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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Lealdade, Honestidade, Humildade na Profissão e Sigilo Profissional

Agira Agostinho: 708203219

Curso: Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa


Disciplina: Ética Profissional

Ano de Frequência: 4º Ano

Turma: “A”

Nampula, Abril de 2023


Agira Agostinho

Código: 708203219

Lealdade, Honestidade, Humildade na Profissão e Sigilo Profissional

Trabalho a ser submetido ao docente da cadeira de


Ética Profissional, para fins avaliativos.

Docente: Celina Abel N̛̛ tunduwatha.

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Nampula

2023
Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtotal
máxima tutor
• Capa 0.5
• Índice 0.5
Aspectos • Introdução 0.5
Estrutura organizacionais • Discussão 0.5
• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5
• Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
• Descrição dos 1.0
Introdução objectivos
• Metodologia adequada
ao objectivo do 2.0
trabalho
• Articulação e domínio
Conteúdo do discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e discussão coesão textual)
• Revisão bibliográfica
nacional e
internacional relevante 2.0
na área de estudo
• Exploração dos dados 2.0
Conclusão • Contributos teóricos
práticos 2.0
• Paginação, tipo e
Aspectos Formatação tamanho de letra, 1.0
gerais parágrafo,
espaçamento entre
linhas
Referências Normas APA 6ª • Rigor e coerência das
Bibliográficas edição em citações citações/referências 4.0
e bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice

Introdução .............................................................................................................................................. 6

1. AS VIRTUDES PROFISSIONAIS DE UM PROFESSOR.............................................................. 7

1.1. Lealdade na Profissão ..................................................................................................................... 7

1.2. Honestidade na Profissão ............................................................................................................... 8

1.3. Humildade na Profissão.................................................................................................................. 9

1.4. Sigilo Profissional .......................................................................................................................... 9

Conclusão ............................................................................................................................................ 12

Referências Bibliográficas .................................................................................................................. 13


Introdução

Todas as capacidades necessárias ou exigíveis para o desempenho eficaz da profissão são deveres
profissionais. Sendo o propósito do exercício profissional a prestação de uma utilidade para as
pessoas, todas as qualidades pertinentes à satisfação da necessidade, de quem requer a tarefa, passam
a ser uma obrigação perante o desempenho. Não obstante os deveres de um profissional, os quais
são obrigatórios, devem ser levadas em conta as qualidades pessoais que também concorrem para
o enriquecimento de sua actuação profissional, algumas delas facilitando o exercício da profissão.

O presente trabalho visa desenvolver sobre: as virtudes profissionais: lealdade, honestidade,


humildade na profissão e sigilo profissional. Com este tema, a autora pautou os seguintes
objectivos:

Objectivo Geral:

• Caracterizar as virtudes que vão guiar o futuro de uma profissão.

Objectivos Específicos:

• Definir lealdade, honestidade, humildade na profissão, e sigilo profissional;


• Caracterizar a lealdade, honestidade, humildade na profissão, e sigilo profissional; e
• Explicar a importância da lealdade, honestidade, humildade na profissão, e sigilo
profissional.

Em termos metodológicos, na elaboração do presente trabalho usou-se o método bibliográfico que


consistiu na leitura de várias obras citadas nas referências bibliográficas, baseando-se no manual
de Ética Profissional da UCM, como guia para elaboração do presente trabalho.

No que concerne à estrutura do trabalho, este apresenta: uma introdução, onde se fez uma breve
visão dos conteúdos abordados no trabalho, objectivos da pesquisa, desenvolvimento onde estão
detalhados os principais conteúdo do trabalho propostos pelo docente da cadeira, conclusão onde
se fez a síntese do que se percebeu relativamente ao longo do desenvolvimento do trabalho e
finalmente termina com a sua respectiva bibliografia onde estão listadas as obras consultadas e
citadas no acto da elaboração do trabalho de pesquisa.

