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Predação, Parasitismo e

Herbivoria
● São interações de alimentação entre espécies
consumidoras e espécies consumidas (recursos) com
efeitos nas taxas de crescimento, reprodução e
sobrevivência das duas espécies
- Predador-presa
- Parasita-hospedeiro
- Parasitóide-hospedeiro
- Herbívoro-planta

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Organismos Detritívoros
● Detritívoros também estabelecem relações de consumo,
mas não têm influência direta sobre as populações das
espécies consumidas (serapilheira, fezes, carcaça)
● São importantes na ciclagem de nutrientes

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Predação
● Os predadores capturam as presas levando a sua
morte e removendo-as da população
● São geralmente maiores do que as presas

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Predação

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Parasitismo

● Os parasitas consomem partes do recurso do hospedeiro


sem provocar a sua morte imediata

● São geralmente menores e mais numerosos do que os


hospedeiros

● Tem elevado potencial reprodutivo ou potencial biótico

● São especialistas quanto ao tecidos e hospedeiros


parasitados

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Parasitismo em animais
● Ectoparasita: vive sobre, ou aderido a superfície do hospedeiro

● Endoparasita: invadem e se alimentam dos tecidos internos, sangue,


ou alimentos parcialmente digeridos

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Parasitismo em plantas
Hemiparasita: As raízes sugadoras (haustório) atingem o xilema.
O parasita utiliza água e nutrientes minerais do hospedeiro

LORANTHACEAE

Erva-de-passarinho

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Erva-de-passarinho
Parasitismo em plantas
Holoparasita: O haustório atinge o floema. O parasita consome os
produtos da fotossíntese da planta hospedeira.

Não têm folhas e


geralmente sem
coloração verde
pela ausência de
clorofila

Euphorbia milii parasitada por Cuscuta


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racemosa (CONVOLVULACEAE)
Parasitismo em plantas
Langsdorffia hypogaeae
(BALANOPHORACEAE)

Parasita de
raízes de
plantas de
Cerrado 9
Parasitóides

● Os parasitóides são
espécies de vespas e moscas
cujas larvas consomem os
tecidos de hospedeiros vivos,
normalmente os ovos, larvas
ou pupas

● Leva a morte do hospedeiro,


mas só depois que as larvas
do parasitóides tenha
empupado

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Herbivoria
● Os herbívoros consomem as plantas inteiras ou
apenas parte delas, podendo assim ser atuar como
predadores (carneiro) ou como parasitas (insetos)

Pastagem (gramíneas) Desfolhação


(plantas lenhosas)
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Herbivoria
● Galhas
- Insetos que emitem um estímulo químico às células de tecidos vegetais,
induzindo estes tecidos a se desenvolverem patologicamente
- Há um aumento do tamanho (hipertrofia celular) e no número de células
(hiperplasia)
- Proporciona um local adequado ao desenvolvimento do inseto

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Herbivoria
● Minas
- Minadores são insetos que residem e se alimentam no mesofilo das
folhas
- Somente 4 ordens de são minadores: Diptera (mosca), Lepidoptera
(borboleta), Coleoptera (bezouro) e Hymenoptera (vespa)

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Herbivoria
● Brocas
- Broqueadores são insetos que residem e se alimentam de tecidos vivos
ou mortos em camadas profundas da planta
- Atacam principalmente troncos (alguns Coleoptera, Lepidoptera e
Hymenoptera); frutos (alguns Diptera, Lepidoptera e Coleoptera); e
sementes (basicamente Coleoptera e Lepidoptera)

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Herbivoria
● Sugadores de seiva
- A alimentação se dá pela sucção do conteúdo do floema (seiva
elaborada)
- Pode provocar dano direto através retardamento do crescimento
geral da planta e dano indireto através da transmissão de doenças ou
injeção de saliva tóxica

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Adaptações dos predadores para capturar e
manipular presas
● Diferenças no dente indicam diferenças ecológicas importantes

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Adaptações dos predadores para capturar e
manipular presas
● Aves de rapina (gaviões, corujas) têm pés em forma de garra e
bico em forma de gancho para prender e imobilizar a presa e para
cortá-la em pedaços

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Adaptações dos predadores para capturar e
manipular presas
● Serpentes apresentam mandíbulas distensíveis que permitem
ingerir as presas inteiras

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● Qualidade das dieta e
adaptações dos sistemas
digestivos

Associações
com bactérias e
protozoários que
auxiliam na
digestão da
celulose e 19
da
lignina
Adaptações das presas para escapar dos
predadores
● Defesa comportamental
- Esconder-se e evitar áreas com predadores
Ex. Girinos de peixe boi (presas) e peixes e libélulas predadoras

