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Estrutura trófica de

Ecossistemas
- Estrutura e Funcionamento do Ecossistema
• 1: Comunidade
• 2: Fluxo de energia
• 3: Ciclagem de matéria

COMUNIDADE
- Componentes Abióticos (Condições e Recursos)
• Parte mineral do Solo
• Luz
• Água
• Temperatura
• Nutrientes

- Componentes Bióticos (Comunidade Biótica)


• Produtores (autotrófico, plantas verdes)
• Consumidores (animais)
• Decompositores (Fungos e bactérias)

- Classificação Trófica Organismos Autótrofos/Produtores


• Também chamados Produtores, fixam energia e constroem substâncias
orgânicas complexas
• Transformam algum tipo de energia em biomassa
• Fotossintetizantes utilizam a energia luminosa (Plantas verdes)
• Quimiossintetizantes obtém energia através de reações químicas (algumas
bactérias)

- Classificação Trófica Organismos Heterotróficos


• Utilizam, rearranjam e decompõe os materiais complexos
• Necessitam utilizar biomassa já produzida
• São chamados Consumidores quando utilizam como fonte alimentar outros
organismos vivos ou mortos (detritívoros)
• São chamados Decompositores e Detritívoros quando transformam matéria
orgânica em inorgânica (Fungos e bactérias)

- Estudos de Ecossistemas
• Conexões entre estrutura e a função dos ecossistemas e como eles se
desenvolvem ao longo do tempo
• Estrutura: Biodiversidade, Biomassa, Área de folhagem, Número de níveis
tróficos, etc
• Função: Produtividade, Taxas de decomposição, Taxas de ciclagem, etc
• Desenvolvimento: mudanças na estrutura e função, e sua relação ao longo do
tempo

- Interação entre Predador e Presa (exemplo)


• O aumento da população de lebre provoca o aumento da população de Lince
• O aumento da população de Lince provoca o diminuição da população de
Lebre

- Efeito da remoção da mata ripária


• Pequena retirada de plantas permite que a água cause erosão e perda de
nutrientes fazendo que mais vegetação morra
• Menos vegetação para segurar o solo no local
• Água causa cada vez mais erosão
• Mais perda de nutrientes e mais morte de mais plantas

- Derretimento das calotas polares provocada pelo efeito do aumento da


temperatura
• O derretimento diminui o albedo (reflexão da luz solar) pois as áreas polares
ficam mais escuras, e absorvem mais radiação solar
• Ficam mais quentes, e o gelo derrete mais
• Sistema fica preso num ciclo de feedback positivo

FLUXO DE ENERGIA

- Leis Universais da Energia – Termodinâmica


• 1 Lei – conservação: Energia pode ser transformada, mas não pode ser
criada nem destruída. Ex: luz em alimento; alimento em trabalho

• 2 Lei – entropia: em toda transformação de energia uma parte será sempre


transformada em uma forma menos concentrada, ou seja, mais dispersa, de
menor qualidade. Calor

- Entropia: medida da energia não disponível que resulta das transformações,


sendo assim um índice geral da desordem associada com a degradação da
energia

- Associação de Biomassa com energia


• Biomassa: estoque de energia
• Fluxo: produção ou destruição de biomassa

- Sistemas Biológicos e as Leis da Termodinâmica


• Ecossistemas e organismos são sistemas termodinamicamente abertos
• Fora do ponto de equilíbrio
• Trocam energia e matéria com o ambiente para diminuir a entropia interna, à
medida que aumenta a entropia externa

- Fluxo de energia no ecossistema


• Comportamento da energia nos ecossistemas com as transformações
energéticas ocorrendo em um sentido único, entrando como fontes de alta
qualidade e dissipando como calor
• Os processos de produção (fotossíntese) e de utilização (respiração) de
biomassa ocorrem simultaneamente e são componentes básicos do
metabolismo dos ecossistemas

