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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Factores De Formação Dos Solos

Dalton Bonifácio Fernando Intogorro. No 708230646

Curso: Geografia
Disciplina: Pedogeografia
Ano de Frequência: 1º ano
Turma: H
O tutor: Stanley António Mataio

Gurue, Setembro de 2023


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• Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
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do trabalho
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Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão • Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
• Exploração dos dados 2.0
• Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
• Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
• Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 4

Objectivos do trabalho ................................................................................................................ 4

Metodologias .............................................................................................................................. 4

Formação dos solos .................................................................................................................... 5

A Teoria dos Fatores de Formação do Solo ................................................................................ 7

Factor Material de Origem ......................................................................................................... 7

Factor Clima ............................................................................................................................... 8

Principais processos físicos e químicos ...................................................................................... 8

Factor Relevo .............................................................................................................................. 8

Fatores de formação do solo ..................................................................................................... 10

Conclusão ................................................................................................................................. 12

Referências: .............................................................................................................................. 13
Introdução
A porção externa e superficial da crosta terrestre é formada por vários tipos de corpos rochosos
que constituem o manto rochoso. Estas rochas estão sujeitas a condições que alteram a sua
forma física e sua composição química. Estes fatores que produzem essas alterações são
chamados de agentes de intemperismo. Pode-se então conceituar o intemperismo como o
conjunto de processos físicos e químicos que modificam as rochas quando expostas ao tempo.
O processo do intemperismo se dá em duas fases:

- intemperismo físico – que é a desintegração da rocha;

- intemperismo químico – que é a decomposição da rocha.

A desintegração (intemperismo físico) é a ruptura das rochas inicialmente em fendas,


progredindo para partículas de tamanhos menores, sem, no entanto, haver mudança na sua
composição.

Nesta desintegração, através de agentes como água, temperatura, pressão, vegetação e vento,
formam-se os pedregulhos e as areias (solos de partículas grossas) e até mesmo os siltes
(partícula intermediária entre areia e argila). Somente em condições especiais são formadas as
argilas (partículas finas), resultantes da decomposição do feldspato das rochas ígneas.

Objectivos do trabalho
• Identificar os factores de formação dos Solos
• Caracterizar os factores de formação dos Solos.

Metodologias
Para a eficácia do trabalho, optou-se por uma pesquisa bibliográfica.

A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza, segundo Severino (2007), a partir do: [...]
registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros,
artigos, teses etc. Utilizam-se dados de categorias teóricas já trabalhadas por outros
pesquisadores e devidamente registrados.

O trabalho esta estruturado em três partes: introdução, desenvolvimento (marco teórico) e


conclusão onde podemos encontrar as ideias conclusivas e referencias bibliográficas.

4
Formação dos solos
O solo corresponde à porção superficial da Terra onde é realizada a maior parte das atividades
humanas. Trata-se de uma parte integrada da paisagem, responsável pela sustentação da vida
vegetal e da manutenção dos recursos naturais relacionados. Acima de tudo, o solo é também
um importante recurso natural ( Pena, 2008, p.34).

Cada rocha e cada maciço rochoso se decompõem de uma forma própria. Porções mais
fraturadas se decompõem mais intensamente do que as partes maciças, e certos constituintes
das rochas são mais solúveis que outros. As rochas que se dispõem em camadas, respondem
ao intemperismo de forma diferente para cada camada, resultando numa alteração diferencial.
O material decomposto pode ser transportado pela água, pelo vento, etc.

Os solos são misturas complexas de materiais inorgânicos e resíduos orgânicos parcialmente


decompostos. Para o homem em geral, a formação do solo é um dos mais importantes produtos
do intemperismo. Os solos diferem grandemente de área para área, não só em quantidade
(espessura de camada), mais também qualitativamente. Os agentes de intemperismo estão
continuamente em atividade, alterando os solos e transformando as partículas em outras cada
vez menores.

