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FLUXO DE MATÉRIA E DE ENERGIA

Fluxo de Matéria e de Energia

Entende-se, por fluxo de matéria e/ou energia, o "caminho" percorrido pela matéria, também chamada
de biomassa, ou pela energia ao longo de um ecossistema. Trata-se de um processo fundamental para
o funcionamento e a manutenção de um ecossistema, podendo ser representado como uma pirâmide
chamada de pirâmide trófica ou pirâmide ecológica.

A pirâmide ecológica é, portanto, um modelo didático usado na Ecologia para esquematizar o fluxo de
matéria e energia presente em um ambiente, com base nas relações ecológicas existentes entre os
seres vivos que ali habitam.

Ecossistema e Cadeia Alimentar

Para compreender o conceito de fluxo de energia, ou de biomassa, é importante entender como estão
dispostos os organismos em um ecossistema, bem como as relações estabelecidas entre eles, pois é
através dessa relação que a energia e a matéria são deslocadas no ecossistema.

Entende-se por ecossistema o conjunto de fatores bióticos (seres vivos) e abióticos (clima, água, nutri-
entes no solo, luminosidade, etc) que se interagem em uma determinada localidade ou região. Pode
ser entendido também como o conjunto de comunidades existentes em uma região junto com os fatores
ambientais e climáticos disponíveis.

Uma característica fundamental de um ecossistema é a relação estável entre o espaço físico, o fluxo
de energia e os fatores bióticos e abióticos. Com isso, nem todo sistema biológico pode ser chamado
de ecossistema, caso não seja autossuficiente e não possua autorregulação.

Os seres vivos que compartilham o mesmo ecossistema podem se relacionar através de relações eco-
lógicas que podem ser harmônicas, quando há o benefício de pelo menos um dos integrantes sem o
prejuízo do outro, ou desarmônicas, quando há o prejuízo de pelo menos um dos integrantes que se
relacionam.

Dentre as relações desarmônicas já conhecidas, o predatismo e a herbivoria estão diretamente relaci-


onadas com o conceito de fluxo de matéria e energia. O predatismo é a relação ecológica em que um
animal consome outro animal para fins alimentares e de sobrevivência. Já a herbivoria, é o consumo
de plantas e vegetais por outros animais, estes herbívoros, também para se alimentar e sobreviver.

Dessa forma, a matéria consumida pelos organismos e a energia gerada estão diretamente relaciona-
das com esse tipo de relação e, portanto, as relações ecológicas estão relacionadas com o fluxo de
energia.

Outro conceito importante para auxiliar a compreender a complexidade do fluxo de matéria em um


ecossistema, que também está relacionado com as relações desarmônicas já citadas, é o conceito
de Cadeia Alimentar.

A cadeia alimentar é um modelo didático que visa organizar e exemplificar o percurso de matéria orgâ-
nica dentro de um ecossistema através das relações de herbivoria ou predatismo existentes entre os
integrantes desse ecossistema.

Dentro de uma cadeia alimentar, os organismos que a constituem e que se relacionam estão dispostos
em níveis chamados de níveis tróficos. Cada nível trófico apresenta um animal, ou um conjunto de
animais, que compartilham, nutricionalmente, o mesmo nicho ecológico, possuindo, assim, os mesmos
hábitos alimentares.

Os níveis tróficos podem ser divididos em:

Produtores: Organismos autótrofos que produzem o próprio alimento. Em termos energéticos, são os
organismos que convertem a energia química inorgânica ou luminosa em energia bioquímica;

Consumidores: Organismos heterótrofos que consomem a energia e a biomassa presente no nível tró-
fico abaixo do que se encontram. São, portanto, organismos que consomem outros organismos e po-
dem ocupar diferentes níveis tróficos. Por exemplo, os consumidores primários se alimentam dos pro-

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dutores através da relação de herbivoria; os consumidores secundários se alimentam dos consumido-


res primários; os consumidores terciários se alimentam dos consumidores secundários através de re-
lações de predatismo.

Decompositores: O último nível trófico é composto pelos organismos que se alimentam de matéria
morta e em decomposição São organismos que se alimentam dos restos mortais ou alimentares dos
demais níveis tróficos. Dentro desse nível estão os fungos, algumas bactérias e alguns protozoários.

A energia presente em um ecossistema caminha entre os diversos níveis tróficos com base na alimen-
tação dos organismos, que tem como objetivo principal adquirir energia para ser armazenada e utilizada
nos diversos processos metabólicos. Dessa forma, o fluxo de energia em um ecossistema inicia-se com
os produtores, que conseguem converter a energia luminosa, através da fotossíntese, ou inorgânica,
através da quimiossíntese, em energia bioquímica, que o organismo utilizará para o seu desenvolvi-
mento e sobrevivência.

Conforme o nível trófico vai se elevando ao longo da cadeia, a energia do sistema tende a diminuir, ao
passo que um organismo se alimenta de outro. Parte dessa energia é perdida na forma de calor ou
utilizada para os seus próprios processos metabólicos. Portanto, a energia dentro de uma cadeia ali-
mentar tende a diminuir de um nível trófico para outro.

A pirâmide ecológica de energia, dessa forma, apresentará um único arranjo, com a base sempre maior
que os demais níveis, sempre expressa em cal/m².ano (calorias por metro quadrado ao ano) ou ainda
kcal/m².ano (quilocalorias por metro quadrado ao ano).

