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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
Procedimentos de Licenciamento e emissão de Licença Ambiental

Nome do Estudante: Joana Janeiro chungueture


Codigo: 708215592

Curso: Licenciatura em Gestão Ambiental


Cadeira: Estudos do Impacto Ambiental
Docente: Lázaro João Kandela
Ano de Frequência: 2º Ano

Beira, Outubro de 2022


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objectivos
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discurso académico
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Conteúdo (expressão escrita
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coesão textual)
Análise e • Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
• Exploração dos
2.0
dados
• Contributos
Conclusão 2.0
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• Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
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• Rigor e coerência
das
Normas APA 6ª citações/referências
Referências edição em bibliográficas
4.0
Bibliográficas citações e
bibliografia
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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................. 3
1.1. Objectivos ..................................................................................................................... 3
1.1.1. Objectivo Geral ..................................................................................................... 3
1.1.1.1. Objectivos Específicos ...................................................................................... 3
2. Avaliação do Impacto Ambiental .......................................................................................... 4
3. Instrumentos da Avaliação do Impacto Ambiental ............................................................... 5
3.1. A Política Nacional do Ambiente.................................................................................. 5
3.2. A Lei do Ambiente ........................................................................................................ 6
3.3. Regulamento sobre o Processo de Avaliação de Impacto Ambiental ........................... 6
4. Licenciamento Ambiental ..................................................................................................... 7
5. Leis Ambientais em Moçambique......................................................................................... 8
5.1. A Constituição da República de Moçambique .............................................................. 8
5.2. Lei do Ambiente ............................................................................................................ 8
5.3. Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental ............................... 9
5.4. Directiva Geral para Estudos de Impacto Ambiental .................................................. 10
5.5. Regulamento sobre o Processo de Auditoria Ambiental ............................................. 10
5.6. Regulamento de Inspecção Ambiental ........................................................................ 11
5.7. Directiva Geral para o Processo de Participação Publica no processo de AIA -
Diploma Ministerial nº130/2006 ............................................................................................. 11
6. Conclusão ............................................................................................................................ 12
7. Referência bibliográfica ...................................................................................................... 13
1. Introdução

Ao disponibilizar um resumo actualizado das políticas e legislação actuais e os


desafios relacionados com as questões ambientais, as oito notas seguintes destinam-se
a contribuir para um debate a nível do Governo e entre o Governo e as instituições,
bem como com os parceiros de desenvolvimento de Moçambique. Pretende-se que
estas notas sirvam para alimentar o processo de elaboração dos programas
governamentais, com destaque para o Plano Quinquenal do Governo e para a
Estratégia de Redução da Pobreza.

O presente trabalho debruça-se em torno dos procedimentos de Licenciamento e


Emissão de Licença Ambiental no Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental, 2º Ano.
Em concernente a elaboração do mesmo, usaram-se vários artigos publicados na internet,
livros, e entre outros, no que culminou a uma pesquisa bibliográfica.

1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
➢ Avaliar o impacto do Procedimentos de Licenciamento e emissão de
Licença Ambiental.
1.1.1.1.Objectivos Específicos
➢ Descrever as etapas do licenciamento ambiental;
➢ Descrever as decisões da viabilidade ambiental;
➢ Caducidade e validade da licença ambiental.

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2. Avaliação do Impacto Ambiental

Segundo o Decreto-lei 45/2004 afirma que “Avaliação do Impacto Ambiental é


um instrumento de gestão ambiental preventiva que consiste na identificação e análise
prévia, qualitativa e quantitativa, dos efeitos ambientais benéficos e perniciosos de uma
actividade proposta”.

Segundo Faria (2004), afirma que:

“Nos países desenvolvidos, principalmente, o público exigiu que factores


ambientais fossem prestados à atenção na tomada de decisão. Situação idêntica é
observada hoje nos países em vias de desenvolvimento, onde a aprovação de
actividade de desenvolvimento é efectuada pelos órgãos governamentais,
acautelando-se sempre aspectos perniciosos ao ambiente” (p. 56)

Anteriormente, as tentativas iniciadas de avaliação de projectos centrava-se


apenas a estudos de viabilidade técnica e análise de custo-benefício, e a avaliação era
centralmente de carácter peculiar, esquecendo-se dos aspectos físicos, bióticos e
socioeconómicos.

