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3.1. Introdução................................................................................................................... 13
3.2. Classificação da pesquisa ........................................................................................... 13
Orçamento ................................................................................................................................ 16
Bibliografia ............................................................................................................................... 17
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
A gestão dos conflitos interpessoais é uma questão recorrente e desafiadora no contexto
organizacional. Conflitos entre colaboradores podem surgir devido a diferenças de
personalidade, objectivos conflituantes, comunicação ineficiente, competição por recursos
limitados e/ou qualquer outra situação que envolva interacções interpessoais (Chiavenato,
2014).
Diante disso, o presente projecto de pesquisa tem como objectivo analisar o papel da
liderança na gestão dos conflitos interpessoais no contexto organizacional. Pretende-se
investigar os factores influenciadores de conflitos entre os colaboradores, avaliar a contribuição
da liderança nesse processo e identificar estratégias eficazes para a gestão e resolução de
conflitos.
1.2.Justificativa
Para Reis (2018, p. 14) com a convivência diária na organização, tanto privada quanto
pública ocorre em algum momento naturalmente discordância de ideias entre os membros do
grupo. Diante disto, observa-se a grande importância da preparação do gestor ou líder para
actuar no processo de gestão dos conflitos organizacionais sendo ela uma organização privada
ou pública, de modo a influenciar no desempenho dos colaboradores.
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1.3. Objectivos
1.3.1. Objectivo geral
Analisar o papel da liderança na gestão dos conflitos interpessoais em equipes de
trabalho no contexto organizacional
1.4. Problematização
As instituições públicas Moçambicanas no que diz respeito aos recursos humanos não
tem funcionado de forma flexível, eficiente e efectiva, isso pela natureza das suas relações
interpessoais, uma vez que a finalidade destas instituições públicas não se traduz em produzir
lucros como na iniciativa privada, e sim à prestação de serviços à sociedade, alguns funcionários
tem se aplicado menos ao trabalho e outros tem se aplicado arduamente, o que de certa forma
gera conflitos no ambiente de trabalho.
O conflito é hoje reconhecido como um dos processos básicos que deve ser gerido nas
organizações. Do mesmo modo tornou-se um cliché afirmar que o conflito nas organizações é
inevitável e frequente, e que serve funções úteis quando gerido apropriadamente. Os gestores
têm referido que despendem cerca de 20% do seu tempo lidando com alguma forma de conflito
(Thomas, 1992, p. 652, citado por Cunha et al., 2007,p. 517).
As pessoas diferem na maneira de pensar e agir diante de certos casos, o que influencia
directamente na tomada de decisão e na resolução de problemas. Essas diferenças individuais
causam o conflito, gerando divergência e diferenças de interpretação dos fatos. Os conflitos
precisam ser conduzidos de maneira eficaz, para que possibilidades de acção, crescimento e
desenvolvimento sejam criadas, sem afectar a produtividade e o desempenho do funcionário.
Segundo Cunha, e Leitão (2011, p. 27) citado por Chitambo (2021, p. 13).
O conceito de conflito possuí uma abordagem ampla e plural, o que nos leva a delimitar
o seu conceito. Efectivamente, o conflito tem vindo a ser estudado por diversas ciências
do conhecimento humano, realça-se a compreensão da abordagem psicossocial no que
se refere à complexidade do próprio fenómeno. Na verdade, desde sempre, os seres
humanos, inseridos em comunidades de maior ou menor dimensão, tiveram de lidar com
conflitos consigo próprios e com os outros.
De acordo com Berg (2012, p. 68) citado por Chitambo (2021, p. 13), a palavra conflito
vem do latim conflictus, que significa choque entre duas coisas, embate de pessoas, ou grupos
que lutam entre si, ou seja, é um embate entre duas forças contrárias.
Para Chiavenato (2008, p. 179) citado por Chitambo (2021, p. 13), a palavra conflito
está ligada a divergência à discórdia, dissonância, controvérsia ou antagonismo. Menciona,
ainda, que o conflito é inevitável à vida e faz parte da sua natureza humana, ele constitui o lado
oposto da cooperação.