Pirâmide de Energia.

Os decompositores geralmente não são considerados nas pirâmides ecológicas, pois isto dificultaria o
entendimento didático do esquema, uma vez que todos os organismos estão submetidos a ação dos
decompositores.

Ainda assim, em algumas pirâmides, os decompositores são representados como um bloco à parte, o
qual está presente em todos os níveis tróficos.

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Pirâmide de Energia considerando os decompositores.

Fluxo de matéria ou biomassa

O fluxo de matéria, ou biomassa, está diretamente relacionado com o fluxo de energia em um ecossis-
tema, isso porque ao se alimentar para adquirir energia e outros compostos, o organismo ingere uma
quantidade de biomassa pertencente ao organismo que ele consumiu.

Dessa forma, a quantidade de matéria consumida em um determinado nível trófico pode ser esquema-
tizada em uma pirâmide de biomassa, geralmente expressa em g/m² (gramas por metro quadrado).

De forma mais comum, em um ecossistema, a quantidade de biomassa ou matéria pertencente ao nível


trófico dos produtores é maior e, à medida que se avança para os níveis tróficos posteriores, a quanti-
dade de matéria tende a diminuir.

Por exemplo, a quantidade de vegetais em um determinado bioma é maior em biomassa que a quanti-
dade de gafanhotos que se alimentam desses vegetais. A quantidade de gafanhotos, por sua vez, é
maior que a quantidade de pássaros que se alimentam deles. Com isso, a pirâmide de matéria é co-
mumente representada com a base maior que o topo.

Pirâmide de matéria ou biomassa.

Em alguns casos, entretanto, a pirâmide de biomassa terá a base menor que os níveis subsequentes.
Isso ocorre quando os produtores, embora ocupem uma área extensa, possuem biomassa bem pe-
quena, como nos biomas marinhos, em que os produtores podem ser espécies de fitoplânctons que
possuem massa (em gramas) pequena, muito embora ocupem uma extensa área (m²) do território.

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Exemplo de uma pirâmide de biomassa de uma cadeia alimentar de ambientes marinhos com o fito-
plâncton ocupando a posição de produtor, zooplâncton ocupando a posição de consumidor primário e
peixes ocupando a posição de consumidores secundários e terciários.

Uma desvantagem da pirâmide de biomassa é que ela não considera o tempo de produção dessa bio-
massa e, dessa forma, não mostra a velocidade com que a matéria é produzida.

No exemplo da cadeia alimentar que tem fitoplânctons como produtores, à primeira vista, parece que o
ecossistema não está em equilíbrio, já que a quantidade de matéria pertencente aos produtores é me-
nor que a quantidade de matéria dos demais níveis tróficos, porém, o fitoplâncton tem uma taxa de
reprodução elevada, se dividindo rapidamente e aumentando a biomassa em um curto período de
tempo e com uma velocidade elevada, por isso, conseguem ser os produtores da maioria das cadeias
alimentares de ambientes aquáticos.

Pirâmide de número

Na pirâmide ecológica de número, cada nível trófico visa representar a quantidade de organismos per-
tencentes àquela posição. Portanto, esse tipo de pirâmide pode apresentar diversos arranjos, princi-
palmente quando se analisa pequenos ecossistemas.

Normalmente, a pirâmide de número apresenta bases maiores que o topo, mostrando, geralmente, que
a quantidade de produtores em um ecossistema é maior que a quantidade de consumidores primários,
que, por sua vez, é maior que a quantidade de consumidores secundários - formando, assim, o arranjo
normal de um pirâmide com a base maior que o topo.

Pirâmide ecológica de número.

Em alguns casos, como em pequenos ecossistemas, o arranjo da pirâmide pode mudar. Por exemplo:
uma cadeia alimentar composta por uma única árvore produtora, que serve de alimento para vários
insetos, que, por sua vez, servem de alimento para pássaros: a base da pirâmide será menor que os
demais níveis.

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Pirâmide ecológica de número em um ecossistema composto por uma árvore, insetos como consumi-
dores primários, pássaros menores como consumidores secundários e pássaros maiores como con-
sumidores secundários.

No caso de uma cadeia alimentar contendo espécies de parasitas, a pirâmide terá outra conformação,
esta chamada de pirâmide invertida. Considerando o exemplo de uma árvore produtora, da qual se
alimentam uma maior quantidade de insetos: se, nesses insetos, houver a incidência de parasitas,
como algumas bactérias, a quantidade desses parasitas será maior que a população de insetos pre-
sentes na cadeia. Dessa forma, a pirâmide, nesse caso específico, terá a base menor que o topo.

Pirâmide ecológica de número invertida em um ecossistema composto por uma árvore, insetos como
consumidores primários e parasitas como consumidores secundários.

A desvantagem da pirâmide ecológica de número é a sua simplicidade. Ela desconsidera o tamanho


do indivíduo presente em cada nível trófico, bem como não apresenta a quantidade de biomassa ou
matéria orgânica que é deslocada de um nível para outro.

Todas essas informações precisam ser fornecidas e não estão incluídas no desenho esquemático da
pirâmide de número.

Sabemos que o Sol é fundamental para a existência de vida na Terra. É ele que proporciona uma
temperatura agradável ao nosso planeta e fornece energia para os organismos fotossintetizantes.

