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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Reflexão sobre as virtudes profissionais: Responsabilidade, Lealdade e Sigilo


I Trabalho do campo

Nome do Estudante: Jamaica Seminário Nazaré;


Código: 708200862

Docente: Dr. José Lucas Nhama

Curso: Licenciatura em Ensino de Matemática


Disciplina: Ética Profissional
Ano de Frequência: 2023

Tete, Abril, 2023


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índic

e
1. Introdução........................................................................................................................5
2. Objectivos........................................................................................................................5
2.1 Objectivo principal...........................................................................................................5
2.2 Objectivos específicos.....................................................................................................5
3. Metodologia.....................................................................................................................5
4. Ética Profissional.............................................................................................................6
4.1 Definição do conceito......................................................................................................6
4.2 Importância da ética profissional.....................................................................................6
5. As virtudes profissionais: Responsabilidade, Lealdade e Sigilo.....................................7
5.1 Definição do conceito responsabilidade..........................................................................7
5.2 A responsabilidade profissional.......................................................................................7
5.2.1 Deveres do profissional ou trabalhador........................................................................7
5.2.2 Deveres do empregador................................................................................................8
6. A lealdade profissional....................................................................................................9
6.1 Definição do conceito lealdade.............................................................................................9
6.2 A lealdade no sector do trabalho......................................................................................9
7. Sigilo profissional..........................................................................................................10
7.1 Definição de sigilo.........................................................................................................10
7.2 Sigilo no sector do trabalho...........................................................................................10
7.3 Limites do sigilo profissional.........................................................................................11
8. Conclusão.......................................................................................................................12
9. Referencias Bibliográficas.............................................................................................13
1. Introdução
Ser um profissional pautado por princípios éticos certamente pode render bons frutos. Não
obstante os deveres de um Professional, os quais são obrigatórios, devem ser levados em
conta as qualidades pessoais que concorram para o enriquecimento de sua actuação
profissional, facilitando o exercício da profissão. Deste modo, a ética profissional como um
princípio que rege o comportamento de um trabalhador e da sua equipe no ambiente de
trabalho. Seria a acção reguladora da ética agindo no desempenho das profissões, fazendo
com que o profissional respeite seu semelhante quando no exercício da sua profissão, tendo
em conta as virtudes profissionais, em particular a responsabilidade, lealdade e sigilo.
2. Objectivos
2.1 Objectivo principal
 Reflectir sobre as virtudes profissionais: Responsabilidade, Lealdade e Sígilio.
2.2 Objectivos específicos
 Identificar os deveres de um profissional dentro de sua profissão.
 Caracterizar as virtudes: Responsabilidade, Lealdade e Sígilio na carreira profissional.
3. Metodologia
Pesquisa pode ser entendida como um processo sistemático da produção de conhecimento,
objetivando, construir novos e/ou a confirmação ou refutação de algum conhecimento pré-
existente (Thiollent, 1997).
Para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizados como embalamento teórico
informações coletadas por meio da metodologia da pesquisa bibliográfica, ou seja,
desenvolvida a partir de materiais publicados em livros, artigos e teses.
4. Ética Profissional
4.1 Definição do conceito
A ética profissional é um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática
no exercício de qualquer profissão. Ademais é a acção "reguladora" da ética agindo no
desempenho das profissões, fazendo com que o profissional respeite seu semelhante quando
