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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Coesão Textual

Agira Agostinho: 708203219

Curso: Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa

Disciplina: Linguística Descritiva do Português III

Ano de Frequência: 4º Ano

Turma: “A”

Nampula, Abril de 2023


Agira Agostinho

Código: 708203219

Coesão Textual

Trabalho a ser submetido ao docente da cadeira de


Linguística Descritiva do Português III, para fins
avaliativos.

Docente: Dr. Manuel Sardinha.

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Nampula

2023
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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtotal
máxima tutor
• Capa 0.5
• Índice 0.5
Aspectos • Introdução 0.5
Estrutura organizacionais • Discussão 0.5
• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5
• Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
• Descrição dos 1.0
Introdução objectivos
• Metodologia adequada
ao objectivo do 2.0
trabalho
• Articulação e domínio
Conteúdo do discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e discussão coesão textual)
• Revisão bibliográfica
nacional e
internacional relevante 2.0
na área de estudo
• Exploração dos dados 2.0
Conclusão • Contributos teóricos
práticos 2.0
• Paginação, tipo e
Aspectos Formatação tamanho de letra, 1.0
gerais parágrafo,
espaçamento entre
linhas
Referências Normas APA 6ª • Rigor e coerência das
Bibliográficas edição em citações citações/referências 4.0
e bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice

Introdução .............................................................................................................................................. 6

1. Coesão Textual .................................................................................................................................. 7

1.1. Conceito Coesão Textual................................................................................................................ 7

1.2. Os Mecanismos de Coesão Textual................................................................................................ 8

1.2.1. Coesão referencial ....................................................................................................................... 9

1.2.2. Coesão lexical.............................................................................................................................. 9

1.2.3. Coesão por elipse....................................................................................................................... 10

1.2.4. Coesão por substituição ............................................................................................................. 10

1.2.5. Coesão sequencial ..................................................................................................................... 10

2. Conectividade Conceptual ou Coerência Frásica ............................................................................ 11

2.1. Definição de Conectividade Conceptual ou Coerência Frásica ................................................... 11

2.2. Relação Entre Coerência Frásica e Coesão Textual ..................................................................... 12

Considerações Finais ........................................................................................................................... 14

Referências Bibliográficas .................................................................................................................. 15


Introdução

A coesão é percebida ao longo do texto, em suas frases e parágrafos. A coesão é responsável pelos
sentidos encontrados na superfície do texto. Através dela é estabelecida a relação semântica
(relações de sentido entre as palavras) entre os elementos do discurso através do uso adequado de
conectivos, que servirão para encadear de maneira lógica as ideias do texto. Portanto, a
conectividade conceptual resulta da interacção entre os elementos cognitivos presentes no texto e
a nossa visão sobre o mundo.

Neste trabalho visa desenvolver sobre a Coesão Textual. Com este tema, a autora pautou os
seguintes objectivos.

Objectivo Geral:

• Relacionar a Coesão Textual e Coerência Frásica.

Objectivos Específicos:

• Definir o conceito Coesão Textual e conectividade conceptual;


• Descrever os mecanismos de coesão textual; e
• Distinguir os mecanismos de coesão textual apresentando os respectivos exemplos.

Para o desenvolvimento do presente trabalho foi utilizada a metodologia de pesquisa bibliográfica,


utilizando a abordagem qualitativa, que é uma técnica de pesquisa que utiliza como base de dados
conteúdos materiais já publicados em revistas, livros, artigos e teses, assim como também materiais
disponíveis na internet, com o apoio do manual de Linguística Descritiva do Português III, que
constituiu na leitura, analise e interpretação das mesmas obras. No que concerne à estrutura do
trabalho, este apresenta: introdução, desenvolvimento, conclusão e referencias bibliográfica.

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1. Coesão Textual

1.1. Conceito Coesão Textual

Segundo Mira Mateus (1983), a coesão textual diz respeito aos mecanismos gramaticais de tipo
sintáctico semântico que se utilizam para explicitar as relações existentes entre as frases, os
períodos e os parágrafos de um texto.

