Você está na página 1de 24

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ - UEAP

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO - PROGRAD


CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA FLORESTAL
DISCIPLINA: MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

Professor: Paulo Sergio Pacheco Junior


Acadêmica(o):
Aldeir Felix Trindade
Rafaela Diniz Amador

Atividade Avaliativa 1

Resumo de aulas de Manejo Integrado de Pragas

MACAPÁ-AP
10/2023
1-ORDEM DE INSETOS DE INTERESSE PRO MIP
O tema em questão pretende apresentar as principais ordens de insetos pertencentes
ao MIP sendo formado uma base de estudo, devido à sua eficácia nos métodos de controlo de
pragas. São invertebrados artrópodes, pertencentes ao filo Arthropoda e à classe Insecta.
Tendo aproximadamente 1.000.000 de espécies conhecidas, apenas 0,5% são consideradas
pragas agrícolas, eles representam o grupo mais diversificado de todos os animais da Terra.
Onde se tem dois fatores que foram considerados na determinação das principais
ordens de insetos: terraços homogêneos e semi-terraços.
Todo o metabólito emerge do ovo como larva, muito ativa e voraz. Eles então passam
pela fase de pupa, também chamada de pupa ou casulo, onde permanecem estacionários e
eventualmente atingem a fase adulta.
Os hemimetabólitos se assemelham aos adultos, nascendo como ninfas e adquirindo
gradativamente todas as características.Os fundamentos mais importantes da pesquisa MIP
incluem: A ordem Coleoptera os animais pertencentes a essa ordem possuem aparelho bucal
mastigador, são holometábolos, com asas anteriores convexas e rígidas que protegem as asas
posteriores membranosas, joaninhas, besouros, carunchos, serra-paus.
Hymenoptera, muitos representantes deste grupo vivem em sociedades com alto nível
de organização social. Os animais pertencentes a esta ordem possuem aparelhos bucais
mastigadores. Eles podem ser herbívoros e carnívoros. São animais holometabólicos, alguns
com espinhos venenosos na extremidade do abdômen. Possuem asas membranosas, as
maiores na frente conectadas às asas atrás por pequenos ganchos, como é o caso das abelhas
e dos cupins: abelhas, vespas, cupins e formigas.
Os lepidópteros, animais pertencentes a esta ordem, possuem aparelho bucal que
lambe e suga, são holometábolos e possuem quatro asas membranosas com escamas. As larvas
desses animais são chamadas de taturana, borboletas e mariposas.
Os insetos pertencentes à ordem Blattodea possuem aparelhos bucais mastigadores e
podem ser herbívoros, carnívoros ou onívoros. Eles são coriáceos ou sem asas anteriores e
membranosos ou sem asas posteriores. São hemimetamorfos, dos quais as baratas podem ser
representativas.Isoptera, nesta, os animais pertencentes a essa ordem possuem aparelho bucal
mastigador e alimentam-se de madeira. Nesses animais as asas estão presentes apenas na
época da cópula em reis e rainhas, sendo os soldados e operários ápteros. Hemimetábolos.
Ex.: cupins.
A ordem Diptera é um grupo de insetos caracterizado pelo seu aparelho bucal sugador
e a variação em sua alimentação, dependendo da espécie. Eles passam por metamorfose
completa (holometabolia), possuindo um par de asas membranosas e um segundo par de asas
transformado em pequenas estruturas chamadas balancins, que ajudam no equilíbrio durante
o voo. Exemplos conhecidos de insetos pertencentes a essa ordem incluem moscas e
mosquitos.
A ordem Diptera desempenha um papel significativo no setor florestal, com impactos
tanto positivos quanto negativos. Um exemplo negativo é o gênero Sirex noctilio. Nesses
insetos, os machos emergem antes das fêmeas, e a proporção entre machos e fêmeas é
desequilibrada, com mais machos do que fêmeas. Após emergir, as fêmeas perfuram o tronco
das árvores usando seu ovipositor para depositar seus ovos no alburno. Em um único local de
oviposição, podem ser feitas várias galerias. As fêmeas maiores podem colocar centenas de
ovos em um curto período de tempo. Elas também introduzem esporos de um fungo simbionte,
Amylostereum areolatum, junto com uma secreção mucosa fitotóxica. Esses elementos são
responsáveis por causar toxicidade e, consequentemente, a morte das árvores. O fungo serve
como fonte de nutrientes para as larvas da praga e contribui para a deterioração da madeira.
Em resumo, a ordem Diptera, que inclui insetos como moscas e mosquitos, pode ter
impactos significativos no setor florestal, sendo o exemplo do gênero Sirex noctilio um caso
de impacto negativo, uma vez que suas ações podem levar à morte das árvores e à deterioração
da madeira devido à introdução de um fungo simbionte.
2- BASES ECOLÓGICAS DO CONTROLE DE PRAGAS
É de extrema importância que o Manejo Integrado de Pragas (MIP) seja baseado em
normas de controle, incluindo uma abordagem legislativa apoiada por leis, portarias e
regulamentos federais ou estaduais. Essas regulamentações exigem a aplicação de medidas de
controle, incluindo a responsabilidade de fiscalizar a fabricação, comercialização e uso de
agrotóxicos, bem como a implementação de medidas obrigatórias para que os produtores
controlem pragas de insetos importantes em suas regiões.
Cada país tem suas próprias regras e regulamentos relacionados a pragas quarentenárias,
o que pode levar a parcerias entre nações para tomar medidas de precaução e determinar o tipo
de tratamento de quarentena a ser aplicado a produtos importados ou exportados
comercialmente.
O controle físico é uma estratégia que envolve a aplicação de agentes físicos para o
manejo de pragas. Isso inclui várias abordagens, como o uso do fogo para coletar e queimar
partes afetadas das plantas, a aplicação de altas temperaturas em áreas específicas, a utilização
de radiação solar para afetar o desenvolvimento de insetos por meio do fotoperíodo e
comportamento por meio do comprimento de onda, bem como a aplicação de som e radiações