no exercício da sua profissão.
De acordo com, Borges e Medeiros (2007), ética profissional é o conjunto de atitudes técnicas
e sociais que são exigidos por uma classe profissional especifica aos seus membros.
Ademais, a Ética Profissional pode-se ser entendida como conjunto de normas e valores que
direccionam as condutas dos colaboradores para que estes mantenham uma reputação positiva
no ambiente do trabalho (Barros, 2010).
4.2 Importância da ética profissional
A convivência em sociedade obriga as pessoas a criarem diversos tipos de relacionamento
durante toda a vida, alguns muitas vezes conflituosos, onde cada pessoa possui um objectivo
oposto ao da outra. Esses conflitos de interesses fazem com que cada indivíduo assuma uma
posição e comportamento dentro daquilo que acredita ser justo e correcto para a situação.
Segundo, Moreira (cit. em, Calegaro, 2010), sem ética, a organização e a existência da
sociedade, da profissão, das empresas ficam comprometidas. Ela é extremamente necessária
na relação entre as pessoas, na formação familiar, no funcionamento de comunidades
religiosas, desportivas, empresarias, militares (p. 9).
A ética é indispensável em todas as relações humanas, principalmente no ambiente
profissional, onde a forte disputa induz, muitas vezes, aos mais diversos comportamentos
antiéticos.
Ademais, a ética é indispensável ao profissional, porque, na ação humana, “o fazer” e o “agir”
estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve
possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, ao
conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão, ou seja, ético é todo
profissional que tem como meta sentir-se íntegro e pleno da alegria de viver. Convicto de que
todos os demais podem se sentir assim também.
Como afirma, Fipecafi (1997), não há sociedade que progrida por muito tempo, que se
mantenha politicamente consistente, que ofereça bem-estar social a seus membros, nem
profissão que se imponha pelo produto de seu trabalho, que angarie respeito de todos, que se
faça reconhecer por seus próprios méritos, sem que esteja a ética a servir de cimento a
fortalecer sua estrutura (p. 11). Portanto, sem ética, a sociedade não se estrutura de forma
permanente; e uma profissão também não.
5. As virtudes profissionais: Responsabilidade, Lealdade e Sigilo.
5.1 Definição do conceito responsabilidade
A palavra responsabilidade deriva do latim re-spondere, comprometer-se (spondere) perante
alguém, e é usado como “a capacidade e obrigação de responder ou prestar contas pelos
próprios actos e seus efeitos, aceitando as consequências”(Cabral, S/d).
Na linguagem comum, muitas vezes a expressão responsabilidade tem o mesmo significado
de obrigação ou dever. Quando uma pessoa diz: Eu me responsabilizo pelo que estou fazendo,
ela talvez esteja querendo dizer, eu estou consciente de minhas obrigações.
No nosso meio profissional, ao indicarmos o responsável (técnico, enfermeiro ou professor)
por determinado ato de ofício, estamos apontando quem tem a obrigação profissional de levá-
lo a bom termo. Não se quer dizer que a indicação do responsável técnico necessariamente
seja a imputação de inadimplência de dever ou de culpa por ato ilícito. Nesta ordem de ideia,
a responsabilidade é função do nível de discernimento de que se pode fazer prova e de uma
obrigação a de responder pelos actos praticados e pelos compromissos assumidos. Portanto, a
responsabilidade é quando se exerce no compromisso assumido ou perante uma missão que
nos é atribuída, a obrigação de cumprir certos deveres ou de assumir certos encargos ou
compromissos.
5.2 A responsabilidade profissional
Em todas as profissões, quando se alia responsabilidade ao talento, o profissional se torna
insuperável. Da mesma forma que dá o máximo de sua atenção, deve e pode exigir atenção
para consigo mesmo. Passa a perceber que o ganho mensal é muito mais sólido pois é muito
mais uma consequência natural, do que seu principal objecto.
Nesta fase actual de indefinição económica e política do nosso país, de acirrada concorrência
profissional, quando se disputa salário e não qualidade, quando há medo do desemprego e até
medo da falta do que fazer, nada é mais seguro do que uma reconhecida responsabilidade
profissional. É o que distingue o bom profissional de tudo que lhe cerca. Ele será procurado,
sem incertezas e temores, a despeito de crises ou recessões pois não há, na história, situação
por mais catastrófica que faça com que um bom profissional não seja necessário. E a cada vez
mais ele se realiza, mais constrói e vê resultados naquilo que gosta de fazer.
5.2.1 Deveres do profissional ou trabalhador
O sistema social profissional, além dos deveres para com a sociedade tem liames éticos
peculiares. O profissional acumula aos seus deveres de membro da sociedade os deveres de
membro de seu universo cultural profissional. Ademais, o património intelectual do
profissional é compartilhado com a sociedade e com sua classe.
A responsabilidade profissional é inseparável da responsabilidade do indivíduo como ser