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Fonte: Ricklefs 2003
Adaptações das presas para escapar dos
predadores
● Defesa comportamental
- Velocidade de escape (cervos)

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Adaptações das presas para escapar dos
predadores
● Defesa comportamental
- Tanatose. Simulação de morte

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Adaptações das presas para escapar dos
predadores
● Defesa física: espinhos, carapaças

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Adaptações das presas para escapar dos
predadores
● Defesa física: Espinhos e pelos ou tricomas (plantas)

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Adaptações das presas para escapar dos
predadores

● Defesa química: Toxinas

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Adaptações das presas para escapar dos
predadores
● Defesa química em plantas
Compostos secundários são produtos químicos produzidos para
defesa contra predadores, herbívoros e patógenos. Ex. Látex,
tanino, resina, sílica

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Adaptações das presas para escapar dos
predadores
● Defesa morfológica: Coloração críptica (camuflagem)

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Adaptações das presas para escapar dos
predadores
● Defesa morfológica: Coloração críptica (camuflagem)

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Adaptações das presas para escapar dos
predadores
● Defesa morfológica: Coloração de advertência
- Aposematismo. Cores conspícuas (vistosas) são associadas a
presença de compostos químicos nocivos ou impaláteis, produzidos pelas
presas ou obtidos de seus alimentos

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Por que todas as presas não são nocivas e
impalatáveis?

- Elevado gasto energético na produção de toxinas


- Muitas toxinas vem dos compostos vegetais que as
presas comem, porém nem todos os vegetais tem
esses componentes
- As espécies devem possuir capacidade de evitar os
efeitos tóxicos desses compostos

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Adaptações das presas para escapar dos
predadores
● Defesa morfológica: Mimetismo
- Mimetismo batesiano. Espécies palatáveis e não nocivas (imitadores)
apresentam semelhanças com espécies impalatáveis ou nocivas
(modelos)
Vespa Mantodea Mariposa

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Adaptações das presas para escapar dos
predadores
● Defesa morfológica: Mimetismo
- Mimetismo Mulleriano. Duas ou mais espécies impalatáveis ou nocivas
apresentam cores e formas semelhantes. As espécies são ao mesmo
tempo modelo e imitadoras.

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Adaptações das presas para escapar dos
predadores
● Mimetismo Mulleriano

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Adaptações dos hospedeiros aos
parasitas
● imunoresposta ou resposta imune

● Os anticorpos marcam os invasores que são fagocitados


pelos macrófagos e levados ao baço

● Resistência cruzada: quando uma resposta inume afeta


outras espécies de parasita intimamente relacionadas ao
parasita original
- Pessoas infectadas com espécies menos virulentas de Schistosoma
adquirem maior resistência a espécies mais virulenta que causa a
esquistossomose
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Adaptações dos parasitas aos
hospedeiros

● Produção de fatores químicos que suprimem o sistema


imune (AIDS)

● Proteínas de superfície que imitam proteínas do


hospedeiro e passam despercebidas pelo sistema
imunológico (Tripanossoma que causa a doença do sono)

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Dinâmica da predação
● As populações de predador e presa freqüentemente aumentam e diminuem
em ciclos regulares
● Este fenômeno também se aplica e para ciclos de herbívoros/planta e
patógeno/hospedeiro

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Dinâmica do Parasitismo
Ciclos de epidemia de sarampo
na Inglaterra, são causados pelas
respostas imunológicas crianças
infectadas.

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Efeitos dos predadores sobre as
populações das presas
-Ácaro do ciclâmen é uma
praga das plantações de
morango da Califórnia e os
ácaros do gênero
Thyphldromus são
predadores dos ácaros do
ciclâmen
- No tratamento onde
estavam as duas espécies,
as populações de ácaros do
ciclâmen permaneceram
baixas, mas onde foi
aplicado o paration (p), que
mata o Thyphldromus, as
populações atingiram níveis
danosos
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Efeitos dos herbívoros sobre as
populações de plantas
Ratos herbívoros e plantas herbáceas

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Coexistência de
competidores
mediada por
predadores

 Aumentos experimentais
nas densidades de
salamandra predadora de
três espécies de girinos
de anuros, promoveu a
coexistência das três
espécies

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A predação e a riqueza e a diversidade de espécies
1. Predação vista como um distúrbio

2. Coexistência Mediada por Predadores: A predação e a herbivoria


podem reduzir a densidades de um melhor competidor, evitando
assim a exclusão competitiva

Confirmação da hipótese
do distúrbio intermediário?

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Mwendera et al. 1997
Controle Biológico

Psilídeo de concha

Psyllaephagus bliteus

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