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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
Liberdade de Agir e Principais Soluções de Lberdade

Nome de estudante: Malecia de Alfimina Deutronomio


Código: 708204007

Curso: Licenciatura em ensino de História


Cadeira: Ética Social
Docente: Abel Vasco
Ano de frequência: 3º Ano

Milange, Maio de 2022


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• Capa 0.5
• Índice 0.5
Aspectos
• Introdução 0.5
Estrutura organizaciona
is • Discussão 0.5
• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5
• Contextualizaçã
o (Indicação
1.0
clara do
problema)
• Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
• Metodologia
adequada ao
2.0
objecto do
trabalho
• Articulação e
domínio do
discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão
escrita cuidada,
coerência /
Análise e coesão textual)
discussão • Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na
área de estudo
• Exploração dos
2.0
dados
• Contributos
Conclusão • Teóricos 2.0
práticos
• Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento
entre linhas
Normas APA • Rigor e
Referências
6ª edição em coerência das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referêci
s
bibliografia as bibliográficas
Recomendações de melhorias

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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................. 3
1.1. Objectivos ..................................................................................................................... 3
1.1.1. Objectivo Geral ......................................................................................................... 3
1.1.1.1. Objectivos Específico ........................................................................................ 3
2. Etimologia da Liberdade ....................................................................................................... 4
3. Conceito de Liberdade ...................................................................................................... 4
4. Tipos de liberdade ................................................................................................................. 6
4.1. Liberdade Social............................................................................................................ 6
4.2. Liberdade política.......................................................................................................... 6
4.3. Liberdade Moral ............................................................................................................ 7
4.4. Liberdade Psicológica ................................................................................................... 7
4.5. Liberdade Física ................................................................................................................ 7
5. O poder .................................................................................................................................. 7
6. Formas de Abuso de poder .................................................................................................... 9
6.1. Abuso de Autoridade..................................................................................................... 9
6.2. Abuso de poder económico ......................................................................................... 10
6.7. Assédio Moral no Trabalho .............................................................................................. 10
6.8. Assédio Sexual .................................................................................................................. 11
6.9. Coerção ............................................................................................................................ 11
7. Violência Verbal ................................................................................................................. 12
8. Principais soluções da Liberdade: ....................................................................................... 12
9. Conclusão ............................................................................................................................ 14
10. Referência bibliográfica .................................................................................................. 15
1. Introdução

Das diversas faculdades manifestadas pelo ser humano, a liberdade é talvez a que
mais contribuiu para a sua singularidade, ocupando, por essa razão, um lugar de destaque
na investigação e reflexão da nossa espécie, originados inúmeros tratados, discursos,
opiniões e até estilos de vida.

Diante desta realidade, a apatia e o inconformismo não são aceitáveis atendendo


à constante necessidade do espírito humano de interrogar o mundo e a sua existência,
numa tensão intelectual propícia ao desenvolvimento do seu saber. Talvez seja essa tensão
a força motriz que me impulsionou a reflectir um pouco mais sobre a liberdade e a
procurar contribuir, com a minha reflexão e pesquisa, para um crescendo na compreensão
dessa faculdade humana.

O presente trabalho debruça-se em torno da liberdade de agir e as principais


soluções da liberdade, que serve de primeiro trabalho na cadeira de Ética Social nos
cursos de Licenciatura em ensino de História, 3º Ano. Em concernente a elaboração do
mesmo, usaram-se vários artigos publicados na internet, livros, e entre outros, no que
culminou a uma pesquisa bibliográfica.

1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
➢ Analisar o impacto da Liberdade de Agir e principais soluções da liberdade.
1.1.1.1.Objectivos Específico
➢ Definir conceito de liberdade;
➢ Ter noções sobre as implicações da liberdade de agir;
➢ Definir o conceito de Poder;
➢ Interpretar os princípios de determinismo da liberdade;
➢ Descrever e caracterizar os tipos de Liberdade;
➢ Descrever as formas de abuso de poder.

