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MANEJO INTEGRADO DE

PLANTAS DANINHAS (MIPD)


PROFESSORA: Eva Adriana Gonçalves de Oliveira
DISCIPLINA: Biologia e Manejo de Plantas Daninhas
ACADÊMICOS: Fredson Leal de Castro Carvalho,
Lindomar Braz Barbosa Júnior, Maiara Morais dos
Santos, Pedro Henrique da Silva Sousa, Romário Lima
de Araújo.
CURSO: Bacharelado em Agronomia
INTRODUÇÃO
 Plantas daninhas  capacidade de adaptação em lugares
diversos, várias limitações de crescimento e desenvolvimento.
 O desenvolvimento das plantas daninhas é rápido  atingi
sua maturidade em pouco tempo.
 Produção de sementes é elevada (produzem em grandes
quantidades);
 Alta capacidade reprodutiva: bulbos, tubérculos, rizomas e
enraizamento.
 As plantas daninhas têm grande importância na produção
agrícola;
INTRODUÇÃO
 Efeitosdiretos nas culturas  o alto grau de interferência
(ação conjunta da competição e da alelopatia);
 Efeitos indiretos  aumento do custo de produção,
dificuldade de colheita, depreciação da qualidade do produto
além de hospedar pragas e doenças.
A infestação de plantas daninhas é representada por muitas
espécies;
 Emergindo em épocas diferentes;
 Dificultando o seu controle.
INTRODUÇÃO

 Mundialmente:perdas devido aos efeitos diretos das plantas


daninhas  gasto de herbicidas  19 bilhões de dólares.
 No Brasil o gasto para controle de plantas daninhas através
do uso de herbicidas, na safra de 20014/15  1,7 bilhões de
dólares.
 Perdas 15 milhões de Toneladas de grãos.
MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS
(MIPD)
O cultivo integrado considera todos os fatores 
proporcionam a planta maior produtividade;
 Premissas que alicerçam o MIPD:
• Garantia de qualidade do produto colhido;
• Isenção de resíduos de defensivos nos alimentos;
• Sustentabilidade ambiental;
• Evitar a degradação do solo;
• Evitar a contaminação da água e ar;
• Sustentabilidade econômica e social na produção;
• Mantendo ou aumentando a produtividade;
• Garantia de melhor qualidade de vida;
OBJETIVO DO MANEJO DE PLANTAS
DANINHAS
 Eliminação destas plantas durante o período crítico de
competição.
 PCP  mantido sem a presença das plantas daninhas,
eliminando assim o efeito competitivo destas com a
cultura.
 Os principais objetivos do MIPD são:
1. Evitar perdas devido à competição;
2. Beneficiar as condições de colheita;
3. Evitar o aumento da infestação;
4. Proteger o ambiente.
1- EVITAR PERDAS DE RENDIMENTO DEVIDO
À COMPETIÇÃO
 As perdas na produção podem variar de ano a ano, devido:
• As condições climáticas;
• Ás variações do solo (que mudam de propriedade para
propriedade);
• População de plantas daninhas;
• Sistemas de manejo (rotação de culturas e plantio direto).
 Avaliação de uma provável perda na produção ocasionada
pela presença de plantas daninhas  escolha do método de
controle mais eficiente;
2-OTIMIZAR A COLHEITA
 Os métodos de controle de plantas daninhas  beneficiar a
colheita
• não apenas para evitar a competição inicial.
 Germinam, emergem após o período crítico de competição 
não acarretam perdas na produção.
 A colheita manual e/ou a mecânica podem ser prejudicadas
devido à presença destas plantas;
 Inviabilizar o trabalho das máquinas  infestação de corda
de viola e trapoeraba em culturas anuais.
3-EVITAR O AUMENTO DA INFESTAÇÃO
O banco de sementes das plantas daninhas é o solo;
 Fatores mais importantes para o manejo é a manutenção da
população de plantas daninhas em baixos níveis de infestação.
 Técnicas como rotação de culturas e semeadura de plantas de
cobertura e de adubação verde.
 Culturas de cobertura  adubos verdes  inibem a emergência e
desenvolvimento das plantas daninhas.
 Não ocorra produção de sementes e/ou outros propágulos:
Uso de roçadeira
Aplicação de herbicidas para dessecação;
 Pós-colheita
4- PROTEGER O MEIO AMBIENTE
O manejo integrado está ligado principalmente ao controle
químico, que é realizado em grande escala nas áreas
cultivadas.
 Os herbicidas são substâncias químicas que apresentam
diferentes características físico-químicas  comportamento
ambiental diferenciado.
 Presença de agentes contaminantes no solo, volatilização
contaminando o ar, produtos lixiviáveis, lençol de água
subterrâneo;
MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS
DANINHAS (MIPD)
 Diferente do MIP e do MID  o MIPD ainda não possui base
cientifica da ecologia populacional;
 Interações intra e iterespecífica  determine os níveis de
controle.
 Estratégias do Manejo Integrado  curto ou longo prazo;
• Curto prazo: capina e emprego de herbicidas  efeito temporário;
• Longo prazo: práticas culturais e biológicos  caráter permanente.
 MIPD consiste  união de métodos, prevenção e outros
métodos de controle.
MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS
DANINHAS (MIPD)
 Eficiência no controle  diretamente relacionada ao sistema
integrado de práticas agrícolas;
 Utilizar alternativas que diminuam os custos de produção.
• Controle preventivo;
• Controle biológico;
• Controle cultural;
• Controle mecânico;
• Controle físico;
• Controle químico.
CONTROLE PREVENTIVO

