Aula Banana

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PRAGAS

DA
BANANEIRA
 A banana é considerada uma excelente fonte de energia de rápida
absorção e fácil digestão devido ao seu teor de carboidrato.
 Contêm vitaminas (A e C) e minerais (cálcio, magnésio, selênio,
fósforo e potássio).
 Graças ao seu valor energético, a banana é um excelente alimento
a ser consumido por atletas antes da atividade física.
 Já seu alto teor de potássio favorece o bom funcionamento
cardíaco e prevenção do aparecimento de cãibras musculares.
Principais estados brasileiros produtores de banana
PARTES DA PLANTA
A bananeira possui um caule subterrâneo chamado rizoma que é o
verdadeiro e único caule da planta. A parte verde que aparenta ser o
caule é, na realidade, um conjunto de camadas das folhas, umas dentro
das outras, que brotam do rizoma dando origem ao pseudocaule, ou
seja, o falso caule.
PARTES DA PLANTA
Outra parte muito importante da bananeira é o coração que é revestido
por brácteas que são folhas modificadas e que envolvem as flores.
PRINCIPAIS
PRAGAS
BROCA-DO-RIZOMA (Cosmopolites sordidus)
COLEOPTERA: CURCULIONIDAE

 Conhecido como moleque-da-bananeira, é a principal praga da cultura.


 É encontrado praticamente em todas as áreas onde se cultiva banana.
Ovos
Brancos, forma elíptica.
São introduzidos em orifícios feitos pelas mandíbulas das fêmeas
adultas no ponto de inserção da bainha das folhas e rizoma.

Larvas
Brancas e ápodas
Vivem nos rizomas.

Pupas
Nuas, amareladas e livres
Pupação em galerias no rizoma, próximas à
superfície externa.
Adultos
 Coloração preta , élitros estriados longitudinalmente, rostro semelhante
a um “bico”.
 Uma característica interessante desses insetos é que eles se fingem de
mortos quando capturados.
 Os besouros se abrigam em locais úmidos e sombreados junto às
touceiras, entre as bainhas foliares, e em restos culturais.
 São ativos apenas no período noturno e possuem hábito gregário.
Injúrias
 Abertura de galerias no rizoma e partes inferiores do pseudocaule,
principalmente pela larva.
Injúrias
 Abertura de porta de entrada para o agente da doença fúngica "mal do
Panamá".
Em consequência dessas injúrias ocorre:

 Amarelecimento das folhas com posterior secamento e morte do broto


devido a destruição da gema apical.
 Queda na produção (cerca de 30% no Brasil).
 Os frutos perdem tamanho e peso.
 Tombamento das plantas devido a ação dos ventos e peso dos
cachos.
FALSO-MOLEQUE-DA-BANANEIRA (Metamasius spp.)
COLEOPTERA: CURCULIONIDAE

 Cuidado para não confundir com o moleque da bananeira!


 Os adultos são de coloração preta e têm manchas avermelhadas nos
élitros.

 As suas larvas não se desenvolvem no rizoma; e


quando ocorrem no pseudocaule (provocando
abertura de galerias) normalmente estão
associadas a plantas tombadas e já debilitadas,
ou seja, no final do ciclo.
FALSO-MOLEQUE-DA-
BANANEIRA
Tripes-da-Ferrugem-dos-Frutos (Caliothrips bicinctus
Tryphactothrips lineatus)
Thysanoptera: Thripidae
 Ovos - colocados sobre frutos jovens.
 Ninfas - coloração amarelada, vivem nas inflorescências entre as
brácteas do coração e entre os frutos.
 Adultos - pequenos e de coloração escura, vivem nas inflorescências
entre as brácteas do coração e entre os frutos.
Injúrias
Sucção de seiva da epiderme provocando depreciação dos frutos
externamente, sem contudo prejudicar a polpa.
Observa-se inicialmente prateamento das casca nos locais infestados,
normalmente nas regiões laterais do fruto; em seguida a casca adquire
uma coloração castanho-avermelhada, além de se tornar áspera, sem
brilho e apresentar estrias superficiais (Ferrugem dos Frutos).
Em ataques mais severos em frutos mais desenvolvidos, ocorre
fendilhamento da casca.
Tripes-da-Flor (Frankliniella spp.)
(Thysanoptera: Thripidae)

São insetos pequenos (1mm de comprimento na fase adulta), de


coloração branca ou marron-escura.
São encontrados geralmente nas flores novas, inclusive nas que ainda
se acham protegidas pelas brácteas.
Alimentam-se da epiderme de flores e frutos novos.
Injúrias

Sucção de seiva provocando pontuações marrons e ásperas nos


frutos, desvalorizando comercialmente o produto.
Traça-da-bananeira (Opogona sacchari)
Lepidoptera: Lyonetidae

 Ovos – localizam-se nas flores.