- Produtividade primária: quantidade de energia fixada em um determinado


tempo
• Produtividade Primária Bruta: taxa global de fotossíntese, incluindo a matéria
orgânica usada na respiração durante o mesmo período

• Produtividade Primária Líquida: taxa de armazenamento de matéria orgânica


nos tecidos vegetais, menos a matéria orgânica usada na respiração durante o
mesmo período

- Conceito de Produtividade Primária


• Produção Primária Bruta: produção total
• Produção Primária Líquida: parte da PPB Que é transformada em biomassa,
ficando disponível para as cadeias alimentares de todo ecossistema total
• Respiração: manutenção do próprio organismo

OBS: produção primária bruta = produção Primária Líquida + respiração

- Diferença entre Biomassa e Produção Primária


• Biomassa: quantidade de matéria orgânica em uma determinada área
• Produção primária: taxa em uma área em um tempo

- Fatores que influenciam os valores de Produtividade Primária


• Luz
• Temperatura
• Água
• Nutrientes
• Subsídios energéticos
- Valores de produção primária: altas taxas de produção ocorrem tanto em
sistemas naturais como cultivados, quando os fatores físicos são favoráveis

- Produção secundária: biomassa construída a partir da produtividade primária


líquida. Os herbívoros consomem parte da biomassa dos produtores

- Energia egestada: parte que é excretada ou regurgitada (sementes, ossos, p.


ex)

- Energia assimilada: parte da energia que um consumidor digere e absorve

- Energia respirada: parte da energia assimilada que um consumidor usa para a


respiração
Estrutura Energética e
Interações

- Cadeia alimentar ou cadeia trófica


• Transferência de energia alimentar, desde a fonte através de diversos
organismos que consomem e são consumidos
• Sequência linear de relações tróficas pelas quais a energia e matéria passam
através do ecossistema

- Níveis Tróficos
• Distância que o organismo está do sol, ou seja, por quantos compartimentos a
energia passa antes de chegar no organismo
• Posição de um organismo em uma cadeia alimentar
• É uma classificação de função, não de espécies

- Níveis
• Autótrofos (produtores) (primeiro nível trófico)
• Herbívoros (consumidores primários) (o segundo)
• Carnívoros primários (consumidores secundários) (terceiro)
• Carnívoros secundários (o quarto)

- Cadeia alimentar representada pela Pirâmide de energia


• Como 90% da energia é perdida em cada transferência (relação alimentar)
• Menos energia química alcança sucessivamente os níveis tróficos superiores,
formando uma pirâmide
• A energia perdida em cada nível é provocada pelo trabalho realizado pelos
organismos e pela ineficiência das transformações biológicas de energia

- Pirâmides de Energia
• Cerca de 90% da energia consumida é utilizada para manter o consumidor
• Somente 10% é transformado em biomassa (alimento potencial)

- A quantidade de energia que se move de um nível trófico para outro


determina quanta energia ou biomassa pode existir em cada nível. Medida
através da eficiência de consumo: percentual de energia ou biomassa em um
nível trófico que é consumido pelo próximo nível trófico superior

- Eficiência de assimilação: percentual de energia consumida que é assimilada

- Eficiência ecológica: percentual da produção líquida de um nível trófico


comparado com o próximo NT superior

- Ecossistemas aquáticos tipicamente têm mais níveis tróficos que os terrestres


> diferenças nas eficiências ecológicas

- Terrestres: produtores principalmente plantas, desde herbáceas até grandes


árvores. Em muitas, uma grande parte do tecido é dedicada a impedir o
consumo dos herbívoros. Em muitas, grande parte da biomassa não é
consumível > eficiência de consumo baixa, maior parte da biomassa passa a
detrito

