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Entomologia

Thatiane Aparecida Evangelista


Tecnóloga em Silvicultura
Mestre em Ciências Florestais
Entomologia
• Entomologia: entomon = insetos e logos = estudo, estudo dos insetos,
sendo empregada pela primeira vez por Aristóteles (384-322 A.C.).
• Conceitos de pragas Convencional – Manejo integrado de pragas
• Nível de dano econômico (ND) é variável em função dos seguintes fatores:
Preço do produto agrícola
Custo de controle
Capacidade da praga em danificar a cultura.
Entomologia
• Nível de ação ou controle (NA ou NC) É a densidade populacional da
praga em que devemos adotar medidas de controle, para que esta não
cause danos econômicos. Sendo que a diferença entre os valores do ND e
do NC, deve-se a velocidade de ação dos métodos de controle.
• Nível de não-ação (NNA) Corresponde a densidade populacional do
inimigo natural capaz de controlar a população da praga.
Entomologia
• Tipos de pragas
• De acordo com a parte da planta que é atacada
• Praga direta -Ataca diretamente a parte comercializada.
• Praga indireta -Ataca uma parte da planta que afeta indiretamente a parte
comercializada.
• De acordo com sua importância Organismos não-praga -São aqueles que sua
densidade populacional nunca atinge o nível de controle. Correspondem a
maioria das espécies fitófagas encontradas nos agroecossistemas.
Entomologia
• Pragas secundárias -São aqueles que raramente atingem o nível de
controle.
• Pragas chaves -São aqueles organismos que frequentemente ou sempre
atigem o nível de controle. Esta praga constitui o ponto chave no
estabelecimento de sistema de manejo das pragas, as quais são geralmente
controladas quando se combate a praga chave. São poucas as espécies
nesta categoria nos agroecossistemas, em muitas culturas só ocorre uma
praga chave.
Fatores favoráveis à ocorrência de pragas
• - Descaso pelas medidas de controle
• Plantio de variedades suscetíveis ao ataque das pragas –
• Diminuição da diversidade de plantas nos agroecossistemas (o plantio de monoculturas favorecem as
populações das espécies fitófagas
Falta de rotação de culturas nos agroecossistemas. –
• Plantio em regiões ou estações favoráveis ao ataque de pragas. –
• Adoção de plantio direto (geralmente há um aumento de insetos que atacam o sistema radicular das
plantas). –
• Adubação desiquilibrada (as plantas mal nutridas são mais susceptíveis ao ataque de pragas) - Uso
inadequado de praguicidas (uso de dosagem, produto, época de aplicação e metodologia inadequados).
ROTAÇÃO DE CULTURAS
• Rotação de culturas é uma prática muito antiga e importante para a
conservação do solo.
• A monocultura o desequilibra, fazendo com que somente o os nutrientes
necessários àquela cultura sejam extraídos, o que reduz sua capacidade
produtiva.
• Alternar espécies leguminosas com não leguminosas, pois as primeiras
ajudam a fixar o nitrogênio no solo (Ex: feijão, lentilha, ervilha)
ROTAÇÃO DE CULTURAS
• Hortaliças folhosas (ex: alface) necessitam de mais nitrogênio, as
tuberosas (ex: cenoura) precisam de mais potássio e as de frutos (ex:
pepino) têm demanda por fósforo.
• O ideal é que se faça a rotação de culturas com hortaliças de
características diferentes, alternando plantas com sistemas radiculares,
períodos de crescimento e necessidades nutricionais diversas.
VANTAGENS ROTAÇÃO DE CULTURA
• Melhoria das características do solo;
• Auxílio no controle de ervas daninhas, doenças e pragas;
• Proteção do solo contra a erosão causada pelo vento e chuva;
• Aumento da produtividade e qualidade das plantas;
• Aumento da diversidade microbiana do solo;
• Preservação da fertilidade do solo.
Consorciação de hortaliças