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2. Etimologia da Liberdade

Segundo Bueno (2007, p. 10), afirma que “A palavra liberdade, eleutheria,


conforme a etimologia grega, significava liberdade de movimento. Tratava-se de uma
possibilidade do corpo, não considerada como um dado da consciência ou do espírito”.

Liberdade também teve como significado ausência de limitações e coações. A


palavra alemã Freiheit (liberdade) tem origem histórica nos vocábulos freihals ou frihals.
Ambos significavam “pescoço livre” (frei Hals), livre dos grilhões mantidos nos escravos.

Na Antiguidade, a liberdade era uma qualidade do cidadão, do homem


considerado livre na estrutura da polis. A expressão da liberdade era sobretudo política.
Estava mais próxima do status libertatis, adquirido entre privilégios estamentais. Os
antigos não conheciam a liberdade individual como autonomia ou determinação.

3. Conceito de Liberdade

Segundo Bueno (2007, p. 12), afirma que “Quando falamos de liberdade, logo
formulamos o nosso próprio conceito, no entanto, assim como nós, ao longo da história
houve homens que dedicaram tempo para formular e fundamentar este conceito. A
história vai evoluindo, ou melhor, a história é construída a cada dia. Assim é um termo,
um conceito”.

Sartre (1973, p. 167), define “liberdade como uma condição intransponível do


homem, da qual, ele não pode, definitivamente, esquivar-se, isto é, o ser humano está
condenado a ser livre e é a partir desta condenação à liberdade que o homem se forma”.

“Sartre tem como ponto de partida a liberdade nas ações de escolher, o que fazer
é sempre intencional, ou seja, é impulsionado por um desejo consciente dos princípios
dessa escolha. Porém, para Sartre, não há princípios prontos que possam de guiar a
escolha humana” (Sartre, 1973, p. 168).

Para os gregos, o homem livre é diferente do escravo, enquanto que para os latinos
ele assume uma responsabilidade perante a comunidade e também consigo mesmo.
Percebemos, a partir desses dois povos, uma diferenciação na significação do conceito
pois, para uns, serve apenas para diferenciar uma classe da outra enquanto que para outros
ser livre significa fazer parte da comunidade, ou seja, tornar-se livre á assumir a
responsabilidade pela própria vida e pela vida da comunidade.

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“Podemos chamar a primeira noção de “natural”, que no caso poderia ser
entendida como a possibilidade de furtar-se (pelo menos parcialmente) a uma ordem
cósmica predeterminada e invariável, a qual se apresenta como uma coação ou, melhor
dizendo, como uma forçosidade” (Sartre, 1973, p. 170)

A segunda noção básica de liberdade é a “social” ou “política”. A partir deste


modo, a liberdade é compreendida como independência e autonomia, ou seja, uma
comunidade que possa organizar-se a seu modo, ser autônoma e independente, que possa
estabelecer os critérios comuns de convivência na comunidade, sem coação externa. Esta
noção de liberdade supõe que os indivíduos que fazem parte da mesma conheçam as leis
e as respeitem.

A terceira noção de liberdade é a pessoal, que também é concebida como


autonomia ou independência, porém, neste caso, autonomia da comunidade das pressões
que a sociedade impõe ao indivíduo. Enfim, esse modo pessoal de liberdade trás consigo
a ideia de que ser livre é poder dispor de si, pois “reivindica para si uma clara autonomia:
sente-se dona e responsável pelos próprios atos e tem a percepção do ser independente
das pressões que vêm do exterior e do interior” (Mondin, 1980, p. 108).

Para Hegel: “Liberdade é, em última instância, ser si mesmo. Esta noção da


liberdade, embora com fundamento metafísico, não é, para Hegel, uma abstração: é a
própria realidade enquanto realidade universal e concreta” (Mora, 2001, p. 415).

