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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
A gestão de Conflitos Ambientais VS Princípio de Poluidor-Pagador

Nome do Estudante:Joana Janeiro chungueture:


Codigo: 708215592

Curso: Licenciatura em Gestão Ambiental


Cadeira: Direito Ambiental
Docente: Amélia Magaia
Ano de Frequência: 2º Ano

Beira, Agosto de 2022


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Classificação
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 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
 Teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
 Rigor e coerência
Normas APA 6ª
das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Recomendações de melhorias

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Índice
1.1. Objectivos....................................................................................................................3
1.1.1. Objectivo Geral....................................................................................................3
1.1.1.1. Objectivos Específicos......................................................................................3
2. Resíduo sólido......................................................................................................................4
3. Classificação dos Resíduos sólidos......................................................................................5
3.1. Quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio...................................................5
3.1.1. Classe I ou perigosos....................................................................................................5
3.1.2. Classe II ou não-inertes................................................................................................5
3.1.3. Classe III ou inertes......................................................................................................5
3.2. Quanto a origem ou natureza............................................................................................6
3.2.1. Resíduo doméstico.......................................................................................................6
3.2.2. Resíduo comercial........................................................................................................6
3.2.3. Resíduo público............................................................................................................6
3.2.4. Resíduo domiciliar especial..........................................................................................6
3.2.5. Resíduo de fontes especiais..........................................................................................7
4. Tipos de resíduos sólidos.....................................................................................................7
4.1. Resíduos sólidos Urbanos.................................................................................................7
4.2. Resíduos domiciliares.......................................................................................................7
4.3. Resíduos orgânicos...........................................................................................................7
4.4. Resíduos Inorgânicos.......................................................................................................7
4.5. Resíduos especiais............................................................................................................7
5. Disposição dos Resíduos Sólidos.........................................................................................8
5.1. Aterro Sanitário................................................................................................................8
5.2. Trincheira de pequeno porte caseiro.................................................................................9
5.3. Queima...........................................................................................................................10
5.4. Deposição ao longo das ruas e terrenos vazios...............................................................10
6. Gestão de Resíduos Sólidos em Moçambique....................................................................10
7. Importância da gestão dos resíduos sólidos para o desenvolvimento das sociedades.........11
8. Conclusão...........................................................................................................................12
9. Referência bibliográfica.....................................................................................................13
1. Introdução

O resíduo sólido advêm única e exclusivamente da atividade antrópica, sendo


assim, é inerente às atividades humanas. Precisamos, dessa forma, compreender melhor
a relação do homem com o seu lixo desde os primórdios da nossa civilização, elencando
os problemas causados ao meio ambiente e à saúde pública pela geração e disposição
não responsável desses resíduos. Dessa maneira, poderemos contribuir para que sejam
encontradas formas de gestão que atendam às necessidades da população e que evitem e
mitiguem o comprometimento do equilíbrio do ecossistema.

O presente trabalho debruça-se em torno do A Gestão de conflitos Ambientais


VS Princípio de poluidor-pagador, no Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental, 2º
Ano. Em concernente a elaboração do mesmo, usaram-se vários artigos publicados na
internet, livros, e entre outros, no que culminou a uma pesquisa bibliográfica.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Analisar o impacto da gestão de Conflitos e o princípio de poluidor
pagador.
1.1.1.1. Objectivos Específicos
 Conceituar resíduo sólido;
 Identificar os tipos de resíduos sólidos;
 Descrever a disposição dos resíduos sólidos;
 Falar da importância da gestão dos resíduos sólidos para o
desenvolvimento da sociedade.

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2. Resíduo sólido

Para Gonçalves (2005), afirma que:

“O lixo é designado como todo material inútil, descartável que se joga


fora, geralmente, em lugar público. Pode ser composto por: material
orgânico (sobras de comidas), o que representa cerca de 65% a 70%
produzido nos países em desenvolvimento; rejeitos (lixo de banheiro,
pilhas, lâmpadas), que correspondem 5% da massa total dos resíduos,
ou seja, o lixo propriamente dito que não é passível de reciclagem,
reuso ou compostagem; e materiais recicláveis (plásticos, papéis,
metais e vidros), que compõem aproximadamente 25% a 30% do
peso, mas que representa a maior parcela em volume”.