• Herbívoros em geral grandes, predados por consumidores secundários de


grande porte. Gasto de manutenção, menor número de NT

- Aquáticos: maior parte dos produtores algas unicelulares, poucas defesas e


fáceis de digestão para os herbívoros. => eficiência ecológica mais alta
• Essas eficiências ecológicas mais altas significam que uma porção maior de
energia pode mover-se para cima pela cadeia, proporcionando maior número
de níveis tróficos nos aquáticos
- Teoria “Bottom-up: top-down”: predição de que a disponibilidade de nutrientes
determina a biomassa máxima sustentável, mas que a biomassa presente é
determinada pelos efeitos combinados das forças bottom-up e top-down
(efeitos mais significativos no topo da cadeia)

- Ambos, nutrientes e composição da cadeia alimentar são importantes para a


estrutura observada da cadeia alimentar em um ecossistema

- Interações da cascata trófica


• Cascata trófica: interação indireta característica de cadeias alimentares
lineares onde uma espécie predadora “A” tem um efeito indireto positivo sobre
uma espécie de planta “C” por diminuir a qnt da espécie herbívora “B”.
• Exemplo: espera-se que mudanças na estrutura de uma assembleia de
peixes (nível trófico de topo) afete em cascata os níveis mais baixos, até
atingirem os produtores primários

- Exemplo Interações em cascata trófica - A Floresta de Kelps e a Lontra


Marinha
• Humanos: caçam lontras, colhem Kelps, exploram peixe e ouriço
• Lontras: comem os ouriços, e também lagostas, protegem as florestas de
Kelps
• Ouriços: comem os Kelps contribuem para diminuição do habitat
• Peixes: Diminuem com a falta do habitat e pela exploração humana assim
diminui o alimento dos seus predadores (focas e leões marinhos)
• Orca: diminuição das suas presas (focas e leões marinhos), tem caçado mais
lontras

Ciclos Biogeoquímicos
- Ciclos Biogeoquímicos/Ciclo de matéria/Ciclo de nutrientes
• Bio = Bióticos, Geo = Abiótico, Químico = elementos químicos
• São os caminhos de elementos químicos entre os componentes bióticos e
abióticos do ecossistema

- Como ocorre a ciclagem de matéria nos ecossistemas?


• Os elementos químicos são retirados do ambiente, utilizados e novamente
devolvidos ao ambiente
• Os elementos são incorporados na biomassa, através da formação de
moléculas orgânicas (proteínas, carboidratos, lipídeos) e são movimentados
pela rede alimentar.
• Depois, através da decomposição de detritos e cadáveres, as moléculas
orgânicas são quebradas e os compostos são liberados na forma inorgânica e
podem ser reutilizados, e entrar novamente nas redes alimentares

• O processo de decomposição é essencial no processo de reciclagem dos


elementos químicos na natureza.

• Os combustíveis fósseis (carvão, petróleo) foram formados a partir de matéria


orgânica decomposta parcial e lentamente ao longo do tempo, acumulando a
energia captada da luz solar na fotossíntese milhões de anos atrás, originando
os combustíveis que utilizamos hoje

- O ecossistema inteiro pode ser representado como um conjunto de


compartimentos entre os quais os elementos circulam
- Ciclos: Princípios básicos e importância dos estudos
• Elementos sofrem transformações físicas, químicas e biológicas à medida que
são captados pelos organismos e liberados por meio da decomposição,
retornando a sua forma molecular ao longo do tempo

• O tempo que leva para uma molécula ir da captação à liberação e posterior


captação varia entre os elementos, os tipos de ecossistema e o clima
(temperatura e umidade). Aqueles limitantes da produção primária (N e P)
podem ciclar em intervalos pequenos, enquanto micronutrientes como o zinco e
outros metais podem ter escalas geológicas => taxas de ciclagem

• Quantificação através do tempo médio de permanência (rotatividade,


turnover)

- Ciclos: Princípios básicos e importância dos estudos


• Tempo médio de permanência = reservatório total do elemento (pool)/taxa de
entrada

• Entradas de detritos e as taxas de decomposição controlam o tempo de


permanência dos elementos, clima controla esses fatores

• Em geral, os ciclos são complexos e estão invariavelmente ligados entre si. A


estequiometria estrutural descreve a relação dos elementos como parte
fundamental da estrutura de um material ou organismo => proporções
específicas dos elementos