A consorciação é uma associação de culturas


que se baseia no cultivo próximo e na mesma
época de duas ou mais espécies com diferentes
ciclos e estruturas para que uma possa se
beneficiar da outra, ou para que haja otimização
do espaço no canteiro, intercalando
hortaliças que exigem mais espaço e têm um cic
lo longo com hortaliças que exigem menos espa
ço e têm ciclo
curto.
Consorciação de hortaliças
• O ideal é plantar uma hortaliça tuberosa ao lado de uma folhosa e
de uma aromática. Não há problemas em plantar alface, cenoura e
hortelã juntas, pois as raízes da alface retiram nutrientes dos 30
cm superiores da terra e a cenoura dos 50 cm superiores, ou seja,
uma não atrapalha a outra. Além disso, as hortaliças tuberosas
precisam de mais potássio e as folhosas mais nitrogênio, não
havendo disputa por nutrientes. A hortaliça aromática é
importante para afastar as pragas.
Vantagens da consorciação de culturas
• Combate às pragas;
• Melhoria da utilização de nutrientes do solo;
• Melhoria na produtividade por área;
• Proteção do solo contra a erosão;
• Melhoria da fertilidade do solo (consórcio com adubos verdes).
Reconhecimento e Identificação das
Principais Famílias de Insetos de Importância
• Os insetos se destacam por serem os mais diversos, com cerca de 70% das
espécies conhecidas. São organismos facilmente reconhecidos por
apresentarem três pares de pernas e o corpo dividido em cabeça, tórax e
abdômen, os quais apresentam subdivisões e estruturas que são, em geral,
característicos de cada grupo.
Reconhecimento e Identificação das
Principais Famílias de Insetos de Importância
Aa principais ordens que contemplam espécies de interesse florestal são: Hemiptera
(cigarrinhas, pulgões),
Coleoptera (besouros),
Lepidoptera (mariposas e borboletas),
Hymenoptera (formigas, vespas e abelhas),
Diptera (moscas)
Isoptera (cupins).
No total, 34 espécies compõem a lista de insetos florestais com importância quarentenária
Praga quarentenária
É todo organismo de natureza animal e/ou vegetal, que estando presente em outros
países ou regiões, mesmo sob controle permanente, constitui ameaça à economia
agrícola do país ou região importadora exposta. Tais organismos são geralmente exóticos
para esse país ou região e podem ser transportados de um local para outro, auxiliados
pelo homem e seus meios de transporte, através do trânsito de plantas, animais ou por
frutos e sementes infestadas. As pragas quarentenárias se agrupam em duas categorias:
• A1 – são as pragas exóticas não presentes no país e
• A2 – são pragas de importância econômica potencial, já presentes no país, porém
apresentando disseminação localizada e submetidas a programa oficial de controle.
Ordem Hemiptera
• Esta ordem distingue-se das demais, pois, tanto adultos como ninfas
possuem peças bucais do tipo picador-sugador, adaptadas à perfuração e
sucção. As asas são membranosas ou do tipo hemiélitro. A maioria das
espécies é fitófaga e se alimenta de seiva, das quais muitas são pragas
agrícolas e florestais. Há ainda espécies hematófagas e predadoras.
Ordem Diptera
• Esta é a segunda maior ordem de insetos e distingue-se das demais por
apresentar o primeiro par de asas membranosas e o segundo par,
modificado em estruturas denominadas halteres ou balancins, que
funcionam como órgãos de equilíbrio durante o vôo. O aparelho bucal é
do tipo sugador-lambedor. Apresentam uma grande variedade de hábitos
alimentares, desde a fitofagia até a hematofagia. Várias espécies são
vetores de importantes doenças como a dengue e a malária
Ordem Hymenoptera
• Esta ordem reúne os insetos conhecidos como formigas, abelhas e vespas.
Apresentam tamanho variável, desde frações de milímetros até
aproximadamente 70 mm. A cabeça é bem desenvolvida e destacada do
tórax, com olhos compostos geralmente grandes, podendo, porém, ser
rudimentares ou atrofiados em algumas espécies.
• Na maioria das espécies, o abdômen é livre ou pedunculado e apresenta de
seis a nove segmentos. Nas fêmeas, encontra-se o ovipositor que
normalmente é bem desenvolvido, e nas formas mais evoluídas transforma-
se em ferrão.
Ordem Lepidoptera
• Essa ordem reúne as borboletas e mariposas, as quais são caracterizadas
por apresentarem o corpo e os dois pares de asas cobertos por escamas e
aparelho bucal adaptado para sucção de alimento líquido, conhecido como
espirotromba.
• Os olhos compostos são relativamente grandes e as antenas têm forma
variável. A presença e o arranjo das nervuras das asas, juntamente com
caracteres da genitália, são usados na identificação das espécies.
Ordem Coleoptera
• Esta é a maior ordem da Classe Insecta e seus representantes são
conhecidos vulgarmente como besouros. São reconhecidos por
apresentarem as asas anteriores endurecidas, denominadas élitros.
Apresentam hábito alimentar diversificado, nutrindo-se de esterco, fungos,
matéria animal ou vegetal em decomposição, etc. Muitas espécies são
fitófagas e constituem importantes pragas de várias culturas. Há ainda
coleópteros predadores, que desempenham papel importante como agentes
de controle biológico.
Coleta, preservação, montagem e
etiquetagem
• Métodos de coleta de insetos:
• coletas ativas, onde os coletores vão em busca dos insetos e utilizam
redes, aspiradores, guarda-chuva entomológico e outros aparatos
compatíveis com o seu objetivo de coleta;
• coletas passivas, onde o coletor deixa que as armadilhas façam o trabalho
de captura, sem a interferência direta do coleto
Tipos de armadilhas
• Existe uma grande variedade de armadilhas para se capturar insetos, e a
escolha da mais adequada irá depender do objetivo da coleta e do grupo
que se busca coletar. Dentre as mais utilizadas, podemos citar a armadilha
malaise, armadilha luminosa, pitfall, armadilhas com atrativos, bandejas
coloridas e armadilhas adesivas.
Preservação temporária
• refrigeração (o inseto é acondicionado em recipiente adequado e mantido
em refrigerador ou freezer por vários dias),
• preservação em via líquida (o inseto é mantido em álcool 70% ou outros
conservantes apropriados por vários anos; não recomendado para
Lepidoptera e Diptera: Culicidae)
• e preservação em via seca (uso de envelopes, mantas e triângulos).
Independente do procedimento adotado, é importante anexar ao material a
etiqueta de procedência.
Montagem
• Para a montagem, a maioria dos insetos é alfinetada, pois uma vez secos e
armazenados adequadamente, duram indefinidamente. Este é o melhor
processo para conservação de insetos com o corpo esclerotizado. Para a
alfinetagem, devem ser utilizados alfinetes entomológicos de aço (não
enferrujam) com espessura adequada ao tamanho do inseto (00 a 07). O
alfinete deve ser introduzido no local indicado para cada grupo, de
maneira perpendicular ao corpo:
Montagem
• Besouros - devem ser alfinetados no élitro direito e o alfinete deve passar
através do metatórax e emergir do metasterno, cuidando para não danificar
a base das pernas; Abelhas, vespas, moscas, borboletas e mariposas - os
alfinetes devem ser inseridos no tórax, entre a base das asas anteriores;
Percevejos - devem ser alfinetados no escutelo, um pouco à direita da
linha mediana (se o escutelo for grande); Gafanhotos - devem ser
alfinetados no pronoto, logo à direita da linha mediana.
Para a montagem, seguir as seguintes
recomendações:
• Borboletas, mariposas e efeméridas – utilizar o esticador de asas ou tábuas de distensão, posicionando as
asas em ângulo de 90º em relação ao corpo;
• Borboletas e mariposas - as asas são sobrepostas, com a borda anterior da asa posterior embaixo da
borda posterior da asa anterior (em outros insetos, geralmente as asas não são sobrepostas).
• No caso de espécimes que apresentam corpo robusto (em geral as mariposas), deve-se injetar formol no
corpo para evitar sua degradação e o ataque por pragas; Para espécimes muito pequenos, fazer dupla
montagem. Neste caso, os insetos são montados em triângulo de cartolina, mini-alfinetes ou em lâminas
para microscopia.
• Os triângulos de cartolina (papelão leve ou celulóide) devem ter 8 mm ou 10 mm de comprimento e 3
mm ou 4 mm de largura na base, para isso, utiliza-se o cortador de triângulos. O triângulo é alfinetado na
sua base e o inseto é colado em sua extremidade;
Para a montagem, seguir as seguintes
recomendações:
• Formas de corpo mole, como ninfas e larvas, além de adultos de
tricópteros, efemerópteros, afídeos, plecópteros e isópteros, devem ser
conservados em líquidos, pois quando alfinetados, enrugam-se e
deformam-se;
• Para insetos pequenos de corpo duro, como piolhos e pulgas, ninfas de
libélulas e efeméridas e insetos adultos de corpo mole, o melhor líquido
para conservar é o álcool etílico (mortos a 95% e conservados a 70%).
Etiquetagem
• As etiquetas devem ser confeccionadas em papel branco e resistente, em dimensão
variável de 1,5 cm a 2,0 cm de largura por 0,5 cm a 1,0 cm de altura. As etiquetas devem
ser colocadas sob o inseto, e paralelas a ele, e em altura uniforme no alfinete.
• A primeira etiqueta a ser colocada é a de procedência onde devem constar os seguintes
dados: local, data e nome do coletor. Outras informações pertinentes como coordenadas
geográficas e altitude, quando possível, também devem ser adicionadas nesta etiqueta.
Após a etiqueta de procedência, coloca-se a etiqueta de identificação contendo o nome da
espécie, autor da espécie e quem identificou o espécime. Também é colocada uma
etiqueta que contenha a planta hospedeira onde o inseto foi encontrado.
As pragas de aparelho bucal mastigador
provocam as seguintes injúrias:
• Roletamento de plantas; -
• Broqueamento (confecção de galerias no interior de órgãos subterrâneos,
caule, frutos e grãos); -
• Surgimento de galhas; -
• Vetores de doenças; - Desfolha; - Confecção de minas (galerias surgidas
nas folhas devido a destruição do mesófilo foliar).
Consequências do ataque de pragas às
plantas
• .Injúrias: Lesões ou alterações deletérias causadas nos órgãos ou tecidos das plantas.
• Prejuízos das pragas: Queda na produção agrícola causada por pragas.
• Dano das pragas agrícolas: Prejuízos causado por organismos fitófagos com
densidade populacional acima de nível de dano econômico.
• Pragas chaves: São aqueles organismos que frequentemente ou sempre atigem o nível
de controle. Esta praga constitui o ponto chave no estabelecimento de sistema de
manejo das pragas, as quais são geralmente controladas quando se combate a praga
chave. São poucas as espécies nesta categoria nos agroecossistemas, em muitas
culturas só ocorre uma praga chave.
Pragas frequentes:
• São organismos que frequentemente atigem o nível de controle. Exemplo:
Cigarrinha verde (Empoasca kraemeri) em feijoeiro.
As pragas fitossucívoras provocam as
seguintes injúrias:
• Sucção de seiva; - Introdução de toxinas; - Vetores de doenças
(principalmente viroses).
• pode ocasionar:
• - Retorcimento ("engruvinhamento"); - Amarelecimento; - Anormalidade
no crescimento e desenvolvimento; - Secamento; - Mortalidade; - Queda
na produção das plantas
Nível de dano econômico (ND):
• Corresponde a densidade populacional do organismo praga na qual ele causa
prejuízos de igual valor ao custo de seu controle
• . O nível de dano econômico, embora tomado muitas vezes como um valor fixo, é
variável em função dos seguintes fatores:
• - Preço do produto agrícola (quanto maior o preço do produto menor será o nível
de dano econômico); - Custo de controle (quanto maior o custo de controle, maior
será o nível de dano econômico); - Capacidade da praga em danificar a cultura; -
Susceptibilidade da cultura à praga.
Nível de ação ou controle
• Além dos índices como o nível de ação ou controle são usados na decisão de
controle de pragas o nível de não-ação.
• Nível de não-ação (NNA): Corresponde a densidade populacional do inimigo
natural capaz de controlar a população da praga.
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CONTROLE BIOLÓGICO NE

