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REFLEXÃO E ABSORÇÃO

A superfície da Terra só recebe as radiações visíveis, uma pequena quantidade de


ultravioleta, o infravermelho e as ondas de rádio. Dessa energia incidente, uma pequena
parte é utilizada pelos vegetais e potencializada, por meio da fotossíntese, em alimento
(matéria orgânica).

.As radiações ultravioleta (abaixo de 0,3 µ de comprimento de onda) são absorvidas


pela camada de ozônio. A camada de ozônio é um dos fatores de manutenção da vida no
planeta, uma vez que esse tipo de radiação é letal quando incide em grande intensidade. As
radiações visíveis e as radiações infravermelhas são, em grande parte, absorvidas nas
camadas intermediárias da atmosfera pela poeira e pelo vapor d'água, contribuindo para o
aquecimento do ar.

Uma outra parte da energia incidente é refletida pelas nuvens e por outras partículas
suspensas no ar, volta ao espaço e torna-se perdida para a Terra. A esse fenômeno dá-se o
nome de albedo, e é ele o responsável pela luminosidade observada em corpos celestes
opacos, como Vênus. O albedo é uma medida da capacidade de um dado material refletir a
luz.

ENERGIA E VIDA NA TERRA

Toda a vida na Terra depende da energia proveniente do Sol, e a distribuição das


diversas formas de vida é consequência da variação de sua incidência e intensidade. Por
isso, regiões de intensa incidência de radiação apresentam flora e fauna totalmente
diversas da flora e fauna de regiões de fraca incidência.
A maior influência é a divisão do ano em estações, que varia de acordo com
intensidade que a energia solar alcança a superfície de determinada região do globo. A
variação de intensidade verificada nas estações torna-se mais acentuada à medida que nos
afastamos do Equador. Nas regiões temperadas, onde as estações do ano são bem
demarcadas, as florestas se compõem de árvores que renovam suas folhas; já nas regiões
tropicais, as árvores apresentam folhagem o ano inteiro. Tais modificações na flora levam,
consequentemente, à existência de faunas diversas nessas regiões.

CADEIAS ALIMENTARES

A cadeia alimentar é o caminho seguido pela energia no ecossistema.


Nas cadeias que se iniciam pelos vegetais, definimos como produtores aqueles
capazes de sintetizar matéria orgânica. Os herbívoros, que se alimentam dos produtores,
são os consumidores primários; os carnívoros, que se alimentam dos herbívoros, são os
consumidores secundários e assim por diante até os decompositores.
Para as cadeias que se iniciam pela matéria orgânica morta, os consumidores
primários são denominados detritívoros e podem ser os invertebrados de pequeno tamanho
ou as bactérias e os fungos.
As cadeias alimentares não possuem uma sequência muito longa. Uma vez que
seguindo os preceitos das leis básicas da termodinâmica, à medida que se avança na
cadeia, há uma redução na qualidade de energia disponível aos próximos organismos. Elas
podem estar interligadas, formando as redes ou teias alimentares.
Nível trófico é a posição ocupada por todos os organismos que estão em um mesmo
patamar da cadeia. Entretanto, os indivíduos podem ocupar mais de um nível trófico em
uma rede alimentar, conforme a origem do seu alimento.

OBS: Uma vez que a energia útil decresce ao longo da cadeia alimentar, quanto mais
se afasta do primeiro nível trófico, mais limitado e menor será o número de
consumidores que podem ser sustentados por um dado número de produtores. Isso
implica uma maior eficiência na cadeia produtor- homem do que na cadeia produtor-
boi- homem. Por essa razão, uma dieta vegetariana balanceada é uma prática de
preservação do meio ambiente, pois permite alimentar um maior contingente
populacional.

PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA

Os produtores, utilizam parte da energia potencial acumulada nos compostos


orgânicos para sua auto manutenção (atividades físicas, crescimento, formação de
elementos reprodutivos, como ovos e sementes). Assim, apenas uma parte é utilizável
(produtividade primária líquida).
Nos ecossistemas, de acordo com a primeira lei da termodinâmica, a soma total de
energia, cessadas as entradas e saídas de energia, é constante. Por sua vez, de acordo
com a segunda lei da termodinâmica, a energia utilizável vai se reduzindo, após cada
transformação, tornando-se inaproveitável quando atinge a forma de calor e tendendo a um
estado de equilíbrio com máxima entropia e, portanto, desorganizado. Assim, para
manter-se um ecossistema organizado, é necessário que haja fluxo constante e ininterrupto
de energia proveniente de fontes externas.
A produtividade primária é controlada por vários fatores, como disponibilidade de
água, intensidade luminosa e quantidade de sais minerais.
Deduzimos, então, que o homem é o grande interessado no aumento de
produtividade no planeta, que pode ser obtida por meio de irrigação, ampliação da área
agrícola, reciclagem dos elementos nutritivos do fundo dos mares e melhoria no rendimento
das culturas.
Para manter-se um ecossistema organizado, é necessário que haja fluxo constante
e ininterrupto de energia proveniente de fontes externas, por conta da perda de energia e
conservação da mesma dentro do sistema.

Sucessão ecológica

Sucessão ecológica é o desenvolvimento de um ecossistema desde sua fase inicial


até a obtenção de sua estabilidade e do equilíbrio entre seus componentes. Durante o
processo de sucessão, as cadeias alimentares tornam-se mais longas e passam a constituir
complexas redes alimentares; já os nichos tornam-se mais estreitos, levando a uma maior
especialização. A biomassa também aumenta ao longo da sucessão, do mesmo modo que
o ecossistema adquiriu auto-suficiência, tornando-se um sistema fechado por meio do
desenvolvimento de processos de reciclagem de matéria orgânica.
À medida que se avança na sucessão ecológica, a taxa respiratória aumenta,
levando a uma redução na produtividade líquida do ecossistema. A produtividade bruta
também aumenta, mas a ritmo menos acelerado, o que significa dizer que, nos
ecossistemas maduros, a energia fixada por meio da fotossíntese tende a ser consumida
pela respiração.
É a forma que um sistema encontra de tornar-se mais complexo e autossuficiente.

AMPLIAÇÃO BIOLÓGICA

A amplificação biológica é o aumento da concentração de poluentes ao longo da


cadeia alimentar, devido à assimilação desses compostos pelo organismo.

Esse fenômeno ocorre em função de três fatores: 1) com base na segunda lei da
termodinâmica, podemos dizer que é necessário um grande número de elementos do nível
trófico anterior para alimentar um determinado elemento do nível trófico seguinte; 2) o
poluente considerado deve ser recalcitrante ou de difícil degradação; e 3) o poluente deve
ser lipossolúvel.

A amplificação biológica torna-se mais séria quando tratamos de elementos tóxicos


como radionuclídeos e pesticidas. Os casos mais frequentes de amplificação, por tratar-se
de compostos mais utilizados pelo ser humano, são os referentes ao inseticida DDT e ao
mercúrio.
O resultado da amplificação é que alguns animais vão se extinguindo.

BIOMAS

A superfície terrestre apresenta, em toda sua extensão, uma grande diversidade de


hábitats em função da variação do clima, distribuição de nutrientes, topografia, solo etc.,
que leva também a uma grande variedade de seres vivos.
As diferenças básicas entre os ecossistemas terrestres e aquáticos são as
seguintes:
• Enquanto nos ecossistemas terrestres a água é muitas vezes fator limitante, nos
ecossistemas marinhos a luz é que se torna limitante.
• As variações de temperatura são mais pronunciadas no meio terrestre do que no
meio aquático, por causa do alto calor específico da água.
• No meio terrestre, a circulação do ar provoca uma rápida distribuição e reciclagem
de gases, enquanto, no aquático, o oxigênio, às vezes, é um fator limitante.
• O meio aquático requer esqueletos menos rígidos dos seus habitantes do que o
meio terrestre, uma vez que o empuxo do ar é bem inferior ao da água.
• Os ecossistemas terrestres apresentam uma biomassa vegetal muito maior que os
ecossistemas aquáticos, mas as cadeias alimentares tornam-se bem maiores nos
ecossistemas aquáticos.

ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS

Podem ser divididos em dois tipos: os de água doce e os de água salgada. A


salinidade tem importância na distribuição dos seres aquáticos, uma vez que algumas
espécies são estritamente marinhas e outras estritamente de água doce.
Os seres aquáticos podem ser divididos em três categori as principais, em função de
seu modo de vida:
• Plânctons: são os organismos em suspensão na água, sem meios de locomoção
próprios, que acompanham as correntes aquáticas. Podem ser divididos em fitoplânctons
(algas) e zooplânctons (protozoários).
• Bentos: são organismos que vivem na superfície sólida submersa, podendo ser
fixos ou móveis.
• Néctons: são os organismos providos de meio de locomoção própria, como os
peixes.
Ecossistemas de água doce

Os ecossistemas de água doce podem ser divididos em dois grupos: os lênticos,


como os lagos e os pântanos, e os lóticos, como os rios, as nascentes e as corredeiras.
A vida nos ecossistemas de água doce compõe-se principalmente de algas,
moluscos, insetos aquáticos, crustáceos e peixes , além das bactérias e fungos,
encarregados da decomposição da matéria orgânica.
Rios
Os cursos de água estão relacionados com o ambiente ao seu redor, dependendo
dele para satisfazer a maior parte das necessidades de suprimento de energia de seus
indivíduos, já que os produtores encontrados nos cursos de água não são suficientes,
tornando, assim, os cursos de água ecossistemas abertos.
Os fatores que influem no povoamento dos cursos de água são a velocidade da
corrente, a natureza do fundo, a temperatura, a oxigenação e a composição química das
águas. As nascentes apresentam temperatura praticamente constante ao longo de todo o
ano.

Lagos

Os lagos e as lagoas originam-se de períodos de intensa atividade vulcânica e


tectônica.
A produtividade de um lago depende de sua profundidade e idade geológica e do
recebimento de nutrientes do exterior. Geralmente decresce à medida que sua profundidade
aumenta. Podemos classificar os lagos quanto à sua produtividade em dois grupos
principais: os lagos oligotróficos e os eutróficos. Os lagos oligotróficos são aqueles de baixa
produtividade, em geral profundos e geologicamente jovens.

Oceanos

A região mais bem conhecida e estudada dos oceanos é a que se denomina


plataforma continental. Nessa região, os produtores são basicamente os fitoplânctons, e os
consumidores dividem-se entre o zooplâncton, os bentos e o nécton. Nela se localizam as
mais ricas regiões de pesca do planeta.
Uma comunidade de grande importância que se desenvolve nas plataformas
continentais de regiões tropicais e subtropicais são os recifes de corais, que se distinguem
por sua elevada produtividade e pela grande diversidade de espécies que os constituem,
possuindo uma estrutura trófica que inclui uma grande biomassa vegetal. Sua alta
produtividade deve ser creditada ao constante movimento da água e à elevada eficiência na
reciclagem de nutrientes.
Estuários

Os estuários são zonas de transição entre a água doce e a salgada, e os seres vivos
que os habitam possuem grande tolerância às variações de salinidade.

Ecossistemas terrestres

Conforme citamos, no meio terrestre, a água torna-se às vezes escassa, o que leva
os seres vivos a desenvolver uma série de adaptações para garantir sua sobrevivência.
Essas adaptações podem envolver mecanismos como redução de perda de água ou o
desenvolvimento de hábitos que reduzam o consumo de água, como possuir vida noturna e
realizar migrações em épocas muito secas.
Uma característica marcante nos ecossistemas terrestres é a presença de grandes
vegetais providos de raízes. Os decompositores, no meio terrestre, são basicamente
constituídos pelos fungos e bactérias.
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TUNDRA

Ela se caracteriza pela ausência de árvores e pelo solo esponjoso e acidentado,


como consequência dos contínuos congelamentos e degelos. Apresenta, a pouca
profundidade, um solo permanentemente congelado, que impede o desenvolvimento de
raízes e a drenagem, formando regiões pantanosas.
As cadeias alimentares na tundra são relativamente curtas em decorrência da
simplicidade do ecossistema, e qualquer alteração em um nível trófico leva a repercussões
violentas no ecossistema.
Floresta de coníferas

As florestas de coníferas (taigas) constituem um cinturão que limita o domínio da


tundra, podendo também ocorrer na região de montanhas. Elas se caracterizam por possuir
uma vegetação pouco diversificada, com predomínio de pinheiros e outras espécies de
coníferas, árvores permanentemente verdes e com folhas afiladas em forma de agulha.
Localizam-se em clima frio, no qual a precipitação é maior que na tundra.
Os solos da taiga são normalmente ácidos e pobres em minerais, que são
carregados pelas águas das chuvas, uma vez que a evaporação é reduzida. Esse fato,
somado à pouca luminosidade que alcança o solo, explica o pequeno número de espécies
arbustivas e herbáceas.