• Em um contexto ecológico, os organismos contêm proporções mais ou menos


constantes de alguns elementos. Redfield, em 1958, relatou que o fitoplâncton
marinho tipicamente continha átomos de carbono, nitrogênio e fósforo na
proporção 106:16:1, e que a água do mar, em todos os locais diferentes,
mantinha a proporção dos três elementos em 105:15:1, => abundância desses
elementos na água do oceano controlada pela síntese e decomposição da
matéria orgânica

- Ciclagem de nutrientes em ambientes aquáticos


• A transferência ocorre em meio aquoso

• Concentrações de oxigênio são bem mais baixas do que nos ambientes


terrestres, limitando a respiração aeróbica e os processos biogeoquímicos, que
por sua vez influenciam as formas químicas e suas taxas de oferta

• Em rios e córregos o estoque de nutrientes é muito dependente de entradas


externas (alóctones) vindas dos ecossistemas terrestres

• Principal fonte para os organismos dos rios: matéria orgânica e nutrientes


dissolvidos originados do intemperismo químico e da decomposição em solos
vizinhos

• Nutrientes são transportados para o oceano, mas sofrem muitos


processamentos biogeoquímicos, que podem acarretar em mudanças das
formas químicas. Ex: ocorre grande perda de nitrato por meio desnitrificação e
absorção biológica, diminuindo o aporte para os oceanos

• Espiral de nutrientes em ecossistemas fluviais: processos de decomposição e


transferência pelas teias alimentares são mais rápidos que nos sistemas
terrestres, então são muitas vezes disponibilizados para os organismos

• Em ecossistemas lênticos (lagos, áreas úmidas) os ciclos são mais “fechados”

• Entrada dos ecossistemas terrestres adjacentes e por deposição atmosférica

• Alta demanda na zona fótica (iluminada) pelo fitoplâncton e nas zonas rasas
pelas macrófitas aquáticas

• Transferências de nutrientes nas teias alimentares são muito eficientes, com


poucas perdas

• Alguns detritos podem ser decompostos e mineralizados na coluna de água e


nos sedimentos, fornecendo uma entrada interna de nutrientes (autóctone) com
maior importância do que a entrada alóctone de rios e riachos

• Em lagos profundos, após um tempo de ciclagem interna, os nutrientes são


transportados para as regiões profundas, onde se depositam no sedimento e
podem permanecer imobilizados, não atingindo a zona fótica dos ecossistemas

• Somente com a mistura da coluna de água, por fatores como ventos sazonais
e aportes de águas com densidades diferentes, promovem a circulação vertical
da camada de água, recolocando os nutrientes novamente na zona iluminada
• A disponibilidade de nutrientes em lagos classifica o seu estado nutricional,
em um gradiente de oligotrófico, mesotrófico e eutrófico, conforme aumenta a
concentração e disponibilidade de nutrientes para a produção primária

• Ao longo do tempo, a tendência é de aumento da concentração de nutrientes,


processo chamado de eutrofização

• Esse processo pode ser natural, mais lentamente, ou artificial, com o despejo,
principalmente de esgotos urbanos e agrícolas, em geral ricos em nitrogênio e
fósforo

• O processo de eutrofização artificial pode ser revertido, desde que se


interrompa a fonte artificial de entrada, como por exemplo no lago Washington

• Os rios chegam ao oceano em ecossistemas costeiros como mangues,


estuários e grandes deltas

• Nesses locais ocorre o aporte terrestre do transporte de nutrientes da crosta


terrestre para as águas oceânicas

• Em geral essas zonas costeiras apresentam grande concentração de


nutrientes, favorecendo altas taxas de produtividade primária e secundária,
assim como taxas de decomposição elevadas que aumentam o turnover dos
elementos

• A medida que esses nutrientes são transportados para o meio marinho,


tendem a se depositar, e com taxas de decomposição mais lentas em função
de temperaturas mais baixas, pouca concentração de oxigênio e locais com
pouca circulação vertical, limitam a produção primária da maioria da zona
marinha