Para Figueiredo (2008), a coesão textual é como uma costura que liga as ideias de um texto por
meio de preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais. Ela garante a harmonia e a
conexão lógica entre as frases, o que colabora para uma melhor compreensão por parte do leitor.

De acordo com Fávero & Koch (1983), a coesão ou coesão textual é a conexão e harmonia entre
os elementos textuais e é feita através de preposições, de conjunções, de alguns advérbios e de
locuções adverbiais.

Segundo Fávero (1997), “a coesão textual são os mecanismos linguísticos que permitem uma
conexão lógico-semântica entre as partes de um texto. A ligação e harmonia que possibilitam a
amarração de ideias dentro de um texto é feita com o uso de conjunções, preposições, advérbios ou
locuções adverbiais”.

A coesão textual assegura a ligação entre palavras e frases, interligando as diferentes partes de um
texto. Ela pode ser percebida ao se verificar que as frases e os parágrafos estão entrelaçados no
texto, de modo que um elemento dá sequência ao outro, determinando a transição das ideias
presentes no texto.

Para a coesão textual são utilizados alguns recursos essenciais que contribuem para a harmonia dos
elementos textuais (Koch & Elias, 2007):

 Ordenar as palavras correctamente nos períodos;


 Utilizar correctamente as flexões nominais como a flexão de gênero e número;
 Fazer uso adequado das flexões verbais como a flexão em número, pessoa, modo e tempo;
 Usar correctamente as preposições e conjunções.

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Para garantir a coesão, o texto deve conter alguns elementos fundamentais. Esses elementos
coesivos permitem que sejam feitas as articulações e ligações entre as diferentes partes do texto,
bem como a sequência de ideias do mesmo. (Fávero & Koch, 1983).

 Os conectores são os elementos coesivos que fazem a coesão entre as frases. Eles instituem
as relações de dependência e conexão entre os termos. Esses elementos são formados por
conjunções, preposições e advérbios conectivos.
 A correlação dos verbos trata da correcta utilização dos tempos verbais a fim de garantir a
coesão temporal ordenando os acontecimentos de maneira lógica e linear, o que possibilita
uma compreensão da sequência dos factos.

1.2. Os Mecanismos de Coesão Textual

De acordo com Fávero (1997), os Mecanismos coesivos são um conjunto amplo de mecanismos
linguísticos usados para o estabelecimento de relações de sentido entre as partes de um texto verbal,
tanto na modalidade oral quanto na escrita.

Segundo Mira Mateus (1983), "todos os processos de sequencialização que asseguram (ou tornam
recuperável) uma ligação linguística significativa entre os elementos que ocorrem na superfície
textual podem ser encarados como instrumentos de coesão" que se organizam da seguinte forma:

a) Coesão Gramatical: Frásica; Interfrásica; Temporal; e Referencial.


b) Coesão Lexical: Reiteração e Substituição.

A coesão é responsável pelos sentidos encontrados na superfície do texto. Através dela é


estabelecida a relação semântica (relações de sentido entre as palavras) entre os elementos do
discurso através do uso adequado de conectivos, que servirão para encadear de maneira lógica as
ideias do texto.

Para Fávero (1997), os mecanismos coesivos estão restritos à estrutura do texto. Para escrever um
texto coeso, existem os seguintes mecanismos de coesão textual: Coesão referencial; Coesão
lexical; Coesão por elipse; Coesão por substituição; e Coesão sequencial.

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1.2.1. Coesão referencial

Consiste na menção de elementos que já apareceram ou ainda vão aparecer no texto. Esses
elementos são chamados de anáforas (usada para se referir aos termos já citados no texto)
e catáforas (usada para se referir aos termos que serão citados na sequência do texto). (Mira
Mateus, 1983).

o Anáfora (gramatical) - Elemento que se interpreta em relação a um elemento lexical


aparecido anteriormente no discurso – antecedente.

Exemplo: A Rosa faltou hoje à aula, mas ela nunca falta!

o Catáfora - Designa um tipo particular de anáfora, em que o termo anafórico precede o


antecedente. O elemento que antecede a anáfora e com o qual ela se referência é chamado
antecedente referencial.

