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Pode-se entender por regionalização a divisão de um grande espaço territorial, com critérios
previamente estabelecidos, em áreas menores que passam a ser chamadas de regiões.
Cada região diferencia-se das outras por apresentar particularidades próprias.
Critérios de regionalização
Pode-se dizer que são vários os critérios utilizados para fazer-se uma regionalização, de
maneira a reduzir-se o espaço geográfico e dividi-lo. Destacam-se os seguintes critérios:
Critérios físicos: criação de regiões unificando áreas com algum elemento físico comum,
como:
- clima
- relevo
- vegetação
- hidrografia
1822
Na época da independência do Brasil, o país não estava dividido por regiões.
O Brasil possuía 19 províncias, dentre as quais se encontrava a Cisplatina, atual Uruguai.
Também vemos que a atual Região Norte não era subdividida e todo o território chamava-se
Grão-Pará.
No entanto, em 1828, a província da Cisplatina consegue sua independência e surge o
Uruguai.
1889
No ano da instalação do regime republicano, o Brasil estava dividido em 20 estados.
Em 1853, o Paraná havia se emancipado de São Paulo, constituindo um território autônomo
e a província do Grão-Pará é dividida em duas, surgindo os estados do Amazonas e do
Pará.
1913
A primeira proposta de divisão regional no Brasil foi feita em 1913, a fim de melhorar o
ensino da geografia nas escolas. Dividia-se o país em cinco regiões, segundo aspectos
físicos: Setentrional, Norte Oriental, Oriental, Meridional.
Ainda não existiam os estados do Amapá, Roraima e Mato Grosso do Sul, por exemplo.
1940
O Brasil passa a ser dividido em cinco regiões, segundo aspectos físicos e
socioeconômicos: Norte, Centro, Nordeste, Sul e Leste.
Com o aumento da migração do Nordeste para o Sudeste, outra divisão regional foi
realizada, dessa vez pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Criado em 1936, este organismo seria o responsável por coletar dados estatísticos sobre o
país e ajudar na administração pública.
Nesta época, os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio
de Janeiro pertenciam à Região Sul.
1945
O Brasil se encontrava repartido em sete regiões: Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste
Oriental, Centro-Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul.
Foram criados territórios como Rio Branco (atual estado de Roraima) e Iguaçu (porção
oeste de Santa Catarina e Paraná).
1960
A capital do Brasil foi transferida para Brasília, em 21 de abril de 1960, na Região
Centro-Oeste. Assim, o município neutro do Rio de Janeiro se transforma no estado da
Guanabara, enquanto o território restante passa a se denominar Rio de Janeiro.
Em 1962, o Território Federal do Acre foi elevado para estado e o Território Federal do Rio
Branco passou a se chamar Território Federal de Roraima.
1970
Nesta década, estabelecem-se as cinco grandes regiões que conhecemos hoje: Norte,
Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
Em 1975, o estado da Guanabara é extinto, se funde ao estado do Rio de Janeiro,
convertendo-se em sua capital.
Quatro anos depois, o estado do Mato Grosso é desmembrado para a criação do estado do
Mato Grosso do Sul cuja capital é Campo Grande.
1990
O norte de Goiás torna-se o estado de Tocantins, criado em 05 de outubro de 1988, e sua
capital é a cidade de Palmas.
A Constituição de 1988 extingue os últimos territórios federais no Brasil, Amapá e Roraima,
que são elevados à categoria de estados.
Também o arquipélago de Fernando de Noronha, deixa de ser um território federal e passa
a ser um distrito do estado de Pernambuco.
É a maior das três. Tem aproximadamente 5 milhões de km2, extensão que corresponde a
quase 60% do território brasileiro. Compreende todos os Estados da região Norte (com
exceção do extremo sul de Tocantins), o oeste do Maranhão e praticamente todo o Mato
Grosso.
Apesar de sua dimensão, possui o menor número de habitantes do país. Em muitos pontos
da região acontecem os chamados "vazios demográficos". A maioria da população está
localizada nas duas principais capitais do complexo, Manaus e Belém. Na economia
predominam o extrativismo animal, vegetal e mineral. Destacam-se também o pólo
petroquímico da Petrobras e a Zona Franca de Manaus, que fabrica a maior parte dos
produtos eletrônicos brasileiros.
Abrange as regiões Sul e Sudeste (exceto o norte de Minas Gerais), Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e o sul do Tocantins. Compreende aproximadamente
2,2 milhões de km2.
É a região mais dinâmica do ponto de vista econômico. São Paulo, Rio de Janeiro e Belo
Horizonte são as cidades de maior destaque.
O Centro-Sul é o principal destino de migrantes de diversos pontos do país e onde se
encontra cerca de 70% de toda a população brasileira.
Possui a economia mais diversificada, baseada na agricultura de exportação e,
principalmente, na indústria. É responsável pela produção da maior parte do Produto Interno
Bruto nacional.
OS QUATRO BRASIS
Geopoliticamente, o Brasil vem sendo dividido há muito tempo em cinco regiões distintas:
Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Contudo, alguns geógrafos e estudiosos
vêm, ao longo do tempo, propondo outras formas de divisão do país. A divisão regional do
território brasileiro em “quatro Brasis” foi proposta pelo professor Milton Santos e pela
professora Maria Laura Silveira, em 2001.
Milton Santos utilizou como bases de sua classificação a informação e as finanças no país,
e a forma como são geograficamente distribuídas. Nesse contexto, ele chegou a “quatro
brasis”, representados pela Região Amazônica, Região Nordeste, Região Centro-Oeste e
Região Concentrada.
A divisão em 4 Brasis
A Região Amazônica abrange os estados do Norte do país, sem o Tocantins, e apresenta
baixa densidade demográfica. Possui uma infraestrutura de transportes com poucas
possibilidades de rápido deslocamento – como aeronáutica, fluvial ou mesmo rodoviária.
A região possui pouca ou reduzida concentração tecnológica urbana se comparada às
demais regiões. Há uma grande presença de atividades tradicionais, do extrativismo mineral
ou vegetal é um paradoxo, com algumas poucas localidades responsáveis pela produção de
bens de tecnologia e com boa infraestrutura nessa área.
A Região Nordeste, dos “quatro Brasis”, coincide com a delimitação oficial atual,
compreendendo todos os estados da Região Nordeste. A ocupação e povoamento da área
são antigos, porém seguiram uma linha esparsa e levaram a uma ocupação pouco densa. A
instalação de infraestruturas e as redes de informação são existentes e podem atingir um
evoluído estágio em alguns locais, mas seguem um caráter descontínuo ao longo do
território.
A Região Centro-Oeste compreende, além dos estados definidos como Centro-Oeste pelo
IBGE, mais o estado de Tocantins. Atuando como uma região periférica em relação ao
Sul-Sudeste, é uma área que apresenta bom acesso e uso das redes de informação e, a
despeito de possuir uma economia basicamente agropecuária, desenvolve essa atividade
com tecnologia e processos modernos e avançados.
CONCLUSÃO
A regionalização do Brasil foi muito importante para o país, as divisões regionais fizeram
parte de uma contribuição para termos as culturas regionais que conhecemos hoje.
Sendo assim ,podemos atribuir diversos fatores para a regionalização do país, diversas
características influenciaram esse processo,como por exemplo, o êxodo rural, que foi um
fenômeno gritante no século passado.