humano. Não existe uma pessoa que seja responsável como ser humano e irresponsável
profissionalmente e vice-versa. A responsabilidade é a virtude maior que um profissional
pode possuir.
De acordo com, as alíneas a), b), c) e d) do artigo 58 da Lei nº 23/2007, de 01 de Agosto, o
trabalhador tem, em especial, os seguintes deveres: Comparecer ao serviço com pontualidade
e assiduidade; Prestar o trabalho com zelo e diligência; Respeitar e tratar com correcção e
lealdade o empregador, os superiores hierárquicos, os colegas de trabalho e demais pessoas
que estejam ou entrem em contacto com a empresa; Obedecer a ordens legais e a instruções
do empregador, dos seus representantes ou dos superiores hierárquicos do trabalhador.
Neste âmbito, o profissional deve conhecer o conteúdo teórico e prático de sua profissão.
Pois, é indissociável a pessoa do profissional com o perfil de sua profissão. Prioritariamente o
indivíduo especializado entrega-se à sua profissão sobre todas as outras actividades. Todavia,
a profissão é veículo de prestação de serviços para a humanidade. O produto da acção
profissional deve ser superior em qualidade ao do leigo.
Com tanto, o profissional é o primeiro e principal juiz de sua própria acção, deve cultivar
confiança mútua entre o agente e o beneficiário do serviço profissional. Alem disso, o
profissional é o privilegiado detentor do modo de fazer de seu ofício, destacando-se pela sua
perícia. A capacidade de competir é dever comportamental do profissional e visa o
desenvolvimento da qualidade de seu produto. O profissional é titular de direitos específicos
de sua profissão e, é titular dos direitos de sua profissão e com ela se identifica.
Contudo, o profissional realiza-se pelo cumprimento responsável e competente dos
compromissos profissionais, munindo-se de técnicas adequadas, assegurando os resultados
propostos e a qualidade satisfatória nos serviços e produtos e observando a segurança nos seus
procedimentos.
5.2.1 Deveres do empregador
Segundo, as alíneas a), b), c) e d) do artigo 59 da Lei nº 23/2007, de 01 de Agosto, o
empregador tem, em especial, os seguintes deveres: Respeitar os direitos e garantias do
trabalhador cumprindo, integralmente, todas as obrigações decorrentes do contrato de trabalho
e das normas que o regem; Garantir a observância das normas de higiene e segurança no
trabalho, bem como investigar as causas dos acidentes de trabalho e doenças profissionais,
adoptando medidas adequadas à sua prevenção; Proporcionar ao trabalhador boas condições
físicas e morais no local de trabalho; Pagar ao trabalhador uma remuneração justa em função
da quantidade e qualidade do trabalho prestado;
De acordo com Herzberg (1966), os factores higiénicos são aqueles ligados às condições
físicas e ambientais do trabalho, incluindo-se aí as políticas da empresa e benefícios recebidos
que contribuem para evitar ou minimizar o desconforto, uma vez que o ser humano responde
a incentivos.
Contudo, as instituições ou empregadores tem a missão de satisfazer e oferecer condições
dignas de trabalho aos profissionais nos desempenhos das suas funções. Pois, ajuda o
profissional a alcançar resultados favoráveis na sua vida e na sua carreira como profissional.
6. A lealdade profissional
6.1 Definição do conceito lealdade
``A lealdade é a marca da constância, da solidez dos elos com as pessoas, grupos, instituições
e ideais a que deliberadamente nos associamos (Bennett, 1995, p. 431). Ser um cidadão e um
amigo leal significa agir com atenção e seriedade para com o País e os amigos.
Ademais, ser leal é estar comprometido com algo em que acreditamos. E, se acreditamos,
queremos que continue, queremos conservar aquela crença, aquele estado estável criado no
grupo.
Segundo, Follett (1997), a lealdade é despertada durante e pelo mesmo processo que cria o
grupo. O mesmo processo que organiza o grupo. Todavia, a lealdade significa consciência da
unidade, a completa percepção de que temos sucesso ou fracasso (p. 270).
6.2 A lealdade no sector do trabalho
A lealdade, nos dias em que vivemos, foi deslocada em seu vínculo relacional. Somos leais
com base em nossos valores, da nossa ética à carreira que construímos nas decisões e
encaminhamentos que conferimos a nossa vida profissional. Não somos leais à determinada
organização, causa ou pessoa. Somos sim responsáveis por nossas atitudes na relação com
elas, mas leais à carreira que construímos a cada dia.
De acordo com, Reichheld (1996), afirma que as empresas devem perceber que o activo mais
importante é o activo humano, seus clientes, funcionários e investidores, e que, para
desenvolver estratégias de sucesso, elas têm que encontrar formas de atrair e desenvolver o
activo humano certo e conquistar a sua lealdade (p. 16).
A lealdade está voltada, em primeiro lugar, para a carreira profissional que construímos.
Àquela em que actuamos, tomando as decisões certas no sentido de actualizá-la
permanentemente e, sobretudo, zelar pela coerência entre nossas acções e convicções.
Assumimos, assim, uma atitude positiva de permanente diálogo interior a partir da percepção