Florestas temperadas de folhas caducas

É dividida em partes isoladas umas das outras e apresenta, por isso, uma
composição de espécies diferentes entre cada região. Ocorre em regiões de clima
moderado, com inverno bem definido e precipitação abundante que se distribui
praticamente por igual ao longo do ano. Sua flora é composta basicamente por árvores que
perdem suas folhas no inverno, como adaptação às condições climáticas do meio. A
vegetação mais baixa, como arbustos, é bem desenvolvida e diversificada.
Florestas tropicais

Também formam um bioma descontínuo, uma vez que ocorrem em regiões isoladas,
sempre a baixas altitudes e próximas ao Equador. Sua temperatura mantém-se
praticamente invariável ao longo do ano e não há distinção entre verão e inverno. A
precipitação é elevada e distribuída por todo o ano e, associada às altas temperaturas, faz
com que a umidade relativa do ar seja bastante elevada.
Observa-se aí uma grande estratificação no sentido vertical, pois os animais
desenvolvem-se em diferentes níveis e raramente descem ou sobem a outros estratos.
A flora característica é composta por árvores de grande porte e densa folhagem, o
que explica a pequena quantidade de espécies arbustivas e herbáceas.
Além disso, a decomposição e a reciclagem de nutrientes acontecem com grande
rapidez. Isso explica o porquê do desenvolvimento de uma vida tão intensa e diversificada
sobre um solo pobre e raso. O grande reservatório de minerais concentra-se na matéria
orgânica morta e viva da floresta, sendo ínfima a quantidade armazenada no solo. Por isso
é difícil o desenvolvimento de agricultura em área antes dominada pela floresta, assim como
sua restituição após qualquer devastação. A pobreza do solo pode em parte ser explicada
pela Iixiviação das águas das chuvas constantes que caem sobre esse ecossistema.
Existem evidências científicas indicando que uma devastação geraria enormes
desertos em sua área de ocupação, provocando alterações climáticas, ecológicas e
econômicas de grande vulto e muito desfavoráveis ao planeta e ao homem.

Campos

Os campos são biomas nos quais predomina a vegetação herbácea. Eles se dividem
em dois tipos principais: a estepe e a savana. A estepe é caracterizada pelo domínio das
gramíneas, enquanto, na savana, a vegetação inclui também arbustos e pequenas árvores.
A fauna das savanas compreende um grande número de herbívoros de grande porte
e grandes carnívoros e mantém-se muito menos alterada do que a fauna das estepes.

Desertos

Os desertos são regiões áridas de vegetação rara e espaçada, nas quais predomina
o solo nu. Ocorrem em regiões de baixa precipitação ou em locais de maior precipitação,
mas mal distribuída ao longo do ano, porém sempre com altas taxas de evaporação. Isso
pode ocorrer em decorrência de o ecossistema estar localizado em áreas de alta pressão
onde se originam os ventos, o que impede a chegada de umidade proveniente dos oceanos.
Outra causa é a sua localização atrás de altas cadeias montanhosas litorâneas (que barram
os ventos úmidos) ou em altitudes muito elevadas.

CAPÍTULO 4

Ciclos biogeoquímicos
O processo de reciclagem da matéria (autótrofos→ decomposição→ retorno ao
meio) é de suma importância, uma vez que os recursos na Terra são finitos e a vida
depende do equilíbrio natural desse ciclo.

Nutriente: elemento essencial para os produtores. Podem ser divididos em macro (


Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, etc.) e micronutrientes (Al, Boro, Cr, Zinco, etc.)

Podemos distinguir basicamente três tipos de ciclos biogeoquímicos. Dois tipos


referem-se ao ciclo dos elementos vitais (macro e micronutrientes) e outro se refere ao ciclo
de um composto vital: a água.

Dessa maneira, identificamos o ciclo hidrológico (ou da água) e os ciclos


sedimentares (reserva: litosfera) e gasosos dos elementos químicos (reserva: atmosfera.
Mais reguláveis).

4.1 O ciclo do Carbono

O ciclo do carbono é um processo perfeito (devolvido aos produtores na mesma taxa


que é processado) de reciclagem do carbono e do oxigênio em várias formas químicas em
todos os ecossistemas.

A fotossíntese é a base da vida na Terra, e a respiração é o processo inverso que


libera energia para as atividades vitais dos organismos.

A concentração de CO2 na atmosfera é excessivamente baixa para explicar a


síntese de aproximadamente 50 a 60 x 10^9 toneladas/ano de carbono no processo de
fotossíntese, e a explicação para esse número advém da existência de reservatório auxiliar
de carbono representado pelos oceanos. O desequilíbrio do ciclo natural pode ter
implicações na alteração do chamado 'efeito estufa', com consequente aumento da
temperatura global da Terra.

