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1° - O latim vulgar
2° - O latim clássico
O latim vulgar era somente falado. Era a língua do quotidiano, usada pelo povo
analfabeto da região central da actual Itália e das províncias: soldados, marinheiros,
artífices, agricultores, barbeiros, escravos, etc. Era a língua viva, sujeita a alterações
frequentes e por isso apresentava diversas variações. O latim clássico era a língua falada
e escrita, apurada, artificial, rígida, era o instrumento literário usado pelos grandes
poetas, prosadores, filósofos, retóricos. A expressão do latim que os romanos acabavam
por impor aos povos vencidos era a vulgar; estes povos eram muito diversificados e
falavam línguas muito diferentes, por isso em cada região o latim vulgar sofreu
alterações distintas, o que resultou no surgimento dos diferentes romanços (do latim
romanice, que significa "falar à maneira dos romanos"), que deram posteriormente
origem às diferentes línguas neolatinas ou românicas.
Contexto biológico
O Português vem do Latim vulgar, sabe-se que o latim era uma língua corrente de
Roma. Roma, destinada pela sorte e valor de suas bases, conquista, através de seus
soldados, regiões imensas. Com as conquistas vai o latim sendo levado a todos os
rincões pelos soldados romanos, pelos colonos, pelos homens de negócios. As viagens
favoreciam a difusão do latim. Primeiramente o latim se expande por toda a Itália,
depois pela Córsega e Sardenha, plenas províncias do oeste do domínio colonial, pela
Gália, pela Espanha, pelo norte e nordeste da Récia, pelo leste da Dácia, surgindo daí as
línguas românicas ou novilatinas. São línguas românicas porque tiveram a mesma
origem: ao latim vulgar. Essas línguas são, na verdade, continuação do latim vulgar.
Essas línguas românicas são: português, espanhol, catalão, provençal francês, italiano,
rético, sardo e romeno.
O português no Mundo
A língua portuguesa tem uma das histórias mais fascinantes entre as línguas de origem
europeia. Em razão das navegações portuguesas nos séculos XV e XVI, tornou-se um
dos poucos idiomas presentes na África, América, Ásia e Europa, sendo falado por mais
de 200 milhões de pessoas.
O SUBSTRATO
a) O substrato celta
O SUPERSTRATO
a) O superstrato germânico
Por volta do século V d. C., os povos germânicos invadiram a Península ibérica. Como
possuíam uma cultura inferior, adoptaram a língua dos vencidos (o latim), mas
introduziram-lhe palavras da sua língua.
b) O superstrato árabe
No século VIII, a Península sofreu uma nova invasão, desta vez pelos Árabes. A
presença árabe prolongou-se por vários séculos e, assim, muitas palavras de origem
árabe entraram na língua portuguesa (muitas delas iniciadas por al): álcool, alambique,
alecrim, alfaiate, algarismo, armazém, azul, garrafa, fatia, oxalá, xadrez, xarope e
muitas outras.
Neste período, o português evolui sem influências de outras línguas. Até meados do
século XIV, esteve associado ao galego, originando o galego-português ou galaico-
português
Com a expansão marítima, nos séculos XV e X VI, a língua portuguesa passou a ser
falada em muitas regiões de África, Ásia e América, tendo sido, nesta altura,
enriquecida com vocábulos provenientes dessas culturas.
Além da evolução sofrida pela língua portuguesa resultante do contacto com outras
línguas, também a necessidade de nomear novos objectos e novas realidades vai dando
origem à criação de novas palavras: os neologismos.
Evolução fonética
FENÓMENO EXEMPLO
Evolução semântica
O português de África
A partir do contacto que o português teve com as línguas africanas, através da expansão
levada a cabo pelo processo de colonização, a língua foi ganhando outras variedades
que divergem da norma portuguesa de maneira mais ou menos acentuada quanto à
pronúncia, à gramática e ao vocabulário. Contudo, tal diferenciação não é suficiente
para impedir a comunicabilidade entre os falantes, nem a superioridade de uma
variedade em detrimento de outra.
