TEIAS ALIMETARES

Eddie Lenza de Oliveira

 CONTEUDO DA AULA

● DENIÇÃO DE TEIA ALIMENTAR

● NÍVEIS TRÓFICOS

● TIPOS DE CONTROLE DAS TEIAS ALIMENTARES

● RIQUEZA, COMPLEXIDADE E ESTABILIDADE DAS TEIAS ALIMENTARES

● TEIS ALIMENTARES E FLUXO DE ENERGIA

O que são teias alimentares
alimentares?
 São “modelos conceituais de interações tróficas de organismos num ecossistema”
(Cain et al. 2011)

Atmosfera
33 %
Processos de
transferência de
energia desde
organismos
autótrofos através
de uma série de
organismos
heterótrofos

100% 67 %
sol
///
 Deficiências e Críticas
1. Relações alimentares entre espécies são dinâmicas e não estáticas: fases
de desenvolvimento, migração

2. Ignoram o papel funcional dos micro-organismos

3. Não contemplam interações não alimentares (ex. mutualismo)

Alternativa: Teias de interação

 Níveis Tróficos
Teias alimentares são compostas de níveis tróficos
ou grupos funcionais alimentares
 Níveis Tróficos

Organismos onívoros adquirem energia de diferentes níveis

tróficos
 Níveis Tróficos
Pirâmides Tróficas
O níveis de energia e a quantidade de biomassa
diferem entre os níveis tróficos

Em ambientes aquáticos os
produtores e organismos de
níveis mais baixos têm altas
taxas de crescimento, tempo
de vida curto e tempo de
ciclagem mais rápido
Porquê há tão poucos
níveis tróficos?
 Níveis Tróficos
Três explicações interativas (Post 2002)

1. Grande perda de energia entre níveis tróficos

2. Limitação de dispersão dos predadores de topo de cadeia

3. Distúrbios, surtos e doenças

 O que é cascata trófica

Quais são os dois tipos de

controle das teias alimentares?
 Controle das Teias alimentares
1. De cima para baixo (Top Down) - Controle por predadores, herbívoros e
parasitas, ou seja determionado pelos consumidores
2. De baixo para cima (Botton Up) - Controle determinados pelos produtores (PPL)

- Segundo Hairston et
al. (1960) a terra é verde
devido ao efeito dos
Cascata trófica
predadores sobre os
herbívoros (Top Down
ou Topo-Base)

- Segundo Pimm
(1991) a terra e
espinhenta e com
sabor desagradável
(Botton up ou Base
Topo)
Controle Top Down ou Topo-Base
 Controle das teias alimentares
Adição de nutrientes (N e P)

1. Adição de nutrientes
aumenta a biomassa de
fitoplancton e de
zooplancton (Botton up)

Leibold et al. 1997

(Lagos na Suécia)

2. Lagos com peixe

comedor de zooplancton
apresentaram menor
biomassa de zooplanton
e consequentemente
maior biomassa de
fitoplanton (Top Down)
 Controles das Teias alimentares
Espécies-Chave: espécies fortemente ligadas à teia alimentar

A remoção de predadores-chave pode provocar mudanças nas riqueza, estrutura

e funcionamento da comunidade em níveis tróficos inferiores e consequetemente
alterar todas a propriedades das comunidades e dos ecossistemas

Sem remoção do besouro Com remoção do besouro

Microrhopapla vittata Microrhopapla vittata

Nem sempre as espécies-chave são predadores de topo de cadeia

Relação entre riqueza de espécies,
complexidade e estabilidade das
teias alimentares
 Teias alimentares com mais
espécies são mais complexas?
Comunidade mais ricas têm teias alimentares mais complexas?
Sim, pois apresentam maiores números de ligações
 Teias alimentares mais
complexas são mais estáveis?
 Teias mais complexas são mais estáveis ?
(MacArthur 1955 e Elton 1958)
● Duas explicações teóricas antagônicas

1. A presença de vias alternativas de fluxo de energia em teias mais complexas

aumentariam a estabilidade das teias alimentares na comunidade

2. Maior complexidade, maior inter-influência entre espécies promoveriam

retardos de tempo (time lag) nos processos populacionais reduziriam a
estabilidade

● Existem modelos matemáticos que confirmam e que não confirmam a relação

entre complexidade e estabilidade

● Teoria confirmada em alguns estudos experimentais, mas não em outros

● RESUMINDO
a) Aumentos na riqueza, levam a aumentos na complexidade das teias
alimentares
b) Aumentos na complexidade podem aumentar ou diminuir a estabilidade
Teias alimentares e fluxo de
energia
 LEIS DA TERMODINÂMICA
● O que é energia?

