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Plantas Daninhas

1.1 Sobre o tema

Um dos fatores que mais afeta o rendimento e a produtividade agrícola e florestal é a ocorrência
de plantas daninhas. Estas plantas assumem grande importância por causarem efeitos diretos
na cultura principal, como a interferência (ação conjunta da competição e da alelopatia) e
consequentemente a perda de rendimento, além de efeitos indiretos, como aumento do custo de
produção, dificuldade de colheita, depreciação da qualidade do produto, e hospedagem de
pragas e doenças. As perdas estimadas ocasionadas pelas plantas daninhas podem, em casos
em que não é feito controle algum, chegar a mais de 90%, ficando estas perdas em média de 13
a 15% na produção de grãos.

Plantas daninhas englobam todas as plantas que interferem no crescimento das cultivadas,
mostrando-se persistentes, e que atuam de forma negativa nas atividades humanas, sendo
consideradas como plantas indesejadas. Este tipo de planta costuma crescer em condições
adversas, como ambientes secos ou úmidos, com temperaturas baixas ou elevadas e variados
tipos de solos. Estas plantas apresentam capacidade de produzir sementes viáveis em
abundância, com variadas formas de dispersão, além de apresentarem resistência ao ataque de
pragas e doenças.

Das 350.000 espécies conhecidas de plantas, apenas 3.000 são cultivadas; e aproximadamente
250 são universalmente consideradas plantas daninhas, das quais cerca de 40% pertencem a
apenas duas famílias: Poaceae (gramíneas) e Asteraceae (compostas).

1.2 Características das plantas daninhas

As plantas daninhas apresentam a capacidade de se adaptar a lugares diversos, sob os mais


variados tipos de limitações de crescimento e desenvolvimento. Em razão desta característica,
estas plantas obtêm mais facilmente os recursos naturais necessários (água, luz e nutrientes),
tornando-as grandes competidoras em meio às culturas. Portanto, se a cultura emerge primeiro,
essa competição pode se tornar menos agressiva, dependendo dos hábitos e da densidade das
plantas daninhas no campo. Algumas dessas plantas diminuem sua competição com a cultura
através do efeito alelopático produzido por elas. Este efeito ocorre pela liberação de toxinas que
penetram no solo e impedem o crescimento normal de outras plantas, incluindo a cultura.

Por causa do seu caráter competitivo, as plantas daninhas garantem sua perpetuação por meio
de dormência e germinação desuniforme das sementes. Estas habilidades conferem um difícil
controle das espécies invasoras pelo fato de não germinarem todas ao mesmo tempo, mesmo
em condições ideais de temperatura, umidade e luz.

O desenvolvimento das plantas invasoras é rápido, sendo capaz de atingir sua maturidade em
pouco tempo. A produção de sementes é elevada (produzem em grandes quantidades), porém,
este não é o único meio de reprodução destas invasoras; algumas espécies apresentam
capacidade reprodutiva também através de bulbos, tubérculos, rizomas e enraizamento.

1.2.1 Interferência das plantas daninhas


A infestação de plantas daninhas em terras para cultivo diminui o valor comercial do local,
podendo até mesmo inviabilizar a exploração agrícola. Os efeitos negativos da sua presença em
lavouras incluem a competição que exercem por recursos limitados O exemplo deste último é o
fato de que foram encontrados nematoides em raízes de invasoras, como apaga-fogo
(Alternanthera tenella), capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), anileira (Indigofera hirsuta) e
mentrasto (Ageratum conyzoides), representando desta maneira um possível potencial de risco
para o milho e para culturas sucessoras.

O grau de interferência imposto pelas plantas daninhas às culturas é determinado pelas espécies
que ocorrem na área, pela distribuição espacial da comunidade infestante, pelo período de
convivência entre as plantas daninhas e a cultura, e pelo ambiente. A competição por nutrientes
essenciais é de grande importância, pois estes na maioria das vezes, são limitados.

Para a realização apropriada do Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD), é importante e


necessário que seja feita uma identificação correta das espécies presentes, bem como sua
frequência na área, pois cada espécie apresenta seu potencial para se estabelecer e sua
agressividade, o que pode interferir de forma caracterizada na cultura.