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1. AS VIRTUDES PROFISSIONAIS DE UM PROFESSOR

As virtudes profissionais são necessárias para que o exercício profissional seja feito com bases
morais sólidas, dentro dos padrões éticos estabelecidos pela sociedade. “Virtudes básicas
profissionais são aquelas indispensáveis, sem as quais não se consegue a realização de um
exercício ético competente, seja qual for à natureza do serviço prestado”. (Sá, 2001).

No exercício de qualquer profissão, são indispensáveis algumas virtudes básicas, para que a
actividade seja desenvolvida de maneira eficaz. Entre elas, as caracterizando as virtudes de um
professor: Lealdade, honestidade, Humildade, sigilo Profissional.

1.1. Lealdade na Profissão

A lealdade é o segundo dos três principais elementos que compõe a empregabilidade. Um


funcionário leal se alegra quando a organização ou seu departamento é bem sucedido, defende a
organização, tomando medidas concretas quando ela é ameaçada, tem orgulho de fazer parte da
organização, fala positivamente sobre ela e a defende contra críticas. (Cortina & Martinez, 2005).

Segundo Sá (2001), a Lealdade é uma virtude difícil de ser praticada no mundo corporativo, pois
só existe lealdade quando nos mantemos fiéis a nós mesmos. Ela depende de uma série de fatores
arraigados desde a infância: o meio onde fomos criados, a nossa história pessoal e, principalmente,
os valores e princípios adotados pelos nossos pais no convívio familiar.

O profissional que pratica a lealdade, segundo Moller (2003), se sente alegre com o bom
desempenho da organização, de seus colegas, de seu departamento. Ser leal significa defender a
organização contra críticas, buscando soluções concretas para superar as dificuldades e as crises,
tendo orgulho da organização e de bem- servir as pessoas que confiaram em seu trabalho.

Moller (2003) entende, ainda, que o profissional leal não é aquele que obedece cegamente às
exigências da organização, mas sim aquele que compartilha suas idéias, posições e críticas
construtivas, mantendo-as, no entanto, somente no âmbito da organização.

A virtude da lealdade está relacionada ao cumprimento da palavra dada, à


capacidade de ser confiável, fiel, responsável, honesto e de honrar os
compromissos assumidos. Além disso, sua vivência também envolve dedicação à

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família, aos amigos e aos seus princípios, independentemente de qualquer
circunstância. (Sá, 2001).

1.2. Honestidade na Profissão

A honestidade é uma relação directa com a confiança depositada no profissional por terceiros,
devendo ser, em todos os momentos, preservada (Alencastro, 2000).

A honestidade é uma virtude que deve acompanhar o ser durante os momentos de sua vida. No
campo profissional, a sua prática é compatível com a confiança depositada por terceiros. É
importante frisar que além de ser honesto, é necessário parecer honesto e ter ânimo para sê-lo (Sá,
2001).

Diante de situações onde a honestidade é colocada à prova, um profissional comprometido com a


ética não pode se deixar corromper pelo ambiente, mesmo que as situações o obriguem a viver e
conviver naquele ambiente. A honestidade é algo absoluto, ou seja, a pessoa é ou não é honesta,
especialmente no caso da ética profissional (Sá, 2001).

A honestidade é um princípio que não admite relatividade, tolerância ou interpretações


circunstanciais (Neves, 2003). Na vida em comum é imprescindível que cada um conheça os limites
de seu espaços e posses, agindo com probidade, sem trair ou subtrair algo que lhe tenha sido
confiado.

A honestidade é um princípio que não tolera relatividade, ou seja, o indivíduo é ou não é honesto.
Não existe a honestidade aproximada ou relativa, adaptável a cada interesse. Portanto, o
profissional comprometido com a ética não se deixa corromper em nenhum ambiente, ainda que
seja obrigado a conviver em ambientes com pessoas que praticam a desonestidade.

A honestidade profissional não depende de costumes, de comportamento alheio, de obrigação


religiosa ou da expectativa do usuário de serviços. A honestidade é um princípio de vida. É uma
virtude inabalável. É um parâmetro, um modelo, talvez diferencial, no modo de trabalhar, de ser e
de viver. O profissional deve ser honesto integralmente.

