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Turma: “A”
Código: 708203219
Nampula
2023
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máxima tutor
• Capa 0.5
• Índice 0.5
Aspectos • Introdução 0.5
Estrutura organizacionais • Discussão 0.5
• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5
• Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
• Descrição dos 1.0
Introdução objectivos
• Metodologia adequada
ao objectivo do 2.0
trabalho
• Articulação e domínio
Conteúdo do discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e discussão coesão textual)
• Revisão bibliográfica
nacional e
internacional relevante 2.0
na área de estudo
• Exploração dos dados 2.0
Conclusão • Contributos teóricos
práticos 2.0
• Paginação, tipo e
Aspectos Formatação tamanho de letra, 1.0
gerais parágrafo,
espaçamento entre
linhas
Referências Normas APA 6ª • Rigor e coerência das
Bibliográficas edição em citações citações/referências 4.0
e bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução .............................................................................................................................................. 6
4. Contributos da Poética Clássica e da Poética Romântica Para Teorização Actual Sobre Gêneros
Literários ............................................................................................................................................. 12
Por meio da literatura, o aluno pode trabalhar sua individualidade e compreender melhor seus
sentimentos, além de entender seu espaço na sociedade, formar opiniões críticas e refletir sobre a
realidade do mundo e sociedade. Na grade curricular das escolas públicas do ensino médio, a disciplina
Literatura aparece inserida na disciplina de língua portuguesa e cabe ao professor a responsabilidade
de conjugar o ensino da leitura/literatura com o ensino de gramática e produção textual.
O presente trabalho do campo visa desenvolver as questões de forma cientifica. Com estas questões, o
trabalho tem por objectivos de cada questão: estabelecer relações entre a didáctica de literatura e outras
ciências e sistemas; reflectir sobre o contributo da didáctica de literatura na formação de professores
de português e estratégias de ensino dos textos narrativos e poéticos; identificar os contributos da
poética clássica e da poética romântica para a teorização actual sobre os géneros literários; conhecer
as vantgens do uso de textos canónicos em aulas de língua portuguesa; e desenvolver estratégias
específicas para ensinar um texto poético no ensino secundário.
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1. Relação Entre a Ciência de Literatura com Outras Ciências e Sistemas
A concepção da didáctica de uma disciplina como uma ciência de integração parte do princípio de que
a disciplina em causa trata do objecto, a sociologia e a psicologia estudam o aluno e a sociedade, e a
pedagogia estabelece e fundamenta os objectivos gerais da educação, de forma que, ao organizar os
processos de aprendizagem, ela terá de reunir as três áreas.
A relação didáctica entre a língua e a literatura não pode ser entendida como uma relação de
sucessividade ou sobreposição quando sabemos que é parte integrante da competência do falante, a
capacidade de explorar, desde sa fases mais precoces da sua actuação verbal, as virtualidades
cognitivas e lúdico-catárticas de uma relação autotélica com a língua. (Covane: UCM, p. 19).
Como afirma Zilberman (1998), a Literatura deve ser compreendida como arte e, como tal, não possui
compromisso com a objetividade e com a transparência na emissão de ideias. A linguagem literária
faz da linguagem um objeto estético, e não meramente linguístico, ao qual podemos inferir significados
de acordo com nossas singularidades e perspectivas.
Para Loureiro (2000), o estudo das línguas converte-se então numa disciplina nobremente auxiliar para
o estudo dos textos, aí compreendidas as obras literárias. Os estudos de língua e literatura caminharão
emparelhados, tanto para a constituição quanto para a interpretação dos corpora.
A Literatura é a arte da palavra e a pintura é a arte das cores e formas e, quando nos propomos a
identificar essa união, verificamos que a linguagem é formadora de imagens que são criadas a partir
de determinada linguagem adotada e trabalhada.
No campo especifico da relação literatura e pintura, estão lá, entre outras a possibilidade desta
clarificar aquela em relação a categorias comuns (por exemplo, a alegoria, a paródia etc.),
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tornando a compreensão menos teórica e mais plástica; proporcionar uma contextualização mais
abrangente de determinadas constantes ideológicas e estéticas que se manifestam simultaneamente
na literatura e pintura (por exemplo, o Renascimento, o Modernismo); ilustrar a presença de
elementos contextuais na gênese do texto e sua influência maior ou menor sobre ele; oportunizar
que a educação literária seja o móbil de um horizonte formativo maior, a educação estética;
oferecer compreensões do texto literário a partir de perspectivas de leitura iluminadas por “múltiplos
e complexos cruzamentos” (...), como sejam a adaptação, a tradução, a reescrita e a paródia, etc.