● Primeira Lei da Termodinâmica: “Lei de conservação da

energia”
- A energia não pode ser criada nem destruída, apenas
transformada de uma forma para outra

● Segunda Lei da Termodinâmica: “Lei da entropia”

- Entropia é a parte da energia de um sistema que não pode
realizar trabalho
- A entropia (desordem) de um sistema termodinâmico isolado
tende a aumentar com o tempo
-Toda transformação de energia leva a sua degradação de uma
forma mais concentrada para uma mais dissipada. Ex. Calor
- Nenhuma transformação de energia e 100% eficiente
 PERGUNTAS

● Os organismos, populações, comunidades, ecossistemas e a biosfera

seguem as leis da termodinâmica?

● Por que os sistemas biológicos não alcançam completa desordem ou

entropia?

● Quais são as fontes de energia para os sistemas biológicos?

● Os sistemas biológicos são abertos ou fechados?

● Que nome se dá ao acúmulo de energia nos sistemas biológicos?

● Produtividade primária Bruta (PPB): Toda energia (presa à matéria orgânica)
assimilada pelas plantas
● Produtividade primária líquida: PPL = PPB - energia (MO) gasta no processos
metabólicos (respiração e liberação de calor)
● Produtividade líquida da comunidade (PLC): Toda energia (MO) armazenada nos
autptrofos após as perdas nos processos metabólicos e consumo dos heterótrofos
● Produtividade secundária (PS): Energia (MO) armazenada pelos consumidores

- 13% da PPL terrestre é consumida

- 35% da PPL aquática é consumida
(Cebrian e Lartigue 2004)
PPL (AUTÓTROFOS)
Causas: Predação, defesas das plantas e
qualidade do alimento (autótrofos) PS

PPB (AUTÓTROFOS)

Sol
PLC (AUTÓTROFOS)
 EFICIÊNCIA TRÓFICA
Eficiência de Consumo: Proporção de biomassa disponível que é ingerida
Eficiência de Assimilação ou Ecológica: Proporção da biomassa (alimento)
ingerida que é assimilada pelo consumidor
Eficiência de Produção: Proporção da biomassa assimilada que é usada para
produzir nova biomassa

A eficiência de assimilação
ou ecológica depende:

1. Qualidade do alimento
- Corpos dos animais >
Detritos e Vegetal
- Carnívoros (80%) >
Herbívoros (20% a 50%)

2. Fisiologia do
Consumidor
- Endotermos > Ectotermos
- Herbívoros ruminantes >
herbívoros não ruminantes
Organismos endotermos e menores têm menor eficiência de produção
do que ectotermos e de maior porte
 Modelo universal do Fluxo de Energia
Eugene Odum (1953)
● Em sistemas ecológicos a teia alimentar é formada pela reciclagem da matéria e
fluxo da energia
● Conversão da energia luminosa em energia química potencial

Calor
 Teias alimentares e fluxo de energia

E = Entrada
LA = Luz
absorvida
PB = PPB
PL = PPL
P = PS
R = respiração
NU = Não
utilizada
NA = Não
assimilada
ou grama/m2/dia

● Redução na quantidade e aumento na qualidade de energia em níveis superiores

 Cadeia Alimentar X Teia Alimentar
● Cadeia alimentar: Cada sequência de espécies ou grupos taxonômicos
desde os níveis tróficos mais baixos (produtores) até os níveis mais altos (ex.
predadores de topo). Apenas uma via de fluxo de energia
● Teia alimentar: Conjunto de todas as cadeias tróficas. Todas as vias
possíves de fluxo de energia na comunidade (Odum)
 Teias alimentares e fluxo de energia
Diferentes caminhos para o fluxo de energia

- Cadeia de Pastagem: mais importante em algumas comunidade

aquáticas. Consumo de tecidos vivos
- Cadeia de detritos: mais importante em comunidades terrestres.
Consumos de tecidos mortos
 Teias alimentares e fluxo de energia
Diferentes caminhos para o fluxo de energia

Cada caminho energético tem diferentes qualidades de energia. Quanto

maior a qualidade, maior a eficiência ecológica ou de assimilação