A desonestidade, por sua vez, deriva do abuso de confiança, da atitude maliciosa,


e da arbitrariedade. A traição à confiança depositada é sempre uma deslealdade e

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tende a ser uma desonestidade. Fatores que mais têm caracterizado a
desonestidade é obsessão pelos lucros, privilégios e benefícios fáceis, disputa pelo
poder e desvio de dinheiro público. (Neves, 2003).

A honestidade no trabalho transmite, entre os colaboradores da organização, empresa ou


comunidade, um sentimento de confiança. Muitas vezes, o estilo de liderança adotado pelas chefias
e o ambiente do local de trabalho, afetam o nível de exposição dos trabalhadores e,
consequentemente, a honestidade no trabalho.

1.3. Humildade na Profissão

Humildade profissional é a qualidade de não tentar se projetar sobre os outros e respeitar o espaço,
as competências e as particularidades de cada um. Julgar alguém sobre suas qualidades ou tratar
alguém diferente por causa de alguma peculiaridade que ela tenha já é um ato de falta de humildade,
diria até discriminatório. (Cortina & Martinez, 2005).

O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é o dono da verdade e que o
bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de pessoas.

Representa a auto-análise que todo profissional deve praticar em função de sua


actividade profissional, a fim de reconhecer melhor suas limitações, buscando a
colaboração de outros profissionais mais capazes, se tiver esta necessidade,
dispor-se a aprender coisas novas, numa busca constante de aperfeiçoamento.
Humildade é qualidade que carece de melhor interpretação, dada a sua
importância, pois muitos a confundem com subserviência, dependência ? quase
sempre lhe é atribuído um sentido depreciativo. (Valente, 1990).

Com humildade é possível desenvolver relações mais sólidas, e gerar confiança, estimular a
participação, a proatividade e a criatividade dos liderados. Através dessa característica é que se
constrói um trabalho em equipe.

1.4. Sigilo Profissional

A virtude do sigilo é outra qualidade que o profissional deve preservar em suas actividades. O
respeito pelos segredos das pessoas, negócios, instituições é uma atitude ética de todo o ser

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humano, principalmente dos profissionais que carregam consigo a confiança de pessoas que
acreditam em seu profissionalismo.

Sigilo: o respeito aos segredos das pessoas, das informações, dos negócios, das
instituições, é protegido legalmente. Eticamente, o sigilo assume o papel de algo
que é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória. O carácter sigiloso de
dados e informações que se referem ao trabalho, sempre é preferível ao
profissional, mesmo não sendo obrigatório. (Sá, 2001).

Sá (2001) entende que no campo profissional nem tudo é passível de sigilo, mas recomenda que o
profissional se reserve sobre as informações ou factos obtidos junto a algum cliente ou dentro do
seu próprio ambiente de trabalho. O profissional deverá estar atento àquelas informações onde não
foi solicitado um segredo, mas que transpareça uma necessidade da confidência.

O profissional que não age com sigilo, guardando as informações como um


compromisso de honra, estará sujeito a perder o conceito e a dignidade perante
seus clientes e colegas de profissão. O sigilo deve ser considerado um respeito aos
segredos das pessoas, dos negócios e das empresas, a ser exercitado e
desenvolvido na formação do profissional (Alencastro, 2000).

Se ocorrer que o sigilo não tenha sido pedido, por parecer óbvio, ao ser revelado, enfraquece a
estima e a confiança no profissional. Revelar detalhes ou ocorrências do local de trabalho, nada
interessa a terceiros. Documentações, hábitos pessoais, registros financeiros, dados científicos e
fatos de toda natureza administrativa devem ser mantidos em sigilo. A revelação dos mesmos pode
incorrer em prejuízo para a empresa, clientes e o profissional.