A Avaliação do Impacto Ambiental é hoje um instrumento fundamental para a


gestão ambiental, pois encerra dentro de si, considerações tanto físicos, bióticos e
socioeconómicos.

De acordo com Carneiro (1994), afirma que “avaliação de impacto ambiental


(AIA) é um processo cuja dimensão, profundidade e tipo de análise depende da natureza,
escala e impacto ambiental potencial do projeto proposto” (p. 32).

Segundo Carneiro (1994), estabelece que:

“Avalia os potenciais riscos ambientais do projeto na sua área de influência;


procura alternativas ao projeto; identifica maneiras de melhorar a seleção,
localização, panejamento, concepção e execução do projeto, através de medidas
destinadas a evitar, minimizar, mitigar ou compensar os efeitos ambientais
adversos, e otimizar os impactos positivos; e inclui o processo de mitigar e gerir
os impactos ambientais adversos ao longo da execução de todo projeto” (p. 33).

É considerado um instrumento de política ambiental consistindo num conjunto de


estudos que envolve métodos e técnicas de gestão ambiental capazes de assegurar e

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avaliar, desde o início do projeto de desenvolvimento, a mitigação e o monitoramento dos
impactos ambientais.

Segundo Ambiental Brasil (2005), afirma que “Permite aprovar ou não a proposta
do projeto e os seus resultados devem ser apresentados de forma adequada ao público e
aos responsáveis pela tomada de decisão” (p. 13).

“O objetivo da AIA é duplo: minimizar ou evitar impactos ambientais adversos


antes da sua ocorrência e incorporar aspetos ambientais no processo de tomada de
decisão” (Agência Canadense de Avaliação Ambiental, 2005).

“Segundo os padrões de referência do Banco Mundial, todos os projetos devem


realizar uma Avalição Ambiental. Esta Avaliação Ambiental deve contemplar” (OP 4.01,
Banco Mundial, Janeiro 1999);

➢ Alternativas ao projeto;
➢ Avaliação de potenciais impactos ambientais (sobre os meios natural,
social e de saúde pública) na área de influência do projeto;
➢ Identificação de melhorias na planificação, no desenho e na localização
do projeto;
➢ Medidas para minimizar os impactos negatvos e potências os impactos
positivos;
➢ Gestão dos impactos negativos durante a implementação do projeto.

3. Instrumentos da Avaliação do Impacto Ambiental

De acordo com o capitulo 8 da Agenda 21 em Moçambique, os instumentos legais


criados em Moçambique para facultar a integração do ambiente e desenvolvimento no
processo de tomada de decisões incluem:

3.1.A Política Nacional do Ambiente

Estabelecido através da Resolução n° 5/95 de 3 de Agosto do Conselho de


Ministros. A Política Nacional do Ambiente representa instrumento através do qual o
governo reconhece de forma clara e inequívoca a interdependência entre o
desenvolvimento e o ambiente.

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É um meio para a execução, no país, de políticas sócio e macroeconômicas
ambientalmente aceitáveis, visando a promover e impulsionar um crescimento econômico
fundamentado nos preceitos universais do desenvolvimento sustentável.

3.2. A Lei do Ambiente

Segundo Decreto-Lei nº 20/97 de 1 de Outubro, estabece que “o objetivo de


definir as bases legais para utilização e gestão correta do ambiente. A Lei do Ambiente
no artigo 15 delibera sobre o processo de Licenciamento Ambiental tornando
obrigatória uma Avaliação de Impacto Ambiental da proposta da atividade para a
emissão de licenças”.

Decreto-Lei nº 20/97 de 1 de outubro, estabece que “Segundo a lei, impacto


ambiental é qualquer mudança do ambiente, para melhor ou para pior, especialmente
com efeitos no ar, na terra e na saúde das pessoas, resultante de atividades humanas”.

O processo de AIA é tratado em legislação à parte nomeadamente pelo


Regulamento sobre o Processo de Avaliação de Impacto Ambiental.

3.3.Regulamento sobre o Processo de Avaliação de Impacto Ambiental

Aprovado pelo Conselho de Ministros, pelo Decreto n° 76/98 BR n° 51 I série de


29/12/98 (posteriormente revogado pelo Decreto n° 45/2004 BR n° 39 I série de 29/09/04)
que estabeleceu as definições, as responsabilidades, os critérios e as diretrizes para a
implantação da Avaliação de Impacto Ambiental - AIA.