Igreja Católica diz que “liberdade é, entre dois bens, escolher o melhor. Pior ainda
é o que acontece quando alguém fica escravizado pelas próprias coisas que ele pensava
que iam lhe trazer a liberdade”. Eis o caso de milhares de jovens que, na sua revolta contra
a sociedade, pensam encontrar nas drogas, no sexo e no prazer a sua libertação e
descobrem, depois, a frustração. Acabam por descobrir, afinal, que essa liberdade não
passa de um sonho.

A liberdade é o poder de praticar atos deliberados baseados na razão e na vontade


de agir ou não agir, de fazer isto ou deixar de fazer aquilo. Pelo livre arbítrio cada qual
dispõe sobre si mesmo. A liberdade é no homem uma força de crescimento e
amadurecimento na verdade e na bondade.

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Segundo Foucault (1999) o poder assume um discurso de verdade que traz consigo
efeitos específicos com condições de julgar, condenar, classificar ou mesmo obrigar o
dominado a viver com determinada forma. Todavia, não se trata de discussão acerca de
uma dominação global de um ente sobre outro ou de um grupo específico, mas das
múltiplas formas de dominação que podem se exercer no interior da sociedade.

4. Tipos de liberdade
4.1.Liberdade Social

Para Hegel a ideia da liberdade social seria entendida como produto de um esforço
teórico para compreender que os critérios da liberdade reflexiva se ampliam até às esferas
institucionais. Ocorre que a pura e simples menção dessa intenção demonstra a
dificuldade que seria satisfazê-la.

Honneth (2015, p. 82), afirma que “no cotidiano, os sujeitos não possuem critérios
suficientes para serem capazes de se distinguirem entre livres e não livres, sendo assim,
completamente carentes de intuições”.

“Por conseguinte, a chave da concepção da liberdade social de Hegel: Está


contida na formulação do “estar consigo mesmo no outro”, utilizada para esse fim; ele se
baseia numa ideia de instituições sociais que, assim sendo, permite aos sujeitos se
relacionarem uns com os outros, já que eles poderiam compreender sua contraparte como
outro de si mesmos” (Honneth, 2015, p. 85).

4.2.Liberdade política

Segundo Honneth (2015, p. 87), diz que “Pensamos a liberdade política como um
processo político, social e binstitucional. Um processo que assenta, por um lado, nos
mecanismos de escolha da orientação e da prática política e, por outro, nos espaços de
acção, ou seja, nos lugares de exercício de acção colectiva e individual”.

A liberdade política é, neste caso, a capacidade de autonomia do indivíduo em


determinar o sentido e a acção da sociedade. Ora, a liberdade política neste contexto, é
uma liberdade atribuída e obtida através de processos institucionais. A sua evolução é
social e histórica. É no espaço de evolução da lógica social, construída, tanto pelos
indivíduos, como pelas instâncias políticas, que resulta a cidadania, enquanto direito à
participação e decisão da configuração de uma dada sociedade.

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4.3.Liberdade Moral

Honneth (2015, p. 90), afirma que “Liberdade moral e reponsabilidade ou


imputabilidade simplesmente pressupõem ASSEIDADE. As ações sempre provêm
necessariamente do caráter, isto é, da constituição própria e, portanto, inalterável do ser,
sob a influência dos motivos e de acordo com eles”.

4.4.Liberdade Psicológica

O importante, certamente, é estar consciente sem escolha, porque escolha


psicológica indica intervenção do ego e isso gera conflito. Quem escolhe está
psicologicamente confuso, por isso escolhe, se a pessoa não está confusa, não existe
escolha, só percepção dos movimentos na mente. Só a pessoa que está confusa escolhe o
que deve fazer ou o que não deve fazer com matizes psicológicas

Honneth (2015, p. 92), afirma que “A liberdade se encaixa no livre arbítrio dos
indivíduos sem que atrapalhe os demais. Com isso, sem agredir os outros, você se torna
independente dos demais, disseminando sua autonomia no mundo externo. Com isso,
nada iria mexer no seu direito de ir e vir, pensar e agir com sua vontade e violaria a ética”.

