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Cultura do milho

Luan Leone
Aspectos Gerais
● Cultura anual;

● Ciclo: 120 a 130 dias;

● Germinação: 5 a 7 dias;
Grão
Grão
● Pericarpo: função de proteção que oferece ao
endosperma;

● Endosperma: função de nutrição;

● Gérmen, embrião: semente da planta.


Raíz

● As raízes não aprofundam mais que 40 cm no


solo, mas se espalham em torno da planta em

torno de 50 cm.
Inflorescência

● Planta hermafrodita;

● Fecundação cruzada;

● Autofecundação baixa,
menos de 2%.
Inflorescência masculina
Inflorescência feminina
Estresse hídrico
● Época crítica: emergência, florescimento e formação de
grãos;

● 2 dias 20%, 4 a 8 dias 50%;

● Promove maior consumo de reservas e redução de matéria


seca e crescimento;

● No enchimento de grãos afeta a deposição de amido.


Temperaturas
● Na fase vegetativa até a polinização, temperaturas altas acelera o
pendoamento;

● Na polinização, temperaturas altas vão reduzir a viabilidade do


pólen.

● Na maturidade fisiológica, temperaturas altas vão provocar o


encurtamento da fase de enchimento de grãos, com consequente
menor taxa de acúmulo de matéria seca nos grãos e menor teor de
proteína.
Temperaturas
 Altas temperaturas reduzem o tempo em que a semente deveria
estar em enchimento.

● Temperaturas baixas vai provocar redução da germinação, e o


desenvolvimento será reduzido da emergência ao pendoamento,
uma vez que o metabolismo diminui com a baixa da temperatura.

● Na maturação fisiológica com temperaturas baixas, o


metabolismo vai continuar lento, com baixa perda de umidade
nos grãos e comprometimento na qualidade de grãos.
Luminosidade e vento
 Por ser C4, o milho responde bem as
intensidades luminosas;

 Redução de 40% da intensidade luminosa,


ocorre o atraso no enchimento de grãos;

 Incidência de ventos pode aumentar a


demanda de água pela planta. Pode
ocasionar acamamento e falhas na
polinização;
Adubação
●Plantio;

●Entrada do parcelamento da adubação


de N: V4 a V6.

●Normalmente em V4
Etapas de desenvolvimento
●Germinação e emergência: período compreendido desde a semeadura até o efetivo aparecimento da
plântula, podendo variar de 5 a 12 dias de duração;
●crescimento vegetativo: período compreendido entre a emissão da segunda folha e o início do
florescimento. Apresenta extensão variável, dependendo dos tipos de cultivares de milho
●florescimento: período compreendido entre o início da polinização e o início da frutificação, cuja duração
raramente ultrapassa 10 dias;
●frutificação: período compreendido desde a fecundação até o enchimento completo dos grãos, sendo sua
duração estimada entre 40 e 60 dias;
●maturidade: período compreendido entre o final da frutificação e o aparecimento da camada negra, sendo
este relativamente curto e indicativo do final do ciclo de vida planta.
Condições favoráveis
● Semeadura: temperatura de acima de 10ºC, com umidade próxima a capacidade de campo;

● Estádio vegetativo: temperatura em torno de 25ºC, disponibilidade de água e abundância de


luz;

● Floração e enchimento dos grãos: temperatura em torno de 25ºC, muita luminosidade,


umidade do ar em torno de 70%, muita água;

● Colheita: período seco.


Escala fenológica
Escala fenológica
Escala fenológica
Escala fenológica
Escala fenológica
Escala fenológica
Escala fenológica
Escala fenológica
Escala fenológica
Escala fenológica
Escala fenológica
Escala fenológica
Escala fenológica
Escala fenológica
Plantio
 A definição do espaçamento e a densidade de plantio é muito importante por o milho não ter
característica de perfilhamento.

● Plantio em maiores altitudes: maior número de dias para atingir o pendoamento,


aumentando o ciclo e apresentando um maior rendimento de grãos.

● Profundidade de plantio: solos argilosos de 3 a 5 cm, em arenosos de 5 a 7 cm.