Um dos componentes principais do processo de AIA é o Estudo de Impacto


Ambiental, que analisa técnica e cientificamente as consequências do implanto de
atividades de desenvolvimento sobre o ambiente.

Segundo Decreto nº 76/98, estabelece que “O processo de AIA é aplicado a todas


as atividades públicas ou privadas que direta ou indiretamente possam influir nas
componentes ambientais, nos termos do artigo 3 da Lei do Ambiente”.

Neste artigo as atividades são divididas, em 3 categorias dependendo do tipo de


EIA a ser realizado:

➢ Categoria A: atividades sujeitas a um EIA completo;


➢ Categoria B: atividades sujeitas à realização de um EAS (estudo de
impacto ambiental simplificado);

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➢ Categoria C: atividades que não necessitam de EIA, mas que estão sujeitas
à observância das normas constantes de diretivas específicas de boa gestão
ambiental.

É o departamento de AIA no MICOA o responsável pela tomada de decisão


referente ao processo de AIA. Cabe a esta autoridade:

➢ Gerir e coordenar o processo de AIA;


➢ Emitir e divulgar diretivas sobre o processo de AIA;
➢ Proceder e orientar a revisão dos Termos de referência e do EIA, bem
como proceder á sua aprovação para atividades de categoria A;
➢ Realizar audiências públicas e assegurar que a participação pública seja
observada nos termos do regulamento;
➢ Emitir licenças ambientais;
➢ Outros.
4. Licenciamento Ambiental

Segundo Decreto-Lei nº 20/97 de 1 de Outubro do n.º 1, do art.º 15.º da Lei do


Ambiente, “o licenciamento é o registo das actividades que, pela sua natureza, localização
ou dimensão, sejam susceptíveis de provocar impactos significativos sobre o ambiente,
são feitos de acordo com o regime a estabelecer pelo Governo, por regulamento
específico”.

E o n.º 2 acrescenta que, “a emissão de licença ambiental é baseada numa


avaliação do impacto ambiental da proposta de actividade e precede a emissão de
quaisquer outras licenças legalmente exigidas para cada caso”.

Decreto-Lei nº 20/97 de 1 de Outubro, estabece que:

“Como tal, o processo de licenciamento ambiental tem em vista a obtenção de


uma licença com um conteúdo específico e característico, para além de licenças
ou autorizações que, há muito, são obrigatórias à luz da legislação sectorial. Mas
para compreendermos esta figura temos que perceber que ela é o último patamar
do processo de avaliação de impacto ambiental e, por isso, muitas vezes é tratada
apenas em sede deste”.

Decreto 54/2015, de 31 de Dezembro, estabece que “processo de licenciamento


ambiental é composto por três etapas”:

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➢ Emissão de Licença Ambiental Provisória: (emitida após a aprovação do
EPDA); A Licença Ambiental Provisória é válida por 2 anos e não é
renovável.
➢ Emissão de Licença Ambiental de Instalação: (emitida após a aprovação
do Estudo de Impacto Ambiental e apresentação do Plano de
Reassentamento, caso necessário). A Licença Ambiental de Operações é
válida por 5 anos, renovável por igual período, mediante pedido escrito à
Autoridade de AIA e pagamento da taxa exigida.
➢ Emissão de Licença Ambiental de Operações: (emitida após
verificação/vistoria do cumprimento da AIA e da implementação do
Plano de Reassentamento, caso necessário).
5. Leis Ambientais em Moçambique
5.1.A Constituição da República de Moçambique

Segundo a CRM (2004), afirma:

“A Constituição é a lei suprema do País e qualquer acto ou conduta inconsistente


com a mesma é inválida e não tem força legal. Qualquer projecto de
desenvolvimento deve assegurar que nenhuma das suas actividades seja
inconsistente com os direitos constitucionais do povo de Moçambique”.

A questões chave regulamentadas relevantes para a presente AIA são: “Artigo 27:
O Estado deve promover esforços para garantir o equilíbrio ecológico e a conservação e
preservação do ambiente, para a melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos.”
“Artigo 72: Todo o cidadão tem o direito de viver num ambiente equilibrado e o dever de
o defender.”