Contudo, segundo documentos históricos, a liberdade é um objeto com conceito


ligado à irrealidade. Isso porque o indivíduo teria o direito de fazer o que quisesse,
contanto que seguisse determinadas regras. Dessa forma, uma força maior e invisível
atuaria direta e indiretamente sobre suas ações

4.5.Liberdade Física

Segundo Honneth (20015, p. 94), diz que “Liberdade Física Significa o direito de
agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não
prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém”.

5. O poder

Bobbio (1995, p. 933), afirma que “a palavra Poder designa a capacidade ou


possibilidade de agir, de produzir efeitos. Tanto pode ser referida a indivíduos e a grupos
humanos como a objetos ou a fenômenos naturais (como na expressão poder calorífico,
Poder de absorção)”.

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No dicionário citado, o poder pode ser entendido, entre outras definições, como
"poder social". Este tipo de poder diz respeito à vida dos seres humanos em sociedade,
ou seja, se trata das relações sociais estabelecidas entre estes. Dentro destas relações cabe
não só a capacidade de ação, como de determinação de um indivíduo sobre outro. Isto
implica em dizer, que os indivíduos não são só "sujeitos", mas também "objetos" do
"poder social".

O poder pode ser qualificado em: "poder pontual", quando de fato ele é exercido,
quando passa da "possibilidade" para à "ação"; como "poder potencial", ou seja, quando
existe a "possibilidade" em si, sem necessariamente ser colocada em "ato". As formas de
exercício podem ser várias, e vão da "persuasão" à "manipulação", da "ameaça de uma
punição" à "promessa de uma recompensa". A questão do conflito ou da não existência
deste, estaria relacionado ao seu exercício.

Para Foucault, o poder não existe; existem relações de poder; e, essas relações são
formas de dominação de uns por outros. Formas de mobilização de discursos de verdade,
de aparelhos e dispositivos institucionalizados, de normas, visando o controle dos corpos
e consciências.

Além disso, ele é relacional e circular. Está em constantes mudanças e, por isso,
deve ser sempre contextualizado em matéria de tempo, espaço e contexto social em que
se apresenta manifesto.

Para Weber (2008, p. 178), afirma que “poder é a probabilidade de impor a própria
vontade, mesmo contra toda a resistência e contra qualquer que seja o fundamento dessa
probabilidade, numa determinada relação social”.

O poder seria diferente da dominação, que por sua vez deve ser entendida como
a probabilidade da existência da obediência a uma ordem de conteúdo específico entre
certo número de pessoas.

Seguindo as ideias de Moreira (2009:125), o poder é uma relação. Relacionado


com o sobrenatural para justificar o exercício da dominação, mas também com essa falta
existencial onde se perdeu o domínio próprio que leva à superação perante o outro, aque
se sujeita para responder à necessidade de ultrapassar as próprias forças individuais.

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O poder, como relação humana sem estrutura, que Arendt (Arendt e Baehr,
2000:31) distingue da posse de recursos, terá o seu momento de fundação sem a
finalidade, afastando, com a companhia do referido Stoppino, a versão instrumental de
Hobbes (1998: 58), como meio para atingir fins.

6. Formas de Abuso de poder

Segundo Aguilar (2000, p. 178), afirma que “O abuso de poder é supostamente


concretizado pela sua prática ilegal ou coercivo para atingir um determinado fim. Esse
tipo de prática vem se estabelecendo desde a época da escravidão, onde a sociedade não
tinha o respeito entre si”.

A população que mais sofreu sobre a influência de abuso de poder foram os


negros. Hoje a constituição prevalece decretos que impõe o respeito entre o próximo, e
mesmo presenciamos vários tipos de decretos acontece ainda o abuso de poder, colocado
em prática.