Por meio da fotossíntese (Expressão 4.1 ) e da respiração (Expressão 4.2), o


carbono passa de sua fase inorgânica à fase orgânica e volta para a fase inorgânica,
completando, assim, seu ciclo biogeoquímico. Fotossíntese e respiração são processos de
reciclagem do carbono e do oxigênio em várias formas químicas em todos os ecossistemas.

4.2 O ciclo do Nitrogênio

Tanto o nitrogênio como o fósforo são fatores limitantes do crescimento dos vegetais
e, por isso, tornaram-se alguns dos principais fertilizantes utilizados hoje na agricultura. O
nitrogênio desempenha um importante papel na constituição das moléculas de proteínas,
ácidos nucléicos, vitaminas, enzimas e hormônios - elementos vitais aos seres vivos.

O ciclo do nitrogênio é um ciclo gasoso que envolve quatro mecanismos


importantes:

Fixação: ocorre por meio dos chamados organismos simbióticos fixadores de nitrogênio, de
vida livre e fotossintéticos.
Amonificação: O nitrogênio fixado é rapidamente dissolvido na água do solo e fica
disponível para as plantas na forma de nitrato. Quando os decompositores começam a
atuar na matéria orgânica nitrogenada, liberam amônia (NH3) no ambiente. Essa amônia
combina-se com a água do solo e forma o hidróxido de amônio, que se ioniza e produz o
íon amônio (NH4+) e a hidroxila (OH-)

Nitrificação: Passagem de amônia a nitrito feita pelas nitrosomonas, e depois para nitratos,
pelas nitrobacter.

Desnitrificação: Retorno ao nitrogênio gasoso (N2) a partir do nitrato, pela ação das
pseudomonas. Esse fenômeno da desnitrificação é anaeróbio e ocorre nos solos pouco
aerados

Diferenças com o ciclo do carbono:

● a) a atmosfera é rica em nitrogênio (78%) e pobre em carbono (0,032%);


● b) apesar da abundância de nitrogênio na atmosfera, somente um grupo seleto de
organismos consegue utilizar o nitrogênio gasoso;
● c) o envolvimento biológico no ciclo do nitrogênio é muito mais extenso que no ciclo
do carbono.

4.2-3. O ciclo do fósforo e enxofre.

O fósforo é fundamental na transferência de caracteres na reprodução dos seres


humanos e aparece em proporção superior aos outros elementos nos organismos. O ciclo
do fósforo é lento e parte é perdida para os depósitos de sedimentos profundos no oceano.

O ciclo do enxofre é basicamente sedimentar e a maior parte do enxofre assimilado


é mineralizado em processo de decomposição. A ação do homem interfere nos ciclos por
meio de atividades como a exploração da mineração e a queima de carvão e óleo
combustível em indústrias e usinas termoelétricas.

4.5 O ciclo Hidrológico.

Podemos resumir o ciclo por meio dos seguintes processos:

• Detenção: parte da precipitação fica retida na vegetação, depressões do terreno e


construções. Essa massa de água retorna à atmosfera pela ação da evaporação ou penetra
no solo pela infiltração.

• Escoamento superficial: constituído pela água que escoa sobre o solo, fluindo
para locais de altitudes inferiores, até atingir um corpo d'água como um rio, lago ou oceano.
A água que compõe o escoamento superficial pode também sofrer infiltração para as
camadas superiores do solo, ficar retida ou sofrer evaporação.

• Infiltração: a água infiltrada pode sofrer evaporação, ser utilizada pela vegetação,
escoar ao longo da camada superior do solo ou alimentar o lençol de água subterrâneo. •

• Escoamento subterrâneo: constituído por parte da água infiltrada na camada


superior do solo, sendo bem mais lento que o escoamento superficial. Parte desse
escoamento alimenta os rios e os lagos, além de ser responsável pela manutenção desses
corpos durante épocas de estiagem.

• Evapotranspiração: parte da água existente no solo que é utilizada pela


vegetação e é eliminada pelas folhas na forma de vapor.

• Evaporação: em qualquer das fases descritas anteriormente, a água pode voltar à


atmosfera na forma de vapor, reiniciando o ciclo hidrológico.

• Precipitação: água que cai sobre o solo ou sobre um corpo de água.

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