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Docente:
Classificação
• Índice 0.5
• Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura • Discussão 0.5
organizacionais
• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5
• Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução • Descrição dos 1.0
objectivos
• Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
• Articulação e
domínio do discurso
académico 3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e • Revisão
discussão bibliográfica
nacional e 2.0
internacional
relevante na área de
estudo
• Exploração dos 2.5
dados
Conclusão • Contributos teóricos 2.0
práticos
• Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª • Rigor e coerência
Referências edição em das 2.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha Para Recomendações de Melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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ÍNDICE
Metodologia ........................................................................................................................... …6
1.0 INTRODUÇÃO
Podemos de antemão saber que linguística estuda a linguagem verbal humana e, portanto, ela
possui métodos de aprofundamento para compreender as manifestações da fala. E que
observação é uma das metodologias utilizada para analisar as variações linguísticas que
acontecem, na maior parte, na linguagem oral em diferentes contextos.
Isso porque o linguista pretende compreender o porquê e onde ocorrem essas variações em
detrimento da norma culta.
Objectivo Geral:
Objectivos Específicos:
Metodologia
De acordo com Marconi & Lakatos (2001, pp.43-44), pesquisa bibliográfica, Trata-se de
levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações
avulsas e impressa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo com
tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto.
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Segundo Martinet, A. (1978), O termo “Linguística” pode ser definido como a ciência que
estuda os fatos da linguagem.
Para que possamos compreender o porquê de ela ser caracterizada como uma ciência,
tomemos como exemplo o caso da gramática normativa, uma vez que ela não descreve a
língua como realmente se evidencia, mas sim como deve ser materializada pelos falantes,
constituída por um conjunto de sinais (as palavras) e por um conjunto de regras, de modo a
realizar a combinação desses.
Há ainda a divisão entre linguística teórica, que tem como objectivos a descrição e a
explicação do funcionamento dos sistemas linguísticos, e a linguística aplicada, que se volta
ao modo como conceitos e descobertas em linguística podem ser utilizados para fins práticos,
como aprimorar o ensino (especialmente de línguas maternas e adicionais), a tradução e o uso
de evidências linguísticas em processos judiciais (linguística forense).(Martinet, A. 1978)
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Segundo Saussure, F.(1999), “A ciência que se constituiu em tomo dos fatos da língua passou
por três fases sucessivas antes de reconhecer qual é o seu verdadeiro e único objecto.
Começou-se por fazer o que se chamava de “Gramática”. (p.7)
Esse estudo, inaugurado pelos gregos, e continuado principalmente pelos franceses, é baseado
na lógica e está desprovido de qualquer visão científica e desinteressada da própria língua;
visa unicamente a formular regras para distinguir as formas correctas das incorrectas; é uma
disciplina normativa, muito afastada da pura observação e cujo ponto de vista é forçosamente
estreito. (Saussure, F.1999).
A seguir, apareceu a Filologia. Já em Alexandria havia uma escola “filológica” , mas esse
termo se vinculou sobretudo ao movimento criado por Friedrich August Wolf a partir de 1777
e que prossegue até nossos dias.
A língua não é o único objeto da Filologia, que quer, antes de tudo, fixar, interpretar, comentar
os textos; este primeiro estudo a leva a se ocupar também da história literária, dos costumes,
das instituições, etc. Em toda parte ela usa seu método próprio, que é a crítica. Se aborda
questões lingüísticas, fá-lo sobretudo para comparar textos de diferentes épocas, determinar a
língua peculiar de cada autor, decifrar e explicar inscrições redigidas numa língua arcaica ou
obscura. Sem dúvida, essas pesquisas prepararam a Linguística histórica: os trabalhos de
Ritschl acerca de Plauto podem ser chamados linguísticos; mas nesse domínio a crítica
filológica é falha num particular: apega-se muito servilmente à língua escrita e esquece a
língua falada; aliás, a Antiguidade grega e latina a absorve quase completamente.
(p.7)
O terceiro período começou quando se descobriu que as línguas podiam ser comparadas entre
si. Tal foi a origem da Filologia Comparativa ou da “Gramática comparada”
a significação e a importância dessa verdade. Bopp não tem, pois, o mérito da descoberta de
que o sânscrito é parente de certos idiomas da Europa e da Ásia, mas foi ele quem
compreendeu que as relações entre línguas afins podiam tomar-se matéria duma ciência
autónoma. Esclarecer uma língua por meio de outra, explicar as formas duma pelas formas de
outra, eis o que não fora ainda feito.