(Zilberman, 1998).
Para Loureiro (2000), arquitetura e literatura são manifestações artísticas, porém, de naturezas
distintas. A arquitetura se dedica à criação de espaços habitáveis, enquanto a literatura busca criar
verbalmente simulacros da vida do homem no mundo, suas ações, pensamentos, sentimentos, dilemas
existenciais, sociais, políticos, éticos e culturais.
Arquitetura e literatura são formas distintas de manifestação artística, que unem a inteligência abstrata
e racional à imaginação criadora na produção de obras de valor estético, autônomas e significativas.
Apresentam-se, dessa forma, como construções humanas complexas, que envolvem conhecimento,
invenção, expressão e produção, e revelam não apenas o universo sócio-histórico-cultural em que
foram produzidas, mas também um modo particular de encarar (assumir) e exercer a atividade criadora,
a qual podemos chamar de projecto poético ou simplesmente poética, que rege o fazer artístico.
(Bredella, 1989).
De acordo com Scorsi (2006), entre a literatura e o cinema, podemos afirmar que as relações existentes
são de inúmeras as possibilidades: em determinados momentos o cinema faz uso da literatura, e em
outros a literatura se utiliza do cinema.
Para Valter (2014), a didáctica de literatura, sendo embora uma disciplina que goza de autonomia, e,
actualmente, ferramenta pedagógica indispensável para os professores de língua portuguesa, faz
convergir pontos de contactos para a consolidação de atitudes literárias que lhes permitem agir com
uma postura linguística aceitável na sala de aula, bem como fora dela.
De acordo com Reis (1992), cabe ao professor de Língua Portuguesa uma das tarefas mais impulsivas
existentes no currículo escolar, pois, tendo o dever de abordar conteúdos gramaticais, de produção
textual, como também o ensino de Literatura, em uma carga horária que apesar de ser a mais extensa
ainda se torna pequena, o professor ver-se em um difícil panorama para planejar e realizar uma
separação adequada para o trabalho em sala de aula. Visto que os conteúdos a serem abordados
possuem um nível elevado de complexidade.
O texto literário pode ser utilizado no ensino de língua materna ou da gramática; contudo, mesmo
nessas circunstâncias, ele se relaciona, antes de tudo, a atividades que, para se mostrarem coerentes
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com a denominação das disciplinas que as abriga, têm em vista o desenvolvimento das potencialidades
expressivas e produção criativa dos estudantes. (Zilberman, 1988, p. 125).
"Língua” e "literatura" são termos que se associam de um modo quase automático, formando um
sintagma sólido e coeso. Nomeadamente quando se fala de ensino. Não se trata de ensinar língua mais
literatura ou de ensinar língua e depois literatura, mas de ter consciência de que faz parte da
competência do falante e está nela fundamente enraizada desde as fases mais precoces da
aprendizagem linguística a capacidade de explorar as amplas virtualidades cognitivas e lúdico-
catárticas de uma relação autotélica com a língua. (Bredella, 1998).
Nesta perspectiva, o estudo do texto literário revela-se um meio privilegiado, no ensino da língua
materna, de tomada de consciência da língua e do seu funcionamento porque proporciona a percepção
dinâmica da plasticidade de recursos linguísticos que não são exclusivos da literatura. O uso literário
não se institui, pois, como "desvio" em relação ao uso "corrente" mas antes como intensificação e
exploração de um potencial comum. (Covane, p. 21).
