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Ambientes Aquáticos

1. Discuta o comportamento da temperatura e estratificação térmica na Lagoa de Imboassica


(ressaltando parâmetros, como profundidade, densidade, radiação, ventos, etc..)

2. Disserte sobre os fatores que levam a Lagoa de Iriri a apresentar coloração escura:

3. Indique os diferentes padrões do canal do rio Macaé ao longo dos seus diferentes trechos
(alto, médio e baixo curso) e discuta as consequências destes no comportamento da água.
Ressalte o padrão antes e depois da retificação dele.

4. Ciclo hidrológico: explique como a devastação na Amazônia pode influenciar no regime de


chuvas na nossa região

5. Discuta os fatores, que numa Bacia hidrográfica podem influenciar no seu estado de
conservação e desequilíbrios (ressalte volume e quantidade de águas e discuta
consequências).

6. Discuta a teoria do contínuo dos rios:

7. Discuta a diferença de poços artesianos e poços freáticos. Ressalte os fatores porosidade e


permeabilidade em sua explicação:

Respostas

1- A estratificação termica é muito importante em todos tipos de lagos, é um fator principal do


deficit de oxigenio.
O efeito de concentracao de materia organica sobre a dinamica de oxigenio e um fato que afeta
diretamente a maior parte dos lagos no Brasil. Essa materia organica e formada por inumeros
compostos, como: carboidratos, proteinas, lipidios, compostos humicos, etc.
Durante a baixa concentração de oxigênio na coluna d’água no período de cheia
aparecem inúmeras implicações no metabolismo do ecossistema como um todo. Como
por
exemplo, na fauna bentônica, na zooplanctônica e nas algas.
A densidade da água depende de alguns fatores como salinidade, temperatura e
pressão. Nesses ambientes, a entrada de água do mar com maior densidade (maior
salinidade)
através do lençol freático pode provocar estratificação duradoura (lago meromítico),
visto
que, sobre esta camada d’água, forma-se outra de menor densidade (menor salinidade),
proveniente de águas de chuvas e de rios. A temperatura exerce influência sobre a
densidade
da água, à medida que diminui em um ambiente aquático no decorrer dos meses do ano,
aumenta imediatamente os valores de densidade. Já a pressão tem efeito indireto na
densidade
da água, uma vez que, para cada 10 atm (≡ 100m de profundidade) de pressão, ocorre
aproximadamente de 0,1°C

a radiação na superfície da água, parte penetra e parte é refletida, voltando à


atmosfera. A quantidade de radiação refletida depende das condições da superfície da
água
(plana ou ondulada) e principalmente do ângulo de incidência da radiação sobre esta.
Em
consequência desses fatores, a radiação refletida pode variar de 2% a 100% da radiação
incidente. Quando penetra na coluna d’água, ocorrem profundas alterações, devido à
refração
da radiação, em virtude de sua redução de velocidade ao penetrar no meio líquido. Essa
radiação é absorvida e transformada em outras formas de energia (química pela
fotossíntese e calorífica pelo aquecimento da água). Já outra parte da radiação sofre o
fenômeno de dispersão

A propagação do calor ocorre por transporte de massa d’água, sendo função da presença
ou ausência de camadas de diferentes densidades.

Esses ecossistemas estão submetidos a ventos que mudam de direção, via de regra,
duas vezes ao dia (durante o dia a brisa sopra do mar para a terra e durante a noite, da
terra
para o mar). Assim, observa-se desestratificação permanente, especialmente naqueles
ecossistemas em que a atuação do vento é facilitada pela ausência de montanhas nas
proximidades e espelho d’água com grande área em relação à profundidade do corpo
d’água.
Mas, nas lagunas costeiras, em que a atuação do vento é dificultada ou impedida, ocorre
o fenômeno da estratificação e desestratificação diária.
A
variação de densidade da água pode estabelecer
estratificação química da coluna d’água. Com isso, ocorrem interferências profundas
sobre a distribuição de nutrientes orgânicos e inorgânicos, especialmente de fitoplâncton
e, assim, sobre a produtividade primária do ecossistema

http://webcache.googleusercontent.com/search?
q=cache:cal1F22MuTUJ:portal1.iff.edu.br/pesquisa-e-inovacao/pos-graduacao-stricto-
sensu/mestrado-em-engenharia-ambiental/dissertacoes-de-mestrado/2011/avaliacao-
qualitativa-do-empreendimento-ete-mutum-e-sua-importancia-para-a-gestao-da-lagoa-
de-imboassica/view/%2B%2Bwidget%2B%2Bform.widgets.dissertacao/
%40%40download/Rodrigo%2BMariano%2Bda%2BSilva.pdf&cd=1&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br direitos autorais

2- A lagoa de iriry, localizada no municipio de Rio das ostras, mais conhecida como lagoa da
coca cola, ela é uma área de proteção ambiental (APA), possui água doce e ácida com seu Ph
variando entre 5,3. Sua temperatura alta equivale a 26º C, Sua aparencia escura das águas se
dá devido a alta concentração em sais como o Iodo, além de óxidos que também estão
presentes na água, resultantes de decomposição incompleta do material orgânico como folhas
e pedaços de galho.
Esses oxidos, juntamente com a alta concentração de iodo, acabam impedindo a penetração
da luz do sol na água, provocando a aparência escura, ou seja, a coloração escura se dá

portanto, devido a sua vegetação e a concentração de substancias, como o Iodo .