• As águas profundas são ricas em nutrientes, porém somente conseguem


subsidiar a produção primária em regiões de ressurgência, onde águas
profundas afloram na superfície carregando altas concentrações de nitrogênio
e fósforo

CICLO DO NITROGÊNIO
• Elemento essencial para os seres vivos, constituinte das moléculas de
proteínas e dos ácidos nucleicos
• Presente na atmosfera sob a forma de gás nitrogênio (N2) em uma
quantidade de cerca de 79%
• A maior parte dos organismos não consegue utilizar o gás nitrogênio
diretamente da atmosfera
• Para poder ser utilizado deve ser fixado em um composto químico que possa
ser incorporado e utilizado por plantas e animais. Processo realizado por
alguns microorganismos
• Possui várias etapas, formando diferentes compostos, dependendo de
microorganismos especializados em fixar o gás em processos:
Amonificação (formar moléculas como amônia NH3 )
Nitrificação (formar nitrato NO3 )
Desnitrificação (quebrar as moléculas orgânicas e formar novamente o
nitrogênio gasoso)
• Alguns organismos fixadores de nitrogênio são bactérias do gênero
Rhizobium
• Elas são encontradas associadas à raízes de algumas plantas leguminosas,
como soja, feijão, ervilha, formando nódulos
• Isso é uma associação benéfica para a planta, pois permite que elas cresçam
em solos pobres nesse nutriente
• Muitos agricultores utilizam plantações de leguminosas alternando com outras
culturas para enriquecer o solo – adubação verde
• Outros microrganismos fixadores de nitrogênio atmosférico são encontrados
em ecossistemas aquáticos
• São as cianobactérias, que possuem uma estrutura especial, o heterocisto,
onde é fixado o nitrogênio do ar
• Essas cianobactérias podem ser de vida livre, flutuando na coluna de água,
ou associadas a algumas plantas

Uma associação interessante: Azolla e Rizicultura


• Utilização de biofixadores em áreas de cultivo: Rizicultura do oriente → Azolla e
Anabaena tem permitido o uso das mesmas áreas durante milhares de anos, Azolla
pinnata tem sido empregada para aumentar a fertilidade de solos úmidos
• Pode fixar até 120 a 310 Kg N por ano hectare

CICLO DO FÓSFORO
• Elemento que faz parte do material hereditário (DNA), das moléculas
energéticas de ATP, fosfolipídios da membrana celular, e como constituinte de
ossos e dentes
• Não tem componentes gasosos, então não passa pela atmosfera
• Fonte principal é o intemperismo de rochas
• Plantas assimilam íon fosfato PO4 -3 do solo ou da água
• Elemento limitante para o crescimento das plantas e por isto é muito utilizado
como fertilizante
• Maior reservatório nas rochas fosfatadas marinhas

- Alterações do Ciclo do Fósforo Causas e Consequências


• Fertilizantes Fosfatados
• Aumento da erosão do solo (Poluição aquática)

CICLO DO CARBONO
• Ciclo gasoso, relativamente simples, com poucos componentes e fáceis de
identificar
• Sobreposto ao fluxo de energia
• Muito influenciado após o início da era industrial
• Vulnerável à perturbações antropogênicas
• Alterações podem conduzir a mudanças climáticas

Três classes de processos fazem parte do ciclo do carbono


1. Fotossíntese e respiração
2. Troca de CO2 entre a atmosfera e os oceanos
3. Precipitação de carbonatos
- Variação da concentração de CO2 atmosférico
• Entre 500-400 ma (milhões de anos) atrás (Era Paleozóica) 15-20 vezes
maior
• Entre 400-300ma (Período Devoniano) caiu aos níveis atuais
• desenvolvimento
de florestas, formação de carvão, e petróleo
• 250-100ma aumento para 5 vezes o nível atual
• 100ma declinando continuamente com pequenas oscilações
• Alterações mais profundas somente após a era industrial