Leppla e Williams (1992)


Fatores favoráveis à ocorrência de pragas
• Descaso pelas medidas de controle
• Plantio de variedades suscetíveis ao ataque das pragas
• Diminuição da diversidade de plantas nos agroecossistemas (o plantio de
monoculturas favorecem as populações das espécies fitófagas "especialistas"
e diminui as populações dos inimigos naturais das pragas) –
• Falta de rotação de culturas nos agroecossistemas.
• Plantio em regiões ou estações favoráveis ao ataque de pragas.
Fatores favoráveis à ocorrência de pragas
• - Adoção de plantio direto (geralmente há um aumento de insetos que
atacam o sistema radicular das plantas). - Adubação desiquilibrada (as
plantas mal nutridas são mais susceptíveis ao ataque de pragas) –
• Uso inadequado de praguicidas (uso de dosagem, produto, época de
aplicação e metodologia inadequados).
Sistemas de controle de pragas
• Filosofia tradicional de controle de pragas: Segundo essa filosofia, devem
ser adotadas medidas de controle (geralmente se utiliza o método
químico) quando o organismo praga está presente, independentemente de
outros fatores. Esta filosofia, e o seu uso, se deve entre outros fatos a falta
de informações disponíveis para a maioria dos agroecossistemas e a
simplicidade de sua adoção por técnicos e agricultores.
Sistemas de controle de pragas
• . Manejo integrado de pragas (MIP): É uma filosofia de controle de pragas
que procura preservar e incrementar os fatores de mortalidade natural,
através do uso integrado dos métodos de controle selecionados com base
em parâmetros econômicos, ecológicos e sociológicos.
• Componentes do MIP: Os componentes de um programa de MIP são:
diagnose (ou avaliação do agroecossistema), tomada de decisão e seleção
dos métodos de controle (estratégias e táticas do MIP).
Componentes do MIP
• Os componentes de um programa de MIP são: diagnose (ou avaliação do
agroecossistema), tomada de decisão e seleção dos métodos de controle
(estratégias e táticas do MIP).
• Diagnose ou Avaliação do agroecossistema: Desenvolver atividades de
identificação simples e correta das pragas chaves, pragas ocasionais e
inimigos naturais-chaves.
Componentes do MIP
• Tomada de decisão: baseada um plano de amostragem e nos índices de
tomada de decisão.
• Planos de amostragem :os convencionais e os sequenciais
• Os planos de amostragem convencionais são mais simples e adequados
para usuários iniciais. Já os planos de amostragem sequenciais são mais
complexos, portanto mais adequados para usuários mais tecnificados e
que já empregam a algum tempo planos convencionais de amostragem.
Plano de amostragem convencional:
• O plano convencional é executado por dois grupos de pessoas os pragueiros e
os monitores. Os pragueiros normalmente formam duplas (um anotador e um
avaliador) e eles são responsáveis para avaliação das intensidades de ataque
das pragas e densidades de inimigos naturais nos talhões. Já os monitores são
responsáveis pelo processamento dos dados coletados pelos pragueiros
calculando a intensidade média de ataque das pragas nos talhões como
também as densidades de inimigos naturais. O monitor decidirá em que
talhões é necessário a realização de medidas artificiais de controle. Também o
monitor é responsável pela fiscalização do trabalho dos pragueiros.
Os componentes de um plano de amostragem
convencional de amostragem são:
• Dividir a área em talhões: Mesmo genótipo, idade,
espaçamento, sistema de condução, tipo de solo e
topografia.
• Tipo de caminhamento: O caminhamento representa a
forma de deslocamento para se fazer a amostragem.
• Os retângulos correspondem a um talhão a ser
amostrado. Já as linhas dentro do retângulo
representam a forma de caminhamento no talhão para
coleta das amostras. A forma de caminhamento mais
usada é a em pontos distribuídos de forma regular ao
longo do talhão.
Componentes de um plano de
amostragem
• Amostras: as amostras representam a unidade de avaliação da praga ou
inimigo natural. Pode ser uma área de avaliação, uma planta ou parte da
planta (caule, folha, fruto, flor, etc.).
• Técnica de Amostragem: è a forma de obtenção das amostras, estas podem
ser por: Contagem direta da população do inseto. Uso de aparatos como
armadilhas, bandejas, pano de batida, lupa, etc.
• Número de amostras/talhão
• Época e Frequência de Amostragem a.
Plano sequencial de amostragem
• O plano sequencial de amostragem executado por apenas um grupo de
pessoas que no campo avaliam e tomam decisão de controle. Os planos
sequenciais são mais representativos de cada talhão e economizam de 50 a
70% do tempo, custo e mão-de-obra. Entretanto esse plano de amostragem
requer usuários mais tecnificados.
• Os planos sequenciais tem os mesmos componentes do plano convencional
com exceção ao número de amostras que é diferente em cada talhão e a
tomada de decisão que é por faixas de decisão (não controle, continuar a
amostragem ou execução de controle).
Plano sequencial de amostragem
• Se a unidade amostral não está atacada pela praga ela recebe nota “0” e se
ela está atacada recebe nota “1”, sendo que estes dados são anotados de
forma acumulativa.
• Se a população da praga for menor ao valor do limite inferior, a decisão é
de não controlar a praga.
• Se for maior ou igual ao limite superior, a decisão será a de controlar a
praga.
Plano sequencial de amostragem
• Se o valor for intermediário entre os limites inferior e superior, deve-se
fazer mais amostragens até que esta caia em uma das duas situações
anteriores.
• Se na última linha da tabela o valor obtido das anotações acumulativas é
ainda intermediário ao limites inferior e superior, deve-se em um período
próximo reamostrar este talhão.
Índices de tomada de decisão de controle
• Deve-se tomar decisões de controle artificial quando: a população da
praga é alta (acima do nível de dado ou do nível de controle) e a
população dos inimigos naturais é baixa (abaixo do nível de mão ação).
Seleção dos métodos de controle de
pragas
• Os métodos devem ser selecionados com base em parâmetros técnicos
(eficácia), econômicos, eco toxicológicos (preservem o ambiente e saúde
humana) e sociológicos (adaptáveis ao usuário). Os principais métodos
usados no controle de pragas são:
• Métodos culturais: Emprego de práticas agrícolas normalmente utilizadas
no cultivo das plantas objetivando o controle de pragas.
Seleção dos métodos de controle de pragas
os métodos de controle de pragas
• Os métodos devem ser selecionados com base em parâmetros técnicos
(eficácia), econômicos, ecotoxicologiscos (preservem o ambiente e saúde
humana) e sociológicos (adaptáveis ao usuário). Os principais métodos
usados no controle de pragas são:
• Métodos culturais: Emprego de práticas agrícolas normalmente utilizadas no
cultivo das plantas objetivando o controle de pragas.
• Controle biológico: Ação de inimigos naturais na manutenção da densidade
das pragas em nível inferior àquele que ocorreria na ausência desses inimigos
naturais.
Seleção dos métodos de controle de pragas
os métodos de controle de pragas
• Controle químico: Aplicação de substâncias químicas que causam
mortalidade no controle de pragas.
• Controle por comportamento: Consiste no uso de processos (hormônios,
feromônios, atraentes, repelentes e macho estéril) que modifiquem o
comportamento da praga de tal forma a reduzir sua população e danos.
• Resistência de plantas: Uso de plantas que devido suas características
genéticas sofrem menor dano por pragas.
Seleção dos métodos de controle de pragas
os métodos de controle de pragas
• Métodos legislativos: Conjunto de leis e portarias relacionados a adoção de
medidas de controle de pragas.
• Controle mecânico: Uso de técnicas que possibilitem a eliminação direta
das pragas.
• Controle físico: Consiste no uso de métodos como fogo, drenagem,
inundação, temperatura e radiação eletromagnética no controle de pragas. 7.
Método genético: Consiste no controle de pragas através do uso de
esterilização híbrida.
IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS
GRUPOS DE PRAGAS
Lesmas e Caracóis
• Os caracóis ou caramujos possuem concha enquanto as lesmas não possuem. Estas
pragas atacam plantas principalmente em ambientes úmidos e ricos em palhada
como ocorre em cultivos de plantio direto. Eles provocam desfolha e causam
mortalidade das plantas reduzindo a população de plantas principalmente em
culturas em fase inicial.
Ácaros
• Eles são de tamanho pequeno (para visualizá-los é necessário o uso de lupa com
aumento de pelo menos 10 vezes), quatro pares de pernas e sugam o conteúdo das
células das plantas. As folhas atacadas por ácaros ficam retorcidas
(“encarquilhadas”), com coloração alterada e com pontuações esbranquiçadas. Os
principais grupos de ácaros-pragas de plantas são: os ácaros vermelhos, os ácaros
brancos e os micro ácaros.
Ácaros
• Ácaros vermelhos: Eles possuem corpo ovalado, coloração avermelhada, produzem teia e
geralmente possuem duas manchas escuras de cada lado da parte dorsal de seu corpo. O
ácaro rajado é uma espécie de ácaro vermelho que possui as manchas escuras bem
evidentes.
• Ácaros brancos: Eles possuem corpo em formato de pera, coloração clara e não produzem
teia. Duas de suas pernas estão no início de seu corpo e as outras duas no meio de seu
corpo.
• Micro ácaros: Eles possuem corpo em formato de alongado e apenas dois pares de pernas
aparentes.
Insetos
• As principais características dos insetos são: corpo dividido em três partes, pernas e
antenas articuladas, exoesqueleto, simetria bilateral, circulação sanguínea
(hemolinfa) livre, sistema respiratório formado por tubos que atingem a parte
externa do corpo por orifícios, um par de antenas, três pares de pernas,
desenvolvimento por metamorfose e asas geralmente presentes nos adultos.
Lepidóptera

