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Amaranthaceae

Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Introdução
A Amaranthaceae é um grupo muito diversificado de plantas com representantes
que vão desde aquelas de importância etnobotânica (relações entre o homem e as
plantas, por exemplo, plantas medicinais) até espécies exóticas altamente invasivas.
A família Amaranthaceae foi formada recentemente, resultando da união de duas
outras famílias pertencentes à ordem Caryophyllales, por essa razão, ainda existe
alguma confusão, no meio científico, quando aos indivíduos que integram esta
“nova” família.
Têm ampla distribuição mundial, mas mesmo assim as regiões tropicais e
subtropicais são as mais bem representadas em termos de diversidade de gêneros,
espécies e formas.
Além disso, pode crescer em locais com climas frios a desérticos (áridos), embora
prefiram ambientes quentes e secos. Eles podem ser encontrados vivendo em
ambientes aquáticos e semi-aquáticos, ambientes salinos e até mesmo em áreas
altamente impactadas, erodidas ou perturbadas.
Principais características:
Os indivíduos pertencentes a esta família surgem maioritariamente sob a forma de
ervas, no entanto, também podem surgir sob a forma de arbustos, lianas ou mesmo
suculentas. Estas espécies podem ser anuais, bianuais ou perenes. O seu porte é
geralmente pequeno, raramente atingindo alturas superiores a 1 metro,
normalmente ficando-se pelos 0,5 metros.
As suas folhas são geralmente simples, achatadas e inteiras, no entanto, a sua
forma é bastante variada. Estas distribuem-se, normalmente, de forma alterna,
existindo espécies em que essa distribuição é oposta, encontrando-se unidas a um
caule que pode apresentar um crescimento secundário anormal. A folhagem de
algumas espécies é colorida, assim como as suas inflorescências, sendo muitas
vezes cultivadas por causas dessas cores.
Suas flores geralmente não são muito vistosas. Existem perfeitos e imperfeitos,
hermafroditas, às vezes unissexuais, com perianto membranoso; podem ser
solitários ou agrupados em inflorescências diversas.
Dispersão
Os mecanismos de dispersão apresentados por esta família de plantas são tão
variados quanto o grupo é diverso. Algumas espécies possuem frutos e / ou
sementes com estruturas em forma de espinhos, que permitem que sejam
transportados por outros organismos, como mamíferos, inclusive o homem.
Espécies representativas
• Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
É uma espécie invasora de grande importância na agricultura. A massa vegetal
formada por ela dificulta o avanço do fogo quando são realizadas queimadas para
renovação de áreas de pastagem. 
Ela também é popularmente conhecida pelos nomes periquito, sempre-viva, alecrim,
corrente e perpétua-do-campo.
Danos : Promove intenso sombreamento sobre a cultura. Ela forma uma barreira
física à penetração da luz solar, o que afeta diretamente a produtividade da cultura
principal. 
Além disso, ela reduz a disponibilidade de espaço e compete com a cultura
principal por água e nutrientes.
Principais culturas afetadas: soja; milho; café; cana-de-açúcar; arroz; algodão;
feijão.
Controle: O manejo da apaga-fogo pode ser realizado pela adoção de estratégias
preventivas, culturais, mecânicas/físicas e químicas. 
Manejo preventivo
O manejo preventivo consiste em adotar medidas que evitem que sementes de
plantas daninhas, como a apaga-fogo, sejam introduzidas em uma área onde
ainda não foi identificada a presença dessas plantas. Algumas medidas são:
• realizar o controle das plantas invasoras não apenas na área onde será instalada a
lavoura, mas também nas beiras de estradas, nos carreadores e nas bordaduras;
• realizar a limpeza do maquinário agrícola, a fim de evitar que torrões de terra
contaminados com sementes sejam levados de uma área para outra; 
• realizar o plantio da lavoura com sementes certificadas e com procedência
conhecida.
Manejo cultural
O manejo cultural das ervas daninhas consiste na adoção de práticas que irão
garantir o bom estabelecimento e desenvolvimento das plantas da lavoura. Dentre
essas práticas temos:
• bom preparo de solo;
• adubação equilibrada;
• plantio de cultivares/variedades adaptadas às condições ambientais;
• rotação de culturas;
• variação no espaçamento e na densidade de plantas;
• uso de coberturas verdes.
• Manejo mecânico/físico
Manejo mecânico
as plantas daninhas podem ser eliminadas das seguintes formas:
• arranquio manual (ou monda); 
• capina manual;  
• roçada; 
• cultivo mecanizado realizado por cultivadores tracionados por animais ou trator. 
Manejo químico
O manejo químico é o mais utilizado para o controle de plantas daninhas em
grandes áreas. A seguir estão listadas algumas moléculas herbicidas utilizadas no
controle da planta daninha apaga-fogo:
Ácido diclorofenoxiacético (2,4 – D);

