Martho, G. (2016). Biologia moderna Amabis & Martho. Manual do Professor. 1ª
Edição. São Paulo: Editora Moderna.

Lopes, S.; Rosso, S. (2005). Biologia: volume único. Editora Saraiva.

Menck, C. F. M.; De Oliveira, M. C. (2001). Biologia molecular e evolução. Editor S. R.


Matioli. Ribeirão Preto: Holos.

Purves, W., Sadava, K., Orians, D. & Heller, H.C. (2006). Vida, a ciência da Biologia –
volume II – Evolução, Diversidade e Ecologia. Porto Alegre : Artmed.

Reece, Jane B. et al. (2015). Biologia de Campbell. 10ª Edição. Porto Alegre: Artmed.

Ridley, Mark. (2006). Evolução. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. p.115.

Silva Júnior, César; Sasson, Sezar. (1992). Biologia 1, 8ª. Edição. Actual Editora Lda. São
Paulo, Brasil.

Silva, Amparo D. S. e tal. (2004). Terra, Universo de Vida, 1ª. Parte, Biologia e Geologia 11º
Ano. Livro do Professor. Porto Editora. Porto Portugal.

Uzuman, A. E Birner, E. (2004). Biologia volume único. 2ª Edição. Editora HARBRA. São
Paulo, Brasil.

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