para causar esterilidade em machos ou fêmeas, levando à redução da população de pragas.
Os métodos de controle mecânico podem ser considerados uma extensão dos métodos
físicos, mas ambos são tratados separadamente. O controle físico inclui o uso de temperatura,
umidade e radiações eletromagnéticas como principais agentes de controle físico.
O controle físico pode ser uma alternativa eficaz à aplicação de produtos químicos,
especialmente quando o uso de substâncias químicas se torna antieconômico. Ele é
frequentemente empregado para controlar pragas como nuvens de gafanhotos, cochonilhas em
pastagens e cana-de-açúcar, brocas, lagartas rosadas e o bicudo do algodoeiro. Essas medidas
incluem a queima de resíduos de culturas e a destruição de ramos atacados por coleobrocas,
contribuindo para o manejo sustentável de pragas no setor agrícola.O controle top-down é
geralmente realizado por organismos presentes nos níveis superiores das teias alimentares
(como os predadores), onde eles influenciam todos os níveis tróficos abaixo. Ou seja, é uma
regulação de cima para baixo, onde os organismos no nível trófico superior mantêm o tamanho
e o equilíbrio das demais populações de nível trófico inferior. Se um predador topo de cadeia
for extinto em certa área, os organismos que antes tinham suas populações controladas, agora
terão seu número aumentado e isso modificará toda a teia trófica. Enquanto se um novo
predador for inserido em um ambiente, ele pode competir com os outros predadores e diminuir
as populações de presas. Nesse tipo de regulação, os níveis mais altos regulam os demais.
Controle de insetos por resistência de plantas: Este tipo de controle ainda é de uso
restrito nas florestas no Brasil, mas acredita-se que será uma forte ferramenta no Manejo
Integrado de Pragas (MIP), sendo a constituição genética uma maneira de resistência das plantas
a insetos-praga. O método de controle é considerado ideal de forma a permitir a manutenção
dos insetos-praga em níveis inferiores ao de dano econômico, sem causar prejuízos ao ambiente
e sem ônus adicional ao agricultor. Portanto, por apresentar compatibilidade com os demais
métodos de controle, acaba por tornar-se uma técnica ideal para ser utilizado em qualquer
programa de Manejo Integrado de Pragas. Resistência induzida é a capacidade que uma
planta, por melhoramento genético, é capaz de resistir a determinadas temperaturas e ataques
de pragas. neste sentido, no setor florestal destacam-se algumas espécies como as que fazem
parte da família meliaceae (mogno africano, mogno brasileiro), os pinus, eucalipto, entre outras
de interesse econômico florestal.
Controle comportamental
Através de um estudo e conhecimento da praga em questão, é possível usar armadilhas
para a captura do inseto, além de plantas repelentes em torno do cultivar. É o uso de cultivares
resistentes às pragas, resultando em queda de sua população, consequentemente.
3-RESISTÊNCIA DE PLANTAS A INSETOS
Existem várias maneiras de definir a resistência de plantas a pragas e insetos. Quando
uma variedade ou planta sofre menos danos do que a maioria das outras plantas nas mesmas
condições, é considerada resistente, reduzindo assim as perdas econômicas. A resistência pode
variar em grau, sendo classificada como imune, muito resistente, moderadamente resistente,
suscetível ou muito suscetível, dependendo do nível de proteção que a planta oferece contra
ataques de pragas.
Para desenvolver métodos de controle de pragas mais eficazes, é essencial
compreender a fisiologia e ecologia dos insetos. Atualmente, os métodos de controle de pragas
mais modernos e promissores incluem o uso de hormônios, atrativos e repelentes, além de
medidas que vão além da desinfecção química de insetos.
No setor florestal brasileiro, existem exemplos limitados de controle comportamental,
como no caso da broca-do-coqueiro, Rhynchophorus palmarum, onde armadilhas que liberam
feromônios agregadores são utilizadas para capturar esses insetos. Um exemplo comercial
disso é o Rhinchophorol, comercialmente conhecido como RMD-1.
Estudos sobre a resistência de plantas a pragas geralmente requerem a presença de dois
ou mais genótipos diferentes, pois a resistência é um traço herdado. Dependendo da herança
genética e da dominância dos alelos envolvidos, a prole pode exibir graus variados de
resistência. Esses resultados devem ser reproduzíveis ao longo do tempo e em condições
geográficas e de cultivo consistentes. Devido à interação complexa entre a composição
genética de uma planta e seu ambiente, vários fatores podem influenciar como os traços de
resistência se manifestam. Além disso, a resistência de uma planta a um tipo de ataque pode
não garantir a resistência a outros tipos de pragas nas mesmas condições. Portanto, é
importante considerar vários fatores ao avaliar a resistência das plantas a pragasA resistência
é dividida em três tipos: resistência heteróloga, resistência a antibióticos e tolerância. Ao
contrário do que está documentado na fitopatologia, a tolerância é uma resistência não
especificamente classificada em entomologia.Quando uma planta ou variedade é usada com
menos frequência por um animal do que outra para nutrição, oviposição ou abrigo,
permanecendo nas mesmas condições, ocorreu antixenose. O efeito é demonstrado no
comportamento do inseto, refletindo principalmente na diminuição da quantidade de atração
e consumo do substrato, bem como na redução do número de ovos postos e da área consumida.
O efeito adverso que uma planta tem sobre um invertebrado é o que distingue uma antibiose,
que causa principalmente alterações no desenvolvimento do invertebrado. Os principais
efeitos da antibiose são mortalidade nas formas jovens, mortalidade na idade adulta, redução
do tamanho e peso dos indivíduos, redução da fecundidade e alteração da proporção sexual.