Sem esses organismos, o oxigênio liberado no processo de fotossíntese não existiria e, consequente-
mente, os seres que necessitam dessa substância para sobreviver também não. Além disso, a falta
desses organismos causaria a morte de toda uma cadeia alimentar.

Os organismos fotossintetizantes existentes captam cerca de 2% de toda a energia solar que chega ao
planeta. Eles utilizam essa energia para produzir substâncias orgânicas através do processo de fotos-
síntese, e a energia fica armazenada na forma de energia potencial química. Parte dessas substâncias
orgânicas produzidas é utilizada por esses seres para a realização do processo de respiração e a outra
parte fica armazenada.

Quando um consumidor primário se alimenta dos seres fotossintetizantes, a energia potencial química
armazenada nos compostos orgânicos é transferida para ele.

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Os consumidores, então, utilizam a matéria orgânica ingerida para a produção de energia, que, por sua
vez, é usada para a realização de alguns processos importantes para a sua sobrevivência. Outra parte
das substâncias ingeridas é perdida nas fezes e urina.

Ao servirem de alimento para outro organismo, os consumidores primários transferem sua energia para
esse consumidor secundário e assim por diante.

Podemos perceber que a energia é passada para cada organismo da cadeia alimentar de forma unidi-
recional, seguindo sempre o sentido produtor → decompositor. É importante frisar que, a cada nível
trófico, menos energia é passada.

Normalmente, apenas 5% a 20% da energia é passada para o próximo nível trófico, sendo esse fenô-
meno chamado de eficiência ecológica. Diante dessa baixa quantidade de energia transferível, uma
cadeia alimentar dificilmente possui mais de cinco níveis tróficos.

A energia pode ser representada através das chamadas pirâmides ecológicas. Uma pirâmide de ener-
gia mostra a quantidade de energia química potencial que está disponível em cada um dos níveis tró-
ficos de uma cadeia alimentar. A base da pirâmide sempre é representada pelos organismos produtores
seguidos dos consumidores. Esse tipo de pirâmide, assim como os outros, não demonstram os decom-
positores de um ecossistema.

Ciclos biogeoquímicos

A Biogeoquímica é a ciência que estuda os processos químicos que ocorrem na atmosfera e hidrosfera,
e mais especificamente, dos fluxos de elementos entre eles.

Os ciclos biogeoquímicos representam o movimento dos elementos químicos entre os seres vivos e a
atmosfera, litosfera e hidrosfera do planeta.

Uma característica fundamental dos ciclos biogeoquímicos é o fato dos componentes bióticos e abióti-
cos estarem intimamente relacionados.

O elementos químicos são retirados do ambiente, utilizados pelos organismos e novamente devolvidos
à natureza. A vida está continuamente sendo recriada a partir dos mesmos átomos.

Quando um organismo morre, sua matéria orgânica é degradada pelos seres decompositores, repre-
sentados por fungos e bactérias. Assim, os átomos que constituíam esse organismo retornam ao am-
biente e podem ser novamente incorporados por outros seres vivos para produção de suas substâncias
orgânicas.

Sem essa reciclagem, os átomos de alguns elementos químicos fundamentais para a vida poderiam
desaparecer.

Para que ocorra o ciclo biogeoquímico é necessária a existência de um reservatório do elemento quí-
mico. Este reservatório pode ser a crosta terrestre ou a atmosfera. Além disso, são necessários os
seres vivos que auxiliam no movimento dos elementos químicos.

Classificação dos Ciclos Biogeoquímicos

Os ciclos biogeoquímicos podem ser classificados em dois tipos básicos, conforme a natureza de seu
reservatório abiótico:

Ciclo Gasoso: Possuem como reservatório a atmosfera. Exemplo: Ciclo do Nitrogênio e Ciclo do Oxi-
gênio.

Ciclo Sedimentar: Possuem como reservatório as crosta terrestre. Exemplo: Ciclo do fósforo e Ciclo da
Água.

Os elementos necessários à vida participam dos ciclos biogeoquímicos. São eles: a água, o carbono,
o oxigênio, o nitrogênio e o fósforo.

Ciclo da Água

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A água é fundamental para a vida e pode ser encontrada na natureza em três estados físicos: sólido,
líquido e gasoso. A maior parte é encontrada na forma líquida.

O ciclo da água é representado basicamente pelas mudanças de seu estado físico, através da evapo-
ração e transpiração.

De forma resumida, o ciclo da água ocorre da seguinte forma:

A água presente em lagos, rios e oceanos sofre evaporação. E as plantas liberam parte da água que
absorvem através da transpiração.

O vapor de água encontra as camadas mais altas da atmosfera. Com o resfriamento, este vapor se
condensa e forma as nuvens, que se precipitam na forma de chuva.

Assim, a água líquida atinge novamente a superfície terrestre.

Então, a água infiltra o solo e é absorvida pelas plantas. Os animais podem ingerir diretamente ou
através da alimentação.

Ciclo do Carbono

O carbono é o elemento que constitui as moléculas orgânicas.

A fotossíntese e a respiração são processos que governam o ciclo do carbono.

O ciclo do carbono consiste na fixação desse elemento pelos seres autótrofos, através da fotossíntese
ou quimiossíntese.

Os seres autótrofos fixam o carbono na forma de compostos orgânicos. Assim, ficam disponíveis aos
seres produtores e consequentemente, para os consumidores e decompositores, através da cadeia
alimentar.