Geralmente quando se fala em abuso de poder, se conclui sobre a administração


pública, onde faz com que ultrapasse todas as formalidades legais, entre seus interesses.
Faz com que conceda suas satisfações na formalidade administrativa que produz sua
função.

6.1.Abuso de Autoridade

Um abuso consiste no uso excessivo, injusto, inadequado ou impróprio de algo ou


de alguém. A autoridade, por sua vez, é o poder, a potestade e a faculdade
de quem governa ou que exerce o comando.
Segundo Aguilar (2000, p. 180), diz que:
“O abuso de autoridade tem lugar quando um superior ou dirigente se
excede no exercício das suas funções perante um subordinado ou
dependente. Também se assiste ao abuso de autoridade quando uma
pessoa com acesso a um cargo ou a uma função se aproveita das funções
que lhe compete e que lhe foram confiadas para satisfazer os seus
interesses pessoais em vez de cumprir com as suas verdadeiras
obrigações”.
Por outro lado, as forças de segurança incorrem no abuso de autoridade quando
exageram e se excedem no uso da violência e nas suas funções, acabando por ultrapassar

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certos limites. A título de exemplo, isto acontece sempre que a polícia detenha alguém
sem justificação e sem permitir sequer que a vítima se pronuncie ou se defenda.
Nestes casos, também se fala de abuso de poder ou abuso de força. Perante este
tipo de situações, as denúncias de abuso de autoridade são geralmente intentadas pelas
organizações não-governamentais encarregues da defesa dos direitos humanos.

Na óptica do direito penal, o abuso de autoridade é aquele que comete alguém


com poderes públicos que, no âmbito da sua gestão, realiza actos que desobedecem aos
deveres impostos pela lei, prejudicando as pessoas material ou moralmente.

6.2.Abuso de poder económico

Segundo Bruna (2001, p. 278), afirma que “O poder econômico pode ser
conceituado como a capacidade que determinado agente econômico possui de impor a
sua vontade de agir, independentemente da vontade alheia, em razão de deter uma posição
de força no mercado”.

Desta forma, o detentor de poder econômico é capaz de atuar no mercado de


forma independente e com indiferença ao comportamento dos demais competidores do
mercado, caso estes existam.

Bruna (2001, p. 280), diz que:

“O abuso do poder econômico viola a liberdade econômica,


restringindo ou até mesmo afastando, a depender do caso, os princípios
gerais da ordem econômica da livre iniciativa e/ou da livre
concorrência. Através deste uso indevido, abusivo do poder econômico,
o agente aproveita do poder que detém de agir no mercado para
restringir ou até mesmo eliminar a atuação dos demais competidores,
através da dominação dos mercados, da eliminação da concorrência e
do aumento arbitrário dos lucros”.

6.7. Assédio Moral no Trabalho


Segundo Bruna (2001, p. 282), afirma que “O assédio moral no trabalho pode ser
entendido como uma espécie de violência ao empregado, a qual consiste na prática de
uma série de situações vexatórias que causem humilhação, constrangimento e ofensa à
dignidade do trabalhador”.

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Essas condutas são praticadas geralmente pelos superiores, mas também podem
partir de colegas, e resumidamente, visam inferiorizar, isolar e desestabilizar
mentalmente aquele trabalhador no seu ambiente de trabalho, muitas vezes gerando
consequências desastrosas tanto para o empregado como para a empresa. Para configurar
o assédio moral, é necessário que essa prática ocorra de forma reiterada, ou seja, que não
aconteça em um evento esporádico, mas sim de maneira frequente, além disso, é preciso
que a conduta do agressor extrapole os limites normalmente esperados de uma relação de
emprego.
Isso porque, em todo ambiente de trabalho cobranças serão necessárias e fazem
parte da própria relação empregatícia, mas é o seu excesso que pode acarretar na
incidência de assédio moral.
6.8. Assédio Sexual
Segundo Bruna (2001, p. 285), afirma que “O assédio sexual é definido, de forma
geral, como o constrangimento com conotação sexual no ambiente de trabalho, em que,
como regra, o agente utiliza sua posição hierárquica superior ou sua influência para obter
o que deseja”.