Ametrina; Atrazina; Diurom; Flumioxazina; Glifosato; Imazetapir; Nicossulfurom.

Caruru rasteiro
Caruru, bredo, bredo rasteiro (Amaranthus deflexus)
Planta invasora de grande importância em lavouras perenes, como cafezais e
pomares, devido à condição de maior sombreamento e maior teor de matéria
orgânica encontrada nessas áreas. Pode ser também encontrada em outras
situações como terrenos baldios e lavouras anuais, porém sempre em solos férteis,
mais ou menos sombreados e úmidos. Vegeta geralmente durante os meses menos
frios do ano, sucumbindo facilmente pela ocorrência da mais fraca geada.
Controle:
Controle Cultural:
• Rotação de culturas, para evitar utilizar os mesmos herbicidas;
• Utilizar plantas de cobertura, o que dificulta a germinação das sementes de plantas
daninhas, pois são um impedimento físico, de luz e temperatura para as estas
sementes;
• Também é possível fazer o arranquio manual;
• Controlar as plantas daninhas em canais de irrigação e em beiras de estradas,
para evitar infestação em áreas próximas;
Controle químico:
Essa prática é eficiente, mas exige cuidado na escolha e na aplicação do herbicida
— como mencionamos, alguns herbicidas não funcionam para certas espécies. 
Os herbicidas pré-emergentes ajudam a reduzir a densidade e controlar o
crescimento; entre os pré-emergentes, destacam-se o glufosinato de amônio e o
2,4 D. 
Já os pós-emergentes ajudam a controlar de forma consistente plantas pequenas e
não ocasionam sintomas de intoxicação nas culturas tolerantes.
Culturas Afetadas: Abacaxi, Algodão, Algodão, Alho, Ameixa, Amendoim, Arroz,
Banana, Batata, Berinjela, Beterraba, Braquiária, Cacau, Café, Caju, Cana-de-
açúcar, Cebola, Cenoura, Citros, Coco, Feijão, Girassol, Goiaba, Maçã, Mamão,
Mandioca, Manga, Milheto, Milho, Pastagens, Pera, Pêssego, Pimentão, Pinus
(Florestas implantadas), Quiabo, Repolho, Rosa, Seringueira (Floresta implantada),
Soja, Uva.
Caruru gigante
Bredo, caruru áspero (Amaranthus retroflexus)
Planta invasora muito comum em solos agrícolas, principalmente em lavouras
anuais. Devido ao seu grande porte, sua presença nas lavouras é indesejável,
mesmo quando em pequena frequência, uma vez que dificulta a colheita mecânica.
Como é uma planta de grande capacidade reprodutiva, deve ser considerada como
planta invasora muito agressiva. Vegeta e ser reproduz exclusivamente durante o
período quente do ano. Possuí raízes avermelhadas muito características.
Culturas Afetadas: Abacaxi, Algodão, Alho, Amendoim, Banana, Cacau, Café,
Cana-de-açúcar, Cebola, Cenoura, Citros, Eucalipto, Feijão, Fumo, Girassol, Maçã,
Mandioca, Milho,Milho - Geneticamente Modificado, Pastagens, Pêssego, Pimentão,
Pinus (Florestas implantadas), Repolho, Seringueira (Floresta implantada), Soja,
Soja - Geneticamente Modificada, Tomate, Trigo, Uva
Controle: No controle do Caruru, o monitoramento é uma etapa muito importante,
pois a espécie é extremamente invasiva.
Fazer associação entre o controle químico e cultural é a melhor estratégia para o
controle.
Adotar o uso de herbicidas pré-emergentes. Os herbicidas pré-emergentes atuam
diretamente no banco de sementes do solo, inibindo a germinação das sementes de
plantas daninhas, reduzindo os fluxos de emergência de plantas daninhas, ou seja,
atuam diretamente na “sementeira do solo”.
Caruru- de- Mancha ( Amaranthus Viridis)
É uma planta daninha frequente em solos com bom teor de matéria orgânica. Possui
grande capacidade reprodutiva e um período curto de ciclo vegetativo. Apresenta
caule cilíndrico, estriado e com pouca ramificação quando aberto, e mancha
violácea no centro das folhas.
Culturas afetadas:
O caruru-de-mancha atinge uma grande quantidade de culturas de hortifrúti, como
batata, beterraba, cebola, cenoura e tomate. No entanto, infestações são possíveis
em outras lavouras, como as de algodão, arroz, café, cana-de-açúcar,
citrus, feijão, milho, soja, sorgo e trigo.
Controle:
O manejo de controle do caruru-de-mancha deve ser feito no estádio inicial, para
evitar alta dispersão e grandes prejuízos no desenvolvimento da cultura. Nesse
caso, recomenda-se a aplicação de herbicidas pré e pós-emergentes, para impedir
a matocompetição da planta invasora.
Erva formigueira branca
Fedegosa, ançarinha branca (Chenopodium album)
É uma planta invasora de importância na região Sul do país, infestando culturas
anuais de inverno e verão. Uma única planta pode produzir até 500 mil sementes,
que podem permanecer viáveis em dormência por 30 a 40 anos, quando enterradas.
É considerada uma das cinco plantas mais amplamente distribuídas pelo mundo.
Culturas Afetadas: Algodão, Alho, Ameixa, Amendoim, Arroz, Arroz irrigado,
Banana, Berinjela, Cacau, Café, Cana-de-açúcar, Cebola, Cenoura, Citros, Couve-
flor, Eucalipto, Feijão, Feijão-vagem, Girassol, Gladíolo, Maçã, Milho, Nectarina,
Pastagens, Pera, Pêssego, Pimentão, Pinus (Florestas implantadas), Quiabo,
Repolho, Rosa, Soja, Soja CV - Geneticamente modificada, Tomate, Trigo, Uva.
Controle:

Erva de Santa Maria ( Chenopodium ambrosioides)


Infestante em áreas mais úmidas. Frequentemente instala-se nas imediações de
residências rurais, pocilgas, aviários, etc. Planta tóxica, infesta jardins, horta,
terrenos baldios e lavouras. Utilizada como repelente, medicinal e inseticida. Está
sendo estudada para controle biológico de algumas pragas.
Culturas Afetadas: Algodão, Algodão S.P.D., Alho, Ameixa, Arroz, Banana, Cacau,
Café, Cana-de-açúcar, Cana-de-açúcar, Cebola, Citros, Coco, Eucalipto, Feijão,
Maçã, Mamão, Milho, Pastagens, Pera, Pêssego, Pinus (Florestas implantadas),
Seringueira, Soja, Trigo, Uva.
Controle:
Caruru de espinho
Caruru de porco, bredo branco, bredo de espinho (Amaranthus spinosus)
Planta invasora muito disseminada pelo país, ocorrendo, principalmente em
pastagens, jardins, próximo a estábulos, em lavouras perenes, terrenos bladios e
eventualmente em culturas anuais. Devido ao seu caráter espinhento, é bastante
temida em lavouras. É uma planta nativa da América Tropical, estando hoje
espalhada em 44 países. Altamente prolífica, uma única planta pode produzir até
235 mil sementes de elevada taxa de germinação.
Controle:
 

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