O CO2 retorna para o meio ambiente através da respiração, decomposição ou queima de combustíveis
fósseis.

Ciclo do Oxigênio

O ciclo do oxigênio consiste no movimento desse elemento entre os seus três reservatórios principais:
a atmosfera, a biosfera e a litosfera. O oxigênio é liberado e consumido pelos seres vivos em diferentes
formas químicas. Esses fatores fazem com que o ciclo do carbono seja mais complexo.

A fotossíntese é a principal responsável pela produção de oxigênio.

A atmosfera é o principal reservatório de oxigênio para os seres vivos, onde pode ser encontrado na
forma de O2 e CO2.

O O2 é usado na respiração aeróbica de plantas e animais, na qual a combinação dos átomos de


oxigênio e hidrogênio, formam moléculas de água.

O CO2 atmosférico é usado no processo de fotossíntese e seus átomos de oxigênio passam a fazer
parte da matéria orgânica das plantas.

Através da respiração celular e decomposição da matéria orgânica, o oxigênio é restituído à atmosfera,


fazendo parte de moléculas de água e gás carbônico.

Ciclo do Nitrogênio

O nitrogênio é o elemento químico mais abundante da atmosfera terrestre. Encontrado na forma de N2,
representa aproximadamente 78% do volume do ar atmosférico.

Porém, a grande maioria dos seres vivos não consegue assimilar o nitrogênio atmosférico. Para isso,
necessitam das bactérias fixadoras de nitrogênio.

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Existem quatro tipos de bactérias que participam do ciclo do nitrogênio:

Bactérias Fixadoras: absorvem o nitrogênio atmosférico e o transformam em amônia.

Bactérias Nitrificantes: bactérias quimiossintetizantes que oxidam a amônia e a transformam em nitrito


e depois nitrato, forma assimilável pelas plantas. Assim, através da alimentação os animais podem
obter o nitrogênio.

Bactérias Decompositoras: bactérias que atuam quando a matéria orgânica sofre decomposição e libe-
ram amônia no ambiente.

Bactérias Desnitrificantes: bactérias que degradam de forma anaeróbica os compostos nitrogenados,


como nitratos e amônia, e liberam gás nitrogênio para a atmosfera.

Ciclo do Fósforo

O fósforo é o material genético constituinte das moléculas de RNA e DNA. Também pode ser encon-
trado nos ossos e dentes.

Na natureza é encontrado apenas nas rochas, em sua forma sólida. Quando as rochas sofrem degra-
dação, os átomos de fósforo ficam disponíveis no solo e na água.

As plantas podem obter o fósforo quando o absorvem dissolvidos na água e no solo.

Os animais obtém o fósforo através da água e alimentação.

O fósforo é devolvido ao ambiente pelos organismos decompositores, como resultado da degradação


da matéria orgânica de plantas e animais. A partir daí, pode ser reciclado entre as plantas ou ser levado
pela água da chuva até lagos e mares e se incorporar às rochas.

O solo é um dos recursos naturais mais importantes da natureza, sobretudo porque é responsável por
funções ambientais essenciais à vida. Conheça os tipos de solo brasileiros!

O solo pode ser definido como a camada mais superficial da crosta terrestre. Sendo assim, ele é for-
mado pela decomposição de rochas que ocorre por meio de ações ligadas à temperatura e processos
erosivos originados pelos ventos, chuvas e seres vivos (bactérias, fungos, etc.).

Quais são os elementos que compõe o solo?

Em síntese, a composição do solo possui diferentes partículas:

Areia

No geral, a areia é caracterizada por um acúmulo de pequenos pedaços de rochas ou minerais, res-
ponsáveis pela sensação de aspereza (atrito) do solo. Seu diâmetro varia entre 0,05 a 2 milímetros
(mm).

Dentre os minerais que a compõe, o quartzo apresenta maior predominância. No entanto, o muscovita,
turmatita, feldspato, mica, magnetita também podem ser encontrados.

Silte

O silte é uma partícula do solo responsável pela sensação de sedosidade. Por sua vez, possui um
diâmetro que varia de 0,05 a 0,002 mm e é composta por feldspato, piroxênio, anfibólio, biotita etc.

Argila

A argila consiste em uma partícula minúscula, com diâmetro menor que 0,002 mm, que não pode ser
vista a olho nu. Além disso, é composta por minerais secundários (ilita, montmorillonita e caulinita),
proporciona a sensação de plasticidade e pegajosidade.

Quais são as camadas do solo?

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As camadas do solo, também conhecidas como horizontes, são caracterizadas por subdivisões, que
dentro de uma determinada profundidade, compartilham os mesmos atributos.

Em suma, essas semelhanças devem ser tanto de constituição (minerais presentes e textura) quanto
de respostas e estímulos (como a cor, a consistência e outras mais).

Confira, quais são elas!

Quais são os tipos de solo no mundo?

De modo geral os tipos de solos presentes no mundo de dividem em 3 grandes grupos: arenoso, argi-
loso, humoso(orgânico).

A definição de cada um deles são baseados na textura. Confira!

Arenoso

Esse tipo de solo é pobre em nutrientes e possui uma grande quantidade de areia. Além disso, é com-
posto, principalmente, por cristais de quartzo e minerais primários.

Entretanto, devido os seus componentes, é considerado permeável e poroso, não favorecendo a prática
da agricultura. Logo, ele não é indicado para o cultivo.