Exemplo: Ela nunca falta à aula, mas a Rosa hoje faltou.

Na coesão referencial, os termos conectivos anunciam ou retomam as frases, sequências e palavras


presentes em um texto. Para fazer essas retomada geralmente são utilizados pronomes
pessoais, pronomes possessivos, pronomes demonstrativos ou expressões adverbiais de lugar.

1.2.2. Coesão lexical

A coesão lexical ocorre quando um termo é substituído por outro dentro do texto. Esse tipo de
coesão estabelece uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia. Por meio
de sinônimos, pronomes, heterônimos ou hipônimos, que estabelecem uma corrente de sentido
fazendo remissão às mesmas ideias por meio de diferentes termos. (Mira Mateus, 1983).

Exemplo: “O presidente foi a Portugal. Na terra de Camões, foi homenageado por intelectuais e
escritores” – com o mecanismo lexical, foi possível substituir o termo “Portugal” por “terra de
Camões”, que, no contexto, são expressões sinônimas.

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1.2.3. Coesão por elipse

Segundo Fávero & Koch (1983), esse tipo de coesão ocorre quando há a omissão de algumas
palavras sem que o entendimento das ideias da oração seja comprometido. Isso quer dizer que a
coesão lexical consiste na supressão de elementos que são facilmente identificados ou que já
tenham sido mencionados no texto.

Exemplo: “A garota está de férias. A garota aproveitou o momento para viajar” – com a elipse,
podemos omitir a palavra “garota” e deixá-la de modo subentendido no contexto dessa forma à “A
garota está de férias, aproveitou o momento para viajar”.

A omissão dos termos acontece, geralmente, com a substituição por uma vírgula, que pode ser
usada em lugar de um pronome, um verbo, nomes e frases inteiras.

1.2.4. Coesão por substituição

Esse tipo de coesão consiste na substituição de uma palavra por outra ou por uma locução adverbial.
Assim como em outros tipos de coesão textual, ela usa termos que retomam outros que já foram
mencionados. A coesão por substituição emprega palavras e expressões que retomam termos por
meio da anáfora. (Mira Mateus, 1983).

Exemplo: “O presidente viajou para Portugal e o ministro dos Esportes fê-lo também” – a frase
“fê-lo também” irá retomar a sentença “viajou para Portugal”. O presidente viajou pra Portugal e
o ministro fez isto também.

A coesão por substituição acontece à medida em que substantivos, verbos, períodos ou trechos de
textos são substituídos por conectivos ou expressões que resumem ou fazem remissão ao que já foi
dito.

1.2.5. Coesão sequencial

De acordo com Koch & Elias (2007), esse tipo de coesão textual faz uso de conjunções, conectivos
e expressões que dão sequência aos assuntos, estabelecendo uma continuidade em relação ao que
já foi dito.

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Exemplos: “Estávamos todos aqui no momento do crime porém não vimos o assassino”;
“Embora estivéssemos ao lado do mercado, não fizemos a compra”; “Gostei do filme pois o
roteiro é bastante criativo”; “Caso os pacotes cheguem, encaminhem-nos.”; “Ela ligou a fim
de perguntar a data da entrevista.”.

A coesão sequencial usa expressões como: diante do exposto, a partir dessas considerações,
embora, logo, com o fim de, diante desse quadro, em vista disso, tudo o que foi dito, esse quadro,
por conseguinte, caso, entre outras. Ela dá sequência ao texto por meio das relações semânticas que
ligam as orações. (Koch & Elias, 2007).

Para Antunes (2007), existem termos responsáveis pela coesão sequencial nos textos:

• Adição/inclusão - Além disso; também; vale lembrar; pois; outrossim; agora; de modo
geral; por iguais razões; inclusive; até; é certo que; é inegável; em outras palavras; além
desse factor...
• Oposição - Embora; não obstante; entretanto; mas; no entanto; porém; ao contrário;
diferentemente; por outro lado...
• Afirmação/igualdade - Felizmente; infelizmente; obviamente; na verdade; realmente; de
igual forma; do mesmo modo que; nesse sentido; semelhantemente...
• Exclusão - Somente; só; sequer; senão; exceto; excluindo; tão somente; apenas...
• Enumeração - Em primeiro lugar; a princípio...
• Explicação - Como se nota; com efeito; como vimos; portanto; pois; é óbvio que; isto é;
por exemplo; a saber; de fato; aliás...
• Conclusão - Em suma; por conseguinte; em última análise; por fim; concluindo;
finalmente; por tudo isso; em síntese, posto isso; assim; consequentemente...
• Continuação - Em seguida; depois; no geral; em termos gerais; por sua vez; outrossim...

