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Blog da Aegro para negócios rurais
Pragas agrícolas: guia rápido para
identificar e controlar
MAIARA FRANZONI - 14 DE JANEIRO DE 2018
o MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

Atualizado em 29 de abril de 2022.

Pragas agrícolas: saiba quais são, o impacto na sua lavoura, melhores


táticas de manejo e mais!
Pragas agrícolas são organismos que se alimentam de cultivos agrícolas,
reduzindo sua qualidade e produtividade. No Brasil, a extensa área
geográfica facilita o desenvolvimento de muitas espécies desses
organismos.
Você sabe identificar as principais pragas agrícolas e controlá-las na
lavoura? Ficar por dentro dessas informações te ajuda nas tomadas de
decisão no campo.
Neste artigo, veja quais são as principais pragas mais perigosas e todas
as formas de manejo possíveis. Boa leitura!
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Índice do Conteúdo [Mostrar]
O que são pragas agrícolas?
Existem muitos insetos que danificam as plantas. Porém, para serem
consideradas pragas, esses insetos devem causar grandes prejuízos à
área plantada.
As pragas agrícolas são capazes de reduzir a produtividade e/ou
qualidade dos cultivos agrícolas a partir da sua alimentação. Podem
também ser transmissores de doenças.
Os organismos vivos estão presentes em todos os sistemas de cultivo.
Quando esses sistemas possuem diversidade biológica, os organismos
se mantêm em certo equilíbrio.
Em grandes áreas com uma mesma cultura, a diversidade de
organismos presentes nesse ambiente é reduzida.  Por isso, alguns seres
perdem seus predadores ou inimigos naturais, elevando assim a sua
população.
Com a população aumentando, os organismos assumem o papel de praga
e causam prejuízos às culturas agrícolas. 
Quando um inseto é considerado praga agrícola?

Um inseto pode ser considerado uma praga agrícola quando atinge um


nível de dano econômico à cultura. 

De forma geral, um organismo se torna uma praga devido à falta da


biodiversidade em grandes áreas com uma única cultura.
Na maioria das regiões agrícolas, uma cultura é cultivada no
verão e outra no inverno, em um mesmo ano agrícola. Os restos
vegetais das culturas principais, como a soja, não têm tempo para serem
decompostos pelos organismos do solo. 
É assim que as pragas se mantêm na área de cultivo. Quando as
culturas hospedeiras são inseridas, na ausência de inimigos naturais,
estes organismos aumentam sua população. A partir daí, causam
prejuízos à cultura.
Temperatura e umidade também podem fazer um organismo se tornar
praga. Esse é o caso de ácaros e pulgões, muito favorecidos por períodos
secos.
Períodos muito úmidos e quentes podem favorecer a reprodução dos
insetos, acelerando seu ciclo de vida. Além disso, podem ser favoráveis a
determinadas doenças de plantas.
Principais pragas agrícolas e como combatê-las
O impacto das pragas agrícolas depende da cultura hospedeira. Apesar
disso, muitas delas causam danos em uma gama de espécies cultivadas.
Veja a seguir alguns dos principais insetos-praga e como controlá-las:
o Lagarta-do-cartucho
o Percevejo-marrom
o Helicoverpa armigera
o Corós
o Mosca-branca
o Pulgões (afídeos)
o Larva minadora
o Ácaro rajado

A seguir, você poderá ver em detalhes cada uma delas, os danos


causados e as formas de controle mais recomendadas.
Lagarta-do-cartucho(Spodoptera frugiperda)
Se você trabalha com a cultura do milho, conhece muito bem a lagarta-
do-cartucho, considerada uma das mais relevantes nesse cultivo. Essa
lagarta tem outras culturas como hospedeiras, incluindo:
o soja;
o algodão;
o arroz;
o sorgo;
o trigo;
o aveia;
o cana-de-açúcar;
o feijão;
o cevada
o centeio.
Danos causados 
A lagarta-do-cartucho pode reduzir muito a produção agrícola. Essa
praga pode atacar qualquer parte da planta, mas a mais afetada costuma
ser a parte central do milho.
As larvas da lagarta atacam as plantas em qualquer estágio de
desenvolvimento. Além disso, as excreções que a lagarta adulta deixa na
planta abre portas para a presença de patógenos.
Plantas com entre 8 e 10 folhas podem ter suas bases cortadas pela
lagarta-do-cartucho. A consequência disso é o perfilhamento da
cultura, e em casos mais severos, a morte das plantas.