- Efeito Estufa Natural


• Retenção temporária do calor irradiado pela terra
• Promovido pelos “gases estufa”: CO2 ; CH4 ; NOx ; O3 ; Vapor d’água
• Sem ele não existiria vida na Terra

OBS: O aumento da concentração de gás carbônico no compartimento


atmosférico provoca o aumento do Efeito Estufa e do aquecimento global

OBS: a consequência básica do efeito estufa é a alteração climática global

- Medidas de amenização
• Diminuição do uso de combustíveis fósseis
• Reduzir queimadas e desmatamentos
• Reflorestar

- Aquecimento global: aumento da temperatura média dos oceanos e do ar


perto da superfície da Terra > tem se verificado nas décadas mais recentes e a
possibilidade da sua continuação durante o corrente século

- Principais Consequências do Aquecimento Global


• Aumento da temperatura atmosférica e das massas de água
• Alterações no padrão climático relacionado a distribuição de chuvas
• Diminuição de geleiras com aumento no nível do mar
• Aumento da frequência e intensidade de fenômenos de tempo como
tempestades, ciclones, etc.
• Mudanças na vegetação regional
• Alterações nas características sazonais
• Prejuízo na produção de alimentos de inverno
• Aumento de doenças tropicais

CICLO DA ÁGUA/CICLO HIDROLÓGICO


• Embora seja uma substância também pode ser estudado como um ciclo
• Este ciclo proporciona um modelo físico de ciclagem de elementos no
ecossistema
• Está ligado a todos os processos metabólicos no ecossistema

- Distribuição da água nos diferentes compartimentos


• Na natureza, cerca de 97,5% da água corresponde a água salgada, presente
nos oceanos, e 2,5% é a água doce
• Do total de água doce, quase 70% está na forma de gelo, 29% em reservas
subterrâneas, e apenas uma parte muito pequena forma os rios e lagos

- O ciclo da água
• A água está em constante mudança de estado físico, passando de vapor a
líquida, e armazenada no estado sólido como gelo
• Mantido globalmente pela energia solar, que aquece as massas de água e
promove a evaporação nos oceanos e outros ambientes aquáticos
• O vapor resfria, condensa formando as nuvens, que são transportadas pela
atmosfera, e ocorre a precipitação na forma de chuva nos oceanos e ambientes
terrestres
• A água precipitada mantém os ecossistemas continentais (rios, lagos,
umidade do solo)
• Os seres vivos liberam água pela respiração, excreção e fezes (animais), pela
evapotranspiração (plantas) e pela decomposição
• Parte da água se infiltra no solo, mantendo as reservas subterrâneas
• Parte escoa novamente até os oceanos

CICLO DO OXIGÊNIO
• Reservatório é a atmosfera, onde ocupa cerca de 21%
• Em parte é reposto pela quebra da molécula de água durante a fotossíntese
• É utilizado na respiração aeróbica, na decomposição e na combustão e
liberado como CO2
• Vital para manutenção dos processos metabólicos de utilização de energia
• Protege a biosfera através da formação da camada de ozônio (O3), que
essencial para filtrar a quantidade de raios ultravioletas que poderiam chegar
na superfície, que podem provocar vários danos as células.
Decomposição em Ecossistemas
Utilizada em dois sentidos na ciência dos ecossistemas:
1- Macroescala: conversão da matéria orgânica de formas físicas grandes em
pequenas partículas, compostos solúveis e gases. Recursos alimentares para
outros organismos e transporte para outros ecossistemas (folhas em riachos,
gases (CH4) para bactérias)

2- Molecular: conversão de moléculas orgânicas complexas (proteínas e


carboidratos) em formas mais simples (açúcares, aminoácidos) e depois em
compostos inorgânicos (ex: amônio e CO2).

