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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA NATUREZA


BACHARELADO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA
CCBN307- ENTOMOLOGIA AGRÍCOLA

Doenças do Milho e Feijão

DISCENTES: ANA VANESSA ANDRADE, JOÃO MARCOS


CORDEIRO, JOÃO VICTOR ARAÚJO, LUMA ARRUDA, PLÍNIO LUZ,
RESLLER NOGUEIRA.
DOCENTE: DR. ADALBERTO HIPÓLITO DE SOUSA
Milho (Zea mays).

O milho (Zea mays) é consumido em todo mundo, tanto na


alimentação humana, quanto animal, sendo, a nível mundial, a
cultura mais produzida. Os primeiros registros de cultivo do milho
datam de mais de 5000 a.C., mas somente há 500 seu consumo
no Brasil se tornou considerável. Hoje o milho é a segunda
cultura mais produzida, tendo uma grande importância social e
econômica para o nosso país. Para que as lavouras de milho
prosperem é importante conhecer as principais pragas agrícolas
que afetam essa espécie.
Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)

• Características: A lagarta-do-cartucho, assim chamada por atacar o miolo do milho, conhecido


por cartucho, é cientificamente nomeada de Spodoptera frugiperda. Sua aparência possui
algumas características marcantes, entre elas, coloração marrom, quatro pontos elevados no
dorso em cada um dos seus segmentos e um “Y” invertido na cabeça em cor clara.

• Danos: No milho, essa lagarta deixa rastros desastrosos como folhas raspadas e perfuradas,
cartucho destruído, espigas danificadas, excreções das lagartas nas plantas e perfuração na
base da planta, causando o sintoma de “coração morto”. A presença da lagarta na lavoura pode
ser confirmada, por exemplo, por inspeção da planta ou armadilhas de feromônio.

• Controle: A forma de controle mais utilizada é o uso de inseticidas, como o Clorpifós. É


interessante fazer o uso de inseticidas com diferentes modos de ação, de forma a não criar
resistência nessa praga. Pode-se também fazer o controle biológico, por meio da vespinha
Trichogramma ou a tesourinha (Doru luteipes). Além disso, existem métodos preventivos, como
o tratamento das sementes e/ou uso de milho transgênico.

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Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda).

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Percevejo (Dichelops melacanthus)
• Características: Os percevejos são insetos, muito comuns em diversas culturas, pertencentes à ordem
Hemiptera e subordem Heteroptera. Dentro desta subordem existem várias espécies, mas o Dichelops
melacanthus é a espécie que tem causado maiores danos na cultura do milho, conhecido popularmente
como percevejo-barriga-verde.
• Danos: O percevejo tem preferência pelo estágio inicial do desenvolvimento da planta de milho,
alimentando-se do colmo da planta. Ele injeta toxinas, juntamente com saliva, para pré-digerir seu
alimento. Isso faz com que as plantas jovens sejam danificadas e, quando adultas, apresentam furos
assimétricos no limbo foliar, folhas murchas, folhas centrais retorcidas (“encharutamento”), plantas
deformadas, amareladas e dominadas, podendo até destruir o sistema de crescimento da planta.
• Controle: O controle pode ser feito em diferentes fases da lavoura e uma delas é antes da implantação.
Os percevejos podem permanecer em restos culturais, não só de milho, mas também de soja e feijão, por
exemplo. Nesse caso pode-se utilizar inseticida na dessecação prévia. Outra forma é o tratamento das
sementes que serão utilizadas. Se, mesmo assim, após o nascimento ainda houver ataques, recomenda-
se aplicações de inseticidas complementares na parte aérea. A estratégia mais eficiente para este tipo de
controle tem sido a utilização de neonicotinóides + piretróides até 3 DAE (Dias Após Emergência).
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Percevejo (Dichelops melacanthus)

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Pulgão (Rhopalosiphum maidis)

• Características: Os pulgões-do-milho (Rhopalosiphum maidis) são insetos sugadores alados


ou não. A presença de asas se dá apenas quando a incidência dessa praga é tão grande que
há competição por alimento e necessidade de busca por outros hospedeiros. Geralmente eles
se encontram no cartucho do milho, dificultando sua visualização.

• Danos: Esses insetos se alimentam das partes mais novas da planta, o que pode refletir em
morte de plantas, folhas amarelas, murchas e retorcidas, perfilhamento das espigas, espigas
atrofiadas e/ou com granação deficiente, desenvolvimento de fumagina e contaminação por
vírus.

• Controle: Algumas formas de controle podem ser adotadas como o tratamento das sementes,
escolha de híbridos mais resistentes, controle biológico com inimigos naturais, por exemplo,
Aphidius sp. (parasitoides) e/ou joaninhas (predadores), ou ainda o controle químico com
inseticidas. Entre os grupos químicos disponíveis, estão: neonicotinoide, organofosforado,
piretroide, feniltioureia, metilcarbamato de oxima e metilcarbamato de benzofuranila.
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Pulgão (Rhopalosiphum maidis)

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FEIJÃO
O Phaseolus vulgaris, também conhecido como feijoeiro-comum, é uma das 55 espécies
pertencentes ao gênero Phaseolus, cujo centro de origem se deu nas Américas. Essa
espécie tem grande importância econômica, alimentícia e cultural em diversos países. No
Brasil, o feijão é um dos principais pilares do agronegócio, sendo o maior produtor de feijão
comum do mundo. E para ser manter líder na exportação do feijão e necessário conhecer
as principais pragas que afetam essa cultura.