 Lagartas - coloração branco ou amarelada com um matriz verde devido


ao alimento ingerido. As lagartas penetram preferencialmente pela
região estilar; registra-se entretanto, sinais de ataque também nas
laterais dos frutos, no engaço, nas almofadas das pencas e no
pseudocaule, no caso de maiores infestações.
 Adultos - mariposa pequena de coloração amarelada.
Injúrias
 Em alta população a lagarta pode atacar o pseudocaule, fazendo
galerias, o que reduz a produtividade, podendo até mesmo ocasionar a
queda da planta.
 É fácil de detectar a presença da traça, pois elas deixam um resíduo de
fezes e pedaços de planta que se acumulam nas extremidades dos
frutos.
 Formam galerias nos frutos provocando o seu apodrecimento.
 É possível observar alguns frutos amadurecidos em cachos ainda
verdes.
Lagartas desfolhadoras (Calligo illioneus, Opsiphanes sp.)
Lepidoptera: Nymphalidae
 Destroem o limbo foliar, deixando apenas as nervuras centrais
 Os cachos ficam seriamente prejudicados

Calligo illioneus
Opsiphanes sp
Antichloris eriphia (Lepidoptera: Arctiidae)
 São lagartas pequenas com o corpo revestido por uma densa e fina
pilosidade de coloração amarelada.
 São encontradas geralmente na face inferior das folhas.
 As lagartinhas raspam as folhas e as perfuram.
 Após o desenvolvimento larval, costumam descer ao pseudocaule, onde
se transformam em crisálidas.
 Os adultos são escuro-metálicos e semelhantes a uma vespa.
Abelha Irapuá (Trigona spinipes)
Hymenoptera: Apidae
 A abelha apresenta coloração preta e mede em torno de 6mm de
comprimento por 3mm de largura.
 Na construção dos ninhos, localizados em árvores, paredes ou em
cunpinzeiros abandonados, são utilizadas resinas vegetais como
aglutinadores.
 As abelhas procuram as flores e frutos jovens para deles extrair parte
da resina empregada na confecção de seus ninhos.
 As abelhas procuram as flores e frutos jovens para deles extrair parte
da resina empregada na confecção de seus ninhos.
Injúrias
 Devido a secreção das substâncias resinosas sobre as flores e frutos
jovens, ocorre o aparecimento de lesões geralmente ao longo das
quinas, nos frutos em desenvolvimento.
TÁTICAS E ESTRATÉGIAS DO MIP
 Amostragem

Moleque da bananeira

 Uso de 20 iscas /ha. Observa-se o número de adultos atraídos do 7º


ao 14º dia após a colocação, e após este período as iscas devem ser
trocadas.
 Nível de controle: 5 adultos/iscas/mês
Tipos de iscas
Isca tipo queijo: são confeccionadas rebaixando-se o pseudocaule (das
bananeiras que jà produziram cacho) a uma altura de 30 cm e cortando-
se novamente aos 15 cm do solo.
Os insetos que são atraídos e alojam-se entre as duas fatias.
Essa isca é a mais atrativa, visto que o rizoma permanece no solo.
Isca tipo telha: são produzidas a partir de um corte longitudinal feito em
um pedaço de pseudocaule, de bananeira colhida, de aproximadamente
40-50 cm.
Com esse corte formam-se duas iscas que são colocadas na base das
plantas com as faces cortadas em contato com o solo.
Apesar de ser menos atrativa, esta é a mais utilizada devido a maior
facilidade de obtenção e preparo.
Táticas de controle para as principais pragas da bananeira

Controle Cultural

 Utilização de mudas sadias e livres de pragas.