• Seus adultos são chamados de mariposas (noturnos e de cores não aparentes) ou


borboletas (diurnos e de cores vistosas), possuem asas membranosas com escamas e
aparelho bucal sugador. Suas larvas são chamadas de lagartas e possuem cabeça
visível, três pares de pernas no início do corpo e pernas no final do corpo . Eles são
pragas na fase de lagartas que possuem aparelho bucal mastigador. As lagartas
podem ser de três tipos básicos de pendendo do número de pseudopatas: lagartas
(com quatro pares de pseudopatas) lagartas falsa-medideiras (com dois pares de
pseudopatas) e lagartas medideiras (com um par de pseudopatas) (Figura 3E).
Besouros (Coleoptera)
• Seus adultos são chamados de besouros, seu primeiro par de asas é endurecido
(élitro).
• Significado de Élitro: substantivo masculino Asa anterior, coriácea, de certos insetos
(coleópteros, ortópteros), que protege, quando em repouso, a asa posterior,
membranosa.
Besouros (Coleoptera)
• Suas larvas possuem cabeça visível, três pares de pernas no início do corpo ou não.
Eles são pragas tanto na fase de larva como na fase adulta e aparelho bucal
mastigador. Os principais grupos de besouros pragas são:
• Vaquinhas: Os adultos geralmente possuem corpo colorido, antenas visíveis e causam
desfolha. Suas larvas são finas, esbranquiçadas e possuem três pares de pernas e
geralmente atacam órgãos subterrâneos principalmente raízes
Besouros (Coleoptera)
• Bicudos: Os adultos possuem um prolongamento no inicio
da cabeça (“rostro) (Figura 4B). Suas larvas são
esbranquiçadas rostro

e não possuem pernas visíveis.


Carunchos: Possuem um prolongamento no inicio da cabeça
menor que dos bicudos e suas asas não cobrem totalmente o
abdome (Figura 4C). Suas larvas são semelhantes as dos
bicudos (Figura 5B).
Besouros (Coleoptera)
• Serra-pau : Os adultos possuem antenas muito longas (Figura 4D). Suas larvas são
esbranquiçadas, possuem o início do corpo dilatado e broqueiam caule de árvores
(Figura 5C).
• Corós: Os adultos são escuros, possuem antenas pequenas, o primeiro par de pernas
é própria para escavação e algumas espécies a cabeça possuem projeções
semelhantes a chifres (Figura 4E). Suas larvas são esbranquiçadas, possuem foramto
de “C”, final de seu corpo é dilatado e elas atacam órgãos subterrâneos
principalmente raízes (Figura 5D).
Besouros (Coleoptera)
• Larva arame: Os adultos são escuros, possuem corpo fino, dois espinhos no final da
cabeça e quando os seguramos ao tentarem fugir emitem som semelhante ao estálo
de dedos (Figura 4F). Suas larvas são finas, amarronzadas e atacam órgãos
subterrâneos principalmente raízes (Figura 5E).
Formigas (Hymenoptera)
• Vivem em colônias e são pragas na fase adulta. As formigas podem ser pragas
(formigas cortadeiras) ou inimigos naturais (formigas predadoras). As formigas
cortadeiras têm coloração amarronzada e no topo de sua cabeça possuem uma
reentrância pronunciada (Figura 6A e B).
• Já as formigas predadoras têm diversas colorações e a reentrância no topo de sua
cabeça não é profunda (Figura 6C). As principais formigas cortadeiras são:
As principais formigas cortadeiras são:
• Formigas saúvas: Estas formigas pertencem ao gênero Atta e possuem ninhos com
grande quantidade de terra solta e três pares de espinhos no seu dorso (Figura 6A).
• Formigas quém-quéns: Estas formigas pertencem ao gênero Acromyrmex e
possuem quatro pares de espinhos no seu dorso e seus ninhos são pequenos (Figura
6B).
Formigas Saúva

Saúva
Ninho das Saúvas

https://www.youtube.com/watch?v=0HfQkTE-fgU
Diferenças entre saúvas e quenquéns

• No Brasil, existem dois gêneros principais de formigas cortadeiras:


• Quenquéns: Acromyrmex
• Saúvas: Atta
• Tanto as saúvas, como as quenquéns fazem parte da ordem Hymenoptera,
família Formicidae e subfamília Myrmicinae. Entretanto, por serem
formigas de gênero diferentes, elas possuem algumas características que
facilitam na sua identificação a campo.
Ninhos Acromyrmex (quenquéns) Atta
(saúvas)
• Os ninhos da Acromyrmex (quenquéns) são menores que os ninhos da
Atta (saúvas). Normalmente os ninhos de saúva possuem grande
quantidade de terra solta no exterior, podendo ter grande extensão de área
de terra solta. Em contrapartida, os ninhos de quenquéns não ultrapassam
5 m² de superfície de terra solta
Saúva x Quenquéns
• As formigas cortadeiras do gênero Atta (saúvas) possuem 3 pares de espinhos no
dorso do tórax. Já as formigas do gênero Acromyrmex (quenquéns) têm 4 ou mais
pares de espinhos no dorso e, além disso, o seu dorso do gáster (parte do abdômen) é
mais rugoso que o das saúvas.
Quenquéns: Acromyrmex
• As formigas quenquéns operárias caracterizam-se por possuir de 4 a 5 pares de
espinhos localizados dorsalmente ao tórax.
Quenquéns: Acromyrmex

• Os soldados têm dimensões menores do que as saúvas, ou seja, medem de


8 a 10 mm de comprimento.
• Além disso, as suas colônias e ninhos são bem menores, com apenas 1 ou
2 câmaras. Desta forma, podemos dizer que os formigueiros são menores,
por isso, o volume de solo solto do lado de fora é menor.
• Estas características permitem um fácil discernimento dos gêneros a
campo.
Saúvas: Atta spp.
• A principal diferença das saúvas para as quenquéns está nos pares de pares de
espinhos localizados dorsalmente. As saúvas possuem um número menor, ou seja,
apenas 3 pares.
Saúvas: Atta spp.