O espectro de espécies infestantes, que ocorrem nas lavouras e silvicultura brasileiras, abrange
tanto plantas monocotiledôneas, como capim-marmelada (Urochloa plantaginea);
capim-braquiária (Urochloa decumbens); timbete (Cenchrus echinatus); milhã (Digitaria spp.);
capim-amargoso (Digitaria insularis) e capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), quanto as
dicotiledôneas que agrupam as espécies apaga-fogo (Alternanthera tenella); caruru (Amaranthus
spp.); balãozinho (Cardiospermum halicacabum); picão-preto (Bidens pilosa); trapoeraba
(Commelina spp); buva (Conyza spp.); leiteira ou leiteiro (Euphorbia heterophylla); corda-de-viola
(Ipomoea spp.); nabiça (Raphanus raphanistrum); poaia-branca (Richardia brasiliensis);
guanxuma (Sida spp.); e erva-quente (Spermacoce latifolia), dentre muitas outras.

1.2.1 Objetivos do manejo de plantas daninhas

O manejo integrado tem o intuito de tornar próspera a redução de espécies indesejadas durante
o período crítico de competição, fase em que a convivência com as plantas daninhas pode
causar danos irreversíveis à cultura, com consequente prejuízo ao rendimento.

Não obstante, o manejo também propicia a otimização da colheita mecanizada, poupando a


proliferação de plantas daninhas, sendo garantida a produção de milho nas safras seguintes.

Portanto, ao usar algum método de controle de plantas daninhas na cultura do milho, o produtor
deve lembrar-se que os principais objetivos são:

1. Evitar perdas de rendimento pela competição

As perdas na produção podem variar de ano a ano, por causa das condições climáticas, das
variações do solo (que mudam de propriedade para propriedade), da população de plantas
daninhas, e dos sistemas de manejo (rotação de culturas e plantio direto). A avaliação de uma
provável perda na produção ocasionada pela presença de plantas daninhas auxiliará o produtor
na escolha do método de controle mais eficiente a ser aplicado.

1. Otimizar a colheita
Os métodos de controle de plantas daninhas devem ser utilizados para beneficiar a colheita e
não apenas para evitar a competição inicial. As plantas daninhas que germinam, emergem e
crescem, após o período crítico de competição, não acarretam perdas na produção. No entanto,
a colheita manual e/ou a mecânica podem ser prejudicadas com a presença dessas plantas, pela
inviabilização do trabalho das pessoas e das máquinas.

1. Evitar o aumento da infestação

O banco de sementes das plantas daninhas é o solo e, se nada for feito para evitar a produção
de sementes, o número de plantas daninhas emergindo a cada ano aumentará, causando
redução no rendimento da cultura e aumento da dependência do uso de herbicidas e,
consequentemente, dos custos de produção, podendo causar abandono da terra. Portanto, um
dos fatores mais importantes para o manejo é a manutenção da população de plantas daninhas
em baixos níveis de infestação. Para isso, podem ser adotadas algumas técnicas como rotação
de culturas e semeadura de plantas de cobertura e de adubação verde. Culturas de cobertura,
como nabo-forrageiro, aveia, ervilhaca-peluda e milheto, no período de entressafra, inibem a
emergência e o desenvolvimento das plantas daninhas. A utilização de roçadeira e/ou a
aplicação de herbicidas para dessecação das plantas daninhas, na pós-colheita, também podem
ser adotadas para que não ocorra produção de sementes e/ou outros propágulos.

1. Proteger o meio ambiente

O manejo integrado está ligado diretamente ao controle químico. Os herbicidas são substâncias
químicas que apresentam diferentes características físico-químicas e, portanto, um
comportamento ambiental diferenciado. Produtos voláteis, que se transformam em gases,
poderão contaminar o ar, enquanto produtos lixiviáveis, que sofrem movimentação no perfil do
solo, poderão atingir o lençol de água subterrâneo, e os herbicidas fortemente presos nos
sedimentos poderão chegar a depósitos de águas superficiais, por meio da erosão.