Ornelas (2011), relaciona o crescimento da população com o aumento


significativo na geração de resíduos sólidos, onde surge o grande desafio da sociedade
moderna, o equacionamento da geração excessiva e da disposição final ambientalmente
segura dos resíduos sólidos. Países desenvolvidos, embora produzam maiores
quantidades de resíduos, a capacidade de equacionar a gestão é maior por possuírem
recursos econômicos, desenvolvimento tecnológico e conscientização da população.

Segundo Ornelas (2011), afirma que “Os resíduos sólidos são reconhecidos
como objetos reutilizáveis e recicláveis que devem ser tratados pelas tecnologias
disponíveis”.

Aquilo que não é recuperável é denominado de rejeito e tem como destinação a


disposição adequada no solo, ou seja, nos aterros sanitários, onde devem ser realizado o
tratamento de efluentes para impedir a degradação ambiental do solo e das águas.

Funasa (2006), define resíduo sólido como “os materiais heterogéneos, (inertes,
minerais e orgânicos) resultantes das actividades humanas e da natureza, os quais
podem ser parcialmente utilizados, gerando, entre outros aspectos, protecção à saúde
pública e economia de recursos naturais”.

Entende-se como Lixo Tudo aquilo que não se quer mais e se deita fora; coisas
inúteis, velhas e sem valor - (Aurélio Buarque, Holanda) ou, "restos das actividades
humanas, considerados pelos produtores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis,
podendo-se apresentar no estado sólido, semi-sólido ou líquido, desde que não seja
passível de tratamento convencional.

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3. Classificação dos Resíduos sólidos

Segundo Djedje (2017), afirma que 'Para esta pesquisa, a classificação dos
resíduos sólidos baseou-se no Decreto nᵒ13/2006, de 15 de Junho, no artigo 6, que
regula a gestão de resíduos sólidos em Moçambique e por sua vez classifica Os resíduos
sólidos em duas maneiras principais, a saber”:

 Quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente;


 Quanto a sua origem ou natureza.
3.1. Quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio

Segundo Djedje (2017), afirma que “Quanto aos riscos potenciais de


contaminação do meio os resíduos sólidos podem ser distinguidos em três classes:
classe I ou perigosos, classe II ou não-inertes e classe III ou inertes”.

3.1.1. Classe I ou perigosos

Segundo Djedje (2017), enfatiza que “São aqueles que, em função de suas
características intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reactividade, toxicidade
ou patogenicidade, apresentam riscos à saúde pública através do aumento da
mortalidade ou da morbidade, ou ainda provocam efeitos adversos ao meio ambiente
quando manuseados ou dispostos de forma inadequada”.

São exemplos de resíduos sólidos de classe I: lixo hospitalar, produtos


químicos industriais, óleos, cinzas de metais preciosos, pilhas, baterias e pesticidas.

3.1.2. Classe II ou não-inertes

Djedje (2017), afirma que “São resíduos que podem apresentar características de
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, com a possibilidade de acarretar
riscos à saúde ou ao meio ambiente, não se enquadrando nas classificações de resíduos
de classe I ou classe III”.

3.1.3. Classe III ou inertes

Djedje (2017), enfatiza que “ são aqueles que não se degradam ou não se
decompõem quando dispostos no solo (sua degradação é muito lenta), sendo muitos
destes produtos recicláveis. São exemplos de resíduos sólidos de classe III: tijolo,

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plástico, borracha, entulhos de obras ou de demolição, pedras e areias retiradas de
escavações”.

3.2. Quanto a origem ou natureza

As características dos resíduos sólidos estão directamente ligadas à sua origem.


A partir da origem é possível avaliar o risco de contaminação do meio ambiente que o
referido resíduo sólido apresenta. Quanto à natureza ou origem, os resíduos sólidos
podem ser distinguidos em cinco classes, a saber: resíduo doméstico ou residencial,
resíduo comercial, resíduo público, resíduo domiciliar especial e resíduo de fontes
especiais.