Varios estudos são feitos, onde se aplicam a influencia da cultivar no creescimento e
desenvolvimento do inseto e que são utizados partes ou plantas inteiras nos testes. Um dos
exemplos a ser citado é o de caixas ou em casas de vegetação. No estudo devem ser levado
em consideração as variaveis preditoras e variaveis respostas, no sentido de que se deve
observar a diferença da teorica e a operacional, e o resultado deverá ser o crescimento e
desenvolvimento do inseto.
Neste sentido, o levantamento deve ser parte bastante importante e assim aplicar os
indices adequados e alguns fatores devem ser levados em consideração, tais quais, as
caracteristicas da planta, fisiologia, assim pode-se tomar decisão de qual medo deve ser
utilizado para sanar o ataque da praga.
Existe tambem os fatores bioquimicos de resistencia da planta, que é cruscial para
elucidar o papel de diferença da resistencias quimica em relação ao hospedeiro, observando
com o objetivo de estimar as proteinas, carboidratos, lipidios, taninos, coloides, terpenóides,
antimetabolitos.
A atividade anti-alimentar, que é baseada na area foliar consumida e redução no ganho
do peso larvalapós a alimentação.
Plantas cultivadas em tecidos, que se baseia na utilização de biotecnologia para
levantamento de informação sobre a resistencia, em que é avaliado a resistencia dos insetos
em plantas usando calos de cultura de tecidos, tecidos de calos de varias plantas resistentes a
insetos e exibem uma resistencia a alimentação da praga.
Calos reistentes e calos suscetiveis e suas medidas de desenvolvimento de técnicas de
culturas de células e tecidos aliado à tecnologia do DNA recombinante, tem ampliado
consideravelmente o potencial de utilização dos métodos de cultura in vitro para a produção
de plantas Como parte desse processo, o estabelecimento de sistemas de regeneração de
plantas a partir de células somáticas constitui-se em um pré-requisito de fundamental
importância. A metodologia mais utilizada para combater insetos atraves da regeneração.
4– MÉTODO DE CONTROLE BIOLÓGICO E SUA APLICABILIDADE
O princípio básico do controle biológico está no fato de que, se o animal não tiver
predadores, sua população crescerá exponencial e incontrolavelmente. No ambiente natural,
todos os animais fazem parte da cadeia alimentar, onde há um fluxo contínuo de transferência
de energia, pois todo organismo possui um predador natural que controla sua pulação.
Naturalmente nada foi criado tudo muda.
A interação entre os inimigos naturais e as praga ocorre naturalmente na natureza. Os
"inimigos" reduzem a população das pragas, mantendo-as em equilíbrio.
Uma outra caracteristica é o surgimento de doenças nas pragas o que reduzem sua
população.
As pragas podem ser diversos organismos, porém o foco da aula foi nos insetos, os
quais tem maior atuação na agricultura e em florestas.
INSETOS
Identificar sabiamente o organismo controlador da praga que esta sendo enfrentada é
um ponto muito importante no combate. Nesse contexto, os agentes de mortalidade é, de
maneira geral, biótico e bastante efetivo na regulação das populações. Sendo assim, a
execução acontece por meio de predação, parasitismo, herbivoria, ou em outros mecanismos
naturais, mas tipicamente também envolve um papel de gestão humana ativo. Pode ser uma
importante ferramenta dos programas gestão integrada de pragas.
Natural ou conservativo refere-se à conservação e incremento da densidade
populacional dos inimigos naturais, parasitoides e predadores, que ocorrem naturalmente, por
meio da manipulação favorável do ambiente. Por exemplo, evitando práticas culturais
inadequadas, preservando hábitats ou fontes alimentares e evitando ou reduzindo o uso de
inseticidas que lhe são prejudiciais, ja o Clássico Ocorre quando há importação de inimigos
naturais, principalmente para controlar pragas exóticas ou de uma região para outra. Os
parasitoides ou predadores são liberados em pequeno número (liberações inoculativas), uma
ou mais vezes no mesmo local.
a) Vantagens: ausência de efeitos adversos induzidos quimicamente (em humanos, plantas e
animais), principalmente quando comparados ao controle químico; alto nível de controle e
especificidade; permanência pós-implante e custo mínimo; capacidade do inimigo natural de
se reproduzir rapidamente e procurar seus hospedeiros ou presas; ausência de
desenvolvimento de resistência a seus hospedeiros ou presas; e ausência de efeitos adversos
induzidos quimicamente.
b) Desvantagens: A população do hospedeiro ou da presa continuará a existir em um nível
determinado pelas características do hospedeiro ou da presa, seus inimigos naturais e seu
habitat; - alto custo de implementação da tecnologia. Todo o processo de pesquisa e
desenvolvimento de um programa de controle de qualidade biológico até chegar ao produtor
é muitas vezes um tanto demorado.
Os insetos podem ser pragas e organismos controladores de população, o que vai
depender do emprego em que vai ser utilizado, uma vez que seus tamanhos e necessidades de
reprodução lhe permitem se abrigar até mesmo em outros organismos.
Ha cerca de um de espécies no mundo e cerca de 0,5% são pragas, e o emprego na
area florestal pode ser importante.
Os controladores biológicos podem ser definidos de três maneiras:
Entomopatogenos: virus, bacteria, protozoaários, fungos e neomatoides e tambem
podem ocorr em diferentes estagios de desenvolvimento, podendo ter diversas aplicabilidades
como: Utilizar organismos vivos para controlar as populações dos insetos pragas
Os coleopteras pode ser utilizado como predadores, bem como a joaninha. Tanto na
sua forma larval, como tambem sua forma adulta são predadores de insetos pragas.
Assim tendo tambem os Neuroptas, Chrysoperta, diptera, Bacterias e fungos podem
ser utilizados como predadores num sistema de controle biologico.
5– CONTROLE BIOLÓGICO DE Hypsipyla grandela
Caracterização de Hypsipyla grandella