O conflito nas organizações é algo inevitável. Sendo eles inevitáveis, são considerados
como natural entre gestores ou líderes que passam a entender este fenómeno, não como
sendo resultado de uma má gestão, mas sim como processos que acontecem em todas
as organizações (Chitambo, 2021, p. 14).
1) Conflito percebido: ele ocorre quando umas das partes percebem e compreendem que
há o conflito porque sentem que seus objectivos são diferentes dos objectivos dos outros
e que existe oportunidade para interferência (Chitambo, 2021, p. 15);
Por outro lado, O modelo de Hodgson (1996, p.223) citado por Chitambo (2021, p. 13)
esclarece que há diferentes níveis de conflito, a saber:
Nível 3 - Façanha: desconfiança de uma das partes em relação à opção da outra parte;
Nível 5 - Loss of face: caracterizado pela dificuldade que as partes criam em se retirar
do problema;
De acordo com Handy (1978, p.256-257) citado por Chitambo (2021, p. 16), a presença de
conflitos pode ser detectado com observação de algumas situações na organização. São elas:
Hostilidade de inveja intergrupal: ocorre quando uma área deseja ser melhor que as
outras áreas ou quando uma área é sempre reconhecida como melhor e as outras áreas
sabem que a mesma não reconhece seu trabalho dentro da organização (Chitambo, 2021,
p. 16);
Ė Importante salientar que as situações de conflitos trazem sinais que a organização está
doente, embora não caracterizem em si (Chitambo, 2021, p. 16).
planificar e estabelecer objectivos para poder negociar (Jaca e Riquelme, 1998) citado por
Chitambo (2021, p. 18).
De acordo com Neto (2005, p. 86) citado por Chitambo (2021, p. 18), é de suma
importância que antes de tomar qualquer decisão investiguem-se os fatos ocorridos, assim como
as pessoas envolvidas, suas condutas, desempenho, entre outros. Tudo para que injustiças não
sejam cometidas e o conflito tenha um final satisfatório para todos.
c) Ou colaboração, que ocorre após passadas as etapas anteriores, com duas partes
buscando uma resolução vantajosa para todos;
da organização, de forma que elas estejam sempre disponíveis para auxiliar na busca de
soluções favoráveis dos conflitos que possam surgir (Chitambo, 2021, p. 18).
Para Berg (2012) citado por Chitambo (2021, p. 18) existem várias maneiras de abordar e
gerir conflitos, porem uma das mais eficazes é denominada de “Estilos de gerir conflitos”,
método criado por Kenneth Thomas e Ralph Wilmann que propõem cinco formas de gerir
conflitos:
1) Competição: é uma atitude assertiva e não cooperativa, onde prevalece o uso do poder.
Ao competir o individuo procura atingir seus próprios interesses em detrimento dos da
outra pessoa, é um estilo agressivo onde o individuo faz uso do poder para vencer
(Chitambo, 2021, p. 19);
Observa-se que, por ser um fenómeno relacional, as principais causas de conflitos estão
directamente ligadas às percepções de desvantagem que um indivíduo tem quanto aos aspectos
de seu trabalho que dependerão da sua convivência com os outros (Souza & Dias, 2017).
O conflito, em si, não pode ser considerado bom ou ruim; a sua natureza e a forma de
administrá-lo é que farão com que suas consequências sejam positivas ou negativas para o grupo
e para a organização como um todo (CAVALCANTI, 2006 p. 21 citado por Souza & Dias, 2017).
As condições que desencadeiam o conflito na visão de Chiavenato (2009) citado por Souza
& Dias (2017) são:
As equipes buscam várias tácticas para “vencer” o conflito, onde uma parte, por vezes
acaba bloqueando o trabalho da outra equipe (Souza & Dias, 2017).
Em muitas situações torna-se imperativo a gestão eficaz do conflito e não a sua eliminação
ou resolução.