2. Medidas para o controle de plantas competidoras

A existência e a proliferação de plantas invasoras na área em recuperação pode afetar o


desenvolvimento das plantas, em especial as mais novas, sejam aquelas advindas da
regeneração natural, ou as estabelecidas via plantio de mudas ou sementes. Tais plantas
competem com as espécies de interesse por água, luz e nutrientes presentes no solo, podendo
inviabilizar a estratégia de recuperação. A escolha do método para o controle de invasoras
dependerá da estratégia adotada. Assim, os principais métodos são: Controle preventivo,
Controle cultural, Controle mecânico e o Controle químico. Acesse os sub-tópicos para mais
informações.

2.1 Manejo preventivo

Prevenção é a melhor estratégia no controle de plantas daninhas. O manejo preventivo visa


prevenir a entrada, o estabelecimento e/ou a disseminação de determinadas espécies-problema
em áreas por elas ainda não infestadas (Silva et al., 2007b).
Um bom programa de manejo de plantas daninhas inclui a constante vigilância sobre a área de
cultivo, identificando as espécies infestantes na fase jovem e adulta ou através de suas
sementes. Deve-se ficar atento à presença de plantas daninhas que podem vir a se tornar
problemas na área e, sempre que possível, enfatizar a prevenção (evitar sua entrada na área)
sobre o controle (sua erradicação). O controle será sempre mais oneroso.

Como exemplos de medidas preventivas, pode-se citar: limpar cuidadosamente máquinas e


implementos agrícolas; usar sementes fiscalizadas ou certificadas com elevado valor cultural
(pureza x germinação); usar adubos orgânicos, como esterco de curral, somente depois que
estiver totalmente fermentado; colocar animais comprados em quarentena; não deixar que
animais se locomovam de áreas infestadas para áreas não infestadas, sem antes passar por
período de quarentena; manter as bordas dos canais de irrigação sempre limpas; manter áreas
contínuas às lavouras livres da presença de plantas daninhas, para que elas não produzam
sementes e repovoem a área cultivada; e eliminar focos de infestação.

2.2 Controle cultural

O controle cultural consiste no uso de boas práticas agrícolas visando favorecer o crescimento
da cultura em detrimento das plantas daninhas. Esse método de controle engloba a adoção de
práticas comuns, como rotação de culturas, variação de espaçamento e população de plantas e
cobertura verde, dentre outras, direcionadas à supressão das plantas daninhas (Silva et al.,
2007b). Estas práticas auxiliam ainda na redução do banco de sementes do solo, diminuindo os
níveis de infestação da lavoura nos anos subsequentes.

Áreas bem manejadas possuem desenvolvimento equilibrado e fatores prejudiciais dificilmente


ocorrerão em altos níveis. Em termos gerais, as seguintes práticas devem ser preconizadas em
todos os ambientes de produção agropecuária para a supressão das plantas daninhas:

Rotação de culturas – Proporciona a diversificação do ambiente, reduzindo a seleção das


espécies e diminuindo a ocorrência daquelas mais problemáticas, ou de mais difícil controle;

Integração Lavoura-Pecuária – Quando viável, é um dos sistemas mais eficientes na


supressão de plantas daninhas, por causa da grande variação no manejo nos diferentes
sistemas utilizados na área. O produtor que utilizar este sistema, e manejá-lo corretamente,
raramente terá problemas com alta infestação de plantas daninhas;

Consórcios de cultivos – O principal sistema de consórcio no Centro- Oeste do Brasil é milho +


braquiária na safrinha. Após a colheita do milho, a braquiária cresce e protege o solo, reduzindo
o acesso das plantas daninhas à luz, até o cultivo subsequente. Outras opções de consórcio, no
entanto, estão sendo estudadas;

Época de plantio e arranjo espacial de plantas – A cultura deve ser plantada na época
recomendada pelo zoneamento agrícola da região pois será quando ela germinará mais
rapidamente, fechando o dossel e suprimindo o crescimento das plantas daninhas.

O arranjo das plantas – resultante do espaçamento entrelinhas e densidade de plantas – fará


com que o dossel da cultura feche rapidamente.