3- Ao observarmos toda a área da bacia do rio Macaé, percebemos que ela é formada
por diferentes situações de relevo. Com isso, conseguimos dividir em três partes, cada
parte podemos nomeá-las de compartimentos básicos da bacia, são elas: porção
superior; porção média; porção inferior. Essas áreas são cruzadas pelo alto, médio e
baixo curso do Rio de Macaé.
A parte superior, onde encontramos suas principais nascentes, respectivamente
representa a parte mais alta, onde encontra-se as primeiras águas que se juntam e vão
dando a modelagem e origem ao Rio. A parte superior se localiza no planalto da serra
do mar em Nova Friburgo.
A porção media compreende as áreas onde o rio se encontra em um grande desnível,
descendo as encostas em direção a baixada. Encontra-se nas escarpas da serra do mar
e apresenta grandes variações de altitude, pois acabam compreendendo áreas altas
das montanhas em Nova Friburgo, com seu curso D´agua passando por Casimiro de
abreu, até áreas mais baixas em Macaé.
A parte inferior e mais ampla, situando onde o rio alcança áreas baixas no litoral
macaense, sendo banhado pelo oceano atlântico. A parte inferior, o rio corre em áreas
planas sem ter grandes variações de relevo. Uma grande curiosidade é que a maior
parte do rio Macaé nesse trecho, encontra-se retificado. A retificação de canais fluviais
é um processo no qual os rios são artificialmente modificados.
Para ter uma melhor gestão do Rio no município de Macaé, seria de extrema
importância estabelecer relações mais próximas com cidades que se encontram na
parte alta da bacia, em porções superiores e média, pois a dinâmica hidrográfica,
muitas das vezes se tem uma maior influencia mais decisiva para Macaé do que
vizinhos que são próximos, como Rio das ostras.
Entre 1940 e 1980 diversas planícies de inundação de importantes bacias hidrográficas
no Estado do Rio de Janeiro foram submetidas a transformações nos seus canais
fluviais. Foram obras realizadas pelo extinto Departamento Nacional de Obras e
Saneamento (DNOS) através da concretação e alargamento de diversos rios do estado
cujos múltiplos objetivos seriam “limpar ou enxugar” as planícies de inundação,
controlar as enchentes, evitar a proliferação da malária e aumentar as terras secas
facilitando com isso o acesso às mesmas e a manutenção da atividade agropecuária.
Muitos são os benefícios dessas obras para as regiões onde são realizadas, mas inúmeros
impactos negativos sobre os sistemas fluviais também são constatados. Esses impactos
relacionam-se à modificação no comportamento natural do rio, como a perda de sinuosidade
do canal, modificações no padrão de drenagem, alterações no regime das descargas, no
padrão de escoamento, na velocidade dos fluxos, elevação dos picos de descargas nos
tributários, bem como aumento da carga de sedimentos, diminuição da rugosidade do leito,
aumento da erosão nos afluentes, ocasionado pelo abaixamento do nível de base, além da
perda ou destruição de habitats naturais, da mata ciliar e de mangues, entre outros impactos.

Os dados encontrados mostram que os rios Macaé e São Pedro tiveram grande parte do curso
alterado com as obras de retificação. Há uma redução no comprimento dos canais do rio
Macaé e São Pedro em mais de 20 km e 9 km

Essa redução no comprimento dos canais levou ao aumento significativo do gradiente dos
mesmos para compensar a redução no meandramento, o que pode ser constatado no perfil
longitudinal do rio Macaé,

Perfil longitudinal do rio Macaé – Antes X depois

Dados comparados de 1968 a 2000

Outros parâmetros, tiveram algumas consequências significativas, o índice de sinuosidade


(curva continuamente diferenciável) para o rio Macaé passou de 1,585 a 1,01 evidenciando a
passagem do padrão de rio meândrico para o padrão retilíneo.