Tiririca - Cyperus rotundus


Capim-carrapicho - Cenchrus echinatus
CONTROLE PREVENTIVO

Uso de práticas que visam prevenir a introdução, o


estabelecimento e, ou, a disseminação de determinadas
espécies-problema em áreas ainda por elas não infestadas
CONTROLE PREVENTIVO
Uso de sementes e mudas isentas de propágulos

Utilização de esterco animal e vegetal isento de propágulos

Limpeza rigorosa de máquinas e implementos

Limpeza de margens de estradas, de cercas e de canais de


irrigação

Quarentena de animais trazido de outras áreas


CONTROLE BIÓLOGICO

O controle biológico consiste no uso de inimigos naturais


(fungos, bactérias, vírus, insetos, aves, peixes, etc.) capazes de
reduzir a população das plantas daninhas

Isso é mantido por meio do equilíbrio populacional entre o


inimigo natural e a planta hospedeira
CONTROLE BIOLÓGICO

Fonte: Gurr e Wratten (2000)


CONTROLE BIOLÓGICO

Fonte: Gurr e Wratten (2000)


CONTROLE BIOLÓGICO
 Etapas do controle biológico:
a) Seleção de espécies de plantas daninhas a serem controladas
b) Seleção de inimigos naturais mais eficientes
c) Estudo e avaliação da ecologia dos vários inimigos naturais
d) Determinação da especificidade dos hospedeiros
e) Acompanhamento da introdução e do estabelecimento do
agente biocontrolador no campo
f) Avaliação da efetividade em diferentes épocas do ano
CONTROLE CULTURAL
CONTROLE CULTURAL
 Estemétodo de controle, que consiste na utilização das
características da cultura e do meio ambiente para:
• Aumentar a competitividade da cultura,
• Favorecer o crescimento e desenvolvimento das plantas;
• Vem sendo utilizado de forma não consciente para o
manejo de plantas daninhas.
PRINCIPAIS TÉCNICAS:

Variedades adaptadas;
Espaçamento e densidade;
Cobertura morta;

Rotação de culturas.

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VARIEDADES ADAPTADAS ÀS REGIÕES:
O uso de variedades adaptadas às regiões de plantio, que
se desenvolvem mais rapidamente e cobrem o solo de
maneira mais intensa, sofrem menor efeito da interferência
que venha a surgir, controlando melhor as plantas
daninhas.
 Deve-se escolher variedades que apresentam maior
resistência, ou tolerância, às principais pragas e doenças.
DENSIDADE DE PLANTIO:
 A densidade de plantio, número de plantas por unidade de área 
fator limitante para o rendimento de uma lavoura.
 Cada cultura apresenta uma densidade ótima (quando o
rendimento é máximo);
 Variável para cada situação e depende de três condições:
variedade, disponibilidade hídrica e disponibilidade de nutrientes.
PLANTIO ADENSADO DE BANANEIRAS
ESPAÇAMENTO ENTRE PLANTAS:
A melhor distribuição espacial de plantas, com a redução
do espaçamento e consequentemente a redução da
incidência de luz entre fileiras e plantas, reduz o potencial
de crescimento das plantas daninhas.
ÉPOCA DE PLANTIO:
A época mais adequada para o plantio, visando o controle
de plantas daninhas, é aquela em que o crescimento da
cultura não coincida com o maior pico de emergência das
plantas daninhas.
Como exemplos é a importância do conhecimento do pico
de emergência das plantas daninhas, como é o caso da
emergência de Brachiaria plantaginea.
USO DE COBERTURA DO SOLO:
 A manutenção de cobertura do solo:
 Diminui a emergência de plantas daninhas devido a efeitos
físicos e alelopáticos.
 O efeito da cobertura do solo pode ser verificado na
germinação das plantas daninhas, na conservação da
umidade do solo, na prevenção da erosão, e na menor
dispersão de doenças e redução da variação da temperatura
do solo.
 A cobertura do solo pode ser feita utilizando material
orgânico ou inorgânico.
RESTOS CULTURAIS DO DESBASTE DE
FOLHAS E PERFILHOS
SERRAPILHEIRA
ALELOPATIA:
 As plantas daninhas podem ter seu desenvolvimento suprimido
ou estimulado por meio de plantas vivas ou de seus resíduos, os
quais liberam substâncias químicas no ambiente
(aleloquimicos).
 O uso de aleloquímicos, obtidos a partir de plantas, tem sido
estudados como herbicidas.
 Várias espécies são citadas como plantas com potencial
alelopático (Tabela 1).
ALELOPATIA:
ROTAÇÃO DE CULTURAS:
A alternância do cultivo de diferentes espécies vegetais, em
sequência temporal, em determinada área proporciona:
• Menor infestação de plantas daninhas quando comparado aos
sistemas de monocultivo.
• Além disto, a rotação de culturas
• Permite a realização da rotação de herbicidas em uma
mesma área;
• Dificultando a perpetuação de espécies e o aparecimento de
biótipos resistentes.
ROTAÇÃO DE CULTURAS:
Efeito da rotação de culturas sobre a tiririca (número de
plantas por metro quadrado de solo) em áreas de plantio direto
e convencional cultivadas com milho e feijão.
CONSIDERAÇÕES
O sombreamento da superfície do solo, provocando pela
melhor distribuição das plantas pode impedir a
germinação de sementes e o crescimento de espécies
altamente exigentes em radiação solar, como tiririca e o
capim marmelada (JAKELAITIS et al., 2001);
CONTROLE MECÂNICO
Capina manual