3.2.1. Resíduo doméstico

Incorpora os resíduos sólidos produzidos nas diversas actividades diárias nas


residências, apartamentos, condomínios e demais edificações residenciais.

3.2.2. Resíduo comercial

Djedje (2017), enfatiza que “resíduos sólidos produzidos em estabelecimentos


comerciais, cujas características dependem da actividade desenvolvida. O resíduo
comercial abrange dois grupos de geradores: o pequeno gerador de resíduos comerciais
(geração de um máximo de 120 dm3 de resíduos) e o grande gerador de resíduos
comerciais (geração acima de 120 dm3de resíduos)”.

“A identificação do grande gerador de resíduos comerciais é de extrema


importância uma vez que os resíduos por este produzidos, por terem elevado volume,
podem ser recolhidos por uma empresa privada possibilitando assim a redução de
encargos por parte do Conselho Municipal” (Djedje, 2017).

3.2.3. Resíduo público

Incorpora resíduos resultantes da natureza como folhas, poeira bem como aquele
que em Moçambique denomina-se “lixo verde” ou “lixo de poda”.

3.2.4. Resíduo domiciliar especial

Nas actividades domiciliares pode também ser produzido resíduo que acarreta
riscos ao meio ambiente. E estes enquadram-se na classificação de resíduo domiciliar

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especial. Este incorpora entulhos de obras, pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes e
pneus.

3.2.5. Resíduo de fontes especiais

Segundo Fernandes (1996), afirma que “São resíduos, que em função de suas
características peculiares, passam a merecer cuidados especiais no manuseio,
acondicionamento, armazenagem, transporte e tratamento ou destino final. São
exemplos de resíduos de fontes especiais: o lixo industrial, o lixo radioactivo, lixo de
portos, aeroportos e terminais rodoviárias lixo agrícola e lixo hospitalar”.

4. Tipos de resíduos sólidos


4.1. Resíduos sólidos Urbanos

Segundo Fernandes (1996), enfatiza que “São aqueles constituídos de resíduos


sólidos domiciliares, os resíduos sólidos de limpeza urbana, e os resíduos de
estabelecimento comercial e prestadores de serviços”.

4.2. Resíduos domiciliares

Fernandes (1996), afirma que “São construídas por três fracções distintas, os
recicláveis, os organicos biodegradável e os rejeitos. Em Moçambique em média, mais
de 50% de resíduos domiciliares são compostos por materiais orgânicos. Nessa
categoria se inclui os restos de comidas e variação”.

4.3. Resíduos orgânicos

Os resíduos orgânicos são compostos por alimentos e outros compostos que se


decompõem pela natureza, tais como; cascas e bagacos de frutas, verduras, galhos,
folhas de polhas e entre outros.

4.4. Resíduos Inorgânicos

Os resíduos Inorgânicos são compostos por produtos manufaturados Tais como,


cortiças, espumas, metais e tecidos.

4.5. Resíduos especiais

São aqueles classificados riscos que apresentam para o meio ambiente e a


saúde pública podendo ser provenientes de atividades industriais, hospitalares,

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agrícolas, e exigem cuidados especiais desde o acondicionamento, transporte, até a
distinção final.

5. Disposição dos Resíduos Sólidos


5.1. Aterro Sanitário

Segundo ABNT (1984), afirma que:

“aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos, consiste na


técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar
danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os
impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia
para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao
menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na
conclusão de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessário”.

Segundo Fernandes (1996), afirma que “A aplicação desse processo é difundida


em quase todo o mundo, por se apresentar como a solução mais econômica, quando
comparada a outros processos (compostagem e incineração, por exemplo), que exigem
grandes investimentos para a construção e para a manutenção da estrutura técnico-
administrativa de operação”.

“Embora em alguns casos a compostagem e a incineração tornem-se viáveis


economicamente, como é o caso das grandes cidades, deve-se ressaltar que tais métodos
não descartam a existência de aterros sanitários em suas proximidades, uma vez que
esses sistemas produzem resíduos de processo que não são aproveitáveis ou ainda por
fator de segurança, na ocorrência de imprevistos que paralisem as instalações”
(Fernandes, 1996).