Para Valter (2014), cabe ao professor de língua materna promover a activação intencional e o
aprofundamento gradual dessas capacidades e motivações presentes desde a primeira infância,
fazendo-as evoluir para formas de percepção e fruição mais elaboradas, nomeadamente no âmbito da
recepção do texto literário. O desenvolvimento e exercitação dessas competências constitui um
trabalho "subterrâneo" realizado pelo professor de língua materna no sentido de preparar o terreno em
que poderá ganhar raízes profundas o conhecimento-fruição do texto literário. (Covane: UCM, p. 23).
a) Textos Narrativos
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Para Sim-Sim (2006), o ensino explícito da compreensão de textos narrativos deve incluir estratégias:
Que visem uma compreensão global de todo o texto ou de partes específicas do mesmo (capítulos,
parágrafos, frases, expressões, palavras) e interligações entre as partes específicas; Que desenvolvam
a interpretação, i.e., o relacionamento entre a compreensão do texto e a experiência individual do leitor;
Que contemplem a análise da estrutura intratextual (organização e forma: como se ligam os capítulos
numa obra, ou os parágrafos num texto; como expressa o autor a passagem do tempo; Como são
caracterizadas as personagens; quais as palavras que melhor descrevem algo, etc.); Que explorem o
tema central, as personagens principais, os acontecimentos determinantes, os pequenos detalhes; Que
tomem em linha de conta todos os elementos da narrativa, i.e., eventos, personagens, contextos espacial
e temporal, conflitos e a sua resolução; Que explorem o significado mais profundo do texto (subjacente
ou explícito), através da discussão colectiva, para que as crianças aprendam acerca da vida, delas
próprias e do poder da leitura de boas obras.
b) Textos Poéticos
A leitura de poesia alimenta o gosto pela sonoridade da língua (rima, ritmo, som das palavras
aliterações e onomatopeias), pelo poder da linguagem (sentido literal, sentido figurativo) e pelo uso da
linguagem poética e simbólica (Sim-Sim, 2006).
O cânone literário escolar é, por definição, o conjunto de textos que os programas oficiais consideram
de estudo obrigatório, por ser considerado ilustrativo da excelência e da variedade de um património
nacional merecedor de conservação e perpetuação. (Covane: UCM, p. 57).
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Numa simples análise aos programas da Língua Portuguesa, sobretudo do ensino secundário em que o
caro estudante é candidato a ser ensinante, dá-se conta de textos incontornáveis, como os de Gil
Vicente, Camões (Covane: UCM, p. 57). Este facto poderá merecer uma atenção no sentido de se
questionar a sua pertinência. Porém, por se considerar necessário conciliar o estudo dos textos
literários, nutre apresentar-se as seguintes vantagens para o aluno:
Por outro lado, a afixação do cânone escolar tem para o professor as seguintes finalidades:
A interactividade pedagógica diz respeito ao papel activo do aluno nas diversas actividades de ensino-
aprendizagem: na planificação dos projectos da leitura, nas aulas, nas estratégias de avaliação, etc.
• Quanto aos procedimentos metodológicos de abordagem dos textos, de acordo com a sua
natureza modal e genológica;
• Quanto á selecção de obras de referência teórica, com vista à informaçào que se deve
transmitir aos alunos;
• Quanto à selecção de textos literários em função dos objectivos de aprendizagem, e dos
conteúdos programaticos.
O texto literário mais propriamente, o texto poético desempenha um papel um papel decisivo na
formação escolar, educativa e cultural dos jovens e não existem razões substantivas para que se altere
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significativamente, e muito menos para que se abandone essa herança multissecular. (Covane: UCM,
p. 49).
Os textos poéticos orais e escritos foram e são por excelência os espaços e os organismos da
constituição, do desenvolvimento e da ilustração das línguas históricas. Neles coexistem, em tensão
criadora, a exemplaridade e a normatividade linguísticas e a inovação, a inventividade e a fantasia
verbais, muitas vezes bordejando mesmo a transgressividade e nessa fronteira de aventura e risco
abrindo novos horizontes de expressão e comunicação. Os textos poéticos são os mais perduráveis,
mais vivos e mais fecundantes, de todas as culturas. (Covane: UCM, p. 49).
Não se pode ensinar a língua sem ensinar a poesia, não se pode ensinar poesia sem o
estudo da língua. Os textos literários lidos e estudados na disciplina de português do
ensino secundário devem ser escolhidos tendo em consideração os estádios de
desenvolvimento linguístico, psicológico, cognitivo, cultural e estético dos alunos,
mas devem ser sempre textos de grande qualidade literária, isto é, no sentido mais
lídimo da expressão, textos canónicos: textos modelares pela utilização da língua
portuguesa, pela beleza das formas, pela densidade semântica, pela originalidade, pela
riqueza e pela sedução dos mundos representados. (Valter, 2014).