S. frugiperda apresenta a marca de um “Y” em sua cabeça


(Fonte: Kansas State University)
Controle da lagarta-do-cartucho
Para o manejo da lagarta-do-cartucho, o MIP (Manejo Integrado de
Pragas) é fortemente recomendado. Ele funciona através do uso de
vários métodos de controle em conjunto.

Os principais métodos de controle são: 

o Rotação de culturas: deve-se analisar minuciosamente quais


culturas reduzem a sobrevivência da praga. Afinal, a lagarta é
capaz de se alimentar de muitas das culturas normalmente
utilizadas na rotação;
o Uso de variedades resistentes ou mais tolerantes ao inseto
(sempre adotando área de refúgio);
o Controle biológico e  inseticidas: importante ressaltar que
inseticidas à base de Bt em cultivares (como o caso do milho, que
possui a tecnologia Bt), não devem ser utilizados no controle da
lagarta.
Porém, o uso de inseticidas deve ser feito com a rotação dos
mecanismos de ação. Isso vai evitar o surgimento de populações
resistentes.

Percevejo-marrom  (Euschistus heros)


O percevejo-marrom é uma das principais pragas da soja, estando
presente em várias regiões do país. 

Há fenótipos dessa praga resistentes a produtos que contém como


ingredientes ativos organofosforados ou ciclodienos (endossulfan).

Os casos de resistência são localizados em áreas com histórico de


aplicações contínuas desses produtos. As culturas hospedeiras do
percevejo-marrom incluem algodão, pastagens e soja.
Danos causados
A presença dos percevejos-marrons causa grãos chochos. Isso acontece
porque essas pragas atacam as vagens da soja. Os percevejos também
podem ser vetores de doenças causadas por fungos.
(Fonte: Embrapa e Irac)
Formas de controle do percevejo-marrom
Nas aplicações para o controle de lagartas, use produtos que tenham
modo de ação diferente dos inseticidas utilizados no controle de
percevejos. Para o controle de ambos, os mesmos ingredientes ativos
podem ser utilizados. 
Desta forma, é importante não utilizar os mesmos ingredientes
ativos. Assim, você evita problemas com a resistência de pragas aos
inseticidas.
Faça aplicações somente nas áreas que apresentam densidade
populacional que corresponde ao nível de ação. Para isso, faça
o monitoramento da infestação.
O monitoramento com mapas de danos pode ser feito digitalmente e
diretamente na área pelos funcionários da fazenda. Além disso, é
importante analisar quais plantas podem ser utilizadas na rotação de
culturas. Afinal, elas não podem ser hospedeiras do percevejo. 
Lagarta Helicoverpa (Helicoverpa armigera)
Helicoverpa armigera é uma praga que se alimenta de várias culturas.
Feijão, soja, milho, algodão, café e citros são alguns exemplos.

(Fonte: Foto André Shimohiro em Embrapa)


Danos causados

A presença da lagarta reduz significativamente a produção, e pode acabar


com a cultura desde os estádios iniciais. 

Ela se alimenta de todas as partes das plantas. Isso pode causar o


apodrecimento e a queda das estruturas da sua cultura.
Formas de controle
No Brasil, foram encontrados casos de resistência da praga
aos inseticidas piretroides. Por isso, os manejos mais indicados para a
lagarta são:
o Uso de plantas resistentes Bt (sempre utilizando área de refúgio);
o Rotação de culturas;
o Vazio sanitário;
o Manejo dos inimigos naturais de pragas; 
o Manejo Integrado de Pragas.
O controle químico também deve ser utilizado. Porém, não se esqueça
da rotação de mecanismos de ação. Evite o uso de inseticidas
fosforados e piretroides no início da cultura, já que são considerados de
tóxicos para os inimigos naturais.
Corós 
Os corós são larvas consideradas importantes pragas de solo. Tanto na
fase larval quanto na adulta, podem causar danos às culturas.
No Brasil, os gêneros Phyllophaga, Dilobodereus e Liogenys são os de
maior ocorrência.
o Phyllophaga  causa danos principalmente na cultura do milho
safrinha e da soja na região Centro-Oeste do país.
o Diloboderus  tem maior ocorrência na região Sul do país, causando
danos principalmente em cereais de inverno no Rio Grande do
Sul.
o A ocorrência de Liogenys  se dá principalmente na região Centro-
Oeste, nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Góias,
causando danos na cultura da soja e milho.

Macho de Dilobodereus abdereus figuras A e B, e fêmea na figura C.