Ressalte-se também que o lixo urbano conta com grande parte de matéria
orgânica, que entra rapidamente em decomposição ao ar livre, proliferando moscas,
baratas, ratos, urubus, além de exalar mau-cheiro.

Fernandes (1996), enfatiza que “ componentes orgânicos do lixo sofrem


decomposição bacteriana. A umidade que se desprende do lixo arrasta consigo muitas

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substâncias sulfuradas, nitrogenadas e cloradas, tóxicas e de odor desagradável, situação
que se assemelha à destilação por arraste de vapor, que ocorre na queima do cigarro”.

Substâncias solúveis presentes no lixo são, assim, arrastadas para as camadas


mais profundas do solo. Nas infiltrações provenientes do lixo predominam substâncias
inorgânicas, como cloretos, nitratos, sulfatos e carbonatos. Entre os cátions,
predominam os íons magnésio, sódio, potássio, cálcio e amônio; íons de metais pesados
ocorrem em quantidades menores que nas águas residuárias industriais.

5.2. Trincheira de pequeno porte caseiro

Segundo Fernandes (1996), afirma que “O termo trincheira de pequeno porte


caseiro designa os buracos feitos pelos agregados familiares para a disposição de RSD,
devido ao sistema de coleta ineficiente e não abrangente”.

A fim de sanar o problema, os agregados no seio dos seus espaços residenciais


abrem buracos/trincheiras de formato trapezoidal com uma média de 0.70 x 1.20 x 0.90
m (largura, comprimento, altura)”.

Os resíduos são lançados sobre o solo diariamente, sem nenhuma separação dos
constituintes, seja matéria orgânica, vidro, plástico, metal, papel e mais, ou seco ou
molhado, num processo que pode durar em média de 3 a 6 meses, dependendo da
quantidade e da tipologia dos RSD que o agregado produz.

Segundo Fernandes (1996), diz que “O método de trincheira é usado geralmente


para pequenas comunidades, de escassos recursos financeiros e sem equipamentos
adequados à operação de um aterro convencional. Esse método depende da morfologia
do terreno, isto é, local plano ou levemente inclinado, e da produção diária de resíduos
que não deve exceder 10 toneladas”.

Fernandes (1996), enfatiza que:

O sistema de disposição em trincheira não faz a compactação dos


resíduos. Durante o processo de lançamento, os resíduos podem ser
queimados dentro da trincheira, de modo a prolongar o seu tempo de
existência evitando o rápido preenchimento. À medida que estiver
totalmente preenchida de RSD, esta é recoberta pelo material

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proveniente da escavação (terra), passando-se a abrir novas trincheiras
que seguem o mesmo padrão de funcionamento.

5.3. Queima

A queima de RSD é um método usado pela comunidade, que consiste no


processo de acúmulo de resíduos sejam diários ou semanais dentro do espaço
residencial ou fora, com o objetivo de incinerá-los.

Essa prática é efetuada tanto nos resíduos depositados nas trincheiras quanto nos
resíduos depositados nas ruas ou nos terrenos vazios.

Fernandes (1996), afirma que “A queima é geralmente feita no fim do dia, pois
nesse período a temperatura se encontra amenizada e também auxilia no afugentamento
de mosquitos causadores da malária pelos gases liberados”.

5.4. Deposição ao longo das ruas e terrenos vazios

Segundo Russo (2003), afirma que “A deposição ao longo das ruas e em terrenos
vazios são formas usadas pelos agregados como forma de eliminação dos seus RSD,
embora não sejam procedimentos adequados para a saúde pública, principalmente para
as famílias que se encontram perto desses locais, visto que esses locais tornam-se
abrigos para os mosquitos causadores da malária”.

“Além do mais, tornam-se locais adorados pelas crianças para brincar, por
oferecer facilidades na obtenção de embalagens de produtos domésticos e alimentícios
que se transformam em brinquedos para diversão. Foi possível verificar, durante a
pesquisa de campo, a presença de micoses nesse grupo de crianças que tem contato
direto com os resíduos”. (Russo, 2003).