Plantio
 Não se recomenda velocidades de trabalho acima de 7 km/h.

 Velocidades altas de trabalho aumenta o percentual de falhas, e desuniformidade da


profundidade de plantio.

 Em geral, cultivares precoce exigem maior densidade de plantio.

 Por apresentarem menor altura e massa vegetativa, para cultivares precoce usa um menor
espaçamento, pois tem um sombreamento menor.
Classificação de Cultivares

● Grupo I: n < 110 dias (precoce)

● Grupo II: 110 < n < 145 dias (normais)

● Grupo III: n > 145 dias (tardia).


Fitossanidade
Medidas para reduzir pragas e doenças:

● Utilizar cultivares resistentes e tolerantes;

● Realizar o plantio em época adequada, de modo a evitar que os períodos críticos para a cultura coincidam
com condições ambientais mais favoráveis ao desenvolvimento de doenças e pragas;

● Utilizar sementes de boa qualidade e tratadas;

● Utilizar rotação com culturas não suscetíveis;

● Rotação de cultivares;

● Manejo adequado da lavoura – adubação equilibrada (N e K), população de plantas adequada, controle de
pragas, doenças e de invasoras e colheita na época correta.
Cigarrinha Vermelha e Cigarrinha das
pastagens
● Os ovos são postos nas folhas mais velhas e secas, na base das plantas ou no solo;

● Podem permanecer em diapausa por um longo período, até que o clima chegue às condições
de umidade e temperatura elevadas;

● As ninfas vivem nas raízes ou na base dos colmos e ficam envoltas por uma espuma branca,
facilmente vista em campo;

● As ninfas e os adultos sugam a seiva das raízes e folhas, respectivamente;


Cigarrinhas
Danos:

● Queima e a seca das folhas;

● Estrias amareladas no limbo foliar ou amarelecimento das folhas;

● Bordos enrolados;

● Definhamento do colmo.
Cigarrinha do Milho
● Vivem em colônias, formadas por adultos e ninfas, encontradas no cartucho das plantas;

● Os ovos são postos dentro do tecido foliar;

● Injetam saliva tóxica;

● Semeaduras tardias são mais afetadas;

● As variedades de ciclo tardio e safrinha são as mais afetadas.


Cigarrinha
Danos:

● Enfraquecimento das plantas.

● Encurtamento dos entrenós;

● Queda de produção;

● Folhas avermelhadas ou com estrias amareladas;

● Formação de fumagina ;

● Transmissão de doenças como o enfezamento pálido e vermelho, o mosaico de estrias finas e o


nanismo arbustivo do milho.
Coró
●Os adultos são mais encontrados nos primeiros meses do ano, junto com os ovos; as
larvas ocorrem até novembro e as pupas a partir de outubro;

●Os ovos são postos em ninhos subterrâneos formados por restos vegetais;

●As larvas, inicialmente, alimentam-se dos materiais que formaram o ninho. Depois
passam a se alimentar de sementes, plântulas, raízes e folhas, que puxam para dentro das
galerias.
Coró
Danos:

● Redução na germinação;

● Falhas nas linhas de plantio e tombamento;

● Morte de plantas;

● Redução na produção;

● Reboleiras.
Larva alfinete, Vaquinha
● As fêmeas depositam os ovos no solo, próximo das áreas de plantio;

● Preferência por terras escuras e ricas em matéria orgânica;

● As pupas são encontradas no solo em casulos de terra construídos pelas larvas.


Larva alfinete, Vaquinha
Danos:

Larvas:

● Redução da sustentação e a absorção de água e nutrientes.

Adultos:

● Perfurações e cortes em brotações, folhas, botões florais, flores e vagens.


Larva arame
●Vaga-lume;

●Os ovos são postos no solo.


Larva arame
Danos:

● Redução na germinação;

● Redução do vigor;

● Definhamento das plantas maiores;

● Funções básicas como sustentação e absorção de nutrientes e água são


prejudicadas, em razão da perda de parte do sistema radicular.
Percevejo Castanho
●Vivem no solo a 30 cm de profundidade, onde obtêm boas
condições de umidade e temperatura;

●Na seca podem se aprofundar a mais de 1 m;

●Cheiro e som estridente característicos.