Ao longo do ensino secundário, a disciplina de Português, tendo o texto literário como área nuclear,
deve desempenhar um papel central na educação das crianças, dos jovens e dos adolescentes, com
adequado aproveitamento das possíveis articulações dos textos fílmicos, por exemplo.
O texto literário, nas suas estruturas formais, retóricas, estilísticas, semânticas e pragmáticas, deve ser
o fulcro do processo de ensino-aprendizagem e será a partir da descrição, da análise, da interpretação
e da valorização dessas estruturas que se efectuarão as aconselháveis ou indispensáveis correlações e
articulações com a história da língua e da literatura, com os períodos literários e com os textos
histórico-sociais. (Covane: UCM, p. 50).
Os programas de Português do ensino secundário devem possuir portanto uma coluna vertebral,
digamos assim, teocêntrica, mas não devem confinar-se a um teocentrismo extreme ou clausurado
sobre si mesmo. (Reis, 1992). A partir de cada “ núcleo de textualidade canónica”, com sustentação
nas estruturas verbais, retóricas, estilísticas, sémicas e pragmáticas dos próprios textos, deverá ser
produzida e transmitida a informação transtextual considerada como indispensável e apropriada para
tornar mais rica, mais fascinante e mais rigorosa também a construção de sentido de cada texto.
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Os núcleos de textualidade canónica devem ser equilibradamente representativos dos diversos estádios
da história da língua e da literatura.
O modelo de programa de português e literatura que se propõe para o ensino secundário tem
fundamentalmente os seguintes objectivos: reduzir a extensão dos programas; formar leitores que
leiam com gosto, com emoção e com discernimento, na escola, fora dela e para além da escola. Se se
quiser, um modelo de programa com o objectivo de formar leitores para a vida, no sentido plural desta
expressão: leitores para toda a vida e leitores que buscam nos textos literários um conhecimento, uma
sabedoria, um prazer e uma consolação indispensável à vida. (Covane: UCM, p. 50).
Os modelos de descrição e análise textuais de matriz arquitextual não podem, todavia, ser utilizados
mecanicamente, como se o sentido de um texto fosse inteiramente subsumível naqueles modelos. Em
última instância, o professor e o aluno têm de ler e interpretar um texto literário concreto e
irredutivelmente individual, num diálogo hermenêutico entre as estruturas textuais e a memória, a
informação, a sensibilidade e a imaginação do leitor-intérprete.
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Considerações Finais
Exposto o trabalho é possível perceber que, a relação da didáctica entre a língua e a literatura não pode
ser entendida como uma relação de sucessividade ou sobreposição quando sabemos que é parte
integrante da competência do falante, a capacidade de explorar, desde das fases mais precoces da sua
actuação verbal, as virtualidades cognitivas e lúdico-catárticas de uma relação autotélica com a língua.
Todavia, os programas de Português do ensino secundário devem possuir portanto uma coluna
vertebral, digamos assim, teocêntrica, mas não devem confinar-se a um teocentrismo extreme ou
clausurado sobre si mesmo. O texto literário, nas suas estruturas formais, retóricas, estilísticas,
semânticas e pragmáticas, deve ser o fulcro do processo de ensino-aprendizagem e será a partir da
descrição, da análise, da interpretação e da valorização dessas estruturas que se efectuarão as
aconselháveis ou indispensáveis correlações e articulações com a história da língua e da literatura, com
os períodos literários e com os textos histórico-sociais.
Concluímos que, é papel do professor buscar realizar na escola um trabalho que desenvolva todas as
dimensões do seu aluno. Seja a dimensão sociológica/antropológica, ideológica/política e filosófica.
Pensando dessa forma, um questionamento se torna bastante pertinente. Reconhecemos que a
aprendizagem e o ensino da Língua alcançam uma dimensão naturalmente maior do que a destinada
para a didáctica da Literatura.
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Referências Bibliográficas
8. Scorsi. R. A. (2006). Cinema e literatura: Uma sintaxe transitiva. PG3. Programa Diálogos
Cinema-Escola. Boletim TVEBrasil.
10. Souza, R. A. (1987). "Perspectiva Científica". In: SOUZA, Roberto Acízelo. Formação da
teoria da literatura. Niterói: Editora Universitária. p. 56-124.
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