Em se tratando dos processos de formação de solo, pode-se falar da adição, ou seja, tudo que é
incorporado ao solo em desenvolvimento, sendo a matéria orgânica o principal constituinte
adicionado. Sobre os processos de perdas, estas podem ser em relação a erosão ou lixiviação.
A água da chuva solubiliza os minerais do solo, os quais liberam cálcio, magnésio e potássio
que são levados para camadas subterrâneas (LIMA; LIMA, 2001; PEREIRA et al., 2022).

As transformações produzem alterações químicas, físicas e biológicas. Sobre as alterações


químicas, pode-se enfatizar a transformação dos minerais primários em secundários, sendo as
argilas o exemplo mais comum desses. Além disso, as diferentes cores dos solos como
vermelhos, amarelos ou vermelho-amarelos são resultados da liberação do ferro pela alteração
das rochas (LIMA; LIMA, 2001; PEREIRA et al., 2022).

Por último, pode-se citar o transporte como um processo de formação do solo, que, em
decorrência da gravidade e da evapotranspiração, resulta na translocação de materiais orgânicos
e minerais para dentro do solo. Essa movimentação pode ser ascendente ou descendente, em
que no primeiro caso, em condições de climas com poucas chuvas, elementos químicos como
o sódio podem ser levados em solução para a superfície do solo e depositados na forma de sal
(LIMA; LIMA, 2001; PEREIRA et al., 2022).
Sobre as classes de solo de maior expressão no território brasileiro, destacam-se os Latossolos
e Argissolos, os quais, juntos, ocupam cerca de 56% do país. Dentre os principais fatores de
formação dos Latossolos é possível destacar relevo, clima e tempo, caracterizado pelo intenso
intemperismo e elevada profundidade, ocorrendo principalmente nos pontos mais altos do
relevo, que associado a pequenas declividade, propicia uma boa infiltração e drenagem. Como
consequência da boa umidade do solo, intensificam-se as reações de hidrólise, responsável pela
transformação de minerais e resultando na predominância de quartzo na fração areia e caulinita
e óxidos de ferro e alumínio na fração argila. Além disso, as boas condições de drenagem
resultam na lixiviação de alguns nutrientes. Essa combinação dos fatores relevo, clima e tempo
juntamente com os múltiplos processos de transformação e perda caracterizam o processo de
ferralitização, principal atuante na formação dos Latossolos (PEREIRA et al., 2022).

Segundo Pereira et al. (2022), os principais fatores de formação dos Argissolos são clima e
relevo, evidenciando um aumento no teor de argila em profundidade e ocorrência em terços
médios e superiores da paisagem em condições de relevo ondulado a levemente ondulado.

Regiões de declive suave e boa drenagem favorecem o processo de translocação da argila de


horizontes superficiais para horizontes subsuperficiais, caracterizando o processo chamado
eluviação/iluviação, responsável pelo aumento absoluto de argila em profundidade. Como em
locais de maior declividade o processo de escoamento superficial é elevado levando a perda de
partículas de argilas dos horizontes superficiais por erosão, caracterizando, assim, a elutriação,
ou seja, o aumento relativo o teor de argila em profundidade (PEREIRA et al., 2022).

Em relação aos Latossolos, mais de um terço dos solos brasileiros correspondem a essa classe,
apresentando avançado desenvolvimento pedogenético. Os minerais como caulinita e
oxihidróxidos de Fe e Al, como hematita, goethita e gibbsita, são predominantes nesses solos
por serem mais resistentes ao intemperismo. Devido a seus variados graus de cristalinidade e
cargas variáveis, podem influenciar nas propriedades físicas e químicas dos solos, como a CTC,
exemplo (MIELKI, 2014).

Os organismos atuantes na formação do solo referem-se à fauna e flora do local, tendo uma
relação estreita com a temperatura devido à adaptabilidade desse a determinado local. A matéria
orgânica adicionada ao solo por resíduos de folhas ou raízes e sua decomposição pela fauna
influência na agregação de partículas, no escurecimento do horizonte superficial, na infiltração
da água e também na retenção de nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta (LIMA;
LIMA, 2001).
Por fim, tem-se o tempo como o último componente dos fatores de formação do solo, entretanto,
este não apresenta apenas uma relação cronológica, mas também de maturidade e evolução.