• As colônias de saúvas contêm soldados maiores, com comprimento que


pode ir de, 12 a 15 mm.
• Os ninhos são bem maiores do que os das quenquéns, com maior número
de câmaras e grande quantidade de terra localizada na superfície do solo
Formigas saúvas: principais espécies e estratégias
de manejo

• O Brasil é um país com ampla biodiversidade, por isso, diversas espécies de


saúvas de interesse econômicos podem ser encontradas aqui, com destaque para:
• Atta bisphaerica: Saúva-mata-pasto
• Atta capiguara: Saúva-parda
• Atta laevigata: Saúva-cabeça-de-vidro
• Atta sexdens rubropilosa: Saúva-limão
Principais espécies de saúvas

• Atta bisphaerica: Saúva-mata-pasto:Esta formiga


pode ser facilmente encontrada na região sul e
sudeste. As saúvas-mata-pasto possuem este nome
porque atacam, exclusivamente de gramíneas,
sendo muito comuns em regiões de pastagens.
Outra característica marcante desta espécie refere-
se a estrutura da sua cabeça, que possui dois
lóbulos bem pronunciados, ou seja, a cabeça
aparentar estar dividida, como pode-se observar na
imagem ao lado.
Principais espécies de saúvas
• Atta capiguara: Saúva-parda:
Aparentemente, esta espécie parece estar
restrita aos estados do sudeste, Amazônia e
Pará. Alimentam-se preferencialmente de
gramíneas, entretanto, pode ser encontrada
atacando outras culturas agrícolas. Esta
espécie caracteriza-se por apresentar
coloração avermelhada, um pouco opaca e
corpo piloso, como pode ser notado na
imagem.


Principais espécies de saúvas
• Atta laevigata: Saúva-cabeça-de-vidro : Está espécie é a mais prevalente das saúvas e
pode ser encontrada em todo o território brasileiro. Além de outros países da América
do Sul, como Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Paraguai, Suriname e Venezuela.
Por isso, é uma saúva endêmica em várias regiões, já que pode utilizar tanto plantas
dicotiledôneas ( possuíem sementes cujo embrião inclui dois cotilédones. O caule é
ramoso, com crescimento secundário e vasos condutores dispostos em círculo ex:
feijão, amendoim, soja, pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola,
roseira, pereira, macieira, algodoeiro), como também as. Monocotiledôneas
( plantas angiospermas que possuem apenas um cotilédone na semente)
Atta laevigata: Saúva-cabeça-de-vidro
A sua principal característica é a cabeça grande e muito brilhante, como aspecto
semelhante a um vidro, o que dá nome a está saúva. Além disso, os soldados são
grandes e possuem todo o corpo brilhante.
Atta sexdens rubropilosa: Saúva-limão

• As saúvas-limão atacam,
exclusivamente, dicotiledôneas e
caracterizam-se por possuir corpo de
aspecto vermelho opaco e muito
piloso. Elas receberam este nome
devido ao forte cheiro que exalam
após serem esmagadas, ou seja,
aroma de limão.
Ciclo de desenvolvimento das saúvas

• As saúvas são formigas sociais que vivem em colônias e assim com as


abelhas, são organizadas em castas reprodutoras e não reprodutoras. O
ciclo de desenvolvimento de ovo a adulto é bastante variado entre as
espécies, podendo durar de 15 a 30 dias.
• De forma geral, os ovos são depositados pelas saúvas rainhas, além disso,
têm formato elíptico, coloração branca e, podem medir em torno de, 0,5
mm.
Ciclo de desenvolvimento das saúvas

• Os ovos da espécie A. sexdens rubropilosa podem ser categorizados de


duas maneiras: reprodutivos, de tamanho menor e, nutricionais ou de
alimentação, que são maiores. Somente os ovos fertilizados podem
originar indivíduos fêmeas, ao passo que os não fertilizados, dão origem
aos machos.
• Ao atingir o estágio larval, as saúvas possuem coloração branca e são
ápodas (sem asas). Neste ponto, o seu tegumento ainda é mole, o seu
corpo tem formato alongado e curvado, além de tudo, não apresenta olhos
ainda.
Ciclo de desenvolvimento das saúvas

• As pupas são nuas e inicialmente brancas, porém, pouco a pouco vão


adquirindo coloração mais escura. Primeiramente, os olhos mudam de cor,
seguido pelo resto do corpo, de modo geral, todo o processo dura em torno
de 10 dias. https://www.youtube.com/watch?v=tW7y8tGKQog
• Ao atingirem a maturidade, as operárias têm uma vida média de 3 a 6 meses.
Entretanto, a medida em que vão envelhecendo, elas vão ganhando funções
dentro do formigueiro. Ou seja, começam a participar do processamento
vegetal, trabalho de escavação, manutenção das câmaras e túneis, entre
outros.
Ciclo de desenvolvimento das saúvas
• Outro fato interessante é que
somente as saúvas de maior tamanho deixam o formigueiro para procurar
material vegetal externamente
, enquanto as menores e mais jovens, permanecem internamente
desempenhando outras funções.
• https://www.youtube.com/watch?v=NhHIF07uQbc
A REVOADA DAS FORMIGAS
CORTADEIRAS
• Nos meses de setembro e outubro é comum avistar várias formigas
voando. São as chamadas formigas cortadeiras realizando a Revoada! Este
é o nome dado ao processo de acasalamento e formação de novos
formigueiros.
Como acontece a Revoada?

• A ocorrência desse fenômeno se dá uma vez ao ano sob condições


climáticas propícias, normalmente depois do inverno, após as primeiras
chuvas da primavera. A Revoada indica a presença e proliferação da
espécie das formigas cortadeiras e, como o próprio nome já diz, elas
podem ser prejudiciais por cortarem as folhas das árvores para suprir o
fungo que cultivam no formigueiro, que são a sua base alimentar. As
cortadeiras mais comuns aqui, em nossa região, são as saúvas (Atta) e as
quenquéns (Acromyrmex).
Como acontece a Revoada?

• Depois do período chuvoso os formigueiros adultos de, em média, três anos


começam a apresentar várias formigas operárias em seu entorno para protege-lo.
Em seguida são liberados os zangões ou bitus (machos alados) e as tanajuras
(novas rainhas) para realizarem o processo de acasalamento. Ele acontece no ar e a
fêmea pode ser fecundada por mais de um bitu, até que sua espermateca, órgão no
interior do abdômen, armazene os espermatozoides necessários para a
fecundação dos óvulos. Cada tanajura sai do formigueiro de origem com uma
pequena porção do fungo guardado em sua cavidade bucal que, mais tarde, será
fundamental para o início de uma nova ninhada.
https://www.youtube.com/watch?v=4JcCyr6ZhTE
Controle químico das saúvas
• Até o momento, são poucas as alternativas para o manejo das saúvas, sendo o
controle químico com inseticidas uma das poucas opções eficientes.
• Alguns fungicidas a base de
metam-sódico já foram testados, os quais apresentaram efeito sobre o fungo simbio
nte cultivado por estas formigas
.
• Em virtude do seu modo de ação não envolver a alimentação das formigas com o
material vegetal, é pouco provável o desenvolvimento de cultivares transgênicas ou
genótipos desenvolvidos com a ajuda do melhoramento genético convencional.
• O mais indicado é que o controle das saúvas deve ser realizado apenas com
produtos recomendados Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA), que caracteriza os inseticidas de acordo com a sua formulação.
Isca granulada

• Atualmente, corresponde ao método mais prático e econômico para o controle


das saúvas. Os ingredientes ativos recomendados pelo MAPA são:
sulfluramida, tefrósia e fipronil.
• De modo geral, recomenda-se que as aplicações sejam realizadas no final da
tarde, para garantir o transporte das iscas pelas formigas mesmo à noite, sem
que haja interrupção no carregamento.
• Na prática, alguns agricultores depositam as iscas sobre bagaço ou casca de
laranja, pois são atraentes para as formigas. Potencializando o transporte das
iscas aos formigueiros. https://www.youtube.com/watch?v=bO_OZi-VloA
Ultra Baixo Volume