Percevejo Castanho
Danos:

● Tanto os adultos quanto as ninfas sugam a seiva de raízes e injetam substâncias


nocivas;

● Reboleiras com plantas pouco desenvolvidas e com sintomas de deficiência


nutricional e hídrica;

● Morte de plantas.
Percevejo Barriga Verde
●Tanto as ninfas quanto os adultos sugam seiva das plantas;

●Atacam principalmente a base do colmo.


Percevejo Barriga Verde
Danos:

● Murcha, seca e perfilhamento;

● Formação de manchas escuras nos locais da picada;

● Folhas centrais podem ficar enroladas, deformadas e descoloridas.


Percevejo do Milho
●Os ovos são depositados em linha nas folhas.
Percevejo do Milho

Danos:

● Murcha, seca e podridão.


Broca
●Os ovos são amarelados e depositados em grupos na face superior das
folhas;

●Constroem galeria no colmo.


Broca
Danos:

● As galerias abertas nos colmos facilitam a quebra e o tombamento das plantas;

● Nas espigas causam a perda de grãos;

● No cartucho as folhas se abrem já perfuradas;

● Porta de entrada para outros insetos e microrganismos oportunistas causadores de


doenças e podridões.
Lagarta Elasmo
● As fêmeas depositam os ovos no solo próximo das plantas hospedeiras;

● Possuem preferência por solos arenosos;

● Durante a fase larval, os insetos possuem alta mobilidade e migram facilmente de plantas
mortas para as vivas mais próximas;

● Uma única lagarta pode atacar várias plantas e causar grandes falhas nas linhas de plantio;

● O ataque é mais severo na fase inicial da cultura, especialmente se coincidir com um


período de estiagem
Lagarta Elasmo
Danos:

● Atacam o caule e as folhas das plantas recém-germinadas, causando murcha, seca


e tombamento;

● Abrem galerias no interior do caule e constroem um abrigo conectado a ela ou


próximo dela, onde a pupa será formada;

● Enfraquecimento e morte da planta.


Lagarta Rosca
●Os ovos são depositados em colmos, hastes, folhas ou no solo;

●Se enrolam quando perturbadas.


Lagarta Rosca
Danos:

● Atacam sementes, hastes e folhas, em especial aquelas mais próximas do solo;

● Falhas de germinação nas linhas de plantio;

● Plantas mais jovens murcham e tombam;

● Em plantas adultas são abertas galerias na base do caule e nas raízes mais
superficiais.
Lagarta do Cartucho
●As fêmeas depositam os ovos nas folhas das plantas hospedeiras e depois os cobrem
com pelos e escamas que retiram do próprio corpo;

●Geralmente se encontra apenas uma lagarta grande por planta, pois são canibais;

●Possuem três pares de pernas no tórax, quatro no abdome e um par anal;

●No topo da cabeça tem um Y invertido de cor clara.


Lagarta do Cartucho
Danos:

● As lagartas jovens apenas raspam a superfície foliar e deixam uma membrana translúcida para trás;

● Quando maiores, alojam-se no cartucho do milho e começam a comer as folhas novas e a parte apical
do colmo;

● Podem se alimentar do pendão e das espigas;

● Folhas que já nascem recortadas e detritos no interior do cartucho.

● Na fase inicial atacam as plântulas a partir da região do colo. Quando não as consomem por inteiro,
causam a murcha, o tombamento e a morte.
Lagarta da Espiga
●Oviposição ocorre preferencialmente nos cabelos da espiga;

●As pupas de cor marrom-avermelhada são encontradas no solo, a até 25 cm


de profundidade.
Lagarta da Espiga
Danos:

● Quando jovens, elas se alimentam dos cabelos do milho, o que compromete a


formação dos grãos;

● Desenvolvidas se alimentam dos grãos, principalmente dos localizados na ponta


da espiga;

● Porta de entrada de insetos e microrganismos oportunistas, que causam mais


danos, doenças e podridões.
Pulgão
●Vivem em colônias nos pendões, nas folhas, nas espigas ou no interior do cartucho;

●Os adultos podem possuir asas ou não;

●Na reprodução, não há necessidade de fecundação das fêmeas e os novos pulgões já


nascem completamente formados. Não há postura de ovos;

●Locais e períodos com baixa umidade, ventos de baixa velocidade e temperatura ao redor
de 20 °C são ideais para o seu desenvolvimento.
Pulgão
Danos:

● Esgota as reservas hídricas e nutricionais;

● Causam deformações nas folhas;

● Transmissão de vírus, como o mosaico;

● Formação da fumagina sobre folhas, espigas e outras partes.