5.2.Lei do Ambiente

A Lei-Quadro do Ambiente (Lei Nº. 20/97, de 1 de Outubro), aprovada pelo


Parlamento Moçambicano em Julho de 1997, estabelece que “ quadro legal para o uso e
a gestão correctas do ambiente e das suas componentes, de forma a assegurar o
desenvolvimento sustentável”

Decreto nº 20/97 de 1 de Outubro No artigo 3 desta a sua aplicabilidade, que


abarca todas as actividades públicas ou privadas que possam, directa ou indirectamente,
afectar o ambiente.

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O Artigo 4 desta Lei define como princípios básicos nas suas alíneas a) e b), a
necessidade de utilização dos recursos naturais tendo em conta ‘‘a melhoria da qualidade
de vida e a manutenção da biodiversidade e dos ecossistema’’ e ainda a valorização do
conhecimento local.

Os aspectos mais salientes da Lei do Ambiente incluem o seguinte:

➢ Aqueles que poluem ou, sob qualquer forma, degradam o ambiente, são
responsáveis e obrigados a reabilitar o ambiente, ou a compensar pelos
danos daí resultantes;
➢ É proibida a poluição do solo, do subsolo, da água ou da atmosfera, por
quaisquer substâncias poluentes, ou qualquer outra forma de degradação
do ambiente que se enquadre fora dos limites legislados;
➢ Os projectos e operações susceptíveis de causar um impacto negativo ao
ambiente estão sujeitos a uma avaliação de impacto ambiental, a ser
realizada por consultores independentes;
➢ É determinada a necessidade de proteger as componentes ambientais que
tenham um reconhecido valor ecológico e socioeconómico e onde podem
ser criadas zonas de protecção ambiental.

É determinada na Lei a necessidade de obtenção de uma Licença Ambiental por


parte do Proponente, antes do início da implementação de qualquer actividade susceptível
de causar impactos significativos no ambiente. A emissão de uma licença ambiental está
condicionada à realização de uma Avaliação de Impacto Ambiental, sujeita à aprovação
do MITADER.

5.3.Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental

O Regulamento sobre o Processo de AIA (Decreto nº 54/2015 de 31 de


Dezembro) cria normas para a AIA. No que diz respeito especificamente a actividades
em Categorias (A+, A, B e C).

Decreto-Lei nº 54/2015 estabelece que:

“ Regulamento define os procedimentos e a abrangência da Instrução do


Processo, do Estudo de Préviabilidade Ambiental e Definição de Âmbito
(EPDA); dos Termos de Referência para o Estudo de Impacto Ambiental (EIA);

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e do EIA, cuja execução e subsequente aprovação culminam com a atribuição de
uma Licença Ambiental ao Proponente, pelo MITADER”.

O Decreto nº 54/2015 de 31 de Dezembro foi concebida a partir do Decreto


nº45/2004 de 29 de Setembro e 42/2008 de 4 de Novembro as alterações incidem sobre
em quase todos artigos.

A categorização dos projectos rege-se pelo Decreto nº 54/2015, sendo que o tipo
de Avaliação de Impacto Ambiental a que as actividades propostas devem estar sujeitas
é determinado com base numa série de condições especificadas nos Anexos I, II, III e IV
deste Regulamento.

5.4.Directiva Geral para Estudos de Impacto Ambiental

A Directiva Geral para Estudos de Impacto Ambiental (Diploma Ministerial


nº129/2006 de 19 de Julho) serve como base mínima para a orientação do processo de
AIA, apresentando os princípios que devem nortear a execução do processo, definindo os
procedimentos para o Licenciamento Ambiental e providenciando indicações específicas
para a preparação dos relatórios a submeter ao MICOA.

Esta Directiva estabelece no seu capítulo IX Plano de Gestão Ambiental (PGA)


o conjunto de programas e respectivas acções que se destinam a fazer com que o projecto
se realize segundo os princípios de protecção ambiental.

Diploma Ministerial nº 129/2006 estabelece que “Existe uma série de outros


instrumentos legais relevantes no domínio da gestão ambiental a considerar, na medida
em que estes prescrevem normas aplicáveis a uma diversidade de aspectos a ter em
consideração ao longo da AIA e/ou da implementação do projecto. Estes encontram-se
listados abaixo”.

5.5.Regulamento sobre o Processo de Auditoria Ambiental

O Regulamento sobre o Processo de Auditoria Ambiental (Decreto n.º 25/2011 de


15 de Junho) estabelece que “parâmetros para a realização de auditorias ambientais, a
que estão sujeitas todas as actividades públicas ou privadas que, durante a implementação,
possam, directa ou indirectamente, ter impacto no ambiente”.