• São produtos usados na forma de termonebulização diretamente nos


“olheiros” ativos dos formigueiros. Corresponde ao método mais eficiente
de controle, pois acaba com os formigueiros em poucas horas, porém,
também é o mais caro.
• A termonebulização somente é justificada em áreas com grandes
infestações de saúvas, em função do alto preço para a aquisição do
equipamento, bem como a sua manutenção.
Ultra Baixo Volume

• O processo ocorre da seguinte forma, a fumaça produzida pelo


termonebulizador é injetada diretamente nos formigueiros e, à medida em que a
fumaça satura as câmaras, ela começa a sair através dos olheiros, os quais
devem ser tampados. Esta operação permite que o sauveiro fique
completamente saturado com o produto.
• Quando todos os olheiros forem fechados, deve-se finalizar a operação,
cobrindo imediatamente o olheiro principal.
• O MAPA reconhece apenas um produto para termonebulização em saúvas, o
fenitrotiona
Pó seco

• Este é o método de controle químico de saúva mais barato, no entanto,


demanda por alta mão-de-obra. Na prática, consiste na pulverização de um
produto em formulação de pó seco, diretamente nos “olhos” do formigueiro.
• Para isto, utiliza-se uma polvilhadeira, equipamento que pode ser manual ou
elétrico. A aplicação é feita insuflando-se o pó em direção ao interior do
formigueiro, através de mangueiras posicionadas o mais profundo possível.
• O único produto registrado no MAPA é a deltametrina.
Controle biológico

• Até o momento não existem produtos biológicos registrados no MAPA


para o controle de saúvas, entretanto, pesquisas recentes têm
disponibilizados resultados interessantes.
• Pesquisadores do estado do Goiás e de Minas Gerais conseguiram
identificar o hábito predatório do besouro, Canthon virens
, em relação as saúvas.
Controle biológico

• Esse besouro é facilmente encontrado em áreas de cerrado brasileiro, seu


mecanismo de ação envolve a decapitação das fêmeas de saúvas, logo após seu voo.
As saúvas abatidas são transportadas para o interior dos ninhos de C. virens, as
quais servirão de alimento para as larvas do besouro em desenvolvimento.
Controle biológico

• Além dos predadores, também foi identificado o potencial de insetos parasitoides


no controle biológico das saúvas. Em especial, o forídeo Neodohrniphora
elongata em relação às operárias do hospedeiro Atta sexdens rubropilosa.
• Os resultados das pesquisas indicam que, N. elongata deposita os seus ovos na
cabeça das operárias, preferencialmente, em insetos maiores, ou seja, com cápsula
cefálica de 2,9 ± 0,4 mm.
• O tamanho da cabeça parece estar associado ao desenvolvimento dos parasitoides.
Pois, percebeu-se menor formação de pupas ou a não emergência dos adultos
ovopositados, principalmente, em saúvas com largura da cápsula inferior a 2,9 mm.
Controle biológico

• O controle biológico das saúvas também pode ser realizado através de fungos
entomopatogênicos. Sendo os mais promissores, pertencentes as espécies Metarhizium
anisopliae e Beauveria bassiana.
• Objetivando identificar fungos potenciais para utilização no controle biológico de saúvas,
pesquisadores isolaram diversos gêneros associados às operárias de Atta sexdens e Atta
laevigata encontradas a campo.
• Na espécie A. sexdens, foram identificados M. anisopliae,
Acremonium spp., Aspergillus spp. e Colletotrichum spp. Ao passo que nas saúvas A.
laevigata foram encontrados Mucor spp., Aspergillus spp. e Fusarium solani.
MANEJO INTEGRADO DAS FORMIGAS
CORTADEIRAS
• 1. BIOLOGIA DAS FORMIGAS CORTADEIRAS As saúvas (Atta spp.) e as
quenquéns (Acromyrmex spp.) (Hymenoptera) são insetos sociais e normalmente
são muito ativas durante a noite, mas em locais sombreados e durante períodos frios
a atividade de corte e forrageamento pode ocorrer durante o dia. - Injúrias: Causam
desfolhas.
2. AMOSTRAGEM (Tomada de decisão)
• a. Pequenos produtores: pomares de frutíferas, viveiros, hortas e outras
culturas agrícolas - Controle imediato após sua constatação na área
(praga-chave severa); - Controle deve ser feito na propriedade e áreas
adjacentes (um sauveiro adulto tem capacidade de ataque de até 400 m de
distância). b. Grandes produtores: - Para grandes áreas de pastagens e
cultivos agrícolas, não existe metodologias de amostragem e nem
definição de NC; - As grandes empresas florestais se utilizam de
“software's” para tomadas de decisão impíricas e de sistemas de
monitoramento (vide Manejo Integrado das Pragas do Eucalipto).
3. CONTROLE
• a. Controle cultural - Arações sucessivas para eliminação de panelas
superficiais de Acromyrmex e de sauveiros iniciais (3 a 4 meses após a
revoada). - Uso de barreiras de proteção: pequenos canais cheios de água,
ao redor da planta; uso de frascos plástico de refrigerante com graxa,
colocada na base do tronco da planta; recipiente com formato de bacia em
anel ou pneu velho partido ao meio, cheios de água, ao redor da árvore ou
muda.
3. CONTROLE

• c. Controle biológico natural - Mais acentuado durante a revoada: pássaros, aves


domésticas, aranhas, sapos, rãs, lagartos, besouros, tatus e tamanduá realizam eficiente
controle, sobretudo das fêmeas aladas.
• d. Plantas resistentes e tóxicas - Espécies de Eucalyptus menos preferidas a A. sexdens
rubropilosa e A. laevigata: E. citriodora, E. grandis, E. maculata, E. nova-anglica, E.
deanei, E. acmenioides, E. andrewsii e E. propingua. - Dentre estes pode-se destacar:
mamona (Ricinus communis), gergelim (Sesanum indicum), inhame-amarelo (Diocorea
cayanensis cayanensis), batata-doce (Ipomea batatas), fava-branca (Centrosema
brasilianus) e jatobá (Hymenaea courbaril)
3. CONTROLE
• e. Controle químico 1. Formicidas usados: 1.1. Pós-secos - Aplicação nos
olheiros através de bombas manuais (“tamanduá”) - Aplicados na época
seca. O solo deve estar seco até a 30 cm de profundidade, senão o pó
umidece e aderindo-se à superfície interna dos canais, provoca
entupimento
• 1.2. Iscas granuladas - Técnica eficiente (depende de cuidados especiais
durante a aplicação) e de baixo custo - cuidado com o dimensionamento
da área do formigueiro para não provocar sub ou super dosagem, o que
poderá acarretar em aumento do formigueiro e desperdícios,
respectivamente
Controle químico
• Cálculo da área do formigueiro: - Para Atta capiguara: é calculada,
medindo-se o maior comprimento pela maior largura do retângulo
formado pelo monte de terra solta mais a área de montículos menores e
canais situados ao longo do montículo de terra solta.
Controle químico
• Para as demais espécies de Atta: maior comprimento do monte de terra solta x
maior largura do monte de terra solta. Formuladas geralmente com casca de
laranja que funciona como um atraente (pouco eficiente para Atta bisphaerica).
Devem ser aplicadas na época seca e evitar contato da isca com a umidade do
solo. Em extensos plantios utiliza-se micro-porta-iscas (sacos de polietileno,
contendo de 10 a 30 g de isca e ao ser encontrado é rasgado pelas próprias
formigas). Outro método de aplicação utilizado são as “isqueiras” (plantadeiras
modificadas e adaptadas em tratores). Aplicar 20 cm em torno dos olheiros de
carregamento e ao lado das trilhas de forrageamento. Não colocar sobre os
olheiros e nem dentro da trilha!
Termonebulização
• Usar aplicador motorizado (termonebulizador) que aquece o óleo mineral presente
no produto comercial, formando uma corrente de ar quente (fumaça), que arrasta as
partículas do inseticida. As formigas morrem por contato com a fumaça tóxica ou
por ingestão do fungo contaminado .
• A aplicação deve visar a zona viva, portando deve fazer a aplicação da fumaça nos
olheiros ativos - Controle é eficiente para formigueiros de todos os portes, não
depende das condições climáticas, promove rápida paralização das atividades da
colônia.
Termonebulização
• Restrições do método: requer constantes manutenções de equipamentos,
treinamento de operadores, dificuldade de transporte com os
equipamentos em áreas extensas e riscos de incêndios
• https://www.youtube.com/watch?v=HgE5AEX5AQc

