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Tema:
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
2.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e internacionais
2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................5
2. Objectivos do trabalho..............................................................................................................2
3. Metodologias do trabalho.........................................................................................................2
5. Conclusão...............................................................................................................................11
6. Referências bibliográficas......................................................................................................12
1. Introdução
Neste presente trabalho pretende abordar sobre, desafio da ética profissional no dia-a-dia
das instituições publicas visto que, Os valores éticos, e com eles o princípio da moralidade, têm
reclamado manifestações mais frequentes e importantes no direito. O administrador público está
vinculado aos princípios constitucionais expressos: legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, eficiência, bem como os diversos princípios implícitos ou doutrinários constantes na
melhor doutrina.
3. Metodologias do trabalho
Para Marconi & Lakatos (2009), o método consiste em um conjunto de actividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar um objectivo,
traçando o caminho a ser seguido. Para a realização deste trabalho, o método usado foi o
Bibliográfico. Segundo Fonseca (2002) é feito a partir do levantamento de referências teóricas já
analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos,
páginas de websites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que
permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto.
Para entender as concepções de ética nos sectores das instituições públicas e privadas, se faz
necessário conhecer as concepções apresentadas na literatura até o momento. Sabe-se que a ética
está directamente ligada aos princípios e valores que determinam a conduta humana em relação
ao meio em que vive. Segundo Aurélio Ferreira (2005, p. 383), a ética pode ser definida como
“O estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana, do ponto de vista do bem e do
mal”. Ou ainda, segundo o mesmo autor, um “Conjunto de normas e princípios que norteiam a
boa conduta do ser humano”.
A ética é uma ciência que estuda a forma de comportamento nas sociedades, onde o bem-estar
deve estar em primeiro lugar; assim, podemos afirmar que a necessidade ética originou-se com o
homem em sociedade. O comportamento ético varia conforme o ambiente, a situação e a cultura,
mas está presente em nossas vidas o tempo todo, tanto nas relações pessoais, quanto nas
profissionais; daí a importância de estudar a ética dentro do contexto organizacional.
Para Rodrigues e Souza (1994, p.13): “A ética é um conjunto de princípios e valores que guiam e
orientam as relações humanas”. Esses princípios devem ter características universais e precisam
ser válidos para todas as pessoas e para sempre. Já segundo Vasquez (1985, p. 12): “A ética é a
ciência que estuda o comportamento moral dos homens na sociedade”.
Em qualquer dicionário corrente, podemos ver entre outras respostas quando nos questionamos
acerca do que é a ética, e encontramos inúmeras definições, “moral”, “diferença entre bem e
mal”, “comportamento bom ou mau”, “a ética é a ciência da moral”, para citarmos apenas as que
nos parecem mais adequadas para a reflexão deste texto. Do nosso ponto de vista, associamos o
termo “ética” à ideia de educação, formação humana, carácter das pessoas, desempenho e postura
na organização em termos de relacionamento (Ferreira & Dias, 2005).
A ética no seu sentido etimológico é uma palavra que vem do grego ethos e define-se por duas
formas (Trigo (1999, p.225; Dias, 2004, p.85). a primeira, êthos”, refere-se ao modo de ser, ao
carácter, à realidade interior donde provêm os actos humanos. a segunda éthos, indica os
costumes, os hábitos ou o agir habitual; actos concretos que indicam e realizam o modo de ser da
pessoa. A ética abarca as questões emergentes não só das tecnologias, do profissionalismo a nível
de conhecimento técnico e científico, os problemas do ambiente externo envolvente, mas
também, e não menos importante, as relações entre as pessoas. Hoje em dia não chega saber
fazer, é necessário saber ser, estar e saber Saber (Pereira, et al.2009, p.120).
A ética como factor relacional nas instituições públicas e privadas abarca as questões emergentes
não só das tecnologias, do profissionalismo a nível de conhecimento técnico e científico, os
problemas do ambiente externo envolvente, mas também, e não menos importante, as relações
entre as pessoas. Hoje em dia não chega saber fazer, é necessário saber ser, estar e saber Saber
(Pereira, et al.2009, p.120).
Arménio Rego, com uma vasta literatura sobre esta temática ligada à ética dos comportamentos
nas organizações, encontrou em estudos empíricos realizados em Portugal uma dimensão
designada por “harmonia interpessoal” que não se encontra na grande maioria de estudos
efectuados a nível internacional (2002, p.16). Para o autor esta dimensão compreende-se pela
lenta mudança da cultura nacional. De facto, a elevada propensão para as relações sociais
harmoniosas, a valorização da cooperação, a sensibilidade para comunicar de modo indirecto e
pouco claro, embora social é característico da cultura nas nossas organizações.