Hypsipyla grandella é um inseto que possui um ciclo biológico de aproximadamente 30


dias e 4 estágios de desenvolvimento: ovo, lagarta, crisálida, adulto; dos quais o período larval
compreende 20 dias e o período pupal 10 dias. Uma única fêmea fertilizada pode pôr de 33 a
200 ovos durante três a quatro dias e até mais de 1000 ovos em toda a sua vida.
Estudos a respeito da capacidade de voo e colonização de novos ambientes foram
realizados, comprovando que H. grandella possui uma grande capacidade de voo e dispersão,
podendo alcançar até 10 quilômetros de distância do ponto de origem, além de conseguir
localizar facilmente um hospedeiro isolado. Apesar disso, as mariposas permanecem na área
atacada enquanto novas brotações ainda estiverem presentes, causando dano local severo. Os
adultos são geralmente atraídos por árvores jovens, emitindo novas folhagens, e por árvores
danificadas e com presença de fezes. Os ovos são colocados nas brotações, ramos ou folhas,
geralmente na superfície dorsal das folhas.
Danos e sintomas
As lagartas de H. grandella alimentam-se de frutos, flores e cambio de meliáceas, e o
dano maior ocorre quando invadem os brotos terminais de plantas jovens, pois infestações
repetidas resultam em raquitismo e deformação permanente da planta. Essa ação danosa do
inseto na planta inicia-se com o ataque das lagartas as brotações novas, em seguida, fazendo
perfurações às brotações terminais. Construindo assim, galerias no caule, que causam alterações
na forma e no crescimento do fuste.
Os sintomas do ataque da lagarta são representados por exsudação de goma e serragem,
presença de folhas secas em meio à folhagem verde e emissão de novos ponteiros a cada ataque
consecutivo, que posteriormente também serão atacados. O crescimento de um tronco retilíneo
é fortemente prejudicado com perda em altura de até 35% nos primeiros anos.
Controle biológico
Como controle biológico serão descorridos alguns experimentos e estudos e
categorizados de acordo com os métodos de controle: Patógenos- Hidalgo-Salvatierra (1971)
utilizou o fungo Metarrhizium anisoplae (Metch), popularmente conhecido como muscardina
verde, o qual apresentou resultados bastante satisfatórios em condição de laboratório, pois
ocorreram 60% de mortalidade das larvas após seis dias de tratamento e as lagartas tornavam-
se secas, de fácil desintegração, sem deixar vestígios prejudiciais ao ambiente, Gallo et al.
(2000) recomendaram o uso de inimigos naturais como Trichogramma sp. (Hymenoptera,
Trychogramatidae) os quais parasitam os ovos, ou Hypomicrogaster hypsipyla, parasitóides de
lagartas, assim como os fungos M. anisopliae (Metch.), e B. bassiana (Bals.) e a bactéria Bacilus
thuringiensis Berliner, sendo eficaz no controle, desde que aplicado antes da penetração das
lagartas nos ramos, Salvatierra e Palm (1973) mostraram que lagartas de primeiro instar de H.
grandella eram suscetíveis ao Bacillus thuringiensis.
Parasita
Batista (2005) observou que nos meses de abril, maio e junho, foi verificado o maior
índice de parasitismo em ovos depositados nas plantas de mogno em plantio solteiro, gerindo
que o mesmo seja feito pela vespa do gênero Trichogramma, Roovers (1971) relatou que
equentemente um ovo vivo de cor avermelhada tornava-se posteriormente, azulado escuro e o
exame microscópio deste ovo azul, uma vez dissecado, apresentava diminutas pupas de um
parasito da família Trichogramatidade (Hymenoptera, Chalcidoidea) e a porcentagem de
mortalidade neste caso alcançava 21%.
6- MÉTODO DO MIP
1. Legislativo
Este método de controle fundamenta-se em leis, decretos e portarias, federais ou
estaduais que obrigam o cumprimento de medidas de controle como: serviço quarentenário
regulando a entrada e saída de pragas exóticas impedindo a sua disseminação sendo de
responsabilidade do Ministério da Agricultura, fiscalização da fabricação, comercio e uso
de inseticidas e medidas obrigatórias que exigem ao produtor o controle de insetos - praga
importantes para a região.
Por definição restrita, legislação por si só não se constitui em método de controle de
insetos, mas estabelece autoridade estatutária para o engajamento de agências
governamentais na limitação da dispersão de insetos ou no tratamento de infestações
localizadas e que se configuram em ameaça ao bem estar público. Esses métodos
legislativos baseiam-se no conjunto das leis, portarias e decretos, quer federais, estaduais
ou mesmo municipais, que obrigam ao cumprimento de determinadas medidas de controle.
Alguns importantes exemplos de métodos legislativos de controle são apresentados a seguir.
Quarentena: destina-se à prevenção de entrada de pragas exóticas e de sua
disseminação
Medidas obrigatórias de controle: têm execução determinada por legislação e são
de grande importância para algumas culturas como o algodão, onde o estabelecimento de
datas-limite para destruição de restos culturais por parte dos produtores tem possibilitado o
controle da broca-da-raiz do-algodoeiro, lagarta rosada e do bicudo-do-algodoeiro.
Legislação disciplinadora do uso de agentes ou métodos de controle: A chamada lei
dos agrotóxicos, lei nº 7802 de 11 de julho de 1989, veio em substituição a legislação
anterior datada de 1934. Dentre as principais características dessa legislação citam-se o
disciplinamento do uso de inseticidas e o estabelecimento do receituário agronômico.
Para a cultura do algodão criou-se o Decreto nº 19.594 de 27 de julho de 1950, onde
obriga-se os produtores a destruir os restos da cultura até 15 de julho de cada ano para
prevenção ao ataque da broca e lagarta rosada.
No Rio Grande do Sul, existe a Lei 2869 de 25 de julho de 1956, a qual obriga-se a
coleta e queima de galhos da Acácia negra para diminuir a infestação do serrador Oncideres
impluviata. Além disso, este controle rege a fiscalização do comércio de defensivos a fim