que temos do contexto cultural em que nos inserimos, fazendo frente aos desafios que nossa
actividade profissional nos exige.
Por outro lado, a lealdade institucional é um valor esperado nas relações entre a empresa e os
seus empregados.
No sector do trabalho, a lealdade significa fazer críticas construtivas, mas as manter dentro do
âmbito da organização. Significa agir com a convicção de que seu comportamento vai
promover os legítimos interesses da organização. Assim, ser leal às vezes pode significar a
recusa em fazer algo que você acha que poderá prejudicar a organização, a equipe de
funcionários (Moller, 1996, p.103-104, cit. em Kombo, K. E (S/d), p. 20).
De acordo com, o artigo 58 da Lei nº 23/2007, de 01 de Agosto, o profissional deve ser leal ao
empregador, designadamente não negociando por conta própria ou alheia, em concorrência
com ele, bem como colaborando para a melhoria do sistema de segurança, higiene e saúde no
trabalho.
7. Sigilo profissional
7.1 Definição de sigilo
O termo sigilo tem origem do latim sigillum, que significa selo ou segredo.
Segundo, Ceneviva (1996), “o sigilo, além do sinónimo de segredo, é também o selo e o
respectivo sinete, ligando-se diretamente ao étimo, como selo aposto para garantir a
inviolabilidade de documento ou de seu envoltório. Mantém-se com esse significado na
espécie de sigilo de correspondência, com o qual, aliás, terminou estendido à comunicação
telegráfica, à transmissão de dados e à conversão telefónica”(p. 22).
O sigilo profissional é guarda de informações obtidas em razão do exercício profissional, de
tudo aquilo que lhe foi confiado como sigilo, ou o que veio a ser conhecido devido seu
estatuto profissional.
7.2 Sigilo no sector do trabalho
Segundo, Silva (2007), o profissional, adoptando um posicionamento ético-político, deve
analisar as atribuições que lhe são confiadas, compreender as problemáticas que se colocam
na sua acção, as actividades que desenvolve (p. 107).
Assim, o profissional deve verificar quais os valores subjacentes à sua intervenção de modo a
incorporá-los na sua prática quotidiana, terá igualmente que estar ciente de que as tomadas de
decisão proporcionam o aparecimento de dilemas, visto, em muitos casos, qualquer que seja a
escolha, esta pressupõe como resultado uma acção indesejada.
O sigilo profissional tratando-se de uma informação a ser protegida, impõe uma relação entre
privacidade e publicidade, cujo dever profissional se estabelece desde a se ater ao estritamente
necessário ao cumprimento de seu trabalho, a não informar a matéria sigilosa.
De acordo com, o artigo 58 da Lei nº 23/2007, de 01 de Agosto, o profissional deve guardar
sigilo profissional, não divulgando, em caso algum, informações referentes à sua organização,
métodos de produção ou negócios da empresa ou estabelecimento. E, segundo o artigo, 66 da
Lei nº 23/2007, de 01 de Agosto, a quebra do sigilo profissional ou dos segredos da produção
ou dos serviços, considera-se infracção disciplinar.
Deste modo, o direito à confidencialidade é tanto um direito da pessoa, como também uma
responsabilidade profissional.
Em outros termos, a existência do sigilo profissional interessa a toda sociedade, pois é
condição indispensável para o trabalho do profissional, na medida em que essas acções
encarnam um interesse da sociedade, definido historicamente. Pois, uma decisão ética resulta
de uma deliberação, de uma escolha consciente diante da pluralidade de elementos que
envolvem determinada questão. Sendo que sua decisão terá implicações para si mesmo, para o
usuário do serviço, para a instituição e para o conjunto da sociedade.
Portanto, o profissional é proibido legalmente de divulgar informações obtidas no exercício de
uma actividade profissional. E, tem o dever ético de não revelar dados confidenciais obtidos
no âmbito da profissão. Implica desde a possibilidade e o dever daquele que guarda o segredo
de se omitir em revelá-lo até a necessária protecção da intimidade do sujeito que apresenta o
aspecto de sua vida que não quer que seja conhecido por outrem
7.3 Limites do sigilo profissional
O dever ético cujo cumprimento é atribuído a uma pessoa em razão de sua profissão lhe
imputa uma atitude de obter apenas a informação necessária para o cumprimento da missão
profissional, e não mais que isso” (Ceneviva, 1996).
Constitucionalmente, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude
da lei, e que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas.
O sigilo profissional não pode vir separado da reflexão ética, como se fosse uma simples
questão técnica. As questões que despertam e os dilemas que apresentam ao quotidiano do
exercício profissional impelem a necessidade de uma postura analítica da realidade, da clareza
do objectivo profissional, que não se deixe burocratizar ou tecnificar, de acções norteadas por
princípios éticos no lugar de preconceitos, e de uma competência que não reforce a
subalternidade do profissional, ao contrário, construa possibilidades de reconhecimento de
direitos.