É possível observar que em ambientes semi-áridos, com baixa precipitação pluviométrica,


mesmo com o material exposto a um longo período, a baixa intensidade de intemperização
formará solos jovens, pouco evoluídos. Todavia, em condições de elevada taxa de
intemperismo, mesmo com a exposição recente, acarretará a formação de solos maduros e
evoluídos (LIMA; LIMA, 2001; PEREIRA et al., 2022).

A Teoria dos Fatores de Formação do Solo


Dokuchaev, Glinka, Joffe e Marbut

fatores de formação do solo = causas

propriedades do solo = efeitos

Dokuchaev (década de 70, século XIX) o solo desenvolve-se em função da interação do clima,
organismos, relevo, material de origem e tempo.
Jenny (1941) definiu que toda propriedade do solo pode ser tanto causa quanto efeito. São na
verdade variáveis independentes, com forte interdependência.
S = ƒ(cl, o, t, r, mo ...)

Quando somente um fator apresenta variação:


S = ƒ(t) o, r, mo, cl fator variável = tempo
Isso significa que qualquer propriedade do solo é função do tempo, onde os demais fatores
permanecem constantes.
Abordagem de estudos de sequências que são denominadas de acordo com o fator variante.
Exemplos:
climossequência – diferença de clima;
topossequência – diferença de drenagem;
cronossequência – diferença de tempo (idade);
biossequência – diferença de organismos.

Factor Material de Origem


• Material do qual o perfil do solo foi derivado
• Representa o estado inicial do sistema solo tempo zero Jenny (1941)
Exemplos:
• Rochas alteradas “in situ”;
• Sedimentos coluviais ou aluviais;
• Material orgânico;
• Solo de pedogénese anterior.

Factor Clima
É o fator que, isoladamente, mais afeta o intemperismo.
• Parâmetros climáticos: precipitação e temperatura determinam a velocidade de reação química
sua natureza.
• A temperatura potencializa as reações químicas, ao mesmo tempo que aumenta a evaporação,
diminuindo o volume de água disponível para a lixiviação dos produtos solúveis.
• Climas quentes e humidos favorecem o intemperismo dos solos porque fornecem mais água
e estimulam uma maior atividade microbiana.

Principais processos físicos e químicos


• Ciclagem da MO – mineralização/imobilização
• Processos de oxi-redução
• Associação simbiônticas com vegetais (micorriza e rhizobium)
• Movimentação e particionamento de partículas no solo
• Acidificação do meio (ex: nitrificação e liberação de CO2)
• Complexação de cátions metálicos
• Absorção de água e manutenção da umidade do solo

Factor Relevo
• Assim como o material de origem, pode ser considerado um estado inicial estabelecido antes
do início da pedogênese (Fanning & Fanning, 1989).
• Dentre os efeitos do relevo na formação dos solos destacam-se:
a. distribuição da umidade na paisagem;
b. erosão e sedimentação;
c. distribuição da radiação solar nas faces do terreno

Nesse sentido, é importante e necessário observar que a característica dos solos, o seu tempo
de constituição, a sua profundidade e sua estrutura estarão relacionados com os elementos
atuantes nesse processo, chamados de fatores de formação dos solos, a saber: o material de
origem, o relevo, os organismos vivos, o clima e o tempo (Pena, 2008, p.34).
a) Material de origem

O material de origem corresponde à formação rochosa original que foi intemperizada para dar
origem aos solos, dando a ele suas principais características. Por mais que existam solos cuja
composição advém do depósito sedimentar oriundo de diferentes áreas, é a rocha mãe que
determina suas principais características (Pena, 2008, p.34).

Assim, materiais rochosos compostos por arenitos, por exemplo, darão origem a solos arenosos;
já material composto por granito dará origem a outros tipos de solos. Um exemplo muito
conhecido no Brasil é a formação da chamada “terra roxa”, oriunda de rochas vulcânicas –
como o basalto – que são ricas em enxofre e que, por isso, deram origem a um solo muito fértil.

b) Relevo

O relevo – isto é, as formas externas da crosta terrestre – também é decisivo no processo de


formação dos solos, pois ele exerce direta influência na forma de atuação dos agentes
responsáveis pelo intemperismo, como a água e os ventos ( Pena, 2008, p.34).

