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Cultura do trigo

Luan Leone
Aspectos Gerais

● Cultura anual;

● Ciclo: 100 a 170 dias;

● Germinação: 4 a 5 dias;
Grão
Grão
● Pericarpo: função de proteção que oferece ao
endosperma;

● Endosperma: função de nutrição;

● Gérmen, embrião: semente da planta;

● Aleurona: camada rica em cinzas (fósforo, fitato),


proteínas, lipídios, vitaminas (niacina, tiamina,
riboflavina, piridoxina e ácido pantotênico, além de
tocoferol) e enzimas.
Raiz

● Composta por raízes


seminais (a), permanentes
(b) e adventícias (c).
Inflorescência

● Planta hermafrodita;

● Autofecundação ou
autógama.
Inflorescência
Estresse hídrico
● Época crítica: perfilhamento,
emborrachamento, espigamento e
enchimento de grãos
● Redução da planta, da fotossíntese e
assimilação de nitrogênio.
● Redução do numero de grãos por espiga e
abortamento do embrião no inicio do
enchimento de grãos.
Temperaturas
● Temperaturas elevadas causam
redução no ciclo, menor perfilhamento,
menor número de grãos/espiga;
● O efeito é mais ou menos evidente em
função do cultivar;
● Geadas causam esterilidade ou
chocamento de grãos
Temperaturas
● Geral: 5ºC é a temperatura mínima;
0º C ótima para o crescimento da
planta toda; 20 a 25ºC para o
desenvolvimento da folha; 5 a 20ºC
para o perfilhamento;

● Floração: Ótima – 18 a 24ºC; Mínima –


10ºC; Máxima – 32ºC
Adubação
● Plantio;
● Quando o volume de aplicação é
grande: E2 (inicio do
perfilhamento) e E6 (inicio do
alongamento);
● Quando o volume de aplicação é
pequeno: E4 (entre o inicio do
perfilhamento e o inicio do
alongamento);
Etapas de desenvolvimento
● GERMINAÇÃO: 4 a 5 dias em condições normais de umidade e temperatura;

● PERFILHAMENTO: 15 a 20 dias após a semeadura e o número de perfilhos depende: -


Temperatura – 15 a 20ºC favorece - Umidade - Cultivar - Fertilidade do solo;

● ELONGAÇÃO: Iniciada pelo 1º entrenó, sendo o último o que mais contribui para a
elongação;

● FRUTIFICAÇÃO: Ocorre entre 50 e 60 dias (sequeiro) e 60 a 70 dias (irrigado)


EMBORRACHAMENTO –> ESPIGAMENTO –> FRUTIFICAÇÃO;

● MATURAÇÃO: Ocorre entre 90 e 110 dias (sequeiro) e 110 a 130 dias (irrigado) Caracteriza-se
pela perda gradativa de água passando de grão LEITOSO a PALHA SECA.
Escala fenológica
Escala fenológica
Plântula
Afilhamento
Alongamento
Espigamento
Maturação
Classificação de Cultivares

● Precoce (54 – 68 dias)


● Médio (69 – 84 dias)
● Tardio (85 – 93 dias)
Fitossanidade
Medidas para reduzir pragas e doenças:

● Utilizar cultivares resistentes e tolerantes;

● Realizar o plantio em época adequada, de modo a evitar que os períodos críticos para a cultura
coincidam com condições ambientais mais favoráveis ao desenvolvimento de doenças e pragas;

● Utilizar sementes de boa qualidade e tratadas;

● Utilizar rotação com culturas não suscetíveis;

● Rotação de cultivares;

● Manejo adequado da lavoura – adubação equilibrada (N e K), população de plantas adequada,


controle de pragas, doenças e de invasoras e colheita na época correta.
Cigarrinhas
Danos:

● Queima e a seca das folhas;

● Estrias amareladas no limbo foliar ou amarelecimento das folhas;

● Bordos enrolados;

● Definhamento do colmo.
Cigarrinha do Milho
● Vivem em colônias, formadas por adultos e ninfas, encontradas no
cartucho das plantas;

● Os ovos são postos dentro do tecido foliar;

● Injetam saliva tóxica;

● Semeaduras tardias são mais afetadas;

● As variedades de ciclo tardio e safrinha são as mais afetadas.


Cigarrinha
Danos:

● Enfraquecimento das plantas.