Tripes
●As fêmeas depositam os ovos dentro dos tecidos foliares;

●Permanecem nas colônias, geralmente nas folhas e na base delas;

●Causam mais prejuízos nas primeiras semanas após a germinação;

●Condições climáticas de baixa umidade e alta temperatura favorecem seu


desenvolvimento;
Tripes
Danos:

● Raspam a folha para sugar a seiva que sai;

● As folhas ficam com manchas amarelas, brancas ou prateadas;

● Bordas podem enrolar;

● Em plantas adultas as folhas e inflorescências podem ser atacadas. Nestas, surgem


manchas avermelhadas e pode haver esterilidade.
Cercosporiose
●A disseminação ocorre através de esporos e restos de cultura
levados pelo vento e por respingos de chuva;

●Os restos de cultura são fonte local e fonte para outras áreas.
Cercosporiose
Sintomas:

●Manchas de coloração cinza, retangulares, com lesões paralelas as nervuras;

●Com o desenvolvimento pode necrosar toda a folha.


Mancha Branca
 Doença favorecida por temperatura noturna amena (15ºC a 20ºC), elevada umidade relativa
(>60%), e elevada precipitação.

 Plantios tardios favorecem o surgimento da doença, pois acontecem essas condições


climáticas durante o florescimento, fase que a planta está mais sujeita ao ataque do patógeno
e os sintomas são mais severos.

 Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, os plantios tardios realizados a partir da segunda


quinzena de novembro até o final de dezembro favorecem a ocorrência da doença em
elevadas severidades.
Mancha Branca
Sintomas:

● As lesões iniciais são circulares, aquosa e verde clara (anasarcas);

● Posteriormente, passam a necróticas, de cor palha, circulares a elípticas;

● Iniciam-se na ponta da folha progredindo para a base;

● Os sintomas aparecem inicialmente nas folhas inferiores, progredindo rapidamente para as superiores;

● Sintomas severos após o pendoamento. Sob condições de ataque severo, os sintomas da doença podem ser
observados também na palha da espiga;

● Em condições de campo, os sintomas não ocorrem, normalmente, em plântulas de milho .


Ferrugem Polissora
●Ocorrência dependente da altitude;

●Ocorre mais em altitudes menores que 700 m com temperatura mais alta;

●Períodos prolongados com alta umidade favorece a doença.


Ferrugem
Sintomas:

●Pústulas marrom claras, distribuídas na face superior das folhas e, com muito
menor abundância, na face inferior da folha.
Ferrugem Comum
●Temperaturas baixas (16 a 23º C) e alta umidade relativa (100%) favorecem
o desenvolvimento da doença.
Ferrugem
Sintomas:
●As pústulas são formadas na parte área da planta e são mais abundantes nas folha;

● As pústulas são formadas em ambas as superfícies da folha, apresentam formato


circular a alongado, com coloração castanho escuro e se rompem rapidamente.

●Pode se unir e viram uma mancha necrótica na folha.


Ferrugem Tropical
 Ocorre no Centro Oeste e no Sudeste;

 Ocorre mais severamente em plantios contínuos de milho e em regiões irrigadas;

 Favorecida por condições de alta temperatura (22-34º C), alta umidade relativa e baixas
altitudes.

 Por ser um patógeno de menor exigência em termos de umidade o problema tende a ser
maior na safrinha.
Ferrugem
Sintomas:
●Pústulas brancas ou amareladas, em pequenos grupos;

●Ocorre na superfície superior da folha, paralelamente às nervuras;

●Pode ter uma borda escurecida.