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Argiloso

Como o próprio nome diz o solo argiloso em sua grande parte partículas de argila. Rico em nutrientes,
pode ser utilizado nas atividades agrícolas.

Vale ressaltar que por ter essas características, ele é impermeável, ou seja, mesmo após ser molhado,
ele absorve a água, tornando-se mais arejado, Isso contribui na absorção de nutrientes das plantas.

Humoso (Orgânico)

Tem como principal característica a cor escura. Sendo que, é muito fértil visto que possui, em sua
composição, matéria orgânica em decomposição, que servem como um adubo para as plantas.

Dessa forma, é o solo humoso é o mais recomendado para a agricultura.

Quais são os tipos de solo no Brasil?

Em resumo, o Brasil tem uma grande variedade de solo. Isso se deve a fatores de formação do solo
como o clima, material de origem, o relevo, organismos e o tempo.

Conforme o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SIBCS), o Brasil tem os seguintes tipos de
solo:

Argissolos

Possuem maior teor de argila nas camadas subsuperficiais em relação aos superficiais. Além disso,
são caracterizados pela cor que pode variar de acinzentada a avermelhada, sendo mais comuns as
tonalidades amarelas e vermelhas.

Em resumo, podem ser vistos em praticamente todas as regiões brasileiras e representam cerca de
24% da superfície do país. Já em termos de extensão geográfica, ocupam a segunda maior posição,
depois dos Latossolos.

Cambissolos

Consistem em solos em estágios iniciais de desenvolvimento. Contudo, apresentam pouca distinção


das camadas, especialmente na cor e estrutura. No geral, alcançam cerca de 2,5% do território brasi-
leiro, sendo distribuído amplamente.

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Chernossolos

Em síntese, são solos muito férteis e caracterizados pela presença da camada superficial densa e
escura, assim como, apresentam boa agregação de argila.

Esse tipo de solo ocupa 0,5% do território nacional, de tal forma que, ocorrem no Sul e no Nordeste e
em pequenas áreas no Centro-Oeste.

Espodossolos

Conhecido por apresentar um acúmulo de matéria orgânica e alumínio, esse tipo de solo tem como
predomínio a areia em sua composição. Com isso, é considerado muito pobre e ácido.

Ademais, sua camada subsuperficial pode apresentar cor escura, acinzentada, amarelada e averme-
lhada. Além disso, ocupa aproximadamente 2% do território do país, sendo distribuído por toda a costa
brasileira e oeste da Amazônia.

Da esquerda para direita, argissolos, cambissolos, chernossolos e espodossolos. Classes de solos do


Brasil, FONTANA, Ademir; BALIEIRO, Fabiano de Carvalho (Embrapa Solos). PEREIRA, Marcos Ger-
vásio (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), 2019.

Gleissolos

Formados em sua grande parte por material argiloso, os Gleissolos estão associados às proximidades
de cursos d’água. Entretanto, na subsuperfície, suas cores são predominantemente acinzentadas, po-
dendo apresentar mosqueados devido à oxidação e redução em ambiente saturado por água.

No entanto, sua composição química e física é bastante variável devido à natureza do ambiente em
que se encontra (várzea ou depressão). Por fim, ocupam 4% do território nacional e estão presentes
nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país.

Latossolos

Em resumo, os Latossolos são tipificados como solos que passaram por diversas transformações du-
rante seu processo de formação. No geral, possuem a coloração avermelhadas e amareladas.

Além disso, exibem uma textura argilosa e podem ter estrutura de grãos. Contudo, eles são caracterís-
ticos do Brasil, ocupando aproximadamente 39% da área total do país, sendo distribuídos praticamente
por todo o território nacional.

Luvissolos

A princípio apresentam significativos teores de argila nas camadas subsuperficiais. Além disso, são
normalmente rasos e dispõe de coloração avermelhada ou amarelada. Por sua vez, são abrangentes
na região Nordeste do Brasil e ocupam cerca de 3% da área do território brasileiro.

Neossolos

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Na prática, são solos jovens devido a ação reduzida nos fatores de formação. No entanto, possuem em
sua composição material mineral ou orgânico. Em geral, ocorrem em 15% do território brasileiro.

Da esquerda para direita, gleissolos, luvissolo, neossolos e latossolos. Classes de solos do Brasil,
FONTANA, Ademir; BALIEIRO, Fabiano de Carvalho (Embrapa Solos). PEREIRA, Marcos Gervásio
(Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), 2019.

Nitossolos

São solos geralmente profundos que apresentam textura argilosa, coloração avermelhada, com pouca
diferenciação de cores entre as camadas.

Ademais, são bem drenados, estruturados, moderadamente ácidos e de fertilidade natural muito variá-
vel.

Porém, em períodos secos, devido ao elevado teor de argila, podem formar fendas no sentido vertical.
Sua ocorrência no Brasil é de aproximadamente 1,5% e são encontrados nas regiões Sudeste e Sul do
País.

Organossolos

Os Organossolos são formados por materiais orgânicos em diferentes estágios de decomposição. Em


resumo, esse material é procedente da deposição e acúmulo de resíduos vegetais, com ou sem mistura
de materiais minerais.

Nesse sentido, apresentam coloração escura por possuírem elevados teores de carbono por conta da
decomposição da matéria orgânica. Não possuem áreas representativas de ocorrência no país, pois
ocorrem em pequenas manchas e de maneira dispersa.