de evitar fraudes em formulações e restabeler o limite de tolerância de resíduos tóxicos nos
alimentos.
Com o avanço da globalização, os meios de transporte estão cada vez mais velozes,
com isso o risco de se introduzir uma praga é cada vez maior. Por essa razão os países
impõem barreiras alfandegárias proibindo a importação de determinada planta hospedeira
de uma praga que não ocorra no seu território, as denominadas de pragas quarentenárias.
Os países possuem normas próprias sobre ações relacionadas as pragas
quarentenárias e assim, vários países podem reunir-se e tomar medidas preventivas e
estabelecer o tipo de tratamento quarentenário a ser aplicado para determinado produto
comercial de importação ou exportação. No Brasil, são empregados tratamentos
quarentenários para algumas frutas sendo estes: fumigação com a aplicação de brometo de
inetila (32g/m³ durante duas horas); tratamento a quente; tratamento a frio e irradicação
com a utilização de raios gama de Cobalto e Césio ou raios de elétron com a energia de
radiação até 10 MeV .
2. Controle biológico
O controle biológico usa outros organismos para controlar pragas. Por exemplo,
certos insetos podem ser usados para controlar outros insetos nocivos, enquanto certos
fungos podem ser usados para controlar certos tipos de doenças. O controle biológico pode
ser mais eficaz do que o controle químico porque os organismos usados para controlar
pragas geralmente visam apenas um tipo ou grupo de pragas.
Muitas espécies de insetos são benéficas ao homem, algumas das quais são
predadoras ou parasitas de outros insetos, exercendo controle biológico natural sobre seus
hospedeiros. O controle biológico é a pedra angular de um programa de manejo integrado
de pragas, que emprega uma variedade de estratégias de controle para reduzir o impacto das
pragas e minimizar o uso e os impactos negativos de pesticidas químicos.
Existem vários tipos de controle, e todos eles são baseados na predação na cadeia
natural. Natural ou conservador refere-se à proteção e aumento da densidade populacional
dos inimigos naturais, parasitoides e predadores, que ocorrem naturalmente, por meio da
manipulação favorável do ambiente. Por exemplo, evitando práticas culturais inadequadas,
preservando hábitats ou fontes alimentares e evitando ou reduzindo o uso de inseticidas que
lhe são prejudiciais. O clássico ocorre quando há importação de inimigos naturais,
principalmente para controlar pragas exóticas ou de uma região para outra. Os parasitoides
ou predadores são liberados em pequeno número (liberações inoculativas), uma ou mais
vezes no mesmo local. Ja o aplicado ou aumentativo, esse controle biológico visa a redução
rápida da população da praga por meio de liberações inundativas de parasitoides ou
predadores.
Os tipos de agentes variam dentro da cadeia, pois os predadores parasitoides e os
patógenos são agentes efetivos no controle biológico. Cada um possui características
distintas. Deve-se analisar, então, as espécies envolvidas e o ecossistema a ser trabalhado
antes de decidir a categoria do inimigo natural.
O controle microbiano é um ramo do controle biológico que utiliza
entomopatógenos: fungos, bactérias, nematoides, vírus e protozoários. Tais agentes
entomopatogênicos são muito promissores para utilização na área florestal.
Predador É um organismo de vida livre durante todo seu ciclo de vida. Mata a presa
e alimenta-se de todos os estágios. Geralmente é maior do que ela e necessita de mais de
um indivíduo para completar seu desenvolvimento. Tanto .as larvas ou as ninfas quanto os
adultos podem ser predadores, ou exibir esse hábito somente em uma fase do
desenvolvimento, não apresentando, comumente, adaptações especializadas.
Os parasitoide são insetos cujas larvas se desenvolvem interna ou externamente ao
hospedeiro, não o matando imediatamente. Entretanto, no final do ciclo evolutivo do
parasitoide o hospedeiro morre, na maioria das vezes. Os parasitoides necessitam de apenas
um único indivíduo para completar seu desenvolvimento.
Ja os patógeno estão entre os mais utilizados no controle biológico de insetos estão
os fungos, bactérias e nematoides. São chamados de entomopatógenos e podem ser
empregados na maioria dos programas de manejo integrado de pragas.
3. Resistência
A planta mais resistente a pragas possui características herdadas que a tornam menos
suscetível a danos do que outras plantas expostas às mesmas condições, mas não possui as
mesmas características. A resistência vegetativa torna-se um fator preocupante, pois
impacta na forma como se expressa quando é alterada espacial e temporalmente no
ambiente. No geral, o cultivo de espécies de plantas que combaterão ataques de
invertebrados protegidos é realizado por meio de mutações seletivas para os traços de
resistência.
Existem três grupos associados à resistência das plantas a doenças, e são eles:
Antibiose, acontece quando a planta consumida e afetando contrariamente a microbiologia
do fitófago. As consequências dos antibióticos nos insetos podem ser de leves a mortais, e
os fatores da antibiose compreendem entre outros as toxinas, empecilho de crescimento,
fases de reduções de nutritivos, exsudatos de tricomas glandulares e altamente concentrado
em componentes vegetais indigeríveis, bem como a sílica e a lignina.
Antoxenose, ocorre que o vegetal é um hospedeiro maligno, o qual impede que os
insetos se alimente. Os fatores de antixenose abrangem repelentes e restringentes químicos
vegetais, pubescência, ou seja, uma cobertura de tricomas simples ou glandulares, ceras
pouco sólido e espessura ou dureza das folhas – todos os quais podem impedir a colonização
dos insetos. Tolerância, este tipo de resistência é quando a planta é capaz de se recuperar
ou resistir aos danos causado por insetos que atacam.
Já a tolerância abrange somente atributos das plantas e não das influências mútua