Na última imagem, é possível observar a fase larval do coró dos cereais
e da soja D. abdereus
(Fonte: Pereira; Salvadori, 2006)
Danos nas culturas
Os corós se alimentam de raízes de plantas, causando danos de redução
do rendimento das culturas. Isso pode afetar o estande inicial de plantas,
e em alguns casos, é necessário o replantio.

Na fase adulta, os besouros se alimentam principalmente de folhas e de


partes das plantas em diferentes estádios de desenvolvimento.
Formas de controle dos corós

O não revolvimento do solo, característico do sistema plantio direto,


favorece o desenvolvimento e sobrevivência dos corós.

A rotação de culturas com plantas não hospedeiras também pode


auxiliar no controle. Algumas espécies de crotalária, por exemplo, tem
ação tóxica aos corós e podem ser utilizadas.
O tratamento de sementes com inseticidas é uma medida
complementar. Porém, não é efetivo quando as larvas estão maiores. A
população de corós que justifica o controle é diferente a depender da
espécie em que ocorre.
Os corós não se distribuem uniformemente na área. Sendo assim, você
pode aplicar o controle químico apenas nos locais de ocorrência. 

Alguns dos inseticidas recomendados para o controle de diferentes


espécies de corós, grupos químicos e ingredientes ativos e culturas em
que são recomendadas sua aplicação
(Fonte: adaptado de Agrofit, 2022)

Para amenizar o problema, recomenda-se semear primeiro as áreas com


histórico de corós. Assim, as plantas terão contato com os corós em
estádios mais brandos e conseguirão desenvolver seu sistema radicular.
Medidas que favoreçam o desenvolvimento rápido das plantas também
são aliadas no controle dos corós. Por exemplo, adubação equilibrada,
inoculação com bactérias, correção do solo, dentre outras.
Mosca-branca (Aleyrodidae)
A mosca-branca é um inseto que suga a seiva da planta e provoca
danos ao seu desenvolvimento. Isso reduz a produtividade e também a
qualidade da produção.
É relativamente fácil identificá-la na lavoura. Afinal, o inseto possui
corpo amarelo pálido e asas brancas. 
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Mosca-branca no verso de folhas de (figura A), fase adulta (B e C) e


ninfas de coloração amarelada translúcida (levemente transparente)
(figura D)
(Fonte: Pratissoli; Carvalho, 2015)

O ciclo de vida dura de 38 a 74 dias, e as fêmeas podem colocar entre


100 a 300 ovos durante toda a sua vida. As principais culturas
hospedeiras são:

o Grandes culturas como feijão, soja e algodão;


o Plantas daninhas hospedeiras que sobrevivem na entressafra,
dificultando a quebra do ciclo da praga.
Danos na cultura
Os danos observados podem ser diretos, quando
apresentam descoloração ou manchas foliaresdiretas na cultura.
Esses danos também podem ser indiretos, quando atuam como vetoras
de doenças nas culturas de interesse agrícola. Nesses casos, é necessário
o controle do insetopara controle da doença. Outros danos incluem:
o Alterações no desenvolvimento;
o Prateamento das folhas;
o Branqueamento do caule;
o Clareamento das veias na folhagem
o Queda precoce de folhas e manchas em fibras no algodão;
Formas de controle da mosca-branca
O MIP também é recomendado para o controle. Você pode utilizar o
controle cultural, com cultivo de espécies não hospedeiras.
O monitoramento da mosca-branca também é necessário, e pode ser
realizado com o uso de armadilhas amarelas que atraem os adultos.
Inseticidas do grupo químico dos tetranortripenóides são
recomendados para o controle em todas as culturas.
Os fungos entomopatogênicosBeauveria bassiana e Isaria fumosorosea
também são recomendados para o controle.

Cultivares resistentes também são uma alternativa de controle eficiente.


Em caso de observação e controle ineficiente com inseticidas, é
necessário investigar qual a raça ou biótipo que está ocorrendo na área.
Algumas raças ou biótipos da mosca-branca são resistentes a diversos
produtos.
Pulgões (afídeos)
Os pulgões podem causar danos em várias espécies de plantas, incluindo
grandes culturas como soja e cereais de inverno.
Existem mais de 1.500 espécies relatadas. A coloração dos pulgões em
fase adulta, e ninfa (anterior a fase adulta) pode variar de amarelada,
branca, preta, vermelha e verde. No entanto, sua aparência é
semelhante.
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Pulgão da espécie Aphis gossypii 