Planossolos

Caracterizados pelo grande volume de argila na subsuperfície, são extremamente duros quando secos
e possuem baixa permeabilidade. Por isso, condicionam ciclos de redução e oxidação do ferro, gerando
as cores acinzentadas e mosqueados.

Em síntese, são mais frequentes no Rio Grande do Sul, Nordeste e no Pantanal, ocupando aproxima-
damente 2% da área do país.

Plintossolos

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Possuem, em sua formação, plintita, uma condição destacável da matriz do solo. Isso acontece por
conta da drenagem imperfeita e ciclos de redução e oxidação do ferro.

Além disso, se caracterizam pelas cores cinzentas, vermelhas e amareladas ou mosqueado e muitas
vezes, um moderado aumento de argila em subsuperfície.

Contudo, geralmente são encontrados na região Norte do país, principalmente na região Amazônica.
Também estão presentes nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Ocupam aproxima-
damente 6% da área do território nacional.

Vertissolos

Por fim, os Vertissolos apresentam altos teores de argila, com expressiva movimentação da massa do
solo. Sendo que, no período seco ocorre formação de fendas largas e profundas.

De modo geral, possuem uma coloração acinzentada ou preta, sem diferença significativa no teor de
argila entre a parte superficial e subsuperficial do solo.

São bastante férteis, ricos em cálcio, magnésio e rochas básicas. Entretanto, possuem drenagem lenta
e baixa permeabilidade.

Têm predominância na zona seca do Nordeste, no Pantanal Mato-grossense, na Campanha Gaúcha e


no Recôncavo Baiano, totalizando cerca de 2% da área do Brasil.

Da esquerda para direita, nitossolo, organossolos, planossolos e vertissolos. Classes de solos do Bra-
sil, FONTANA, Ademir; BALIEIRO, Fabiano de Carvalho (Embrapa Solos). PEREIRA, Marcos Gervásio
(Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), 2019.

Como é feita a classificação dos solos?

Em geral, a classificação do solo é realizada a partir da avaliação de dados morfológicos, físicos, quí-
micos e mineralógicos do perfil que o representa.

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Além disso, aspectos ambientais do local do perfil, tais como clima, vegetação, relevo, material origi-
nário, condições hídricas, características externas ao solo e relações solo-paisagem, são também uti-
lizadas.

A princípio é analisada a descrição morfológica do perfil do solo e coleta de material de campo, que
devem ser conduzidas conforme critérios estabelecidos em manuais.

Características morfológicas

Na prática, as características morfológicas observadas em campo precisam ser descritas de forma


completa a fim de registrar com exatidão a designação dos horizontes do perfil e todas as característi-
cas morfológicas usuais e extraordinárias.

Nesse processo, é muito importante anotar informações relacionadas ao fendilhamento do solo, micror-
relevo (gilgai), cores indicativas de oxidação e redução, altura e flutuação do lençol freático, horizontes
ou camadas coesas ou compactadas, profundidade das raízes no perfil, atividade biológica ao longo
do perfil e quaisquer ocorrências pouco usuais ou extraordinárias.

Além disso, é fundamental que as características morfológicas estejam relacionadas à profundidade de


ocorrência para fins de definição da seção de controle estabelecida para diferentes classes nos diver-
sos níveis categóricos.

Em suma, todas as características morfológicas são relevantes para a caracterização e classificação


do solo, mas algumas são indispensáveis, como as cores úmida e seca dos horizontes superficiais (H
ou O, A e AB) e as cores úmidas dos subsuperficiais, a textura, a estrutura, a cerosidade, a consistên-
cia, a transição e características como nódulos, concreções, slickensides, superfícies de compressão
e outras.

Por fim, a classificação definitiva de um solo é concluída após o recebimento e a interpretação de todas
as análises laboratoriais referentes ao perfil. Por sua vez, a chave de classificação é organizada em 6
níveis categóricos.

Os quatro primeiros níveis são denominados de ordens, subordens, grandes grupos e subgrupos,
sendo que o 5º e 6º nível categórico ainda se encontram em discussão. No entanto, atualmente um
solo pode ser corretamente classificado utilizando-se a chave de classificação até o 4º nível categórico
do sistema.

Em resumo, os tipos de solo são definidos a partir do seu processo de classificação que, como expli-
camos anteriormente, é definido com base nas características morfológicas do próprio.

Diante dessas características é possível distinguir um determinado tipo de solo dos demais. Veja quais
são elas!

Cor

A cor é de fácil identificação e permite as interferências relacionadas ao conteúdo de matéria orgânica,


tipos de óxidos de ferro, processos de formação, dentre outros.

Todavia, para ter um padrão de identificação de cor do solo, utiliza-se a Carta de Cores de Munsell
(Munsell Color Charts), que considera as variações da cor em escalas de três componentes: matiz,
valor e croma.

Textura

Por ter grande influência no comportamento físico-hídrico e químico do solo, sua avaliação é de grande
importância para o uso e manejo dos solos utilizados para a agricultura.

Com isso, ela é expressa com base na proporção dos componentes granulométricos da fase mineral
do solo, areia, silte e argila. No Brasil, a classificação de tamanho de partículas utilizada segue o padrão
disposto a seguir:

Argila (< 0,002 mm);

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Silte (0,002 - 0,05 mm);

Areia fina (0,05 - 0,2 mm);

Areia grossa (0,2 - 2 mm).