8 dias-homem/ha.
 evitando solos úmidos,
 em dias quentes e secos.
CONTROLE MECÂNICO
Capina mecânica
 animais ou tratores, roçadeiras, ou picadores
 semanas após a emergência da cultura.
em dias quentes e secos, com solo seco
0,5 a 1,0 dia-homem l ha (tração animal) e 1,5 a 2,0
horas/h a (tratorizada).
CONTROLE FÍSICO

 Solarização

A solarização é um método utilizado para desinfecção do


solo, através de polietileno transparente.
CONTROLE FÍSICO

Solarização
 temperatura do solo
 afetando as sementes e propágulos
 queimando s plântulas germinadas e alterando o balanço
de 02 e CO2 .
Dependendo do tempo ,pela intensidade de luz, pela
temperatura do ar e pela umidade do solo.
CONTROLE FÍSICO

Fogo

 Aumentar a temperatura da planta em curto espaço de


tempo.
 ocorra uma expansão do líquido celular e rompimento das
células,
CONTROLE FÍSICO

Inundação
 O uso de laminas de água
 reduz a concentração de oxigênio,
dificultando à germinação e desenvolvimento de radícula .
Novidades!
CONTROLE QUÍMICO
Produtos registrados;
Seletividade do herbicida para a cultura;
A seleção de um herbicida deve ser baseada em avaliação
das espécies presentes na área a ser tratada, bem como nas
características físico-quimicas dos produtos.
É de grande importância verificar a persistência média dos
herbicidas no solo.
 Intervalo de segurança.
CONTROLE QUÍMICO
 Fatores como: adaptabilidade ecológica e capacidade de
proliferação, longevidade e dormência das sementes da espécie,
freqüência de utilização de herbicidas com mesmo mecanismo
de ação, bem como a eficácia do herbicida os métodos
adicionais empregados no controle das plantas daninhas.
 No Manejo Integrado o herbicida é considerado uma ferramenta
a mais  para o controle eficiente e econômico;
CONTROLE QUÍMICO
 Para prevenir ou retardar o aparecimento de plantas
resistentes é recomendada a utilização da rotação de
culturas, do manejo adequado dos herbicidas, da
prevenção da disseminação de sementes através do uso de
equipamentos limpos, monitoramento da evolução inicial
da resistência e, o controle das plantas daninhas suspeitas
de resistência antes que as mesmas produzam sementes.
CONTROLE QUÍMICO
O controle químico pode ser realizado com a ajuda de
vários equipamentos de pulverização existentes, dentre
eles os pulverizadores tratorizados de arrasto, tratorizados
montados, autropropelidos, aéreos e os costais.
CONTROLE QUÍMICO
Pulverizador tratorizado de arrasto
CONTROLE QUÍMICO
Pulverizador tratorizado montado
CONTROLE QUÍMICO
Pulverizador autropropelido
CONTROLE QUÍMICO
Pulverizador aéreo
CONTROLE QUÍMICO
Pulverizador costal
REFERÊNCIAS
 JAKELAITIS, A., et al. Manejo integrado de tiririca (Cyperus
rotundus L.) em culturas de milho e feijão em sistema de plantio
convencional e direto). In: ZANBOLIM, L (Ed). Manejo
integrado fitossanidade: cultivo protegido, pivô-central e
plantio direto. Viçosa, MG: Editora UFV, 2001. 722 p.
 KARAM, Décio. Manejo Integrado de Plantas Daninhas. In: I
SIMPÓSLO SOBRE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NO
SEMIÁRIDO. 2008.
 SILVA, Antônio Alberto; SILVA, José Francisco da (ed. técnicos).
Tópicos em Manejo de Plantas Daninhas. Viçosa : Ed. UFV,
2007.
OBRIGADO (A)!

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