Em áreas de relevo mais inclinado, a infiltração da água é menor, o que provoca uma menor
ação do intemperismo sobre a rocha mãe e também uma remoção maior dos sedimentos na
superfície, formando solos mais rasos. Já em áreas mais baixas, o acúmulo de água é maior,
provocando uma maior ação intempérica e, por outro lado, dificultando a drenagem, o que
ocasiona a redução do ferro e solos mais orgânicos. Além disso, o grau de inclinação do relevo
torna-o menos ou mais exposto à iluminação solar, o que também afeta a sua composição e
textura.

c) Organismos vivos

Os organismos vivos atuam de forma contínua sobre o solo, tanto na sua formação quanto na
sua transformação, conservando-o, degradando-o ou alterando sua composição físico-química.
Nessa categoria, podemos incluir desde os micro-organismos até os seres humanos.

Os micro-organismos, como as bactérias, algas e fungos, atuam na ação do intemperismo


biológico, fazendo-se presentes na decomposição das rochas e também na alteração dos
compostos vegetais ou mineralógicos dos solos, tornando-os mais férteis ou mais pobres.

As plantas atuam na contenção do transporte de sedimentos e os animais também exercem


influência e impactos. No caso dos seres humanos, os impactos são rápidos e, muitas vezes,
profundamente sentidos, como nas ocorrências de erosões, desertificações e outros processos.

d) Clima
A maior parte dos agentes intempéricos está relacionada com processos meteorológicos e
climatológicos, a exemplo da água das chuvas, dos ventos e da temperatura. Assim, o tipo
climático e suas variações ao longo do tempo são determinantes para a formação dos solos e
também para a velocidade do desgaste do material original.

Regiões de clima mais quente tendem a apresentar processos mais acelerados de formação dos
solos, pois o calor acelera as relações químicas. A intensidade e frequência das chuvas, a pressão
atmosférica, o índice anual de insolação e a força dos ventos também são fatores importantes
nesse contexto.

e) Tempo

O período de tempo também precisa ser considerado no processo de formação dos solos. Áreas
formadas em épocas geológicas mais recentes estiveram por menos tempo expostas aos agentes
intempéricos e, por isso, apresentam solos jovens e mais rasos, geralmente com menor
quantidade de material orgânico ( Pena, 2008, p.34).

O solo é o resultado da ação integrada e simultânea de organismos e do clima sobre seu material
de origem, o qual está localizado em um relevo por um determinado período de tempo. A junção
desses elementos: material de origem, organismos, clima, relevo e tempo, constitui os chamados
factores de formação do solo (Lima, 2001).

Além disso, durante seu desenvolvimento, o solo passa por diversos processos de formação,
como perdas, transformações, transportes e adições, os quais são responsáveis pela formação
de todos os tipos de solos, de diferentes intensidades a depender das variações dos fatores de
formação (Lima, 2001).

Fatores de formação do solo


Na formação do solo, o fator material de origem refere-se à matéria prima a partir da qual os
solos se desenvolvem, podendo ser dividido em dois grandes grupos: as rochas e os sedimentos
(PEREIRA et al., 2022).

Uma mesma rocha é capaz de originar solos muito diferentes em função da variação dos outros
fatores de formação. Por exemplo, o granito em condições de clima quente e seco resultará em
um solo raso e pedregoso, devido a baixa quantidade de chuvas; já em um clima quente e úmido,
solos mais profundos, não pedregosos e mais pobres (PEREIRA et al., 2022).

Os nutrientes como cálcio, magnésio, potássio e fósforo provém dos minerais presentes nas
rochas, que, ao se decomporem pela ação e intemperismo, liberam-os no solo a fim de serem
absorvidos pelas plantas. Desse modo, solos originários de rochas com grande quantidade
desses nutrientes podem resultar em solos mais férteis, de modo que solos originários de rochas
pobres serão necessariamente de baixa fertilidade (LIMA, 2001; PEREIRA et al., 2022).