(Fonte: Guimarães e colaboradores, 2013; Constanza e colaboradores,
2018)
Os pulgões são favorecidos e causam maiores problemas em anos de
clima seco e quente, principalmente na região sul do Brasil (Rio Grande
do Sul). Nessa região, causam sérios problemas na cultura do trigo,
como disseminação de viroses.
São encontrados principalmente na face inferior da folha e em tecidos
novos.
Danos na cultura
Os pulgões podem causar danos em diversas partes das plantas,incluindo
raízes, caules, folhas e até mesmo em espigas.
Devido ao hábito alimentar sugador, os pulgões causam amarelecimento
das folhas e encarquilhamento (folhas retorcidas e redobradas que
servem de abrigo). 
Outro dano é a disseminação de viroses. Além disso, devido a
alimentação, soltam substâncias açucaradas que favorecem o
desenvolvimento do fungo fumagina. 

Formigas podem ser observadas quando há presença de grandes


populações de pulgões.
Formas de controle dos pulgões

Diversas medidas de controle podem e devem ser tomadas para o


controle eficiente de pulgões, dentre elas:
o Eliminação de restos culturais em que os pulgões encontram-se
associados;
o Rotação de culturas não hospedeiras;
o Eliminação de plantas daninhas hospedeiras na área de cultivo;
o Adubação nitrogenada;
o Instalação de armadilhas adesivas amarelas;
o Controle químico com produtos recomendados, como produtos
sistêmicos. Uma boa regulagem do pulverizador também é
essencial, porque os pulgões ficam na face interior das folhas;
o Controle biológico: a depender da espécie de pulgão, existem
diferentes inimigos naturais que podem ser utilizados no controle;
o O controle genético através do uso de cultivares resistentes.
Porém, é preciso identificar corretamente qual é a espécie de
pulgões que ocorre e provoca danos na área de cultivo.
Vale salientar que a recomendação para o controle químico é o uso de
produtos seletivos aos inimigos naturais. Os pulgões não eram
considerados pragas de importância, mas passaram a ser devido ao uso
errado de produtos não seletivos.
Larva minadora (Liriomyza huidobrensis)
A larva minadora é uma espécie de mosca do gênero Liriomyza spp.
Ela é pequena e possui coloração amarela e preta. Tem como
característica depositar ovos no interior das folhas, onde eles eclodirão. 
Fêmea adulta da larva minadora, apresentando coloração
característica amarela e preta.
(Fonte: Guimarães e colaboradores, 2005)

Com a eclosão dos ovos, as larvas formam minas. Após a fase de larva,
ocorre a fase de pupa. Essa fase ocorre no solo ou nas folhas,
dificultando o seu controle. O ciclo de vida deste inseto tem duração
curta, aproximadamente 17 dias.
Danos na cultura
Os danos na cultura incluem a construção de galerias ou minas. Isso
afeta a fotossíntese pela redução da área foliar.
No entanto, a necrose de folhas e a própria alimentação das fêmeas por
“picada” pode facilitar a entrada de patógenos nas plantas.
Formas de controle

Assim como em inúmeras espécies de pragas, a larva minadora tornou-se


um problema pelo uso excessivo de produtos não seletivos.

Para o monitoramento da população de moscas na área de produção,


pode-se utilizar armadilhas amarelas adesivas ou painéis plásticos.
Segundo o Agrofit, não existem produtos comerciais para o controle
biológico. 
De forma geral, em ambientes equilibrados, as populações da larva
minadora se mantêm equilibradas em função dos inimigos naturais.
A principal forma de controle é o químico. Ele tem ação especialmente
sobre as larvas que encontram-se dentro da epiderme das folhas. É
essencial que os produtos utilizados sejam capazes de penetrar na folha,
alcançando o seu interior. 
Dentre os translaminares, segundo o Agrofit, são utilizados
principalmente aqueles comabamectina e ciromazina em sua
composição. 

Outras estratégias podem ser utilizadas para maior eficiência do controle


químico, como:

o eliminação de restos culturais;


o eliminação de plantas hospedeiras alternativas (incluindo plantas
daninhas);
o rotação de culturas com plantas não hospedeiras.
Ácaro-rajado (Tetranychus urticae)
O ácaro-rajado é considerado uma das espécies mais importantes dentre
os ácaros-praga. Ele pode atacar inúmeras espécies agrícolas.
O ácaro-rajado possui manchas escurecidas nas laterais do seu corpo.
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(Fonte: Oliveira e colaboradores, 2016)


Danos na cultura
Os danos são observados na face inferior das folhas. Eles são causados
pela alimentação da praga a partir da clorofila e da seiva das plantas. Os
danos se caracterizam pela presença de manchas esbranquiçadas nas
folhas.
É possível observar a presença de teias em formato
desordenado e pequenos grânulos, também no verso inferior da folhas.
A alimentação dos ácaros provoca o amarelecimento das folhas. Com o
passar do tempo as folhas caem, reduzindo a produção.
Formas de controle
O controle de ácaros é realizado através do uso principalmente de
acaricidas. É importante ressaltar que devem ser utilizados somente
produtos registrados para a cultura de interesse.
Para a cultura do algodão por exemplo, existem 89 produtos registrados
no Agrofit.