• https://www.youtube.com/watch?v=sXEz3cqVkbQ
Atividades de Fixação
1 As formigas cortadeiras como as saúvas (Atta spp.) e quenquéns (Acromyrmex spp.) são uma
das principais pragas em reflorestamentos, sendo o combate de formigas uma etapa fundamental
na implantação de povoamentos florestais. Acerca dos principais métodos de controle, é correto
inferir que :
A)iscas granuladas são muito eficientes no controle de formigas cortadeiras, devendo ser
aplicadas diretamente no olheiro do formigueiro.
B) líquidos termonebulizáveis por meio de termonebulizadores é considerado o método mais
eficiente no combate de formigas, sendo seu uso recomendo no combate de formigueiros de
grandes dimensões ou quando for necessário a aplicação de formicidas em períodos chuvosos.
Atividades de Fixação

C) o controle de formigas por meio do pó químico, considerado o método mais


eficiente no combate de formigueiros de grandes dimensões, consiste na
aplicação de um inseticida na formulação pó seco, diretamente no local com
auxílio de polvilhadeiras, forçando o produto para o interior dos formigueiros
D) o controle de formigas por meio do pó químico é bastante eficiente em épocas
do ano em que a umidade do solo é elevada
GABARITO
• RESPOSTA 1- letra B
Atividades de Fixação
• Com o comunicado técnico 471
da Embrapa como apoio, monte
um planejamento de Manejo de
formigas Cortadeiras em plantios
de Eucalyptus na seguinte
situação.
PRE
PRE
PLANTIO ÁRE
E
Área de Pré Colheita-
1 AD
COLHEIT
A
RE IMP
SE PRE COLHEITA ANT
L
Combate Sistemático
RV
A
AÇÃ
O3 13 áreas * 500.000 m²
ÁREA DE
IMPLANTAÇÃO 2 =6.500.00 m² /10m =
IVA
PRÉ COLHEITA
E A NAT
650.000m²
ÁR
PRE
PL
PRÉ
COLHEITA
650.000*5g= 3.250.00
AN
TIO
PÓS PLA
NTIO =3,250 quilotonelada
4
Amostragem- Área de Pré Colheita
P/ Combate Localizado
AMOSTRAGEM PRÉ COLHEITA
AMOSTRAGEM PRÉ COLHEITA
Área de Pré Colheita
P/ Combate Localizado
Realizou se a amostragem a cada 500m caminhados de modo aleatório em um hectare que
representa melhor os demais.
Dessa forma, realizou –se 20 amostras em 10.000m² = 1Hectare

A área total amostra de formigueiros de saúvas foi de 680,00 m²


680,00 *50 talhão= 34.000 m²
34.000 *0,001t= 34 t
34t * 13 talhão = 442 toneladas de isca
Plano de Manejo Área de Pré Colheita
 Recomenda –se que o combate nas áreas de pré colheita que serão conduzidas as
brotações ( área de reforma), seja realizado o controle localizado em vista da
eficiência e menor custo da operação.
 Já nas áreas de pré corte que não será realizado a condução de brotos, recomenda –se
o controle 30 dias antes do plantio preferencialmente e o monitoramento durante os
120 primeiros dias
 E nas áreas adultos a partir do primeiro ano, recomendo o controle biológico com o
besouro e sistemático nas bordaduras das áreas próximas a sub bosques ou áreas de
nativa.
CONTROLE BIOLÓGICO
A despeito da nossa biodiversidade, há
necessidade de se fazer, com o controle
biológico, o mesmo que foi feito com a
nossa agricultura, ou seja, desenvolver
uma tecnologia própria.
Hymenoptera Trichogramma sp.
Desafios na utilização do Controle Biológico

Plenamente viável em pequenas áreas,


agricultura orgânica, casas de vegetação, pois
é possível amostragens com sistemas
convencionais (Ex.: pano de batida em soja,
feromônios), desde que se leve em conta que
deve existir disponibilidade de insumos
biológicos de qualidade e uma adequada
logística de armazenamento e transporte.
Desafios na utilização em grandes áreas
Controle Biológico
1. “Cultura” do agricultor

comercialização
2. Amostragem (feromônios, sensoriamento remoto)
3. Transferência de tecnologia
4. Disponibilidade do insumo biológico
5. Qualidade do inimigo natural produzido
6. Logística de armazenamento e transporte
7. Legislação própria
8. Seletividade
9. Tecnologia de liberação (predação) (terrestre ou aérea)
10. Agricultura dinâmica
11. Áreas com plantas transgênicas
Seminário-Principais pragas e doenças
Grupo 1 – Principais pragas e doenças da Bananeira – pag 58
apostila
Grupo 2- Principais pragas e doenças dos Citros – pag 65 apostila
Grupo 3 - Principais pragas e doenças do Maracujazeiro – pag 72
apostila
Grupo 4 - Principais pragas e doenças do Cafaeeiro – pag 77
apostila
Grupo 5 - Principais pragas e doenças do Milho- pag 95 apostila
Grupo 6- Principais pragas e doenças do Tomateiro – pag 109
apostila
ATENÇÃO
• Cada grupo deve apresentar as principais pragas e doenças com
fotos ilustrativas
• Tempo mínimo, de apresentação por grupo de 30 minutos.
• Todos os membros do grupo devem ter fala
• A avaliação da apresentação é individual
• Valor do Seminário 15 pontos.
• Ao final da apresentação cada grupo deve apresentar uma resenha
escrita, para os demais grupos.
• Terá uma prova com o tema das apresentações
• BORA!!!
Questões de revisão

• 1 Para o controle do Manejo Integrado de Pragas (MIP) foram criados alguns conceitos, a
seguir.
1. Nível de Dano Econômico (NDE) é quando a densidade populacional de uma praga é
capaz de causar um prejuízo (dano econômico) de igual valor ao seu custo de controle.
2. Nível de Ação ou de Controle (NA ou NC) pode ser considerado como a densidade
populacional de uma praga em que devem ser tomadas as medidas de controle para que não
causem danos econômicos. 3. No MIP, o profissional deverá realizar o acompanhamento da
flutuação populacional de uma praga no decorrer do tempo e somente aplicar o controle
quando essa densidade atingir um valor igual ou superior ao Nível de Ação ou de Controle
para manter a densidade populacional do inseto no Ponto de Equilíbrio.
.

Questões de revisão
• 4. No manejo integrado de pragas, o conceito de Nível de Não-Ação (NNA) pode ser considerado
como a densidade populacional dos inimigos naturais capaz de controlar a população da praga sem
a intervenção humana.
Quanto aos conceitos expostos acima, pode-se considerar que estão corretos os conceitos dos
Itens:

A ( )1, 2 e 3. B ( )3 e 4.
C ( )1e4 D ( ) 2, 3 e 4.
E ( )Todos os itens estão corretos
Questões de revisão