Em certos casos, o português, entrando em contacto com algumas línguas de Africa, deu
origem aos crioulos — línguas originadas a partir da aglutinação de outras; são os casos
de crioulos de Cabo Verde e da Guiné.
O português de Moçambique
Falam-se várias línguas derivadas da antiga língua bantu, algumas das quais
são: kimwani, shi-makonde, ci-yao, cinyanja, e-makhua, e-chuabo, ci-nyungue, ci-seno,
ci-balke, ci-shna, gitonga, ci-copi, xi-ronga, xitswa, xi-xangana e vários outros dialectos
destas línguas.
• Regência verbal
LÉXICO-SINTAXE
• Nasalização de vogais
Assim, é a parte da linguística que estuda os significados das palavras, das frases, dos
símbolos e imagens, etc. Além disso, a semântica dedica-se ao estudo das distintas
mudanças de significado que as palavras podem ter dentro de diferentes contextos.
• Denotação
• Conotação
• Sinonímia
• Antonímia
• Hiperônimo
• Hipônimo
• Homonímia
• Paronímia
• Polissemia
• Ambiguidade
Conotação ou Conotativo
Denotação ou Denotativo
Exemplos:
Sinonímia
Cuidado! Essas expressões não são sinônimos, apenas estabelecem uma relação de
sinonímia dentro de um contexto.
Exemplos:
Antonímia
Antonímia é a relação que ocorre quando duas ou mais palavras não são
necessariamente contrárias, mas ao serem colocadas dentro de um contexto assumem
sentido de antônimos.
Exemplos:
Entenda: “caridosa” e “agressivo” não são antônimos, mas transmitem esse sentido
dentro desse contexto. Já as palavras “mau” e “boa” estão estabelecendo uma relação de
antonímia, no entanto, também são palavras antônimas, pois o contrário de mau é bom e
vice e versa.
Semântica: Hiperônimo e Hiponímia
Hiperônimo
Exemplos:
• Profissão: é um hiperônimo, pois dentro desse grupo há várias outras palavras. Como
médico, jornalista, cozinheiro, entre outros.
Hipônimo
Ao contrário do “hiper” que é algo mais amplo, “hipo” é mais restrito. Isto é, está
relacionado a elementos mais específicos dentro do conjunto dos hiperônimos.
Exemplos:
Paronímia
São palavras parônimas aquelas que têm a escrita e a pronúncia semelhantes, mas
possuem diferentes significados. A relação parônima acontece quando duas ou mais
expressões possuem significados distintos, mas são parecidas na sonoridade
e ortografia.
Exemplos:
Homonímia
É a relação presente entre duas ou mais palavras que possuem a mesma pronúncia ou
escrita, mas diferentes significados.
• Palavras homófonas: expressões que têm a escrita diferente, mas a pronúncia é igual.
Exemplos: Sessão, secção, seção ou cessão e acerto (ato de acertar)
e asserto (afirmação).
Polissemia
A polissemia acontece quando uma mesma palavra pode ser interpretada em diversos
significados, proporciona mais de um leitura.
Então, ambiguidade é a abertura que uma palavra ou oração pode deixar para
interpretações, a possibilidade de olhar por vários ângulos uma mesma coisa.
Exemplos:
• Daniela comeu um chocolate e sua irmã também. (Daniela e a irmã dela comeram um
doce ou Daniela comeu o doce e a irmã?).
• A estudante falou para a professora que era soteropolitana. (Quem era soteropolitana?
A estudante ou a professora?).
Conclusão
Conclui-se que, a língua Portuguesa vem do Latim vulgar, e uniformizou-se a partir do
século XVI e adquiriu as características do português actual. Em razão das navegações
portuguesas nos séculos XV e XVI, tornou-se um dos poucos idiomas presentes na
África, América, Ásia e Europa, sendo falado por mais de 200 milhões de pessoas.