2. Conectividade Conceptual ou Coerência Frásica

2.1. Definição de Conectividade Conceptual ou Coerência Frásica

Sob ponto da conectividade conceptual, um texto é coerente se os elementos cognitivos activados


pelas expressões linguísticas forem conformes àquilo que sabemos ser: (i) a estrutura das situações

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descritas; (ii) as relações lógicas entre situações, (iii) as propriedades características dos objectos
de um mundo. A coerência ou conectividade conceitual é a relação que se estabelece entre as partes
de um texto, criando uma unidade de sentido. (Marcuschi, 2008, p. 14).

Exemplo: "Para de mexer nessa tinta. Vá já para o banheiro! Não toque em nada. Lave bem as
mãos. Vá para o seu quarto." (A mensagem é compreensível, porém não existe uma ligação
harmoniosa entre as ideias. Faltam as ligações entre as frases para que a mensagem soe natural.)

A coerência caracteriza-se, portanto, por uma interdependência semântica entre os elementos


constituintes de um texto. Ela é o resultado de processos mentais de apropriação do real e da
configuração dos esquemas cognitivos que definem o nosso saber sobre o mundo. (Antunes, 2007).

Alguns factores que contribuem para a coerência textual são: bom repertório e conhecimento de
mundo; uso correto de tempos verbais; contextualização; informações interessantes e bem
colocadas.

Para Antunes (2007), a coerência textual reside nas entrelinhas da redação, e existem três princípios
básicos para que ela seja respeitada: Princípio da não contradição; Princípio da não tautologia;
Princípio da relevância.

Os três princípios dão conta de que um bom texto deve apresentar argumentos consistentes, livres
de incoerências, sem repetições de ideias e com informações relevantes que estabeleçam uma
relação dialógica ao longo da composição.

2.2. Relação Entre Coerência Frásica e Coesão Textual

Coerência e coesão relacionam-se com o processo de produção e compreensão do texto, a coesão


contribui para a coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta coesão. Pode ocorrer que
o texto sem coerência apresente coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. (Antunes,
2007).

Em outras palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem construído, com frases bem
estruturadas, vocabulário correto, mas apresentar ideias disparatadas, sem nexo, sem uma
sequência lógica: há coesão, mas não coerência. Por outro lado, um texto pode apresentar ideias

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coerentes e bem encadeadas, sem que no plano da expressão, as estruturas frasais sejam
gramaticalmente aceitáveis: há coerência, mas não coesão.

O seguinte resumo caracteriza coerência e coesão:

Coesão Textual Coerência Frásica


• Assenta-se no plano cognitivo, da
• Assenta-se no plano gramatical e no
inteligibilidade do texto;
nível frasal;
• Situa-se na subjacência do texto;
• Situa-se na superfície do texto,
estabelece conexão conceitual;
estabelece conexão sequencial;
• Relaciona-se com a macroestrutura;
• Relaciona-se com a microestrutura,
trabalha com o todo, com o aspecto
trabalha com as partes componentes do
global do texto;
texto;
• Estabelece relações de conteúdo entre
• Estabelece relações entre os vocábulos
palavras e frases.
no interior das frases.
Fonte: (Antunes, 2007).

A coesão diz respeito ao encadeamento de ideias entre as frases e parágrafos. Já a coerência textual
se refere à ligação entre as ideias do texto, que deve ser feita de maneira lógica para transmitir
corretamente a mensagem.