Mancha de Diplodia
●A disseminação ocorre através dos esporos e os restos de cultura levados pelo
vento e por respingos de chuva;

●Os restos de cultura são fonte local e fonte de disseminação da doença para
outras áreas.
Mancha de Diplodia
Sintomas:
●As lesões são alongadas, grandes;

●Possui pequeno círculo visível contra a luz (ponto de infecção);

●Podem alcançar até 10 cm de comprimento.


Helmintosporiose
 Maior ocorrência na safrinha;

 Perdas maiores de 50%;

 O patógeno sobrevive em folhas e colmos infectados;

 A disseminação ocorre pelo transporte de conídios pelo vento a longas distâncias;

 Temperaturas moderadas (18-27º C) são favoráveis à doença bem como a presença de orvalho;

 O patógeno tem como hospedeiros o sorgo, o capim sudão, o sorgo de halepo e o teosinto.
Helmintosporiose
Sintomas:
●Lesões alongadas, elípticas, de coloração cinza;

●A doença ocorre inicialmente nas folhas inferiores.


Antracnose
 Aumento da doença relacionado ao plantio direto e cultivo mínimo e pela não rotação de
culturas.

 A taxa de aumento da doença é uma função da quantidade inicial de inóculo presente nos
restos de cultura;

 Taxa de reprodução do patógeno, que vai depender das condições ambientais e a da própria
raça do patógeno presente.
Antracnose
Sintomas:

●Lesões de formas variadas;

●Nas nervuras, é comum a presença de lesões elíptica;


Fusariose
●Fungo de solo capaz de sobreviver nos restos de cultura na forma de micélio;

●Apresenta várias espécies vegetais como hospedeiras o que torna a medida de


rotação de cultura pouco eficiente;

●Pode ser encontrado associado às sementes;

●A disseminação se dá através do vento ou da chuva.


Fusariose
Sintomas:
●Os entrenós inferiores adquirem coloração avermelhada que progride da base em
direção à parte superior da planta;

●Os sintomas só se tornam visíveis logo após a polinização e aumentam em severidade à


medida em que as plantas entram em senescência;

●A infeção pode se iniciar pelas raízes e é favorecida por ferimentos causados por
nematóides ou pragas subterrâneas.
Podridão Seca do Colmo
●Favorecida por altas temperaturas (37º C) e baixa umidade no solo.

●Apresenta muitos hospedeiros, inclusive o sorgo e a soja o que torna a rotação


de cultura uma medida de controle pouco eficiente.
Podridão Seca do Colmo
Sintomas:

● Os sintomas são visíveis nos entrenós inferiores, após a polinização;

● Presença de numerosos pontinhos negros que conferem internamente ao colmo


uma cor cinza típica.
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Podridão por Phythium
●Sobrevive no solo;

●Apresenta elevado número de espécies vegetais hospedeiras e é capaz de


infectar plantas de milho jovens e vigorosas, antes do florescimento.

●Favorecida por temperaturas em torno de 32º C e por alta umidade no solo


proporcionada por prolongados períodos de chuva ou irrigação excessiva.
Podridão por Phythium
Sintomas:

●Tipo aquosa, assemelhando-se às podridões por bactéria. Difere dessas por


ficar tipicamente restrita ao primeiro entrenó acima do solo, enquanto as
bacterioses atingem vários entrenós;

●As plantas, antes de tombarem, geralmente sofrem uma torção. Plantas


tombadas permanecem verdes por algum tempo, visto que os vasos lenhosos
permanecem intactos.
Podridão Bacteriana
●Tipo aquosa;

●Exalam tipicamente um odor desagradável;

●Iniciam-se nos entrenós próximos ao solo e rapidamente atingem os entrenós


superiores;

●Podem também se iniciar pela parte superior do colmo, causando a “podridão do


cartucho por Erwinia”.
Podridão do Cartucho
●Os sintomas típicos dessa doença são a murcha e a seca das folhas do cartucho decorrentes
de uma podridão aquosa na base desse cartucho;

●As folhas se desprendem facilmente e exalam um odor desagradável;

● Na bainha das outras folhas, pode-se observar a presença de lesões encharcadas


(anasarcas);