- A liberação do CO2 a partir da matéria orgânica é o inverso da fixação do


carbono (produção primária)

- A maioria dos conceitos básicos, processos e metodologias de estudos são


similares ou análogos à decomposição tanto terrestre como aquática > no
entanto, o maior volume de resultados é para ecossistemas aquáticos,
avaliando os processos de metabolismo da matéria orgânica dissolvida

- Para a maioria dos ecossistemas, o pool dos nutrientes limitantes (N e P)


contidos na matéria orgânica é muito maior do que o grupo de formas
inorgânicas, e assim a taxa de produtividade dos ecossistemas é controlada,
em sua maior parte, pelas taxas de decomposição

- Uma grande variedade de organismos é dependente do consumo de detritos,


tanto em ecossistemas aquáticos como terrestres (p. ex., oligoquetas e insetos)
> assim, o detrito é um recurso alimentar importante na maioria dos
ecossistemas

- Juntamente com a liberação do carbono, ocorre a liberação e regeneração de


outros elementos mantidos na matéria orgânica, como nitrogênio, fósforo,
enxofre, sob formas mais simples e assimiláveis pelas plantas

- A decomposição é essencial para manter a produção primária, a ciclagem dos


nutrientes e outros processos ecossistêmicos > na ausência de decomposição
completa até CO2 e nutrientes inorgânicos, a matéria orgânica se acumula,
com esgotamento de elementos limitantes

- Quando a decomposição é incompleta


• Alça microbiana – também é considerada parte da cadeia de detritos
• MOD => Bactérias => Protozoários heterotróficos => Zooplâncton => ......
• Acúmulo de matéria orgânica, decomposição incompleta formou os grandes
depósitos de combustíveis fósseis

- Os produtos da decomposição, como matéria orgânica particulada fina


(MOPF), e matéria orgânica dissolvida (MOD) permitem o transporte de
carbono orgânico a partir de locais com alta produtividade > assim, a
decomposição em um local pode subsidiar o fluxo de energia em outro

- Como ocorre a decomposição?


• Lixiviação, condicionamento, fragmentação
• Durante o processo, ocorre a colonização (condicionamento) por
microrganismos, e a fragmentação por organismos (insetos e crustáceos,
principalmente) que transformam matéria orgânica particulada grossa (MOPG)
em matéria orgânica particulada fina (MOPF)
• Tanto nos ecossistemas terrestres como aquáticos, a velocidade da
decomposição da matéria orgânica pode ser influenciada por fatores
intrínsecos (composição química e física do detrito) e fatores extrínsecos
(variáveis ambientais)

- A decomposição da matéria orgânica é influenciada por nutrientes presentes


condições ambientais e comunidades microbianas presentes

- Influência da composição química do detrito – Polifenóis: maior concentração


de polifenóis, mais lenta a decomposição

- Influência dos organismos – macroinvertebrados: em geral, maior densidade


de invertebrados, mais rápida a decomposição

- Invertebrados aquáticos
• Promovem a ciclagem de nutrientes, disponibilizando-os para os organismos
produtores
• A atividade dos invertebrados é considerada fator determinante no
processamento dos detritos

- Invertebrados detritívoros
• Os invertebrados são classificados pelos modos que obtêm o seu alimento,
de acordo com as peças de seu aparato bucal, em 4 grupos tróficos funcionais
(fragmentadores, coletores, raspadores, predadores)
• Fragmentadores: consomem MOPG >1mmh
• Coletores - catadores e filtradores: alimentam-se de MOPF (0,5 µm a 1 mm),
na coluna d’água, sedimento ou superfícies
• Raspadores: raspar e consumir o biofilme
• Predadores: não influenciam de maneira direta no processamento dos
detritos, mas controlam as populações dos demais GTFs
Serviços Ecossistêmicos
Os serviços ecossistêmicos referem-se aos benefícios diretos e indiretos que
os ecossistemas fornecem aos seres humanos e à natureza. Eles
desempenham um papel crucial em sustentar a vida no planeta e são
fundamentais para o bem-estar humano.

