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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ – UFOPA

Instituto de Ciência e Tecnologia das águas – ICTA


Bacharelado em Ciências Biológicas - BCB
Disciplina: Ambiente Físico e Ecossistemas
Docente Responsável: Prof. Dr. Sergio de Melo
Discente: Jônatas Sousa dos Anjos
Nº de matrícula: 2021013908

Atividade capítulo 20 – A Economia da Natureza

1. Por que a eficiência da transferência de energia entre dois níveis tróficos geralmente é bastante
baixa?
Essa eficiência, que os ecólogos aproximam em torno de somente 10%, é baixa devido
principalmente a três fatores, a eficiência de consumo, a eficiência de assimilação e a eficiência de
produção liquida. A eficiência de consumo é um percentual que indica a energia de um nível trófico
que é consumida por um nível trópico superior, por exemplo, alguns herbívoros consomem apenas
uma parte da energia disponível em uma determinada área de estudo. Já a eficiência de
assimilação, demonstra o percentual de energia consumida que é assimilada, por exemplo, quando
esse mesmo herbívoro consome partes de um vegetal, grande parte de estruturas como a celulose
e a lignina dele não será assimilado pelo animal. E por fim, a eficiência de produção líquida é o
percentual de energia assimilada por um indivíduo que é utilizada para crescimento e reprodução,
por exemplo, ao esse herbívoro se alimentar de um vegetal, parte da energia assimilada é utilizada
para manter seu metabolismo, e somente uma pequena parte (em geral) é realmente utilizada para
fins de reprodução e crescimento.

2. Como os ecólogos distinguem entre a produtividade primária bruta e a líquida?


Para os ecólogos, a produtividade primária bruta (PPB) é uma taxa que indica a energia
capturada e assimilada pelos produtores em uma área específica, diferentemente da produtividade
primária líquida (PPL), que é uma taxa que indica a parte da energia capturada e assimilada na PPB
que é convertida em biomassa.

3. Compare e confronte a medida da produtividade primária nos ecossistemas terrestre versus


aquáticos.
Através de estudos, pode-se concluir que a produtividade primária nos ecossistemas
terrestres varia conforme a latitude, onde regiões mais próximas do equador possuem altos valores
de PPL e o oposto ocorrendo em regiões mais próximas dos polos, isso se justifica pelo fato de
regiões equatoriais receberem mais radiação solar (o que implica em mais taxa fotossintética),
serem mais quentes, mais úmidas, com maior precipitação e com maior ciclagem de nutrientes em
relação a regiões próximas aos polos. Já a produtividade primária de ambientes aquáticos varia
conforma a região, sendo maior em regiões oceânicas costeiras, principalmente em regiões de
recifes de coral e alagados salobros, menor nos oceanos abertos e amplamente variável em regiões
de rios, riachos e lagos.

4. Que fatores limitam a produtividade primária líquida dos ecossistemas terrestres?


A PPL de ecossistemas terrestres é limitada por fatores como a disponibilidade e ciclagem de
nutrientes (principalmente fosforo e nitrogênio) e a latitude, que interfere diretamente em fatores
como a temperatura e a precipitação, onde ambos também podem interferir negativamente na
disponibilidade de nutrientes.
5. Quais fatores limitam a produtividade primária líquida dos ecossistemas aquáticos?
A PPL de ecossistemas aquáticos é limitada por fatores como a luz solar, que varia
principalmente conforme a profundidade, a temperatura e a disponibilidade de nutrientes,
principalmente fósforo, nitrogênio, ferro e silício.

6. Por que as eficiências de assimilação poderiam ser muito maiores para os herbívoros
alimentando-se de sementes do que para os herbívoros consumindo folhas?
Isso ocorre devido ao fato de folhas possuírem muito material de difícil assimilação como a
lignina e a celulose, e possuírem baixos teores de energia armazenada, diferentemente do que
ocorre com as sementes, que são muito mais nutritivas e mais fáceis de serem assimiladas.

7. Por que os ecossistemas aquáticos e terrestres diferem em suas pirâmides de biomassa?


Isso ocorre devido ao fato de nos ecossistemas terrestres os produtores (geralmente árvores,
arbustos e gramíneas) possuírem uma alta quantidade de biomassa, reduzindo esse valor conforme
sobe-se nos demais níveis tróficos, por exemplo, em um ambiente de floresta, a vegetação possui
um exorbitante valor de biomassa, que é reduzido quando comparado à biomassa de herbívoros
como insetos, aves e pequenos mamíferos, e é ainda mais reduzido quando comparado à biomassa
de carnívoros. Já nos ecossistemas aquáticos, ocorre uma pirâmide de biomassa inversa, uma vez
que os produtores, majoritariamente fitoplâncton, possuem um rápido ciclo de vida além de serem
consumidos em grandes quantidades.

8. Como as mudanças na estequiometria afetam as eficiências de assimilação?


Quando um organismo ingere energia, seja de biomassa, seja de outras fontes, caso ele não
alcance o valor mínimo de seu nutriente limitante necessário para o seu pleno desenvolvimento e
nutrição, é necessário ingerir mais energia (biomassa) para atender às suas necessidades, ou se
adaptar para que sua eficiência de assimilação desses nutrientes limitantes seja um valor mais alto.

9. Por que os tempos de residência são muito maiores nos ecossistemas de floresta do que nos
ecossistemas aquáticos baseados em fitoplâncton?
Isso ocorre devido ao fato de nos ambientes aquáticos a biomassa de níveis tróficos inferiores
ser rapidamente consumida pelos níveis tróficos superiores, por exemplo, os produtores aquáticos
(fitoplâncton) possuem um alto valor de PPL, mas sua biomassa á amplamente consumida e
assimilado pelos consumidores secundários (zooplâncton), sendo esse o motivo da pirâmide de
biomassa dos ecossistemas aquáticos ser invertida.

10. Como deveria a capacidade de suporte para os humanos na Terra mudar caso a população
humana se alimentasse mais de produtos vegetais do que produtos animais?
Certamente a capacidade de suporte (tamanho populacional máximo suportado pelo
ambiente) dos humanos aumentaria, uma vez que de acordo com as pirâmides de biomassa de
ecossistemas terrestres, há muito mais biomassa rica em energia e nutrientes nos organismos
produtores (vegetais) do que em relação aos organismos consumidores (animais), o que faz com
que com essa mudança de dieta haja maior disponibilidade de alimento para a população humana.

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