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Decreto n.º 25/2011 de 15 de junho afirma que:

“Em conformidade com o estabelecido neste regulamento, a actividade proposta


está sujeita a auditorias ambientais, a serem realizadas sempre o MITADER
julgar necessário. A Auditoria ambiental pode ser “pública” (isto é, realizada pelo
órgão estatal competente para o efeito, no caso o MICOA) ou “privada” (o mesmo
que “interna”, isto é, realizada pelo Proponente)”.

O Regulamento estabelece o dever de colaboração por parte dos responsáveis pela


entidade a auditar, determinando que os seus responsáveis devem criar condições para
que seja prestada toda a colaboração necessária para que os auditores possam
desempenhar adequadamente as suas tarefas, especialmente no que concerne ao
fornecimento de documentação e informação solicitadas, bem como ao acesso às
instalações e locais de objecto da auditoria.

5.6.Regulamento de Inspecção Ambiental

O Regulamento sobre a Inspecção Ambiental (Decreto n.º 11/2006, de 15 de


Junho) tem por objecto regular a actividade de supervisão, controlo e fiscalização do
cumprimento das normas de protecção ambiental a nível nacional.

5.7.Directiva Geral para o Processo de Participação Publica no processo de AIA


- Diploma Ministerial nº130/2006

Diploma Ministerial nº130/2006, afirma que:

“Tanto a Constituição como a Lei do Ambiente determinam os direitos dos


cidadãos a ter informação sobre e participar na tomada de decisões sobre as
actividades que poderão afectar o ambiente. O processo de participação pública
identifica e consulta as partes interessadas e afectadas”.

O Processo de Participação Publica no processo de AIA é regulada pelo Diploma


Ministerial nº130/2006). O envolvimento público deve ser uma parte integrante de
qualquer Processo de Avaliação de Impacto Ambiental.

Diploma Ministerial nº130/2006, estabelece que:

“Devem ser obtidas visões dos grupos de interesse público e privado e outros que
podem ser directamente ou indirectamente afectados pelo projecto (UNEP, 2002,
p.3-1). A Audiência Pública é o instrumento utilizado para a democratização do
licenciamento efectuado através de EIA/RIMA”.

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6. Conclusão

Em concernete ao termino do trabalho, conclui-se que Avaliação do Impacto


Ambiental é um instrumento de gestão ambiental preventiva que consiste na identificação
e análise prévia, qualitativa e quantitativa, dos efeitos ambientais benéficos e perniciosos
de uma actividade proposta”.

“Nos países desenvolvidos, principalmente, o público exigiu que factores


ambientais fossem prestados à atenção na tomada de decisão. Situação idêntica é
observada hoje nos países em vias de desenvolvimento, onde a aprovação de actividade
de desenvolvimento é efectuada pelos órgãos governamentais, acautelando-se sempre
aspectos perniciosos ao ambiente.

Anteriormente, as tentativas iniciadas de avaliação de projectos centrava-se


apenas a estudos de viabilidade técnica e análise de custo-benefício, e a avaliação era
centralmente de carácter peculiar, esquecendo-se dos aspectos físicos, bióticos e
socioeconómicos. A Avaliação do Impacto Ambiental é hoje um instrumento
fundamental para a gestão ambiental, pois encerra dentro de si, considerações tanto
físicos, bióticos e socioeconómicos.

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7. Referência bibliográfica
1. Constituição da República de Moçambique, 2004 (aprovada em 16 de
Novembro de 2004. Maputo
2. Lei nº 20/97 de 1 de Outubro, lei de ambiente. Imprensa Nacional de
Moçambique, Maputo
3. Lei nº 54/2015 de 31 de Dezembro, Regulamento Sobre o Processo de
Avalição do Impacto Ambiental. Maputo
4. Lei nº 5/95 de 3 de Agosto, Política Nacional de Ambiente. Maputo
5. Lei nº 198/2005 de 28 de Setembro, Diploma Ministerial. Imprensa
Nacional de Moçambique. Maputo
6. Diploma Ministerial 198/2005, de 28 de Setembro, concernente à
coordenação sectorial na implementação efectiva do Regulamento sobre o
processo de Avaliação do Impacto Ambiental.

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