- Algumas das principais razões para a importância dos serviços


ecossistêmicos incluem:
• Controle de pragas e doenças
• Polinização
• Fornecimento de água e purificação
• Manutenção da biodiversidade
• Proteção contra desastres naturais
• Provisão de recursos
• Regulação do clima
• Cultural/recreacional

Biologia da Conservação
1-) Quanto a biodiversidade: a- Quais são seus componentes; b- explique sua
importância.
a)
- Diversidade funcional: processos biológicos e químicos, tais como fluxo de
energia e reciclagem de matéria necessária para a sobrevivência das espécies,
das comunidades e dos ecossistemas

- Diversidade ecológica: variedade de ecossistemas terrestres e aquáticos


encontrados em uma área ou na Terra

- Diversidade genética: variedade de material genético em uma espécie ou


população

- Diversidade de espécies: número e qunatidade de espécies presentes em


diferentes comunidades

b) A biodiversidade está ligada a diversas importâncias como: estabilidade dos


ecossistemas (resistir a perturbações e mudanças ambientais), serviços
ecossistêmicos (ex: polinização e fertilização do solo), bem-estar humano
( fornece alimentos, medicamentos,...), equilíbrio ecológico (ex: regulação dos
ciclos biogeoquímicos), estabilidade genética (a diversidade genética contribui
para a adaptação e evolução das populações), respostas a desastres naturais

2-) Diferencie os três principais tipos de Extinção quanto as suas origem.


- Extinções por causas Naturais:
• Extinção biológica significa o desaparecimento total e perda do capital natural
• Extinção em massa: muitas espécies desaparecem em um período curto de
tempo geológico
• Extinção biológica causada por processos naturais, como mudanças
ambientais, eventos climáticos extremos, erupções vulcânicas, impactos de
asteroides, entre outros.

- Extinções por ações antrópicas (HIPPCS): causadas por atividades


humanas, como destruição de habitats, introdução de espécies exóticas,
poluição, Aumento Populacional Humano e uso de recursos, superexploração
(ex: caça e pesca excessivas), mudanças climáticas antropogênicas

- Extinções por ilhas: influenciadas pela dinâmica populacional e


conectividade com outras áreas. Ilhas oceânicas são conhecidas por abrigar
formas endêmicas, e a perda de ilhas, causados pela destruição do habitat,
caça, etc, significa a extinção de espécies em todo o mundo
3-) Quais as principais causas da extinção provocada pela sociedade humana.
HIIPPCS: destruição, fragmentação de habitats, espécies Invasoras, aumento
populacional Humano e uso de recursos, poluição, mudanças Climáticas,
superexploração

4-) Explique o que é a lista de espécies ameaçadas e os quatro critérios


básicos utilizados para classificação.
É uma lista utilizada para reconhecer e classificar as espécies que estão em
risco de extinção em determinada região e tem como objetivo identificar as
espécies que enfrentam ameaças significativas à sua sobrevivência, por
exemplo, em razão de perda de habitat, superexploração, caça, mudanças
climáticas,etc.

I - tamanho da população e informações sobre fragmentação, flutuações ou


declínio passado e/ou projetado;
II - extensão da distribuição geográfica, da área de ocupação e informações
sobre fragmentação, declínio ou flutuações;
III - ameaças que afetam a espécie;
IV - medidas de conservação já existentes.

5-) Quanto a Biologia da Conservação cite seus objetivos e suas principais


questões.
A biologia da conservação tem como objetivo entender os efeitos das
atividades humanas sobre as espécies, comunidades e ecossistemas, além de
desenvolver abordagens práticas para prevenir a extinção de espécies, e se
possível, reintegrar as espécies ameaçadas ao seu ecossistema funcional.

Principais questões:
• Quanto tempo para uma espécie ser extinta após pressão negativa
• Qual o número crítico de indivíduos
• Quais atividades humanas afetam a estabilidade das populações e levam as
espécies à extinção
• Quais fatores que tornam a população vulnerável à extinção

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