A coesão e coerência são mecanismos necessários para que a sua redação seja compreendida pelo
leitor. O encadeamento do texto é construído pela coesão e o sentido, pela coerência. Por isso, é
fundamental que esses dois mecanismos caminhem juntos. Afinal, um texto com ideias
desconectadas não vai produzir o efeito que você deseja no seu leitor. De forma semelhante, um
texto que não tem organização lógica, e até se contradiz, não pode ser compreendido. Isso significa
que a coesão e coerência devem caminhar juntas para o seu leitor entender a mensagem do seu
texto, qual é o seu posicionamento em relação a um determinado assunto e como você justifica
suas colocações.

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Considerações Finais

Exposto o trabalho é possível perceber que, a coesão textual é como uma costura que liga as ideias
de um texto por meio de preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais. Ela garante a
harmonia e a conexão lógica entre as frases, o que colabora para uma melhor compreensão por
parte do leitor. Os conectores de coesão de um texto não o fazem coerente, mas foi visto que para
textos jornalísticos, assim como científicos, didácticos e outros, faz-se necessário o uso de
elementos coesivos para uma boa leitura e um bom entendimento do texto. A coesão textual
apresenta subsídios para interpretações reais e não ambíguas, e se dá através de ligações entre
palavras, expressões ou frases. Por mais organizado que esteja o texto, a compreensão não se dará
se os elementos coesivos não estiverem numa sequência lógica, e para o leitor, ele se apresentará
destituído de coesão. Assim sendo, é necessário que ao se elaborar um texto, utilizem-se recursos
coesivos.

Por sua vez, os mecanismos coesivos estão restritos à estrutura do texto. Para escrever um texto
coeso, existem os seguintes mecanismos de coesão textual: coesão referencial; coesão lexical;
coesão por elipse; coesão por substituição; e coesão sequencial. A coesão referencial é uma das
mais usadas. Por outro lado, na coesão referencial, um elemento do texto retoma outro.
Na coesão sequencial, há uma relação semântica entre partes de enunciados durante o
sequenciamento de ideias. A coesão sequencial usa expressões como: diante do exposto, a partir
dessas considerações, embora, logo, com o fim de, diante desse quadro, em vista disso, tudo o que
foi dito, esse quadro, por conseguinte, caso, entre outras. Ela dá sequência ao texto por meio das
relações semânticas que ligam as orações.

Concluímos que, a coerência e coesão relacionam-se com o processo de produção e compreensão


do texto, a coesão contribui para a coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta coesão.
A coesão e a coerência textual na redação são elementos que tornam um texto mais fluido e
agradável de ser lido. Sendo assim, é muito importante entender como aplicar essas duas
ferramentas ao escrever.

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Referências Bibliográficas

1. Antunes, I. (2007). Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola.

2. Blikstein, I. (1998). Dicionário de linguística. São Paulo, Cultrix.

3. Covane, L. (s/d). Manual de Linguística Descritiva do Português II e III. Universidade


Católica de Moçambique (UCM), Centro de Ensino a Distância (CED), Moçambique-
Beira.

4. Crystal, D. (1998). Dicionário de linguística e fonética. Rio de Janeiro, Zahar.

5. Fávero, L. L. (1997). Coesão e coerência textuais. São Paulo, Ática.

6. Fávero, L. L. e Koch, 1. V. (1983). Linguística textual; introdução. São Paulo, Cortez.

7. Figueiredo, O. (2008). “A Língua em funcionamento nos Textos orais / escritos. Conceitos-


chave para uma Didáctica do Português / Língua Portuguesa”. Lisboa: ME-DGIDC.

8. Koch, I. (1997). O texto e a construção dos sentidos. São Paulo, Contexto.

9. Koch, I. V., & Elias, M. (2002). Ler e compreender: os segredos do texto. São Paulo:
Cortez.

10. Malaca, C. J. (org.), (2007). Dicionário Gramatical de Verbos Portugueses. Lisboa: Texto
Editora.

11. Marcuschi, L. A. (2008). Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
Parábola.

12. Mira Mateus, M. H. et al. (1983). Gramática da língua portuguesa. Coimbra: Livraria
Almedina.

13. Platão, F., & Fiorin, J. L. (1996). Lições de texto: leitura e redação. São Paulo, Ática.

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