Cada organização possui os seus próprios códigos de ética, seja ela de que tipo for, a organização
estabelece regras que devem ser objectivas. Tudo deve ser conhecido, não se pode cumprir o que
não se conhece, ou então limitamo-nos a generalidades que não servem a ninguém, esconder para
depois se tirarem benefícios não é uma boa atitude, é desonesto, são comportamentos antiéticos
que são de rejeitar. Os códigos servem para compromissos transparentes entre todos os
participantes, isto é, a força de trabalho, fornecedores, etc… conciliando o interesse de todos e
valorizando o ser humano. Deste modo, há razões para que gestores, directores, chefes das
organizações considerem as particularidades, tendo cuidado nos estilos de liderança, no modo
como comunicam com os seus colaboradores, como procuram motivá-los e como premeiam o seu
trabalho. Justifica-se o recurso a códigos de ética, adaptados a cada organização.
Todo ser humano sente a necessidade de se firmar perante à sociedade e, para tanto, estipula
condutas internas que se exteriorizam face à comunidade, muitas vezes, criando larga aceitação.
Dessa, aprovação social, surgem valores colectivos que aproximam os homens e atenuam
conflitos. Tais condutas numa sociedade representam e pressupõem observância a determinados
valores, que os subordinam entre si. É claro que das condutas colectivamente aceitas, surgem
valores sociais que podem ser normatizados pelos Estados, ou integrados nos costumes e
tradições de um povo. Assim é que a ética, uma vez reconhecida como uma adesão voluntária,
fez surgir os códigos de ética de cada grupo social que o reconheça ao seu modo e à sua
experiência.
Desta forma, nos diferentes segmentos da organização social, quer nos aspectos familiares, quer
nos aspectos obrigacionais, políticos ou empresariais, urge imperiosamente a elaboração
normativa de disposições jurídicas afinadas aos reclamos éticos proclamadores do código. Para a
ética não basta que exista um elenco de princípios fundamentais e direitos definidos nas
constituições. O desafio ético para uma nação é o de universalizar os direitos reais, permitindo a
todos a cidadania plena.
Os que mentem trapaceiam, mas não acreditam que é errado o que fazem, podem estar
vivendo de acordo com padrões éticos. Podem acreditar, por alguma dentre inúmeras
razões possíveis, que é correto mentir, trapacear, roubar etc. Não estão vivendo de acordo
com padrões éticos convencionais, mas podem estar vivendo de acordo com outros tipos
de padrões éticos.
Insta observar que a citação acima, mesmo existindo razão lógica de ser é passível de críticas,
todavia, não se pode deixar de mencionar que a ética numa visão da Administração Pública deixa
poucos espaços vazios para actuar, e quando os deixa jamais se pode perder de mira a legalidade
e finalidade pública. Outrossim, sem induzir uma raiz meramente dogmática a ética, convém
lembrar que, hodiernamente, muitas das condutas humanas estão visivelmente estipuladas em
normas deontológicas, tais como observar-se-ão quando da análise do código de ética
profissional.
Importante considerar o aspecto da ética social como dimensão da ética, como aduz Bezerra
(2001, p.27):
Ninguém é ético para si mesmo, mas em relação aos outros e ao mundo exterior.
Portanto, a ética nunca é exclusivamente individual; refere-se pelo menos a uma
pessoa em inteiração com outra. Somos seres éticos em relação a alguém. Esta é
a ética das relações interpessoais, chamada microética. A microética abre-se à
macroética ou à ética das acções colectivas, onde o sujeito não é o indivíduo mas
um grupo, a associação e a comunidade política.
O mérito do ato administrativo não pode ser uma liberdade geral de actuar, no caso concreto, se
faz necessário a perfeita correspondência com os elementos do ato administrativo para com a
finalidade pública.
Sempre que um ato for contrário aos interesses da Administração Pública ou ao interesse publico,
mister se faz desfazê-lo, seja pelos institutos da revogação ou anulação. Salienta-se, de logo, que
os padrões de ética dos actos administrativos não aceitam ou se admitem, qualquer forma de
esquecimento no actuar obrigatório da administração. Assim é que defende-se um rigoroso
controle dos actos administrativos, que não se dá de forma meramente por publicações no diário
oficial e sim, através de controle de toda a sociedade politicamente organizada. Desse modo,
torna-se imperioso a criação de comissões com este objectivo, em todos os cantos da
Administração Pública das esferas do poder.