8. Conclusão
Contudo, existem certos atributos do comportamento humano que ajudam o indivíduo a
alcançar resultados favoráveis na sua vida, quer como ser humano quer como profissional.
São leis básicas, naturais e até óbvias do comportamento que conduzem em última análise à
satisfação pessoal, profissional e por fim à felicidade íntima.
Deste modo, o profissional deve conhecer todos os elementos necessários para o bom
cumprimento de seu trabalho, desde as condições institucionais até as informações obtidas na
sua relação com o usuário.
Porém, é fundamental que o profissional e o empregador tenham obrigações para com a
sociedade e para com os clientes em ordem a prestar cuidados de elevada qualidade, na
melhor gestão dos meios e recursos de que dispõe e considerando-se a si mesmo como
primeiro recurso. Só, assim. pode-se esperar a qualidade dos serviços oferecidos no seio da
sociedade, quando, o profissional e o empregador seguem os princípios orientadores da
actividade profissional e age-se no respeito pelos direitos humanos, na busca da excelência
do exercício e assumem a responsabilidade inerente ao papel assumido perante a sociedade,
cumprindo os seus deveres, conforme a moldura reguladora da profissão, decidindo com
prudência e cuidado.
9. Referencias Bibliográficas
Barroco, M. L. S. (2010). Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos. (8. ed.) São Paulo:
Cortez,.
Barroco, M. L. S. & Terra, S. (2012). Código de Ética do/a Assistente Social comentado.
Conselho Federal de Serviço Social. São Paulo: Cortez.
Cabral, R. (S/d). Responsabilidade, (vol. 4), Logos.
Ceneviva, W. (1996). Segredos profissionais. São Paulo: Malheiros Editores.
Herzberb, F. (1966). The motivation-hygiene theory. Work and the nature of man, World
Publishing Co.
Lei nº 23/2007, de 01 de Agosto (Lei do Trabalho).
Kombo, K. E (S/d). Manual de Ética Prodfissional, Beira, UCM.
Silva, M. D. M. (2007). Mediações éticas na prática quotidiana dos assistentes sociais, São
Paulo: Serviço Social & Sociedade.

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