E de duvidar que Bopp tivesse podido criar sua ciência __ pelo menos tão depressa — sem a
descoberta do sânscrito. Este, como terceiro testemunho ao lado do grego e do latim,
forneceu-lhe uma base de estudo mais larga e mais sólida; tal vantagem foi acrescida pelo fato
de que, por um feliz e inesperado acaso, o sânscrito está em condições excepcionalmente
favorá-veis de aclarar semelhante comparação.( Saussure, F.1999)
Desde o início vê-se surgirem, ao lado de Bopp, linguistas eminentes: Jacob Grimm, o
fundador dos estudos germânicos (sua Gramática Alemã foi publicada de 1822 a 1836); Pott,
cujas pesquisas etimológicas colocaram uma quantidade considerável de materiais ao dispor
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Saussure, F.(1999), Por fim, entre os últimos representantes dessa escola, merecem citação
particular Max Müller, G. Curtius e August Schleicher. Os três, de modos diferentes, fizeram
muito pelos estudos comparativos. Max Müller os popularizou com suas brilhantes
conferências {Lições Sobre a Ciência da Linguagem, 1816, em inglês); não pecou, porém, por
excesso de consciência. Curtius, filólogo notável, conhecido sobretudo por seus Princípios de
Etimologia Grega (1879), foi um dos primeiros a reconciliar a Gramática comparada com a
Filologia clássica. Esta acompanhara com desconfiança os progressos da nova ciência e tal
desconfiança se tinha tomado recíproca. Schleicher, enfim, foi o primeiro a tentar codificar os
resultados das pesquisas parciais. Seu Breviário de Gramática Comparada das Línguas Indo-
Germânicas (1816) é uma espécie de sistematização da ciência fundada por Bopp. Esse livro,
que durante longo tempo prestou grandes serviços, evoca melhor que qualquer outro a
fisionomia dessa escola comparatista que constitui o primeiro período da Lingüística indo-
européia.
Tal escola, porém, que teve o mérito incontestável de abrir um campo novo e fecundo, não
chegou a constituir a verdadeira ciência da Linguística. Jamais se preocupou em determinar a
natureza do seu objecto de estudo. Ora, sem essa operação elementar, uma ciência é incapaz
de estabelecer um método pára si própria.
Como afirma Saussure, F.(1999), O primeiro erro, que contém em germe todos os outros, é
que nas investigações, limitadas aliás às línguas indo-européias, a Gramática comparada
jamais se perguntou a que levavam as comparações que fazia, que significavam as analogias
que descobria. Foi exclusivamente comparativa, em vez de histórica. Sem dúvida, a
comparação constitui condição necessária dé toda reconstituição histórica. Mas por si só não
permite concluir nada. A conclusão escapava tanto mais a esses comparatistas quanto
consideravam o desenvolvimento de duas línguas como um naturalista o crescimento de dois
vegetais. Schleicher, por exemplo, que nos convida sempre ã partir do indo-europeu, que
parece portanto ser, num certo sentido, deveras historiador, não hesita em dizer que em grego
€ e o são dois “graus” (Stufen) do vocalismo. É que o sânscrito apresenta um sistema de
alternâncias vocálicas que Sugere essa ideia de graus. Supondo, pois, que tais graus devessem
ser vencidos ‘separada e paralelamente em cada língua, como vegetais da mesma espécie
passam, independentemente uns dos outros, pelas mesmas fases de desenvolvimento,
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Hoje não se podem mais ler oito ou dez linhas dessa época sem se ficar surpreendido pelas
excentricidades do pensamento e dos termos empregados para justificá-las.
Do ponto de vista metodológico, porém, há certo interesse em conhecer esses erros: os erros
duma ciência que principia constituem a imagem ampliada daqueles que cometem os
indivíduos empenhados nas primeiras pesquisas científicas; teremos ocasião de assinalar
vários deles no decorrer de nossa exposição.