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Vaquinha (Diabrotica speciosa)
• Características- Diabrotica speciosa (Coleoptera: Chrysomelidae) é um inseto-praga polífago
com distribuição em todos os estados brasileiros, os adultos são besouros com menos de 1 cm
de comprimento. Possuem coloração verde brilhante e três manchas amarelas ovais sobre
cada élitro. A cabeça é castanha ou marrom, e o abdome e o protórax são verdes, e as pupas
têm coloração branca-amarelada.

• Danos- Larvas (Lagarta alfinete) e adultos alimentam-se as raízes, nódulos radiculares,


cotilédones, folhas (apenas lado de baixo) e vagens. A ruptura da raiz dos tecidos vasculares
pode reduzir a fixação de nitrogênio. Os danos nas lâminas foliares aparece como pequenos
buracos. Danos nas vagens podem levar a entrada de micro-organismos como fungos e
bactérias. Se Cerotoma trifurcata ocorre no início do plantio, pode provocar lesões nas
plântulas, desfolha e descoloração de sementes.

• Controle- Sempre consideram uma abordagem integrada como medidas preventivas e


tratamento biológicos, quando disponíveis. Se o dono tiver causando redução significativa no
rendimento, considerar aplicação de compostos químicos. Você precisa do grupo piretróide ou
lambd-cyhalothrin podem ajudar a reduzir a população desta praga. Recomendasse sementes
tratadas para evitar a lagarta alfinete, na fase pupa.
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Vaquinha (Diabrotica speciosa)

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 Mosca-branca (Bemisia tabaci)

• ambos os pares de asas cobertas por uma secreção serosa e pulverulenta, de coloração
branca amarelada. Em geral, só encontrados na face inferior das folhas, onde a fêmea
deposita seus ovos onde aparece escamas larvais minúsculos, de coloração amarela a
branca, visíveis a olho nu. Em infestações severas, melhores músicas brancas pequenas
e decoração branco e mede em uma nova quando a planta é sacudida.

• Danos- Os insetos têm ação toxicogênica, sendo que os maiores prejuízos são devidos
a transmissão de viroses. Para o feijoeiro é transmissor do vírus do mosaico dourado e
do mosaico anão. São mais prejudiciais no período do florescimento.

• Controle- Tratamento de sementes com inseticidas carbamatos sistêmicos ou sistêmico


granulado no sulco de plantio ou, ainda, pulverizar com fosforados sistêmicos. Uso de
armadilhas de cor amarela ajudam a diminuir número de adultos na área.
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Mosca-branca (Bemisia tabaci)

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Lagarta Elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
• Características- A lagarta atinge um tamanho médio entre 15 a 16 mm. Apresenta uma coloração
com aspecto rosáceo ou em alguns casos verde-azulado, com listras transversais marrons sobre o
dorso e cabeça marrom pequena. São lagartas ágeis, e quando tocadas, movimentam-se
incessantemente, contorcendo-se por alguns segundos, sendo uma característica ligada à defesa
contra inimigos naturais.
• Os adultos são mariposas pequenas e alongadas, de coloração acinzentada (fêmea) e amarelada
(macho). As asas ficam dobradas junto ao corpo quando estão em repouso. Devido ao tamanho
reduzido e cores neutras, podem não ser percebidas durante o monitoramento.
• Danos- As plantas ficam geralmente deformadas e apresentam desenvolvimento atrofiado e
poucas espigas. Outros sintomas são a murcha e a perda do vigor das plantas, assim como
tombamento e morte, em alguns casos, mais conhecido como "coração morto".
• Controle- Em áreas com constantes infestações da praga deve-se proceder o tratamento das
sementes com inseticidas sistêmicos. Em anos com seca, recomenda-se o uso de produtos com
ação de contato e profundidade associado ao tratamento das sementes. Usar produtos registrados
para as culturas.
 
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Lagarta Elasmo (Elasmopalpus lignosellus)

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Referencias bibliográficas

• INOUE, Letícia. Cultura do milho e sua importância na atualidade. Agromove, [s. l.], 9 set. 2021.
Disponível em: https://blog.agromove.com.br/milho-importancia/. Acesso em: 17 jan. 2022.
• EMBRAPA. Cultura feijão. F, Brasilia, 28 jan. 2020. Disponível em:
https://www.embrapa.br/agrossilvipastoril/sitio-tecnologico/trilha-tecnologica/tecnologias/
culturas/feijao. Acesso em: 18 jan. 2022.
• PLANTIX. Vaquinha do feijoeiro. J, São Paulo, 3 nov. 2020. Disponível em:
https://plantix.net/pt/library/plant-diseases/600095/bean-leaf-beetle. Acesso em: 18 jan. 2022.
• AGROLINK. Mosca branca. Bemisia tabaci, São Paulo, 17 dez. 2020. Disponível em:
https://www.agrolink.com.br/problemas/mosca-branca_249.html. Acesso em: 18 jan. 2022.
• BAYER. Lagarta-elasmo. L, São Paulo, 15 jul. 2021. Disponível em:
https://www.agro.bayer.com.br/essenciais-do-campo/alvos-e-culturas/pragas/lagarta-
elasmo#:~:text=A%20lagarta%20atinge%20um%20tamanho,marrom%20pequena%20(Figura
%204). Acesso em: 18 jan. 2022.
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