inseto-planta, uma vez que ela depende apenas da competência da planta de superar em
crescimento ou se recuperar do desfolhamento ou outro dano provocado pela alimentação
dos insetos. Esses grupos de resistência não são necessariamente discretas – outro tipo de
combinação pode ocorrer em uma planta. Além disso, a seleção para resistência a um tipo
de inseto pode tornar uma planta suscetível a outro ou a uma enfermidade.
As plantas particulares podem ser susceptíveis, portanto o grupo de plantas como
um todo é tolerante ao ataque de xilófagos. A soja é um exemplo de planta onde há
regulagem pela comunidade. Além da resistência primeiramente dirigida pelo genótipo da
planta, informações físicas e biológicas do lugar difundem sua expressão podendo
proporcionar intensos efeitos na resistência. Clima, solo, disposição da planta e técnicas
culturais são determinados fatores que podem influenciar o ambiente físico da planta.
Temperatura, intensidade de luz, fertilidade e umidade do solo, são fatores ambientais que
podem influenciar nos processos fisiológicos que determinam a resistência a pragas.
3. Físico
Controle de insetos que se baseiam a utilização de fenômenos físicos. Os métodos
físicos são incluídos juntamente e frequentemente com os métodos mecânicos de controle,
onde os dois estão sendo tratados independentemente aqui. Os principais agentes físicos de
controle e de utilização são: umidade, temperatura e radiações eletromagnéticas.
O controle físico também se refere a procedimentos não químicos e não biológicos
que aniquilam os insetos ou improvisam o ambiente impróprio para a entrada ou a
sobrevivência de pragas. A maior parte desses métodos de controle pode ser classificada
como passiva ou ativa.
Exemplos de controle passivo: cercas, trincheiras, armadilhas, óleos e pós inertes;
Já como exemplos do controle ativo temos, tratamentos mecânicos, de impacto e
térmicos.
O controle físico em geral utiliza medidas que são limitadas aos locais fechados
como armazenamento de alimentos (Silos), estufas e ambientes domésticos, no entanto
alguns métodos, barreiras ou trincheiras de exclusão, podem ser utilizados em campos de
cultivos.
Na maior parte das pragas não são capazes de se reproduzirem as temperaturas
baixas a 20°C ou a elevados a 35°C. Deste modo os extremos de temperatura podem alterar
a suspensão da propagação de artrópodes ou mesmo causar a mortalidade destes. A
arejamento por exemplo, empregado com a finalidade de diminuir a temperatura dos grãos
durante a fase de armazenamento. O aquecimento de moinhos e unidades de
armazenamento de elevadas temperaturas (> 50°C) ao mesmo tempo vem sendo testado nos
Estados Unidos como medida de controle de insetos de produtos armazenados.
As pragas detêm também limites de umidade onde é possível sua sobrevivência e
reprodução. O processo de secagem de grãos normalmente feito antes do armazenamento
deles é uma medida importante no controle de fungos e algumas pragas de produtos
armazenados. As faixas do espectro de ondas têm sido utilizadas para fins de controle de
insetos, sendo a faixas do ultravioleta, visível, infravermelho e ultrasom as mais usadas para
este fim como será exemplificado a seguir.
Algumas manifestações de radiações solar diurnamente realizam por meio da cor do
substrato. As reações das pragas às diferentes cores são de atratividade ou repelência, o que
permite que estas sejam usadas como meio de controle. Já os adultos de mosca branca e
mosca minadora são atraídos pela cor amarela, sendo estas cores usadas em armadilhas
destinadas a capturar estes insetos.
4. Químico
O controle químico usa produtos químicos para matar ou inibir o crescimento de
pragas. Estes produtos químicos podem ser pulverizados nas plantas, aplicados ao solo ou
usados como armadilhas. Alguns produtos químicos, como os inseticidas, são específicos
para certos tipos de pragas, enquanto outros, como os herbicidas, podem afetar uma
variedade de pragas.
Não é utilizado em florestas (somente em casos especiais como medidas de controle
emergencial) devido às dificuldades para aplicação, em função da altura das árvores, o que
torna-se inviável economicamente, pois nessas condições é necessária a pulverização aérea.
Porém, apenas no início da implantação das florestas e logo no início do seu
estabelecimento utiliza-se este controle no combate as formigas cortadeiras .
Na agricultura, este controle ainda é indispensável para pequenos e médios
produtores rurais em função de se obter resultados imediatos, porém o uso de produtos
químicos deveria ser a última alternativa quando os insetos-praga atingem níveis
populacionais críticos ou ultrapassem o nível de dano econômico.
Cada vez mais as empresas de pesquisas trabalham pela descoberta de agentes
biológicos que controlem os insetos-praga de determinadas culturas agrícolas e/ou
florestais, de forma a preservar a diversidade de inimigos naturais e combater as espécies
pragas de forma sustentável. Enquanto isso, o controle químico deve ser utilizado de
maneira consciente, ou seja, na aplicação da dosagem correta, quantidade de aplicação
necessária e principalmente evitar aplicar o mesmo produto em uma única dosagem para o
hospedeiro não adquirir resistência ao produto. Cada vez mais, é importante a adoção de
produtos registrados para determinadas culturas.
O uso elevado de agrotóxicos pode ocasionar a resistência de populações de insetos
- praga e até mesmo surtos em determinados períodos de tempo. Além disso, o uso de
produtos não seletivos aos inimigos naturais pode ocasionar altas densidades de outras
espécies, resultando em novos insetos – praga.
O Controle químico é a aplicação de substâncias químicas que causam mortalidade no
controle de pragas. Para o inseticida ou acaricida ser utilizado em determinada praga em uma
cultura ele deve ser registrado nos órgãos competentes para este fim e seguirem critérios
técnicos e econômicos.