Segundo Saussure, F.(1999), “Somente em 1870 aproximadamente foi que se indagou quais
seriam as condições de vida das línguas. Percebeu-se então que as correspondências que as
unem não passam de um dos aspectos do fenómeno linguístico, que a comparação não é senão
um meio, um método para reconstituir os fatos.” (p.10)
A Linguística propriamente dita, que deu à comparação o lugar que exactamente lhe cabe,
nasceu do estudo das línguas românicas e das línguas germânicas. Os estudos românicos,
inaugurados por Diez — sua Gramática das Línguas Românicas datam de 1836-1838 (citado
em Saussure, F.(1999) —, contribuíram particularmente para aproximar a Linguística do seu
verdadeiro objecto. Os romanistas se achavam em condições privilegiadas, desconhecidas dos
indo-europeus; conhecia-se o latim, protótipo das línguas românicas; além disso, a abundância
de documentos permitia acompanhar pormenorizadamente a evolução dos idiomas. Essas
duas circunstâncias limitavam o campo das conjecturas e davam a toda a pesquisa uma
fisionomia particularmente concreta. Os germanistas se achavam em situação idêntica; sem
dúvida, o protogermânico não é conhecido directamente, mas a história das línguas que dele
derivam pode ser acompanhada com a ajuda de numerosos documentos, através de uma longa
sequência de séculos. Também os germanistas, mais próximos da realidade, chegaram a
concepções diferentes das dos primeiros indo-europeias., alias:
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Um primeiro impulso foi dado pelo norte-americano Whitney, autor de A Vida da Linguagem
(1875). Logo após se formou uma nova escola, a dos neogramáticos (Junggram-matiker) cujos
fundadores eram todos alemães: K. Brugmann, H. Osthoff, os germanistas W. Braune, E.
Sievers, H. Paul, o eslavista Leskien etc. Seu mérito consistiu em colocar em perspectiva
histórica todos os resultados da comparação e por ela Um primeiro impulso foi dado pelo
norte-americano Whitney, autor de A Vida da Linguagem (1875). Logo após se formou uma
nova escola, a dos neogramáticos (Junggram-matiker) cujos fundadores eram todos alemães:
K. Brugmann, H. Osthoff, os germanistas W. Braune, E. Sievers, H. Paul, o eslavista Leskien
etc. Seu mérito consistiu em colocar em perspectiva histórica todos os resultados da
comparação e por ela encadear os fatos em sua ordem natural. Graças aos neogramáticos, não
se viu mais na língua um organismo que se desenvolve por si, mas um produto do espírito
colectivo dos grupos linguísticos. Ao mesmo tempo, compreende-se quão errónea e
insuficientes eram as ideias da Filologia e da Gramática comparada. (p.11)
Entretanto, por grandes que sejam os serviços prestados por essa escola, não se pode dizer
que tenha esclarecido a totalidade da questão, e, ainda hoje, os problemas fundamentais da
Lingüística Geral aguardam uma solução.
A nova escola, cingindo-se mais à realidade, fez guerra à terminologia dos comparatistas e
notadamente às metáforas ilógicas de que se servia. Desde então, não mais se ousa dizer: “a
língua faz isto ou aquilo”nem falar da "vida da língua” etc., pois a língua não é mais uma
entidade não existe senão nos que a falam. Não seria, portanto, necessário ir muito longe e
basta entender-se. Existem certas imagens das quais não se pode prescindir. Exigir que se
usem apenas termos correspondentes à realidade da linguagem é pretender que essas
realidades não têm nada de obscuro para nós. Falta muito, porém, para isso; também não
hesitaremos em empregar, quando se ofereça a ocasião, algumas das expressões que foram
reprovadas na época.
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Os hindus, por motivos religiosos, foram levados a estudar sua língua, o Sânscrito. Para eles,
o que importava é que os textos sagrados não fossem alterados no momento de serem
cantados ou recitados durante os rituais. Em função disso, dedicaram-se ao estudo do valor e
do emprego das palavras e fizeram descrições fonéticas e gramaticais modelares de sua
língua. A descrição do Sânscrito foi encontrada no século XIX e contribuiu para os estudos
linguísticos.(Corrêa, M. C. 2007)
“Os estudos da linguagem do século XVII são fortemente marcados pelo racionalismo.
Naquele período, os estudiosos buscavam estudar a linguagem como forma de representação
do pensamento. A partir dessa abordagem, procuravam mostrar que as línguas obedeciam a
princípios racionais (lógicos).” (Corrêa, M. C. 2007, p.9)
Sob esse olhar, passavam a exigir do falante clareza e precisão no uso da linguagem. Para
eles, ideias claras e distintas deveriam ser expressa de forma precisa e transparente.