O Comprimento do canal no trecho retificado (m) passou de 61.433 a 39.171


O Eixo central (m) se manteve em 38.767

Sua largura média do canal (m) passou de 37 para 57, ou seja, sua largura média do rio Macaé
aumentou de 37 metros no ano de 1968, para 57 metros no ano de 2000. Este resultado é
esperado, pois na maioria das obras de retificação de canais fluviais, o alargamento da calha
também é realizado. Portanto, seria esperado que a largura maior do rio Macaé, no ano de
2000, fosse devida ao regime de chuvas da estação do ano em que as fotografias foram
realizadas. No entanto, se compararmos a largura do trecho que já estava retificado em 1968
com a largura do mesmo trecho do canal em 2000, vê-se que a diferença é pequena e não
justificaria um aumento de 20 metros na média em todo o canal.

https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistageografia/article/viewFile/228972/23381

4- Existe um fenômeno chamado ‘’Rios voadores’’ esses rios vem sofrendo alterações
em seu comportamento ao passar do tempo, este fenômeno leva umidade da bacia
amazônica para diversas regiões do Brasil, mas com a demasiada quantidade de
florestas sendo devastada, pode acontecer um efeito cascata, gerando mudanças no
clima. Os rios voadores são uma massa de ar úmido que faz uma viajem da Amazônia
para todo país, sendo responsável pela formação de chuvas, diminuindo a sensação de
calor. A nossa floresta amazônica ela é como uma bomba de água natural, que abastece
todo nosso Brasil. O meteorologista e mestre em Clima e Ambiente pelo Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Bruno Takeshi Tanaka Portela, afirma que com o aumento
do desmatamento, ao longo dos anos, esse fenômeno vem se enfraquecendo. Os rios
voadores começam a perder uma grande quantidade de água em que carrega, afetando
as chuvas, como parte das mudanças climáticas engloba o desmatamento, acaba se
tornando um efeito cascata, pois sem árvores para ajudar na transpiração, teremos
menos água na atmosfera, consequentemente, menos chuvas e um maior índice de
secas. as árvores da floresta amazônica devolvem a água das chuvas para a atmosfera
em forma de vapor d'água, que é transportado e cai em forma de chuva nas outras
regiões.
Como exemplo, o meteorologista disse que uma árvore de 10 metros de diâmetro
bombeia para a atmosfera mais de 300 litros de água em forma de vapor, em um único
dia. Uma árvore que tem o dobro do tamanho é capaz de bombear mais de 1.000 litros
por dia.

5- Diferentes fatores podem interferir no seu estado de conservação e desequilíbrios, como a


sua declividade, uso do solo, principalmente em zonas de recarga, responsáveis pela
drenagem da água do divisor natural até a nascente. A conservação dessa água depende da
conservação dos outros recursos naturais existentes no sistema.

Presença de árvores nos topos dos morros e das seções convexas, estendendo-se
até um terço das encostas, é indispensável para a recuperação e conservação das
nascentes. As principais perturbações encontradas nas nascentes são a
compactação do solo pelo gado e pelas práticas de preparo para o plantio de
culturas agrícolas, presença de lixo, estrume, erosão, e desmatamento. 
Para se ter equilíbrio nos impactos causados pelo homem, um dos principais pioneiros e a
preservação e a manutenção das suas matas ciliares, pois é possível destacar suas funções ao
controlar erosões em margens de cursos D´agua, remediando o assoreamento de mananciais,
redução de efeitos de enchentes, manutenção da quantidade e qualidade das águas, auxilio na
proteção de sua fauna, equilíbrio do clima, melhoria de qualidade de vida e uma perfeita
filtragem de resíduos de produtos químicos como agrotóxicos e fertilizantes, funcionando
como reguladores do fluxo de água, sedimentos e nutrientes entre terrenos altos da bacia e a
rede de drenagem. A mata ciliar portanto e de extrema importância para preservação, sendo
visto que protege o solo, filtra a água e controla escoamentos superficiais. O crescimento da
pecuária e agricultura tornaram-se ameaças para a continuidade de muitas matas ciliares. Sem
a preservação desse tipo de formação florestal, o meio ambiente sofre com erosões e
assoreamento, o que diminui a qualidade das águas. Sem ela, a água da chuva escoa pela
superfície, o que impede sua infiltração e armazenamento no lençol freático,
consequentemente, reduzem-se as nascentes, os córregos, os rios e os riachos. Por
fim, o desmatamento também impede a formação de corredores naturais tanto de
flora, quanto de fauna.

6- Teoria do Contínuo Fluvial ou River Continuum Concept,  descrita por Robin Vannote et
al (1980).