Aparelho bucal da praga

Basicamente os ácaros e insetos possuem aparelho bucal mastigador e sugador. As


pragas sugadoras sucionam seiva, já as pragas mastigadoras se alimentam dos tecidos que
atacam. Assim, o tipo de aparelho bucal da praga influenciará grandemente a concentraão do
inseticida ou acaricida que a praga entrará em contato.

Emprego do Controle Químico:

Para emprego do controle químico devem ser realizadas amostragens da intensidade de ataque
das pragas à cultura e, este só deve ser empregado quando a densidade das pragas for igual ou
superior aos níveis de controle. No emprego de controle químico de pragas de fruteiras, alguns
aspectos são importantes como: seletividade de inseticidas, rotação de produtos, uso de
espalhante adesivo na calda, emprego de equipamento de proteção individual pelos aplicadores,
descarte correto de embalagens, armazenamento adequado dos produtos, prevenção e cuidados
para se evitar intoxicações e treinamento dos aplicadores (Picanço & Guedes, 1999; Picanço &
Marquini, 1999).

Tecnologia de aplicação:

O uso de espalhante adesivo deve ser recomendado nas aplicações por possibilitar maior adesão
da calda inseticida ou acaricida a órgãos cuja superfície é mais cerosa como os frutos. Este uso
ainda é mais importante ainda em culturas cujas folhas possuem grande cerosidade como citros
e maracujá. A adição de óleo mineral à calda inseticida também pode aumentar a adesividade
do inseticida, além de possibilitar bom controle de insetos minadores devido a maior
translocação do produto para o interior do mesófilo foliar aumentando a eficiência do controle
químico. Deve-se atentar ainda para o volume de calda usado nas pulverizações já que
geralmente as fruteiras possuem grande porte e área foliar. O volume de calda varia com a
fenologia da cultura, sendo que para a maioria das fruteiras, alto volume de calda é requerido
principalmente quando o pomar está em fase de produção devido ao grande porte das plantas.

A utilização de inseticidas em grandes áreas é desaconselhável. Porém, os defensivos


poderão ser aplicados, ocasionalmente, em áreas de produção de sementes ou em focos com
elevada infestação.
6. Silvicultural
Destacam-se para a área florestal: o controle silvicultural, pois suas práticas podem
impedir ou diminuir o crescimento populacional da praga, e o controle biológico clássico, que
tem sido aplicado com sucesso para pragas introduzidas cujos inimigos naturais não ocorrem
naturalmente no país.
A ocorrência de surtos de pragas florestais, têm uma ligação direta com o controle de
qualidade do plantio. Aspectos relativos a escolha de espécies e procedências mais adequadas
as condições edafo-climáticas, qualidade das mudas, condições físicas do solo, sítio, preparo de
solo, técnicas de plantio, nutrição, tratos silviculturais são fundamentais para que se criem
fatores de resistência ambiental ao ataque de pragas.
Os sistemas agroflorestais (SAF) são sistemas de uso da terra que envolvem deliberada
retenção, introdução, ou mistura de árvores ou outras plantas lenhosas perenes nos campos de
cultivo ou produção animal, que se beneficiam dos resultados das interações ecológicas e
econômicas. O objetivo é garantir que as espécies trabalhem juntas.
O manejo adequado e diversificação do SAF evita e previne problemas com "pragas" e
doenças. Fungos e insetos convivem com plantas sem prejuízos. A diversidade de espécies
possibilita saúde das plantas e um ambiente favorável para pássaros e insetos que se alimentam
dos insetos considerados pragas.
Agrotóxicos são utilizados em monoculturas porque são plantios simplificados, sem
biodiversidade, criando um ambiente desequilibrado. Plantas adubadas com fertilizantes
químicos apresentam desequilíbrio nutricional. Planta mal nutrida, assim como homens e
animais, fica sujeita ao ataque de insetos e doenças.
Chama-se de praga porque não entendemos como o sistema funciona. As "pragas"
mostram o que está errado. As formigas cortadeiras podem não ser um problema sério para
plantas que naturalmente aparecem na área, mas podem ser fatais para mudas plantadas. As
formigas muitas vezes cortam plantas que não estão em condições favoráveis ao seu
desenvolvimento. Antes de combater as formigas é preciso entender porque elas estão cortando
as mudas
7. Comportamental
Os insetos utilizam odores para localização de presas, defesa e agressividade,
seleção de plantas, escolha de locais de oviposição, acasalamento, organização das
atividades sociais e diversos outros tipos de comportamento. As substâncias químicas
usadas na comunicação, em geral, são denomindas semioquímicos (sinais químicos). Os
semioquímicos podem ser divididos em: aleloquímicos e feromônios. Os aleloquímicos são
substâncias químicas envolvidas na comunicação entre organismos de espécies diferentes.
Já os feromônios são substâncias químicas ou misturas destas, envolvidas na
comunicação entre indivíduos da mesma espécie.
1. Formas de utilização de feromônios e aleloquímicos no manejo integrado de
pragas
1.1. Detecção de pragas: O semioquímico é usado para verificação da presença da
praga em áreas onde esta ainda não existe. Exemplo: Em 1995, trabalhos de monitoramento,
bem como o controle, da mosca da carambola nos Estados do Amapá e Pará utilizando
armadilhas com composto ou feromônio sexual, o metil-eugenol.
1.2. Monitoramento de pragas: O semioquímico é usado para verificar se a
população da praga atingiu o nível de controle. Exemplo: Uso de armadilhas com do
feromônio sexual para verificação se há necessidade de controle da mariposa oriental na
cultura do pêssego.
2. Controle de pragas Planta isca: uso de feromônio em faixas de cultura atrativa á
praga instaladas na perideria para atração da praga. Coleta massal: coleta de indivíduos
através de armadilhas. Utilizado para coleta de bicudo do algodoeiro com feromônio de
agregação "blockaide" ou nomate PBW. Confundimento: saturação da área com o
feromônio sexual, dificultando o acasalamento. Utilizando feromônios sintéticos, reduz-se
a probabilidade de encontros e/ou agregação dos sexos e acasalamentos. Em algodão,
utiliza-se o "gossyplure" no confundimento da lagarta rosada do algodâo com redução de
até 64% na aplicação de inseticidas. Para o bicudo também são utilizados várias iscas
embebidas com feromônio "grandllure" para o confundimento de machos.
3. Uso de aleloquímicos no manejo integrado de pragas
3.1. Uso de atraentes
a) Uso como iscas: utiliza-se partes da propria planta hospedeira da praga como
atraente para o monitoramento da mesma. - Moleque da bananeira (Cosmopolites sordidus);
Seções de pseudocaule de bananeira em formato de telha ou queijo. - Broca do olho do
coqueiro (Rhynchophorus palmarum). As iscas consistem de pedaços de estirpe de 0,50 m
com a parte aparada para baixo. Após alguns dias, colhem-se os besouros alojados,
destruindo-os. Para maior eficiência, pode-se tratar a isca com inseticida na base de 4 g/isca.
b) Uso com plantas iscas: utiliza-se plantas que sejam hospedeiras da praga, mas
que sejam mais atrativas as pragas que a cultura que está no campo. Exemplo: planta maria
preta versus coleobrocas em citros; abobrinha italiana versus vaquinhas e algodão plantado
na entresafra versus bicudo e broca da raiz do algodoeiro.
3.2. Uso como estimulantes alimentares da praga São substâncias e / ou produtos
químicos que estimulam as pragas a alimentarem. Exemplo: Sal de cozinha x percevejos da
soja; iscas açúcaradas x moscas das frutas; iscas com farináceos x grilos, mariposas, lesmas
e formigas.
3.3. Uso de repelentes às pragas São substâncias que tornam as plantas menos
prefereidas ao ataque de pragas. Exemplo: Coloral x pragas que atacam os frutos e sementes
de anonáceas.
8. Genético