6. Gestão de Resíduos Sólidos em Moçambique

Segundo Russo (2003), afirma que:

“A gestão de resíduos em Moçambique, de acordo com decreto no


13/2006 (p.2) é definida como sendo: todos os procedimentos viáveis
com vista a assegurar uma gestão ambientalmente segura, sustentável
e racional dos resíduos, tendo em conta a necessidade da sua redução,

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reciclagem e reutilização, incluindo a separação, coleta, manuseio,
transporte, armazenagem e/ou eliminação de resíduos, bem como a
posterior proteção dos locais de eliminação, por forma a proteger a
saúde humana e o ambiente contra os efeitos nocivos que possam
advir dos mesmos”.

Segundo Russo (2003), afirma que “A responsabilidade pela gestão dos resíduos
sólidos urbanos é das autoridades municipais com base na alínea b do Artigo 6 da Lei
2/1997 de 18 de Fevereiro, que define que as atribuições das autarquias locais respeitam
os interesses próprios, comuns e específicos das respetivas populações e
designadamente”:

 Desenvolvimento econômico e social local;


 Meio ambiente, saneamento básico e qualidade de vida;
 Abastecimento público;
 saúde;
 educação;
 cultura, tempos livres e desporto;
 polícia da autarquia; e
 urbanização, construção e habitação
7. Importância da gestão dos resíduos sólidos para o desenvolvimento das
sociedades

Na perspectiva de Russo (2003), afirma que “esses impactos, a geração de


resíduos sólidos é a que mais tem causado preocupação, uma vez que praticamente
todas atividades econômicas geram algum tipo de resíduo em suas atividades”

O gerenciamento de resíduos pode ser entendido como uma série de ações que
envolvem as etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento, destinação e
disposição final ambientalmente adequadas.

Russo (2003), enfatiza que “A gestão de resíduos envolve o mapeamento dos


processos de uma empresa, a análise dos resíduos gerados por cada processo, como
também a classificação e quantificação dos mesmos, o armazenamento e identificação, e
então a destinação”.

Segundo Russo (2003), afirma que “Outro fator importante que deve ser levado
em conta é que cada resíduo possui uma destinação específica, conforme sua natureza e

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características. O gerenciamento de resíduos permite o melhor aproveitamento da
matéria-prima e a redução das agressões ao meio ambiente”.

8. Conclusão

No que tange ao término do trabalho, o Resíduo sólido ou lixo é designado como


todo material inútil, descartável que se joga fora, geralmente, em lugar público. Pode ser
composto por: material orgânico (sobras de comidas), o que representa cerca de 65% a
70% produzido nos países em desenvolvimento; rejeitos (lixo de banheiro, pilhas,
lâmpadas), que correspondem 5% da massa total dos resíduos, ou seja, o lixo
propriamente dito que não é passível de reciclagem, reuso ou compostagem; e materiais
recicláveis (plásticos, papéis, metais e vidros), que compõem aproximadamente 25% a
30% do peso, mas que representa a maior parcela em volume”.

O crescimento da população com o aumento significativo na geração de


resíduos sólidos, onde surge o grande desafio da sociedade moderna, o equacionamento
da geração excessiva e da disposição final ambientalmente segura dos resíduos sólidos.
Países desenvolvidos, embora produzam maiores quantidades de resíduos, a capacidade
de equacionar a gestão é maior por possuírem recursos econômicos, desenvolvimento
tecnológico e conscientização da população.

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9. Referência bibliográfica
1. Djedje, E. E. (2017). Dimensionamento de uma Central Térmica de
Incineração de Resíduos Sólidos na Província de Maputo. Maputo.
2. Fernandes, A. (1996). Poluição Costeira. Maputo
3. Funasa, G. (2006). Manual de saneamento. Brasília
4. Gonçalves, R. C. M. (2005). A voz dos catadores de lixo em sua luta
pela sobrevivência. São Paulo.
5. Ornelas, A. R. (2011). Aplicação de métodos de análise espacial na
gestão dos resíduos urbanos. São Paulo.
6. Russo, M. T. A. (2003). Tratamento de Resíduos Sólidos. São Paulo.

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