No entanto, Rahim (2002) citado por Torres (2012, p. 29) refere que ainda não existe
literatura suficiente com um conjunto de regras sobre quando manter reduzir ou ampliar o
conflito bem como linhas de orientação de como pode ser mantido, reduzido ou ampliado.
Não existem ainda regras de como é possível gerir um conflito quando este envolve vários
pontos de divergência (Torres, 2012).
Por forma à gestão de conflito ser eficaz esta deve seguir certos critérios que são
enumerados por Rahim (2002) citado por Torres (2012, p. 29):
CAPITULO 3: METODOLOGIA
3.1. Introdução
Nesta secção da pesquisa, aborda-se a questão das metodologias, dos tipos de pesquisa e as
técnicas e instrumentos de colecta de dados a serem usadas na materialização do trabalho. Na
perspectiva de Fonte especificada inválida., falar de metodologia é o estudo da organização,
dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer
ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para
fazer uma pesquisa científica.”
Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa será do tipo pesquisa de campo, pois, as
fontes de informação que a autora busca serão encontradas em seus ambientes naturais. O que
segundo Canastra, Haanstra, & Vilanculos (2015, p. 12) Quanto ao estudo de campo, podemos
concluir que constitui um método privilegiado para estudar fenómenos ou acontecimentos
sociais que revelam uma singularidade e, ao mesmo tempo, uma complexidade, em termos de
apreensão global. O seu carácter único e a ausência de estudos empíricos similares, faz com que
este método possa introduzir-nos numa primeira aproximação (exploratória) empírica ao
objecto de estudo. Assim, o contexto natural (ecológico) passa a ser o cenário privilegiado da
colheita de dados.
c) Quanto a natureza
Partindo da classificação quanto à sua natureza, a pesquisa foi aplicada, pois conforme Artur
na qual a investigação surge como necessidade de resolver ou contribuir com soluções práticas
para problemas que exigem uma intervenção imediata (p. 58).
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3.3.2. Amostra
Neste estudo será usada a amostragem não probabilística por conveniência ou acidentais,
onde os elementos que constituirão a amostra serão os que estiverem em serviço no dia da
colecta de dados.
3.4.2. Questionário
Questionário é uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo
informante. O questionário deve ser objectivo, limitado em extensão e estar acompanhado de
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O questionário a ser aplicado será composto de duas partes, a primeira dirigida aos
servidores, e a segunda aos lideres da instituição, abrangendo questões relacionados com o
contexto do trabalho, interacção entre funcionários e funcionários e a direcção.
3.5. Técnicas de análise de dados
A análise dos dados é uma das fases mais importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é que
serão apresentados os resultados e a conclusão da pesquisa, conclusão essa que poderá ser final
ou apenas parcial, deixando margem para pesquisas posteriores (MARCONI & LAKATOS,
1996 citado por Oliveira, 2011, p. 46).
Neste sentido, tendo em conta a abordagem do problema, a técnica a ser usada na análise de
dados é a descritiva. Pois, Segundo Mattar (2001, p.62) citado por Oliveira (2011, p. 48),
Orçamento
Ordem Designação Custo Unitário Quantidade Subtotal
Bibliografia
Canastra, F., Haanstra, F., & Vilanculos, M. (2015). Manual de Investigação Científica da
Universidade Católica de Moçambique. Beira.
Chiavenato, I. (2014). Gestão de pessoas : o novo papel dos recursos humanos nas
organizações (4 ed.). Barueri, SP: Manole Ltda.
Gil, A. C. (2002). Como elaborar projecto de pesquisa (4ª ed.). Sao Paulo: atlas.
Lakatos, E. M., & Marconi, M. d. (2003). Fundamentos de Metódologia Científica (5a ed.). São
Paulo: Atlas S.A.
Ramos, S. T., & Naranjo, E. S. (2014). Metodologia da investigação científica. Angola: Escolar
Editora.
Souza, E. d., & Dias, R. d. (2017). O papel do líder na gestão de conflitos interpessoais.
Capanema: Universidade Federal Rural da Amazônia.