Os métodos para controlar geneticamente invertebrados referem-se a uma variedade de


técnicas que permitem manipular o genoma de um invertebrado ou mecanismos hereditários
para regular sua população. No entanto, os mecanismos de controle genético ainda precisam
demonstrar ampla aplicação.
Essas estratégias, que incluem algumas das práticas mais modernas de manejo integrado
de pragas, são seletivas e visam reduzir a população de pragas por meio da redução de seu
potencial reprodutivo. Insetos-praga são usados contra membros de sua própria espécie em um
esforço para reduzir os níveis populacionais, levando o termo "autocida" a ser aplicado a esses
tipos de métodos de controle.
Insetos-praga são utilizados contra membros de sua própria espécie em um esforço para
reduzir os níveis populacionais, levando o termo "autocida" a ser anexado a esses tipos de
métodos de controle.
Radiações ionizantes, além de raios-X e esterilizantes químicos, também são utilizadas
contra Insetos-praga. agentes esterificantes empregados principalmente. E. F. Knipling,
entomologista do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, desenvolveu esse método
pela primeira vez por volta do final da década de 1930. Ela foi desenvolvida como uma técnica
paulatina para substituir a reprodução saudável em uma população por reprodução não
saudável, resultando em sua esterilidade.
Fundamentalmente, o princípio da esterilidade baseia-se na inundação da população
com homens heterossexuais em busca de sexo que, então, acasalam com essas mulheres em
proporções tão baixas quanto 10 a 100 homens por fértil. Esses acasalamentos produzem ovos
inviáveis e a população continua a diminuir como resultado da liberação contínua de machos
sexualmente ativos. Em resposta a essa proposta, o método genético primário para controle de
inset passou a ser conhecido inicialmente como "técnica estéril macho" e depois como "técnica
estéril inset". O principal exemplo do sucesso dessa técnica foi com o controle da mosca-
dabicheira (Cochliomyia hominivorax), que foi objeto de um programa de larga escala que
acabou resultando na erradicação da praga do sul da América e depois do México. O sucesso
dessa tática contra essa prática pode ser facilmente traduzido em números, pois exigiu apenas
um investimento anual de 10 milhões de dólares para gerar uma economia anual de 140 milhões
de dólares. Sucessos de menor magnitude também foram alcançados em outros contextos, como
a eliminação das "moscas-do-estábulo" em St. Croix e as "moscas das frutas" nas ilhas do
Pacífico e da Califórnia no início dos anos 1980
REFERÊNCIAS

CASTRO, MARCELO TAVARES DE. CONTROLE BIOLÓGICO DE Hypsipyla grandella Zeller


(LEPIDOPTERA: PYRALIDAE) E NOVOS RELATOS DE ÁCAROS E FUNGOS EM MOGNO
(Swietenia macrophylla King) EM BRASÍLIA/DF. Orientação: Rose Gomes Monnerat – Brasília, DF,
Tese de Doutorado 2016. 177 p.: il.

COSTA, E.C; D’AVILA, M; CANTARELLI, E. B; MURARI, A. B; MANZONI, C.G.


ENTOMOLOGIA FLORESTAL. Santa Maria: Editora UFSM. 2008. 240 p

D'AVILA, ERVANDIL CORRH COSTA MÁRCIA; CANTARETLI, EDISON BISOGNIN;


BOSCARDIN, JARDEL. Entomologia florestal (recurso e1etrõnicoJ / Ervandil Corrêa Costa ... [et
al.f. -4. ed. rev. e ampl. - Santa Maria, RS: Ed. UFSM, 2022. 1 e--book: it

MAHROOF, R. M.; HAUXWELL, C.; EDIRISINGHE, J. P.; WATT, A. D.; NEWTON, A. C. Effects
of artificial shade on attack by the mahogany shoot borer, Hypsipyla robusta (Moore). Agricultural
and Forest Entomology, Midlothian, n.4, p.283-292. . 2002.

WYLIE, F. R. Control of Hypsipyla spp. shoot borers with chemical pesticides: a review. In: FLOYD,
R. B.; HAUXWELL, C. (Ed.) Hypsipyla Shoot Borers in Meliaceae: Proceedings of an International
Workshop. Canberra: Australian Centre for International Agricultural Research, p.109-117. 2001

HIDALGO-SALVATIERRA, O. Estudios sobre el barrenador Hypsipyla grandella Zeller.VII.


Determinación del sexo em pupas. Turrialba, v. 21, n. 2, p. 221, 1971.

GALLO. D. O.; NAKANO, S.; NETO, S.S.; BATISTA, G.C.; CARVALHO, R. L.; FILHO,
E.B.; PARRA, J. R. P.; ZUCCHI, R. A.; ALVES, S. B.; VENDRAMIN, J. D. Manual de
Entomologia Agrícola. São Paulo: Agronômica Ceres, 2000. 649 p.

BATISTA, T. F. C. Avaliação da resistência induzida do mogno Swietenia macrophylla


King em consorciamento com meliáceas resistentes visando o controle da broca Hypsipyla
grandella Zeller, 1848 em um sistema agroflorestal em desenvolvimento. 2005. 74 f. Tese
(Doutorado em Ciências Agrárias) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2005.

ROOVERS, M. Observaciones sobre el ciclo de vida de Hypsipyla grandella (Zeller) em


Barinitas, Venezuela. Boletín del Instituto Forestal Latino-Americano de Investigación,
Mérida, n. 38, p.1-46, 1971.

Você também pode gostar