No âmbito da entomologia, os organismos que frequentemente atingem o nível de controle para o


estabelecimento do sistema de manejo integrado de pragas (MIP)
de modo que, ao controlarmos uma praga-chave, as demais pragas geralmente são combatidas, é
denominado de:
Alternativas
A ( )pragas-chave (primárias).
B ( )pragas secundárias.
C ( )pragas frequentes.
D ( )pragas recorrentes.
E( )organismos não pragas.
Questões de revisão
3 -O manejo integrado de pragas (MIP) pode ser definido como o uso de táticas de controle isoladas ou
associadas harmoniosamente, numa estratégia baseada
em análises de custo/benefício, que levam em conta o interesse e/ou o impacto sobre os produtores, sociedade e
o ambiente. Na cultura da batata-doce, o manejo das pragas-chave deve ser feito com base no uso de várias
recomendações, de forma integrada e sustentável.
As opções a seguir apresentam algumas delas, à exceção de uma. Assinale-a.
Alternativas
A ( ) plantar de preferência em solos argilosos, dando preferência para áreas que já tenham sido cultivadas com
batata-doce nos dois anos anteriores
B ( )utilizar mudas obtidas de viveiros credenciados, cultivados em ambiente protegido, oriundas de matrizes
livres de vírus e demais pragas e patógenos
C ( )revolver o solo para promover a exposição de insetos presentes na área ao sol e à ação de predadores,
como pássaros
D ( )Realizar a calagem do solo, para corrigir o pH e auxiliar na neutralização do alumínio tóxico, prática
necessária ao bom desenvolvimento das raízes das plantas e aproveitamento de nutrientes, como nitrogênio,
fósforo, potássio, enxofre, entre outros
4- Uma das características fundamentais de um Engenheiro Agrônomo que participe de
um órgão de defesa sanitária vegetal é saber reconhecer uma praga.
Para o reconhecimento dos insetos, o saber sobre entomologia e a chave de
classificação dos insetos é fundamental. Sobre esse assunto, assinale a alternativa
correta. Alternativas
A ( )Um inseto que possui um corpo com abdômen pedunculado e antenas, em geral,
geniculadas classifica-se como um Dermaptera.
B( )Um inseto que tenha escamas sobre o corpo, com espirotromba presente, é
classificado como um Thysanoptera.
C ( )Insetos que possuem pernas posteriores saltadoras ou anteriores fossoriais são
classificados como Isópteros.
D ( )Insetos com aparelho bucal sugador labial, geralmente bem desenvolvido, com
presença de halteres, são classificados como Dípteros.
E ( )Insetos que possuem olhos compostos e ocelos ausentes, com tarsos dímeros e
cercos unissegmentados, são classificados como Coleópteros.
Questões de revisão
5- No âmbito da entomologia, os organismos que frequentemente atingem o nível de
controle,
como por exemplo: cigarrinha-das-pastagens em milho, são denominados de:
Alternativas
A ( )pragas-chave (primárias)
B ( )pragas secundárias
C ( ) pragas frequentes
D ( )organismos não pragas
E ( )pragas sazonais
Questões de revisão
6- Com base nos tipos de pragas, assinale a alternativa CORRETA que
são aqueles organismos que frequentemente ou sempre atingem o
nível de controle.
Alternativas
A( )Pragas chaves.
B( )Organismos não-praga.
C ( )Praga indireta.
D ( )Pragas ocasionais ou secundárias.
Questões de revisão
7- Um dos objetivos do desenvolvimento agrícola sustentável é a manutenção da diversidade
genética das plantas cultivadas. Em relação à diversidade, tem-se que a
Alternativas
A( )conservação dos recursos genéticos deve ser feita ex situ para alcançar a sustentabilidade.
B ( )manutenção de uma base genética ampla na forma de muitas variedades nativas ou
melhoradas é importante.
C ( )perda da diversidade genética não ocorre em agroecossistemas.
D( )preservação do germoplasma deve ser feita apenas dos cultivos-chave nacionais.
E ( )uniformidade genética crescente das plantas domesticadas deixa a cultura mais tolerante ao
ataque de patógenos e pragas e com isso é possível diminuir o uso de agrotóxicos.
Questões de revisão
8- Existe uma praga que é transportada por um produto básico e, no caso
de plantas e produtos vegetais, não infesta aquelas plantas ou produtos
vegetais. Sendo conhecida como praga:
Alternativas
A ( )infeccionante.
B ( )transmissora.
C ( )propagadora.
D ( )contaminante.
E ( )contagiante .
Questões de revisão

9- A presença de uma praga da qual não se espera que


resulte em estabelecimento é chamado (a):Alternativas
A ( )condescendência.
B ( )indulgência.
C ( )transigência.
D ( )capitulação.
E ( )Tolerante.
Questões de revisão
10- Uma área circundante ou adjacente a uma área oficialmente delimitada para
propósitos fitossanitários, visando minimizar a probabilidade de disseminação o da
praga alvo dentro ou fora da área delimitada, e sujeita a medidas fitossanitárias ou
outras medidas de controle, se apropriado. Esta área é denominada zona:
Alternativas
A ( )segregada.
B ( )especial.
C ( )delimitada.
D ( )tampão.
E ( )excludente.
Gabarito
• 1- E 8 -D
• 2–A 9- C
• 3–A 10- D
• 4 –D
• 5–C
• 6–A
• 7-B
VOCABULÁRIO
• O processo de esquecimento de informações é cientificamente chamado de “transiência”,
enquanto o processo de retenção é chamado de “persistência”.
• Praga contaminante: Uma praga que é transportada por um produto básico e, no caso de
plantas e produtos vegetais, não infesta aquelas plantas ou produtos vegetais [CEPM,
1996; revisada CEPM, 1999]
• Exatamente como descrito na NIMF Nº 5 ( Glosário de Termos Fitossanitários) -Zona
Tampão : Uma área circundante ou adjacente a uma área oficialmente delimitada para
propósitos fitossanitários, visando minimizar a probabilidade de disseminação da praga
alvo dentro ou fora da área delimitada, e sujeita a medidas fitossanitárias ou outras
medidas de controle, se apropriado
Nr 31
• https://www.youtube.com/watch?v=ERnG1-yNAhQ
• https://www.youtube.com/watch?v=vg1yIuD5xQg
• https://www.youtube.com/watch?v=-68soUaLoRo
• https://www.youtube.com/watch?v=JwjFQhB_bpc
• https://www.youtube.com/watch?v=MOYo40wpr3U
• https://www.youtube.com/watch?v=CMeM_MgkI6A
Questões de revisão NR31
1 - As normas regulamentadoras consistem em obrigações,
direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e
trabalhadores com o objetivo de prevenir a ocorrência de
doenças e acidentes de trabalho. Considerando o conjunto
dessas normas, julgue o próximo item.
Certo
Errado
Certo
Errado

Questões de revisão NR31


• - Os funcionários das empresas que trabalham com agricultura e pecuária
estão expostos ao grau de risco 3 à saúde, devendo essas empresas
contratar um auxiliar de enfermagem quando ultrapassar o número de
quinhentos trabalhadores no estabelecimento.

• ( ) Certo ( ) Errado
Questões de revisão NR31

2 - A Norma Regulamentadora (NR) nº 31 determina regramento


sobre o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual
(EPI) do trabalhador rural quanto à aplicação de agrotóxicos.
Acerca do uso correto de EPI para aplicação de agrotóxicos,
analise as assertivas abaixo e assinale V se verdadeiras, ou F, se
falsas.
Questões de revisão NR31
• ( ) Os EPIs têm como finalidade proteger o aplicador da
exposição direta e indireta de produtos químicos.
( ) É responsabilidade do empregador fornecer equipamentos de
proteção individual ao trabalhador.
( ) É responsabilidade do empregado utilizar os EPIs
adequadamente.
( ) Os EPIs devem ter o Certificado de Aprovação (CA).
F – F – V – V.
D
F – F – F – V.
E
V – F – F – F.

Questões de revisão NR31


• A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Questões de revisão NR31
• A NR-31 dedica-se à prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho rural. Os agrotóxicos são muito utilizados por trabalhadores
rurais e representam um grande risco à saúde se não forem utilizados de
maneira adequada. Trabalhadores com exposição direta a agrotóxicos
devem passar por uma capacitação com carga horária mínima de:
Gabarito

1 Errado. Os funcionários das empresas que trabalham com agricultura e pecuária estão
expostos ao grau de risco 4 à saúde, conforme a tabela de grau de risco (GR) e RAT por
CNAE. Além disso, essas empresas devem contratar um auxiliar de enfermagem quando
ultrapassar o número de 250 trabalhadores no estabelecimento, segundo a nova NR 04 -
SESMT. Portanto, o item está errado em relação ao grau de risco e ao número de
trabalhadores.
2 - Letra A

3 Letra C

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