●Pode ocorrer o apodrecimento dos entrenós inferiores ao cartucho e a murcha do restante


da planta;

●Ferimentos no cartucho causados por insetos podem favorecer a incidência dessa podridão.
Fusariose da Espiga
●A infecção pode se iniciar pelo topo ou por qualquer outra parte da espiga;

●Sempre associada a alguma injúria;

●Uma massa cotonosa avermelhada pode recobrir os grãos infectados ou a área da palha
atingida;

●O desenvolvimento dos patógenos nas espigas é paralisado quando o teor de umidade


dos grãos atinge 18 a 19%, em base úmida;

●Fonte de inoculo é a matéria orgânica.


Giberela da Espiga
●Mais comum em regiões de clima ameno e de alta umidade relativa;

●A ocorrência de chuvas após a polinização propicia a ocorrência dessa podridão de


espiga;

●A palha pode ser colonizada pelo fungo e tornar-se colada na espiga;

●Chuvas frequentes no final do desenvolvimento da cultura, principalmente em lavoura


com cultivar com espigas que não dobram, aumentam a incidência;

●Esse fungo sobrevive nas sementes na forma de micélio dormente.


Nematoide das lesões
● Pratylenchus zeae;

● A espécie de nematóide mais importante para a cultura do milho descrita no


Brasil, em função da patogenicidade desta, de sua distribuição e da alta densidade
populacional.
Nematoide das lesões
Sintomas:
●Raízes engrossadas e menos eficiente na absorção de água e nutrientes da solução do
solo podendo apresentar, também, pequenas galhas;

●Crescimento reduzido, apresenta sintomas de deficiências minerais e a produção é


reduzida;
Nematoide das lesões
Sintomas:
●Parte aérea enfezada e clorótica, sintomas de murcha durante os dias quentes, com
recuperação à noite;

●Espigas pequenas e mal granadas;

●Podendo aparecer em reboleiras ou em grandes extensões.


Nematoide das Galhas
● Meloidogyne spp.

● Está associado ao sistema radicular das plantas, sendo responsável pela formação
de galhas;

● Afeta o desenvolvimento da parte aérea, podendo causar sérios prejuízos na


quantidade e qualidade dos grãos.
Nematoide das Galhas
Sintomas:

● Formação de galhas de variados tamanhos, podendo, às vezes, ocorrer o


engrossamento irregular do sistema radicular;

● O sistema radicular torna-se ineficiente na absorção de água e nutrientes, afetando


o crescimento das plantas.

● Os sintomas típicos da parte aérea são redução do crescimento e amarelecimento


das folhas.
Nematoide das lesões
● Pratylenchus brachyurus;

● As raízes das plantas atacadas geralmente apresentam lesões causadas pelo


nematóide, as quais servem de porta de entrada para bactérias e fungos, causando
necroses e podridões..
Nematoide Espiralhado
● Helicotylenchus dihystera

● Afeta o desenvolvimento da parte aérea;

● Ataca as raízes;

● Ocorre em reboleiras.
Manejo na fazenda Antuérpia de Minas
● 5.100 ha de área total, sendo:

● 2.000 ha de soja sequeiro, com máquina de sulco;

● 1.000 ha milho sequeiro, com máquina de sulco;

● 100 ha de soja irrigado na safra e safrinha com milho semente (pivô central);

● 2.000 ha com planos de abertura nos próximos 2 anos;


Manejo na fazenda Antuérpia de Minas
Cliente queixa de problemas de solo, muito nematoide começando a entrar na área, além de
muita cercosporiose. O seu vizinho está tendo problemas com Pythium. Milho sequeiro é em
área nova (1 a 3 anos). O milho em área de sequeiro e pivô tem dado dores de cabeça para o
cliente, que alega um milho com alto índice de lagarta-do-cartucho que atrapalha sua
produção, além de percevejo barriga verde. Seu solo de pivô tem problemas com percevejo
castanho e lagarta elasmo. O milho semente é de alto valor, por isso não pode ter muita perda
no final.
Obrigado pela a atenção!

Luan Leone Estagiário AEA luan.magalhaes@solubio.agr.br


- Uberlândia

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