As frações mais grosseiras do que a fração areia são:

Cascalho (2 - 20 mm);

Calhau (20 - 200 mm);

Matacão (> 200 mm).

Deve ser observada em campo, na descrição morfológica, mas seu valor definitivo é dado pela análise
granulométrica, realizada em laboratório.

Estrutura

A estrutura pode ser definida como o arranjo estabelecido pela ligação das partículas primárias do solo
entre si por substâncias diversas encontradas no solo, como matéria orgânica, óxidos de ferro e alumí-
nio, carbonatos, sílica, etc.

Contudo, ela tem grande influência no desenvolvimento de plantas no solo, como sistema radicular,
armazenamento e disponibilidade de água e nutrientes e resistência à erosão.

No geral, a estrutura é caracterizada conforme três aspectos:

Tipo: laminar, prismática, colunar, blocos angulares, blocos subangulares, granular.

Tamanho: muito pequena, pequena, média, grande, muito grande.

Grau de desenvolvimento: solta, fraca, moderada, forte.

Consistência

A consistência é responsável por diferenciar a adesão e coesão de partículas do solo, que podem variar
em função da textura, matéria orgânica e mineralogia e deve ser observada em campo em três condi-
ções de umidade:

Consistência seca: analisa o grau de resistência à quebra ou esboroamento do torrão. No geral, pode
ser classificada como solta, macia, ligeiramente dura, dura, muito dura, extremamente dura.

Consistência úmida: é caracterizada pela friabilidade do torrão ligeiramente úmido. É classificada em


solta, muito friável, friável, firme, muito firme, extremamente firme.

Consistência molhada: sua avaliação é feita por meio amostras molhadas, amassadas e homogenei-
zadas nas mãos.

Avalia-se a plasticidade (capacidade do material em ser moldado), em três tipos: não plástica, ligeira-
mente plástica e muito plástica e; a pegajosidade (capacidade de aderência), em três tipos: não pega-
josa, ligeiramente pegajosa e muito pegajosa.

Porosidade

A porosidade é visualizada no perfil de solo e deve ser descrita conforme a quantidade e o tamanho
dos poros.

Quantidade: poucos, comuns ou muitos.

Tamanho: pequenos, médios, grandes ou muito grandes.

Cerosidade

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A cerosidade pode ser visualizada em campo a olho nu ou com auxílio de lupa na superfície dos agre-
gados ou em laboratório, por análise micromorfológica.

De modo geral, ocorre nas superfícies dos agregados ou nos poros e possui aspecto brilhante ou lus-
troso, por conta da deposição de material inorgânico ou argila. Sua classificação é feita conforme dois
aspectos:

Grau de desenvolvimento: fraca, moderada ou forte.

Quantidade: pouco, comum ou abundante.

Nódulos e concreções minerais

Em síntese, são corpos cimentados diferentes da matriz do solo que podem ser destacados da mesma.
Os nódulos não possuem organização interna. Já as concreções são desenvolvidas em torno de um
ponto, de forma concêntrica.

Na descrição de campo, devem ser considerados diversos aspectos dos nódulos ou concreções, tais
como, quantidade, tamanho, dureza, forma, cor e natureza.

Minerais magnéticos

É avaliada no campo pelo grau de atração magnética a um imã de bolso.

Carbonatos

É identificado em campo pelo grau de efervescência da superfície do material em contato com um


pequeno volume de ácido clorídrico a 10%.

Manganês

É detectado em campo pelo grau de efervescência da superfície do material em contato com um pe-
queno volume de peróxido de hidrogênio de 20 volumes.

Sulfetos

São encontrados em áreas de mangue ou com restrição de drenagem. No campo, apresentam colora-
ção amarelo-dourada e odor característicos.

Eflorescências

São observadas no campo como crostas de sais nas superfícies das estruturas. Além disso, originam-
se a partir do acúmulo de sais após evaporação, por isso, são encontradas em condições de solo seco.

Coesão

É uma característica observada em campo pela dureza (duro, muito duro ou extremamente duro) de
horizontes subsuperficiais quando secos e friabilidade (friável a firme) quando úmidos.

Em geral, a coesão está presente em Latossolos e Argissolos Amarelos da Formação Barreiras, na


parte superior dos horizontes B. São descritos dois graus de coesão em campo:

Moderadamente coeso: material resistente à penetração de faca, martelo pedológico e trado. Consis-
tência dura quando seco e friável a firme quando úmido.

Fortemente coeso: material resiste fortemente à penetração de faca, martelo pedológico e trado. Con-
sistência muito dura a extremamente dura quando seco e friável a firme quando úmido.

Mapa dos solos no Brasil

Confira o mapeamento dos tipos de solos no Brasil!

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Mapa dos solos no Brasil na escala 1:5.000.000


Fonte: Embrapa

Quais são os melhores tipos de solo para plantio?

Antes de mais nada, é importante ressaltar que mesmo que o solo seja pouco fértil, existem maneiras
de enriquecê-lo e torná-lo mais propício para o cultivo. Para saber mais, leia sobre cálculo de cala-
gem e cálculo de adubação.

Mas, de modo geral, os tipos de solo com texturas médias e argilosas são indicados para a maioria das
culturas. No entanto, outros critérios que devem ser observados como: volume de chuva, temperatura
predominante da região, profundidade do terreno e a própria cultura.