“O assédio sexual pode ser definido como avanços de carácter sexual, não
aceitáveis e não requeridos, favores sexuais ou contactos verbais ou fisicos que
criam uma atmosfera ofensiva e hostil. Pode também ser visto como uma forma de
violência contra mulheres ou homens e também como tratamento discriminatório.
A palavra chave da definição é: Inaceitável” (Bruna, 2001, p. 285).

O assédio sexual pode ter várias formas de comportamento. Incluí a


violência fisíca e a violência mental como coerção - Forçar alguém a fazer o que
não quer. Pode ter uma longa duração - a repetição de piadas ou trocadilhos de
carácter sexual, convites constantes para sair ou inaceitáveis conversas de natureza
sexual. Pode também ser apenas um único acidente tocar ou apalpar alguém, de
forma inapropriada, ou até abuso sexual e violação

6.9. Coerção
Segundo Bruna (2001, p. 290), afirma que “Coerção é o acto de induzir,
pressionar ou compelir alguém a fazer algo pela força, intimidação ou ameaça. Portanto,
esta facilmente entende-se que tira a liberdade do outrem. Algumas pessoas que se
ostentam excesso da liberdade usam-na como forma comummente para motivação de

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pessoas ou equipes para ao trabalho, sem que ter em conta que agem sob condutas
negativas e consequentemente tem um efeito sobre suas vítimas”.

7. Violência Verbal

A violência verbal é um comportamento agressivo, caracterizado por palavras


danosas, que têm a intenção de ridicularizar, humilhar, manipular e/ou ameaçar. Assim
como acontece com a violência física, este tipo de agressão afeta significativamente a
vítima, causando danos psicológicos brutais e irreparáveis. A violência verbal anda lado
a lado com a violência psicológica, já que a segunda é uma consequência da primeira.

Uma das grandes dificuldades existentes é identificar a violência verbal, já que


esta é uma violência por vezes sorrateira. Isso quer dizer que se trata de um tipo de
agressão que acontece sem percebamos, ou seja, muitas vezes são palavras consideradas
banais, mas que, com o passar do tempo, têm o poder de mexer com o nosso psicológico
e fazer com que nos sintamos mal, com a autoestima baixa, entre diversas outras
consequências.

8. Principais soluções da Liberdade:

❖ Determinista: A corrente filosófica nega que o homem seja livre. Não é


livre por razões intrínsecas da natureza do homem e extrínsecas do próprio
homem;
❖ Determinismo Extrínseco Metodológico: Nega que o homem seja livre por
razões de mitos, costumes, hábitos, fados ou tudo que faz parte dos mitos;
❖ Determinismo Extrínseco Teológico: Defende que o homem não está livre
por razões Teológicas (Deus) ou devido o problema de Omnipotência,
Omnisciência e Omnipresença;
❖ Determinismo intrínseco fisiológico: vê nos movimentos da vontade
simples reacção e, estas reacções estão determinados por combinações
químicas e os tecidos humanos;
❖ Determinismo Intrínseca Sociológico: Defende que o agir humano é
determinado pelas pressões que a sociedade humana exerce sobre o
individuo e pelas suas estruturas sobre o individuo;
❖ Determinismo Intrínseco Psicológico: Defendem que a acção da vontade
do homem é determinada pelo intelecto e pelos seus conhecimentos.

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❖ Em relação a Liberdade dizem que os instintos é que comandam o homem
a liberdade de agir;
❖ Determinismo Intrínseco Metafísico: Consideram a vontade humana um
momento e um modo da vontade suprema e da substância Divina;
❖ Determinismo Intrínseco Político: A vontade humana depende da vontade
do soberano ou das classes governantes.