A finalidade moral deve sobrepor-se ao facto fiscal e até judiciário e o sigilo deve
ser guardado como um compromisso de honra. Não procedendo assim, o
profissional arrisca-se a perder seu conceito e também sua posição de dignidade,
quer perante o usuário dos serviços profissionais, quer perante os colegas de
profissão. Os traidores da confiança, através da quebra de um sigilo que deveria
ser mantido, desqualificam a atividade profissional, por mais relevante que
pudesse parecer a atitude. (Camargo, 2001).

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O sigilo profissional trata de uma informação a ser protegida, impõe uma relação entre privacidade
e publicidade, cujo dever profissional se estabelece desde a se ater ao estritamente necessário ao
cumprimento de seu trabalho, a não informar a matéria sigilosa. (Sá, 2001).

Para Neves (2003), o sigilo profissional está atrelado à ética e a moral da profissão e compreende
que o advogado mantenha em segredo tudo o que vier a tomar conhecimento em relação ao seu
cliente. A obrigação do sigilo independe do pedido do cliente, pois é inerente ao exercício da
profissão.

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Conclusão

Diante do estudo e desenvolvimento deste trabalho é possível perceber que, a lealdade é uma
virtude difícil de ser praticada no mundo corporativo, pois só existe lealdade quando nos mantemos
fiéis a nós mesmos. Ela depende de uma série de factores arraigados desde a infância: o meio onde
fomos criados, a nossa história pessoal e, principalmente, os valores e princípios adotados pelos
nossos pais no convívio familiar. Por sua vez, a honestidade é uma virtude que deve acompanhar
o ser durante os momentos de sua vida. No campo profissional, a sua prática é compatível com a
confiança depositada por terceiros.

Portanto, com humildade é possível desenvolver relações mais sólidas, e gerar confiança, estimular
a participação, a proatividade e a criatividade dos liderados. Através dessa característica é que se
constrói um trabalho em equipe.

Todavia, o profissional que não age com sigilo, guardando as informações como um compromisso
de honra, estará sujeito a perder o conceito e a dignidade perante seus clientes e colegas de
profissão. O sigilo deve ser considerado um respeito aos segredos das pessoas, dos negócios e das
empresas, a ser exercitado e desenvolvido na formação do profissional O sigilo profissional está
atrelado à ética e a moral da profissão e compreende que o advogado mantenha em segredo tudo o
que vier a tomar conhecimento em relação ao seu cliente. A obrigação do sigilo independe do
pedido do cliente, pois é inerente ao exercício da profissão.

Concluímos que, a importância de um ambiente de trabalho harmonioso, onde o respeito, o trabalho


em equipe, a lealdade, a honestidade e outras virtudes apresentadas na fundamentação teórica,
sejam uma busca constante por parte dos profissionais.

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Referências Bibliográficas

Alencastro, M. (2000). A Importância da ética na formação de recursos humanos, Curitiba.

Boletim da República de Moçambique. Capitulo III do Artigo 11: Deveres Gerais dos Professores.
Decreto-Lei nº 26/1990.

Camargo, M. (2001). Fundamentos de ética geral e profissional. Petrópolis, RJ: Vozes.

Cortina, A.; Martinez, E. (2005). Ética. São Paulo: Loyola.

MINED (1993). Comissão Técnica sobre Apoio aos Professores. (Coordenação de Fátima
Carrilho; colectivo de autores). Plano Director da Educação Básica. Maputo.

Moller, C. (2003). A santíssima trindade que leva ao sucesso. Edição Livros Horizonte.

Neves, D. G. B. (2003). Ética como doutrina da conduta humana. Campinas, São Paulo.

Neves, D. G. B. (2003). Ética profissional. Campinas, São Paulo.

Sá, A. L. (2001). Ética Profissional. 4 ed. São Paulo: Atlas.

Silva, P. F.; Ishii, I.; & Krasilchik, M. (2020). Código de Ética Docente: um dilema. Educação em
Revista. Belo Horizonte.

Valente, B. (1990). Educador ou Professor? Edição Livros Horizonte.

Veiga, I. P. A.; Araújo, J. C. S.; & Kapuziniak, C. (2005). Docência: uma construção ético
profissional. Campinas, São Paulo: Papirus.

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