O motivo é simples, existem plantas que necessitam de um terreno mais úmido para seu desenvolvi-
mento. Em contrapartida, outras podem morrer se estiverem em um local muito molhado.

Só para exemplificar, podemos citar o cafeeiro que se desenvolve bem em terrenos argilosos, porém
se plantados em solo humífero, não conseguem crescer de forma adequada.

Composição do ar atmosférico

O ar atmosférico é constituído por uma mistura de diversos gases, como o nitrogênio, oxigênio, gás
carbônico e gases nobres.

O oxigênio e o nitrogênio são os gases mais abundantes, sendo que os outros gases são encontrados
em quantidades menores.

Além dos gases citados, o ar atmosférico também apresenta vapor de água (cuja quantidade depende
de alguns fatores como clima, temperatura e local), que se apresenta na forma de neblina, nuvens e
chuva.

No ar também encontramos em suspensão poluentes, poeira, cinzas, microrganismos e pólen.

O oxigênio (O2) presente no ar atmosférico é de extrema importância para a manutenção da vida no


planeta, pois ele é o gás utilizado na respiração de todos os seres vivos e também é necessário para

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que ocorra a combustão. Calcula-se que o ar atmosférico seja composto por aproximadamente 21 %
de oxigênio.

O nitrogênio (N2) compõe aproximadamente 78% do ar atmosférico, e é de extrema importância para


todos os seres vivos, pois participa da formação de diversas moléculas orgânicas necessárias para o
seu metabolismo.

De todos os organismos vivos, apenas alguns microrganismos são capazes de captar o nitrogênio (ciclo
do nitrogênio) disponível na atmosfera e degradá-lo de forma que os seres vivos possam aproveitá-lo.

O gás carbônico (CO2) é encontrado em proporções muito pequenas na atmosfera, contribuindo com
apenas 0,03% da composição do ar. É um gás de extrema importância para a realização da fotossín-
tese pelos vegetais, e é liberado para a atmosfera através da combustão e também pela respiração
dos animais.

Dentre os gases nobres que fazem parte da composição do ar podemos citar: argônio (Ar), neônio (Ne),
radônio (Rn), hélio (He), criptônio (Kr) e xenônio (Xe), sendo que eles compõem cerca de 0,93% do ar
atmosférico. Esses gases não produzem nenhum tipo de reação química com outras substâncias e por
isso são considerados nobres.

O vapor de água que também participa da composição do ar provém da evaporação das águas de rios,
mares e lagos, respiração dos seres vivos, transpiração das plantas, evaporação da água do solo e
evaporação da água de dejetos (fezes e urina de animais).

Poluição Do Ar

O desenvolvimento dos grandes centros urbanos e o consumo cada vez mais exagerado dos humanos
são os grandes responsáveis por tornar o mundo cada dia mais poluído. A poluição é um problema real
que atinge o ar, a água e o solo, tornando-se cada vez mais acentuada graças às nossas atitudes.

A poluição do ar pode ser definida como a presença de substâncias provenientes de atividades huma-
nas ou da própria natureza que podem colocar em risco a qualidade de vida dos seres vivos. O ar
poluído pode causar sérios problemas ao homem e a outros seres, portanto, ele é impróprio e nocivo.

A poluição do ar tem se intensificado desde a primeira metade do século XX com o aumento crescente
de indústrias e carros, que lançam diversos poluentes na atmosfera. Vale destacar, no entanto, que
também existem fontes naturais de poluição atmosférica, tais como a poeira da terra e vulcões.

Os poluentes atmosféricos podem ser divididos em dois grandes grupos: os poluentes primários e os
poluentes secundários. Os poluentes primários são aqueles emitidos diretamente por uma fonte de po-
luição, como um carro. Já os poluentes secundários são aqueles que sofrem reações químicas na at-
mosfera, ou seja, são formados a partir da interação do meio com o poluente primário.

Dentre os principais poluentes do ar, podemos citar a fumaça, partículas inaláveis, dióxido de enxofre,
ozônio, dióxido de nitrogênio e monóxido de carbono. Essas substâncias podem causar sérios danos
à saúde de homem. O monóxido de carbono, por exemplo, diminui a capacidade do sangue de trans-
portar oxigênio pelo corpo, podendo causar hipóxia tecidual.

Já o ozônio possui papel oxidante e citotóxico, podendo causar irritação nos olhos e diminuição da
capacidade pulmonar, por exemplo. O dióxido de enxofre relaciona-se com irritações nas vias aéreas
superiores, assim como o dióxido de nitrogênio. Esse último também pode provocar danos graves aos
pulmões.

Além desses problemas, a poluição do ar desencadeia diversas outras consequências para nosso
corpo. Ela está relacionada com a diminuição da eficácia do sistema mucociliar das nossas narinas,
aumento dos sintomas da asma, infecções das vias aéreas superiores e incidência de câncer de pulmão
e doenças cardiovasculares.

É importante frisar que crianças e idosos são os mais vulneráveis, sendo frequentemente internados,
principalmente com doenças respiratórias.

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A qualidade do ar pode melhorar ou piorar de acordo com as condições do tempo de uma cidade.
Quando há períodos com baixa umidade e pouco vento, é comum vermos cidades com maior concen-
tração de poluentes. Isso se deve ao fato de que a dispersão dessas substâncias ocorre lentamente.
Sendo assim, é fundamental atenção redobrada nessas épocas do ano.

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