Cobertura do solo na entressafra – Altamente eficiente em suprimir diversas espécies


daninhas, incluindo a buva e o capim-amargoso. O solo nunca deve ficar sem cobertura. Em
áreas que não seguem pelo menos alguns dos preceitos apresentados, nem mesmo o melhor
herbicida disponível será capaz de controlar as plantas daninhas de forma satisfatória. O reflexo
da não utilização das práticas previamente descritas é visto no aumento dos custos de produção
e nos problemas com plantas daninhas resistentes a herbicidas.

2 Medidas para o controle de plantas competidoras

2.3 Controle mecânico

Os métodos de controle mecânico de plantas daninhas são ao controle manual, a roçada


semi-mecanizada e mecanizada. Dever ser realizado de preferência 15 dias antes do plantio
visando controlar as espécies competidoras (especialmente gramíneas).

2.3.1 Controle Manual

Para fins de produção de árvores, o controle manual implica o uso de implementos como
enxadas, enxadões, foices ou similares. Apresenta rendimento operacional inferior ao demais
tipos de controle (semi-mecanizado e mecanizado), entretanto com custo inicial inferior devido
aos implementos de menor custo para aquisição. A roçada manual é realizada com a utilização
de foices com um rendimento médio de 40 hh/ha (hora homem / hectare).

O seu rendimento permite a adoção em pequenas áreas. Essas forma de controle mecânico
ganhou muita importância em áreas urbanas, pois, de acordo com a Lei 6.288/02, aprovada pela
câmara dos deputados em 2009, é proibido o uso de qualquer tipo de agrotóxico em áreas
públicas urbanas. Apesar de bastante útil nestes casos mencionados, o controle mecânico acaba
se tornando trabalhoso e oneroso em áreas maiores, o que inviabiliza sua adoção.

No controle de plantas daninhas para fins de recuperação de áreas degradadas é indicado o


controle manual para áreas onde a regeneração natural é relevante, devendo a operação ser
realizada de forma seletiva visando não danificar as plantas de interesse. Nesse caso, as plantas
de interesse podem ser sinalizadas no campo com pequenas estacas, cartões, tecidos, etc. A
operação pode ser realizada com o uso de foice ou ferramenta similar, ou ainda com roçadeiras
costais, preservando as plantas de interesse. A operação pode ser repetida em fases posteriores
de desenvolvimento da área, caso o monitoramento aponte necessidade.
2.3.2 Controle Semi-mecanizado

Ocorre a eliminação da vegetação rente ao solo com roçadeira costal ou motosserra.

A roçada semi-mecanicada é uma excelente opção para culturas com espaçamentos maiores,
como pomares, cafezais e silvicultura, principalmente em terrenos declivosos, onde o controle da
erosão é fundamental (Silva et al., 2007a). O espaço das entrelinhas é mantido roçado e, por
meio de outros

métodos de controle, a fileira de plantas, em nível, é mantida no limpo ou em volta das plantas
por meio da operação de coroamento. Este tipo de manejo deve ocorrer no primeiros anos do
plantio até ocorrer o fechamento de copa e as plantas espontâneas forem sombreadas. A
atividade realizada por um operador equipado com uma moto-roçadeira costal com um
rendimento médio de 20 hh/ha (hora homem / hectare).

Também em terrenos baldios, beiras de estradas e pastagens, a roçada pode ser considerada
importante método de controle.
2.3.3 Controle mecanizado

Para fins de produção de árvores, o controle mecanizado pode ser feito com implementos
tracionados por, principalmente, tratores. É recomendada em áreas mais planas, pois se tem
vantagem pela rapidez nas operações. Plantas anuais jovens, com dois a quatro pares de folhas,
são facilmente controladas em condições de alta radiação solar e solo seco.

Esta atividade poderá ser realizada por um trator de 50 HP ou de maior potência equipado com
roçadeira central de transmissão direta com um rendimento médio de 01 hm/ha (hora máquina /
hectare)

No entanto, este método apresenta dificuldades no controle de plantas daninhas na linha da


cultura, e também apresenta baixa eficiência quando realizado em condições de solo molhado,
além de ser ineficiente no controle de plantas que se reproduzem por partes vegetativas.