Todo ato administrativo tem presunção de legalidade e legitimidade. Legal e legítimo não são as
mesmas coisas, não expressam o mesmo significado. Os dois são de extrema importância para o
direito administrativo, pois é dado ao ato administrativo essa presunção de ser lícito e legítimo,
atendendo ao direito positivo e ao interesse colectivo. É presunção iuris tantun, presumindo-se,
assim, que o que vem do Poder Público, respeitou a lei. Legitimidade está para o Estado
Democrático, assim como legalidade está para o Estado de Direito.
Moreira Neto apud Ives Gandra Martins (1999, p.106) faz um belo retrospecto histórico acerca
do princípio da moralidade:
No estudo dessas relações, desde logo encontramos o magno problema da distinção entre
os dois campos, da moral e do direito, e destacadamente, duas geniais formulações a
respeito: primeiro, no início do séc.XVIII, de Christian Thommasius, e, depois, já no fim
desse século, de Immanuel Kant. Thommasius delimitou as três disciplinas da conduta
humana: a Moral (caracterizada pela ideia do honestum), a política (caracterizada pela
ideia do decorum), e o Direito (caracterizado pela ideia do iustum), para demonstrar que
os deveres morais são do ‘foro íntimo’ e insujeitáveis, portanto, a coerção, enquanto os
deveres jurídicos são externos e, por isso, coercíveis. Immanuel Kant, sem, de todo,
abandonar essa linha, ao dividir a metafísica dos costumes em dois campos, distinguiu o
da Teoria do Direito e o da Teoria da Virtude (moral); as regras morais visam garantir a
liberdade interna dos indivíduos, ao passo que as regras jurídicas asseguram a liberdade
externa na convivência social.
A questão da ética, inclusive a discussão acerca de sua existência entre criminosos, bem como
corrupção, direitos humanos, reflexos na Administração Pública, limite de gastos com pessoal e
apontamentos sobre a saída da crise ética são objecto. A corrupção está colocando o País numa
conjuntura difícil, principalmente, num momento em que se está caminhando para mudanças no
poder. Corrupções vêm deteriorando estruturas sociais, económicas, culturais e morais da
sociedade brasileira. Cada vez que é divulgado um novo escândalo, surgem revelações, revolta,
criação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Corrupção vem do latim corruptio de
corrumpere, que significa na lição de Plácido e Silva (1989, p.575): “deitar a perder, estragar,
destruir, corromper”. Modernamente pode-se conceituar a corrupção, em sentido bastante amplo,
como a madrasta das mazelas sociais, uma espécie de conduta a ética que desrespeita as normas,
violando-as com o objectivo precípuo de obter qualquer vantagem para si ou para outrem,
criando, por consectário natural, elevação da pobreza e por conseguinte obstáculos ao progresso e
desenvolvimento nacional, que levam a marginalização da sociedade e crise em toda a
humanidade.
O administrador público está sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, sob
pena de praticar ato inválido e expor-se às responsabilidades administrativa, civil e criminal.
Caberia um pouco mais tarde, a Maurice Hauriou introduzir, sem vacilar, enfrentando a dura crítica
de então, notadamente de seu amigo Leon Dugui, o deão de Bordéus, o conceito de moralidade
administrativa. A literatura jus-naturalista registra, a propósito, como primeira menção à
moralidade administrativa, as anotações de Hauriou às decisões do Conselho de Estado Francês
proferidas no caso ‘Gommel’ em 1914.
Moreira Neto alerta para o conceito de moralidade (2001, p.58): “Para bem compreender essa
apertada síntese conceitual de Hauriou — conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina
interior da administração, é mister precisar o alcance de certas premissas que nela se
subentendem”. A moralidade administrativa constitui, também, pressuposto de validade de todo
ato da Administração Pública, que deverá obedecer a ética.
Carvalho Filho (2003, p.15) ensina:
O princípio da moralidade impõe que o administrador público não dispense os preceitos éticos que
devem estar presentes em sua conduta. Deve não só averiguar os critérios de conveniência,
oportunidade e justiça em suas ações, mas também distinguir o que é honesto do que é desonesto.
Moreira Neto (2001, p.49) reforça ao afirmar: “A expressão admissão do princípio da moralidade
administrativa no texto da constituição de 1988 provocou, como seria de prever, um
ressurgimento dos estudos do tema ético no Direito e na Administração Pública”.
Este princípio consagra, ainda, que não basta que a actuação do administrador seja legal, ela deve
ser concomitantemente moral. Por isso, incorre o ato em desvio de finalidade aquele que não
respeitar à moralidade administrativa, entendida da melhor maneira técnica como a ética
profissional, pois o administrador deve atender a princípios básicos tais como: honestidade, zelo
com a coisa pública, sigilo quando necessário, competência, prudência, humildade,
imparcialidade, lealdade, boa-fé objectiva e tantos outros.