As soluções deterministas sobre a liberdade do agir do Homem dão ênfase as forças


que se encontram fora do dele. Sendo assim, estas forças não dão liberdade ao homem.
Quando se admite o determinismo Teológico incentiva-se a Predeterminação que é a
capacidade de Deus saber tudo sobre as decisões livres do Homem sem impedir a sua
liberdade. A Predestinação considera Deus como a causa para a escolha dos actos livres.

• O determinismo duro, não admite a liberdade do homem pois, olha para aquilo que
ocorre no mundo relacionando-o com a casualidade física. Admite que a escolha livre
não é livre, mas sim ignorância, porque o individuo não sabe as causas que lhe levam
a esta escolha.
• O Determinismo Meigo, diz que o homem está livre da compulsão-coerção e a decisão
da escolha do seu agir vem do interior e atraído pelo meio.
• O Auto-Determinismo, diz que nada acontece sem causa necessária ou livre, estas
causas são as que determinam a liberdade de acção do individuo.

As soluções indeterministas (que acentuam o intelecto do homem) Afirmam que o


homem é totalmente livre, é um ser que conhece e pode avaliar a escolha dos actos éticos.
Sempre procura conhecer o ser/saber se “É” ou “Não é” livre.

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9. Conclusão

Conclui-se que A palavra liberdade, eleutheria, conforme a etimologia grega,


significava liberdade de movimento. Tratava-se de uma possibilidade do corpo, não
considerada como um dado da consciência ou do espíritoLiberdade também teve como
sign. ificado ausência de limitações e coações. A palavra alemã Freiheit (liberdade) tem
origem histórica nos vocábulos freihals ou frihals. Ambos significavam “pescoço livre”
(frei Hals), livre dos grilhões mantidos nos escravos.

Na Antiguidade, a liberdade era uma qualidade do cidadão, do homem


considerado livre na estrutura da polis. A expressão da liberdade era sobretudo política.
Estava mais próxima do status libertatis, adquirido entre privilégios estamentais. Os
antigos não conheciam a liberdade individual como autonomia ou determinação.

A segunda noção básica de liberdade é a “social” ou “política”. A partir deste


modo, a liberdade é compreendida como independência e autonomia, ou seja, uma
comunidade que possa organizar-se a seu modo, ser autônoma e independente, que possa
estabelecer os critérios comuns de convivência na comunidade, sem coação externa. Esta
noção de liberdade supõe que os indivíduos que fazem parte da mesma conheçam as leis
e as respeitem.

A terceira noção de liberdade é a pessoal, que também é concebida como


autonomia ou independência, porém, neste caso, autonomia da comunidade das pressões
que a sociedade impõe ao indivíduo. Enfim, esse modo pessoal de liberdade trás consigo
a ideia de que ser livre é poder dispor de si, pois “reivindica para si uma clara autonomia:
sente-se dona e responsável pelos próprios atos e tem a percepção do ser independente
das pressões que vêm do exterior e do interior.

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10. Referência bibliográfica
1. Sartre, J. P. (1973). O existencialismo é um humanismo. São Paulo
2. Bueno, I. J. (2007). Liberdade e Ética em Jean Paul Sartre. Porto Alegre
3. Mondin, B. (1980). O homem quem é ele? Elementos de antropologia
filosófica. São Paulo
4. Mora, J. F. (2001). Dicionário de filosofia. São Paulo
5. Honneth, A. (2009). A textura da justiça: sobre os limites do
procedimentalismo contemporâneo. Porto Alegre
6. Bobbio, N. (1995). Dicionário de política. Brasília
7. Weber, M. (2008). Economía y sociedad. México
8. Bruna, S. V. (2001). O poder econômico e a conceituação do abuso em
seu exercício. São Paulo
9. Aguillar, F. (2000). Controle Social de Serviços Públicos. São Paulo

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