De acordo com Van der Weide et al. (2008), novas ferramentas e implementos relacionados ao
cultivo mecanizado vêm sendo desenvolvidos, especialmente pela demanda dos agricultores
orgânicos. O controle mecanizados ocorre usando grades, implementos com dedos de torsão e
com ar comprimido (pneumáticos). Além disso, no Brasil pode ser realizada com correntão ou
lâmina frontal, acoplados a trator de esteiras. Implementos inteligentes estão sendo
desenvolvidos, oferecendo formas mais avançadas para controlar plantas daninhas, incluindo as
de maior porte, deixando as plantas da cultura ilesas.

É recomendado, principalmente no controle pré plantio das mudas florestais para realização em
área total.

Para fins de recuperação de áreas degradadas o controle mecanizado é indicado para áreas
onde a regeneração natural é muito baixa ou inexistente. No primeiro caso, as plantas de
interesse podem ser sinalizadas no campo com auxílio de pequenas estacas, cartões, tecidos,
etc, visando orientar a operação mecânica. A operação deve ser realizada utilizando-se trator
com roçadeira acoplada. A altura de corte recomendada é de 10 centímetros

2 Medidas para o controle de plantas competidoras

2.4 Controle químico

Indicado para áreas sem restrições ao uso de herbicidas, elevada infestação e difícil controle de
plantas invasoras. Os herbicidas podem ser seletivos para espécies de folhas largas
(dicotiledôneas) ou estreitas (monocotiledôneas, grupo que pertencem os capins). A aquisição
desses produtos deve ser feita por meio da emissão de receituário agronômico por profissional
habilitado, contendo as características do produto, as dosagens a serem utilizadas para os
grupos de espécie-alvo de interesse, sua forma de preparo e aplicação, além das áreas onde os
produtos podem ser utilizados. Sua aplicação pode ser realizada via bombas costais (manuais
ou motorizadas) ou por meio de trator acoplado com implementos de pulverização adequados.
Em todos os casos, deve ser observado o uso de equipamentos de proteção individual (EPI),
além da adequada destinação das embalagens vazias. O uso de herbicidas em Áreas de
Preservação Permanente deve ser evitado, salvo com autorização do órgão ambiental. A
aplicação desses produtos deve seguir as orientações de boas práticas para aplicação de
agrotóxicos.

Principais vantagens e desvantagens da adoção do controle químico de plantas daninhas.


Os herbicidas utilizados no controle químico de plantas daninhas podem ser classificados de
diversas formas, visando conhecimento de suas propriedades e orientação na sua aplicação. As
principais classificações são as seguintes:

Quanto à seletividade

● Herbicidas seletivos: Suprimem ou inibem o crescimento de plantas daninhas numa


cultura, sem prejudicá-la além de um nível aceitável de recuperação;
● Herbicidas não seletivos: Com amplo espectro de ação, capazes de suprimir ou inibir
severamente todas as plantas, quando aplicados nas doses recomendadas.

Quanto à translocação

● Herbicidas com ação de contato: Não se translocam ou se translocam de forma


muito limitada, causando danos nas partes com as quais entram em contato direto.
Efeito rápido e agudo, podendo se manifestar em poucas horas;
● Herbicidas de ação sistêmica: Efeito mais demorado, crônico. A translocação pode
ocorrer pelo xilema, floema e domínios simplásticos, dependendo do herbicida e da
época de aplicação. Esses herbicidas dependem de ampla atividade metabólica das
plantas.

Quanto à época de aplicação

● Herbicidas aplicados em pré-plantio incorporado (PPI): São aplicados ao solo e


posteriormente precisam de incorporação mecânica ou através de irrigação, para
evitar perdas principalmente por volatilização;
● Herbicidas aplicados em pré-emergência (PRÉ): A aplicação é feita após a
semeadura ou plantio, mas antes da emergência da cultura, das plantas daninhas ou
de ambas. São muito dependentes do teor de umidade no solo;
● Herbicidas aplicados em pós-emergência (PÓS): Em aplicações em pós-emergência,
o produto deve ser absorvido em maior parte via foliar. Aplicações normalmente são
feitas em fases iniciais do crescimento das plantas daninhas.

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