Segundo esta teoria, sistemas lóticos, particularmente riachos de regiões temperadas,


representam um gradiente de variáveis ecológicas da nascente até a foz. Ao longo do rio,
mudasse a sua largura, volume de água, profundidade, temperatura, quantidade e o tipo
de material suspenso transportado, fazendo com que comunidades que se encontram
organizadas em um eixo longitudinal, maximizem (tirem o máximo proveito) materiais e a
energia transportados gradiente rio a baixo. O trecho superior do rio é ocupado por
comunidades predominantemente constituídas por organismos heterotrófos/retalhadores de
matéria detrital de maior tamanho. Na porção média, ocorre a predominância de organismos
autotrófos e de herbívoros filtradores, enquanto no trecho final do rio, voltam a predominar
organismos heterotrófos, mas filtradores de pequenas partículas. Foram postuladas ainda
mudanças funcionais na relação produção/respiração, as quais permitiram classificar os
trechos: Nascente ambientes heterotróficos, (produção < respiração), passando gradualmente
no Trecho intermediário para um sistema autotrófico (produção > respiração) e voltando
novamente à condição heterotrófica, no Trecho inferior ou próximo à foz, quando o fluxo lento
e a turbidez limitariam a produtividade primária, resultando em (produção < respiração)

O conceito de Contínuo fluvial é amplamente aplicado em função de seu poder explanatório, e


tem sido alvo de constantes complementações e críticas, tais como:

a) A zonação longitudinal, descrevendo três trechos típicos com interdependência crescente, é


frequentemente criticada por apresentar um padrão raramente encontrado na natureza, em
que a grande maioria dos rios não passa de terceira ordem sem que hajam claras
interferências antrópicas, o que interfere nas previsões do conceito (Bretschko, 1995);
b) Para a ecologia de ecossistemas lóticos a importância do regime hidráulico e variáveis a ele
relacionadas é ainda uma questão aberta, não sendo adequadamente coberta pelo CCF;

c) A teoria foi desenvolvida em pequenos rios de clima temperado, e a sua extrapolação para
os rios em geral, mesmo sendo elaborada com uma perspectiva geomorfológica da bacia
hidrográfica, não leva em consideração a maior heterogeneidade dos sistemas tropicais,
excluindo as influências das amplas áreas periodicamente inundadas e a influência dos pulsos
de inundação (Junk et al., 1989, citado por Sé, 1992).

d) A classificação da fauna aquática em grupos funcionais proposta pelo CCF (organismos


coletores, raspadores, filtradores, cortadores e trituradores) é bastante criticada pelos
especialistas em fauna bentônica a partir do ponto de vista prático, pois muitas vezes um
mesmo organismo pode apresentar dietas diversificadas e variadas de acordo com as
condições do ambiente. Estas críticas ao conceito de contínuo fluvial deram origem a novas
teorias que o complementam

7- Poços artesianos são obras hidráulicas para captar água subterrânea em uma profundidade
grande, fazendo captação de água armazenada dentro ou abaixo da camada rochosa.
Chegando a 50 a 400 metros de profundidade

Poços freáticos ou poços caipira, são abastecidos apenas com água do lençol freático, sendo
perfurado manualmente até o inicio do lençol freático da terra, encontrando a primeira
reserva de água próxima à superfície, sua profundidade geralmente chega no máximo a 20
metros .

Porosidade A porosidade, n, é a percentagem de vazios (poros) existentes no material, isto é,

Xxxxxxxxxxxx

http://www.leb.esalq.usp.br/disciplinas/Fernando/leb1440/Aula%208/Hidraulica%20de
%20Pocos_Anteor%20R%20Barbosa%20Jr.pdf

O volume total, Vt , é dado pela soma do volume dos poros (vazios), Vp, com o volume dos
grãos, Vg, isto é, Vt = Vp + Vg. Quando um material se encontra saturado, todos os seus vazios
ficam preenchidos com água. Desse modo, o volume de água de saturação é obtido
multiplicando-se a porosidade pelo volume do material, isto é, (volume de saturação) = n 
(volume do material). (02) A porosidade depende do tamanho, da forma, do grau de
uniformidade e da arrumação dos grãos que compõem o material. Quando a granulometria do
material é uniforme, a porosidade é maior que em se tratando de partículas de tamanhos
diferentes, pois neste caso as menores ocupam os vazios deixados pelas maiores. Vê-se, pois,
que existe alguma ligação da porosidade com aquilo que é conceituado como coeficiente de
uniformidade

Coeficiente de permeabilidade  experiência de Darcy A propriedade interligada com a função


de condução da água do aquífero é a permeabilidade, K, que pode ser definida como “a
capacidade do meio poroso transmitir a água”. A grandeza que informa sobre a capacidade do
meio poroso transmitir a água é o coeficiente de permeabilidade que, por definição,
representa “a quantidade de água que, na unidade de tempo, passa pela seção do material de
área unitária, quando perda de carga por unidade de comprimento (perda de carga unitária)
corresponde à unidade”. Esta definição deriva da própria equação de Darcy.

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