O objectivo (o alvo) desses estudiosos era chegar/alcançar a língua ideal – universal, lógica,
sem equívocos, sem ambiguidades – ou seja uma espécie de ‘máquina’ que pudesse separar
automaticamente o que é certo/válido do que é errado/inválido.
O melhor exemplo dessa abordagem da linguagem é a Gramática de Port Royal, dos franceses
Lancelot e Arnaud (1960).
O século XIX é o momento dos estudos históricos em que o objectivo é mostrar que a
mudança das línguas não depende da vontade dos homens, mas segue uma necessidade da
própria língua. Passa a ser importante destacar que as mudanças ocorridas nas línguas não são
aleatórias, mas apresentam regularidades (Corrêa, M. C. 2007).
O principal representante desses estudos é o alemão Franz Bopp. A importância desse autor é
tamanha que se considera como data de nascimento da Lingüística Histórica a publicação da
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sua obra (1816) sobre o sistema da conjugação da língua sânscrita, que é comparado ao grego,
ao latim, ao persa e ao germânico.
No século XIX, é descoberta a semelhança entre a maior parte das línguas européias e o
sânscrito. A esse conjunto de línguas se chamou línguas indo-européias. Nessa perspectiva, as
semelhanças entre as línguas indicam que há parentesco entre elas, de modo que passam a ser
consideradas da mesma família e descendentes de uma mesma língua de origem: o indo-
europeu. (p.10)
O objectivo desses estudos não é mais alcançar a língua-ideal (língua idealizada no século
XVII, com características de clareza, objectividade, sem ambiguidades, guiada pela lógica),
mas sim a língua-mãe (língua de origem ou primeira língua. Representava a origem de todas
as línguas europeias. Com isso, não se busca a perfeição, busca-se a origem das línguas
(Corrêa, M. C. (2007)
Figura 2. Neste quadro, temos as características das duas tendências dos estudos linguísticos
que iniciaram no século XVII e XIX e que permanecem até os estudos actuais.
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CONCLUSÃO
Em virtude dos factos mencionadas nesta pesquisa, pode se afirmar que o panorama histórico
dos estudos linguísticos – será abordado o percurso histórico dos estudos lingüísticos desde a
Idade Clássica (gregos e romanos), passando pelo século XVII até o século XIX. Nesse
panorama, serão destacados os principais estudos sobre a linguagem a partir das perspectivas
racionalista e histórica que serviram de precursoras para as vertentes das pesquisas
lingüísticas actuais.
Portanto A língua não é o único objeto da Filologia, que quer, antes de tudo, fixar, interpretar,
comentar os textos; este primeiro estudo a leva a se ocupar também da história literária, dos
costumes, das instituições, etc. Em toda parte ela usa seu método próprio, que é a crítica. Se
aborda questões lingüísticas, fá-lo sobretudo para comparar textos de diferentes épocas,
determinar a língua peculiar de cada autor, decifrar e explicar inscrições redigidas numa
língua arcaica ou obscura. Sem dúvida, essas pesquisas prepararam a Linguística histórica: os
trabalhos de Ritschl acerca de Plauto podem ser chamados linguísticos; mas nesse domínio a
crítica filológica é falha num particular: apega-se muito servilmente à língua escrita e esquece
a língua falada; aliás, a Antiguidade grega e latina a absorve quase completamente.
Contudo O objectivo desses estudos da linguística não é mais alcançar a língua-ideal (língua
idealizada no século XVII, com características de clareza, objectividade, sem ambiguidades,
guiada pela lógica), mas sim a língua-mãe (língua de origem ou primeira língua. Representava
a origem de todas as línguas europeias. Com isso, não se busca a perfeição, busca-se a origem
das línguas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Corrêa, M. C. (2007). LINGÜÍSTICA GERAL (1ºth ed.). São Paulo: Universidade Federal De
Santa Maria.
Martinet, A. (1978), Elementos de linguística geral. (8 ed.) Lisboa: Martins Fontes, 1978
Saussure, F.(1999). Curso de Lingüística Geral. Tradução Antônio Chelini, José Paulo Paes,
Isidoro Blikstein. 25.ed. São Paulo: Cultrix