 Quando possível, recomenda-se a utilização de mudas micropropagadas.
 No caso de mudas convencionais, recomenda-se que se faça o
descorticamento para remoção de possíveis galerias e insetos presentes
Tipos de mudas de bananeira

Tipos de mudas: micropropagada (a); tipo chifrão (b); tipo chifre (c); tipo
chifrinho (d); rizoma de planta adulta (e); rizoma com filho aderido (f); pedaço
de rizoma (g); e muda tipo guarda-chuva (h).
Táticas de controle para as principais pragas da bananeira

Controle Cultural

 Desbaste, deixando 3 plantas/cova (controle de moleque-da-bananeira, falso


moleque e traça-da-bananeira).

→ Os restos da colheita e do desbaste


devem ser picados em pedaços
pequenos, e as faces cortadas devem
ser expostas ao sol para acelerar a
decomposição;
 Desbaste

Ferramenta utilizada para o desbaste da


bananeira "Lurdinha".
 Eliminação do "coração" após formação do cacho (controle dos tripes e abellha
irapuá);
 Eliminação das plantas invasoras e cobertura morta, pois elas servem de
refúgio para o moleque da bananeira, falso moleque da bananeira e a traça-da-
bananeira;
 Despistilagem (traça-da-bananeira): Consiste na retirada dos restos florais,
com as flores ainda túrgidas, no estádio que se soltam com maior facilidade.
Como as pencas abrem-se escalonadamente, torna-se necessário dois ou três
repasses no mesmo cacho em dias diferentes.
 Destruição dos ninhos de abelha
irapuá;
 Ensacamento dos cachos (tripes e
abelha irapuá).
Táticas de controle para as principais pragas da bananeira

Controle comportamental

 Uso de isca tipo queijo ou telha (40-100 iscas/ha, em função da disponibilidade


de mão-de-obra e o custo operacional) contendo inseticida (para controle do
moleque e falso-moleque-da-bananeira).
 Substituir as iscas a cada 15-20 dias.
Controle comportamental

 a armadilha contendo Cosmolure®, do tipo rampa ou poço: deve ser colocada


na superfície do solo.
 O fundo do recipiente coletor de insetos deve conter uma solução de
detergente a 3% (30 mL/litro de água).
 Recomenda-se o uso de três armadilhas/ha, devendo-se renovar o sachê
contendo o feromônio a cada 30 dias.
 É importante que as armadilhas estejam distantes a pelo menos 30 m entre si.
Táticas de controle para as principais pragas da bananeira
Resistência de plantas
Moleque da bananeira

 Variedades mais susceptíveis: Maçã,


Terra, São Domingos, Ouro, Figo
Cinza e Figo Vermelho.

 Variedades mais resistentes: Prata,


Nanica e Nanicão.
Táticas de controle para as principais pragas da bananeira
 Controle biológico
 Uso de fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana e Metharizium
anisopliae nas iscas usadas para controle do moleque da bananeira.
 Predadores de larvas de moleque da bananeira: Hololepta quadridentata e
Omalotes foveola (Coleoptra: Histeridae); formigas predadoras (Hymenoptera:
Formicidae); Labidurídeos da ordem Dermaptera; estafilinídeos e carabeídeos
da ordem Coleoptera.
Táticas de controle para as principais pragas da bananeira
 Controle químico
Moleque da bananeira.

 Tratamento das mudas com calda inseticida (mergulhar os rizomas durante 10


a 15 minutos).
 Aplicação de inseticida granulado sistêmico na cova aos 30 dias e 6 meses
após o plantio;
 Aplicação mensal de inseticida granulado sistêmico no orifício aberto pelo
implemento de desbaste (“lurdinha”), no período de maior ocorrência da praga.
Táticas de controle para as principais pragas da bananeira

 Controle químico

Tripes

 Pulverizar visando à inflorescência

Traça-da-bananeira

 Nas regiões onde ocorre a praga, o controle deve ser preventivo.


 Aplicar o produto sobre os cachos com os frutos ainda verdes.
Táticas de controle para as principais pragas da bananeira
 Controle químico
Inseticidas recomendados

Fonte: Agrofit/MAPA (www.agricultura.gov.br). Consulta em 05/11/2005.

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