Para a cultura da soja, as opções disponíveis são 39. Esses produtos


incluem abamectina , flupiradifurona, óleo vegetal, piridabem,
propargito, diafentiurom, fluazinam e bifentrina + metomil.
Manejo das principais pragas agrícolas
Em busca da otimização do controle de pragas, utiliza-se o MIP e o MID
(Manejo Integrado de Pragas e Doenças). Eles são caracterizados
pelos diferentes métodos de controle de forma conjunta.

O controle de pragas e doenças nas lavouras se inicia antes mesmo da


semeadura. 

A base do sucesso do controle é o monitoramento das áreas, com


levantamento das pragas incidentes e de sua população. Assim, o
controle será feito no momento correto, antes de danos econômicos
ocorrerem. 
Controle legislativo
Através de instruções normativas e leis, busca-se evitar a introdução
das pragas nas áreas de cultivo. 
Além disso, inspeção e monitoramento de materiais vegetais são
feitos. Por exemplo, quando os vegetais transitam entre países, são feitas
medidas de quarentena.
Isso mantém os materiais vegetais em observação por dado período de
tempo, a fim de identificar a presença de alguma praga que poderia ser
introduzida no país.
Além disso, pelas condições climáticas favoráveis à praga nos demais
estados, evita-se que os materiais contaminados sejam levados. Isso
porque a pragafacilmente passaria a causar prejuízos às culturas. 
Quando detectados os materiais contaminados, eles são destruídos.
Controle genético
Ele consiste no uso de cultivares resistentes ou tolerantes a
determinada praga. O controle genético é o método mais barato e eficaz
de controle. Ele pode ser aplicado a grandes áreas de cultivo. 
No entanto, é necessário que outros métodos sejam empregados em
conjunto. Isso evita que o material deixe de ser resistente às pragas
(quebra de resistência).
Um caso clássico é a tecnologia Bt, aplicada ao milho para o controle da
lagarta-do-cartucho. As áreas de refúgio na lavoura são fundamentais
para que populações de lagartas resistentes não sejam selecionadas.
Além disso, é fundamental conhecer quais são as pragas de ocorrência na
lavoura e quais são as mais limitantes. Isso garante que as cultivares
mais adequadas sejam implementadas na área. 
No caso de alguns fungos e nematoides, é necessário conhecerqual a
raça que está ocorrendo na área. A resistência genética das cultivares,
em muitos casos, é direcionada a uma raça específica do patógeno.
Controle cultural
Consiste no uso de diferentes tratos culturais, para auxiliar na redução
da população de patógenos na área de cultivo.
Tratos culturais como uso dematerial de propagação sadio(sejam eles
mudas ou sementes), certificados e de boa procedênciasão
fundamentais.
Além disso, pode-se alterar a época de cultivo (respeitando
o zoneamento agrícola), e o local. Por exemplo, realizar semeaduras
no início do zoneamento é uma alternativa. Nesse período, a pressão
de pragas é menor.
Também é possível pontuar as áreas mais úmidas da lavoura,
utilizando cultivares mais adaptadas. Isso, é claro, desde que possuam
ciclo próximo à cultivar utilizada no restante da área.
A nutrição equilibrada também é fundamental. Concentrações muito
elevadas de alguns nutrientes, como o nitrogênio, tornam as plantas
mais suscetíveis ao ataque de pragas. O mesmo acontece com
deficiência de potássio.
A rotação de culturas também é um método bastante eficaz, quando é
realizada de forma correta. Porém, vale lembrar que a rotação
podereduzir a população da praga, mas não controlar.