Os sedimentos, outro grupo de material de origem, são formados a partir da intemperização das
rochas e atuação dos processos erosivos, transportados ou depositados ao longo da paisagem
(LIMA, 2001).

Já em relação ao clima, este fator atua na pedogênese principalmente no que se refere a


pluviosidade e temperatura. A água fornecida pelas chuvas, através de reações de hidrólise, é
capaz de alterar o material de origem, além de remover os solutos formados a partir dessas
reações. Isso acontece quando a água solubiliza os minerais do solo, que então, libera elementos
químicos (ex: Ca, Mg, S, K), que poderão ser lixiviados (LIMA, 2001).

A temperatura, por sua vez, apresenta efeito indireto, de modo que influencia na velocidade
das reações químicas e do intemperismo. Desse modo, em regiões de clima frio e temperado,
os solos tendem a ser mais jovens, e com teores de carbono orgânico maior.

Em climas quentes e úmidos, os solos são mais profundos e intemperizados. Em locais que as
taxas de evaporação ultrapassam a precipitação, pode ocorrer formação de solos salinos, além
de possibilidade de argilas expansivas que propiciam rachaduras na superfície e fendas em
profundidade (PEREIRA.et al., 2022)

A seguir tem-se o relevo como um importante fator de formação do solo, visto que é responsável
pelo controle dos fluxos de água como lixiviação de solutos, atuação dos processo erosivos e
condições de drenagem. Em relevos planos, a maior parte da água da chuva se infiltra no solo,
favorecendo a formação de solos mais profundos.

Entretanto, nesses relevos também é possível a ocorrência de solos rasos, quando a região é
muito seca e quantidade de chuvas não é suficiente para a formação de um solo profundo ou
quando os solos são desenvolvidos a partir de rochas muito resistentes ao intemperismo.

Já, em relevos mais inclinados, há melhores condições para a escorrimento superficial,


resultando na erosão e, consequentemente, em solos mais rasos. Áreas em que se pode observar
um relevo abaciado, recebem não somente água das chuvas, mas também, proveniente de locais
inclinados favorecendo o aparecimento de várzeas (PEREIRA et al., 2022).
Conclusão
Nesse caso, os óxidos de Fe e Al, juntamente com substâncias húmicas e argilas minerais 1:1,
possuem determinada superfície de troca, responsável pela capacidade de troca de cátions.
Desse modo, os óxidos de ferro se relacionam também com a adsorção de poluentes (metais
pesados) do solo e a fixação de fósforo, o que faz com fique indisponível para as plantas
(RONQUIN, 2010).

Ainda nesse sentido, o avançado intemperismo, por resultar em maiores teores de hidrogênio e
alumínio no complexo de troca e, assim, na solução, resultando em maior acidez, o que explica
em parte um dos processos que originam a acidez do solo (RONQUIN, 2010).
Referências:
LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de. FORMAÇÃO DO SOLO. 2001.
Disponível em: http://www.mrlima.agrarias.ufpr.br/SEB/arquivos/formacao_solo.pdf. Acesso
em: 8 abr. 2022.

MIELKI, Guilherme Furlan. Disponibilidade de ferro em solos tropicais e sua absorção pela
planta. 2014. Disponível em:
https://www.locus.ufv.br/bitstream/123456789/6548/1/texto%20completo.pdf. Acesso em: 10
abr. 2022.

PEREIRA, Marcos Gervasio et al. CAPÍTULO 1: formação e caracterização de solos.


FORMAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE SOLOS. Disponível em:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/202369/1/Formacao-e-caracterizacao-
de-solos-2019.pdf. Acesso em: 8 abr. 2022.

RONQUIN, Carlos Cesar - Conceitos de fertilidade do solo e manejo adequado para as regiões
tropicais - Campinas: Embrapa Monitoramento por Satélite, 2010. Disponível em:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/31004/1/BPD-8.pdf Acesso em: 10 abr.
2022.

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