A eliminação de plantas hospedeiras faz com  que na entressafra, as


pragas não sobrevivam. 
Controle físico/mecânico
Esse método altera principalmente as condições de temperatura,
umidade e radiação da lavoura. Você pode empregar, por exemplo,
o tratamento térmico de mudas e sementes. 
O mesmo método é utilizado emsementes de olerícolas. O uso da água
ou vapor quente, por determinado período de tempo, ajuda a eliminar 
fungos associados às sementes.
Controle biológico
O controle biológico consiste nainserção em massa de organismos
benéficos às plantas e inimigos naturais das pragas. Estes organismos já
encontram-se naturalmente nos locais de cultivo, no entanto, em menor
densidade.

O controle biológico é muito utilizado em conjunto com o controle


químico.

No entanto, é importante ressaltar que os produtos de controle biológico


exigem que as recomendações do fabricante sejam seguidas.
Antes da aquisição de um microrganismo, é necessário verificar as
recomendações do fabricante. Afinal, um mesmo microrganismo pode
ser recomendado para o controle de diferentes doenças.
Outro ponto importante é consultar a compatibilidade dos produtos de
controle biológico com outros produtos que serão utilizados na lavoura.
Controle através da modificação do comportamento de insetos
Esse método consiste no uso de armadilhas atraentes e
repelentes. Hormônios e esterilização de insetos alteram seu
comportamento e reprodução.
Controle químico
É empregado através do uso de produtos fitossanitários, que devem
seguir sempre as boas práticas agronômicas. 
Além disso, utilize sempre produtos registrados no Mapa (Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para a cultura em questão.
Faça o controle químico comcuidado em relação aos ingredientes
ativos. Não se esqueça de fazer a rotação para evitar que as pragas
tornem-se resistentes.
Como a tecnologia pode ajudar no controle das pragas agrícolas
Diversos aplicativos como o Aegroestão disponíveis para realizar
o mapeamento das pragas na área de cultivo.
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Exemplo do monitoramento de pragas agrícolas no Aegro. Com o


software, todos os dados do monitoramento ficam guardados de modo
seguro, fácil e rápido para sua tomada de decisão
(Fonte: Aegro)
Quando você conhece o histórico da área, pode planejar de forma mais
assertiva quais métodos de controle serão utilizados.
O Aegro também oferece a você dados climáticos. Essas informações
ajudam a determinar o risco de ocorrência de doenças de plantas em
diversas culturas.

Comece a controlar as pragas na sua lavoura com o Aegro! 

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Aegro.
Conclusão

A classificação de um organismo em praga depende de diversos fatores,


incluindo o conjunto de manejos realizados na lavoura.

O MIP é fundamental para uma produção agrícola cada vez mais


expressiva, aliada a otimização do uso dos recursos de controle.
Para produzir cada vez mais, o monitoramento das áreas agrícolase
as boas práticas agronômicas são fundamentais.

Não deixe de usar todas as tecnologias disponíveis para mapear a área e


obter históricos de ocorrência das pragas. Isso certamente vai te ajudar na
tomada de decisão.

>> Leia mais:


“Novidade no mercado de defensivos: inseticida Plethora”
“Descubra como eliminar o besouro castanho“
“Tudo o que você precisa saber sobre controle da broca-das-axilas“
Como você tem manejado a sua lavoura para evitar que os organismos
se tornem um problema? Faz alguma coisa diferente para manejar as
pragas agrícolas? Adoraria ver seu comentário abaixo!
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Atualizado em 29 de abril de 2022 por Bruna Rohrig.

Bruna é agrônoma, mestra em fitossanidade e doutoranda em fitotecnia


pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência em
fitopatologia, controle de doenças de plantas e pós-colheita de grãos e
sementes.

DEFENSIVOS AGRÍCOLASPRAGAS

Maiara Franzoni
Sou Engenheira Agrônoma formada na ESALQ-USP, além de Mestre em
Fitotecnia-Plantas Daninhas na ESALQ e especialista em Agronegócios
(Pecege/ESALQ-USP).

Comentários
1. Bernardo Miguel Lumana Sambo
7 DE JULHO DE 2022 ÀS 23:56

Bom dia falo de Angola, gostei bastante do conteodo obrigado. Sou


Eng Florestal .Angola Luanda, mais Só de Cabinda

Responder

2. Rodrigues Major
14 DE JULHO DE 2022 ÀS 05:48
sou professor de Protecção de plantas e achei o material muito
interessante para mi e gostaria ter este material para enriquecer
mais as minhas aulas.

Responder

3. IbraimoMarcelino
11 DE AGOSTO DE 2022 ÀS 14:18

Ola familia ,sou engenheiro agrónomo formado pelo instituto


Agrário de lichinga,gostei bastante do manual

Responder
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