● Encurtamento dos entrenós;

● Queda de produção;

● Folhas avermelhadas ou com estrias amareladas;

● Formação de fumagina ;

● Transmissão de doenças como o enfezamento pálido e vermelho, o mosaico


de estrias finas e o nanismo arbustivo do milho.
Coró
● Os adultos são mais encontrados nos primeiros meses do ano, junto
com os ovos; as larvas ocorrem até novembro e as pupas a partir de
outubro;

● Os ovos são postos em ninhos subterrâneos formados por restos


vegetais;

● As larvas, inicialmente, alimentam-se dos materiais que formaram o


ninho. Depois passam a se alimentar de sementes, plântulas, raízes e
folhas, que puxam para dentro das galerias.
Coró
Danos:

● Redução na germinação;

● Falhas nas linhas de plantio e tombamento;

● Morte de plantas;

● Redução na produção;

● Reboleiras.
Larva arame
● Vaga-lume;

● Os ovos são postos no solo.


Larva arame
Danos:

● Redução na germinação;

● Redução do vigor;

● Definhamento das plantas maiores;

● Funções básicas como sustentação e absorção de nutrientes e


água são prejudicadas, em razão da perda de parte do sistema
radicular.
Percevejo Barriga Verde
● Tanto as ninfas quanto os adultos sugam seiva das plantas;

● Atacam principalmente a base do colmo.


Percevejo Barriga Verde
Danos:

● Murcha, seca e perfilhamento;

● Formação de manchas escuras nos locais da picada;

● Folhas centrais podem ficar enroladas, deformadas e descoloridas.


Percevejo Verde
● Os adultos são de cor verde-escura com a face ventral mais clara.

● As antenas são marrons com manchas vermelhas nos últimos


segmentos;

● Os ovos são depositados em massa, em forma hexagonal e são de


cor inicial amarela, tornando-se marrons ou rosados quando próximo
da eclosão das ninfas;

● São encontrados na página inferior das folhas;


Percevejo Verde

Danos:

● Murcha, seca e podridão.


Percevejo do trigo
● Praga secundária;

● Meses quentes;

● Plantio direto favorece


Percevejo do trigo

Danos:

● Murcha, seca e podridão.


Percevejo Raspador
● Danifica todas as partes verdes da planta, mas tem preferência
por infestar folhas totalmente desenvolvidas, iniciando o ataque
pelo ápice;

● Quando o número dessas lesões é elevado, as partes atacadas


tornam-se amareladas e secam
Broca
● Os ovos são amarelados e depositados em grupos na face
superior das folhas;

● Constroem galeria no colmo.


Broca
Danos:

● As galerias abertas nos colmos facilitam a quebra e o


tombamento das plantas;

● Nas espigas causam a perda de grãos;

● Porta de entrada para outros insetos e microrganismos


oportunistas causadores de doenças e podridões.
Lagarta do Cartucho
● As fêmeas depositam os ovos nas folhas das plantas hospedeiras e
depois os cobrem com pelos e escamas que retiram do próprio corpo;

● Geralmente se encontra apenas uma lagarta grande por planta, pois


são canibais;

● Possuem três pares de pernas no tórax, quatro no abdome e um par


anal;

● No topo da cabeça tem um Y invertido de cor clara.


Lagarta do Cartucho
Danos:

● As lagartas jovens apenas raspam a superfície foliar e deixam uma membrana


translúcida para trás;

● Podem se alimentar das espigas;

● Folhas que já nascem recortadas;

● Na fase inicial atacam as plântulas a partir da região do colo. Quando não as


consomem por inteiro, causam a murcha, o tombamento e a morte.
Lagartas do Trigo
● Pseudaletia sequax;

● É a principal praga desfolhadora da cultura do trigo.

● Os seus danos também são observados em outras


gramíneas.

● As lagartas alimentam-se durante a noite ou dias nublados.;

● a presença de sol, elas possuem o hábito de se protegerem


na base das plantas, sob as folhas secas;
Lagartas do trigo
Danos:

● Consomem o limbo foliar, arista e espigueta, permanecendo,


algumas vezes, somente o colmo e parte do ráquis das plantas;

● Na fase de maturação, é comum observarem-se as espigas dos


afilhos mais atrasados, cortadas e caídas no solo.
Lagartas do Trigo
● Pseudaletia adultera;

● É uma praga que ocorre durante todo o ano, sendo

que seu pico populacional acontece no mês de maio.


Lagartas do trigo
Danos:

● Alimentam-se de folhas podendo destruí-las completamente;

● Ataque é importante até o octogésimo dia da cultura, sendo os


prejuízos sensíveis quando ao nível de desfolha for superior a 30%.
Pulgão Verde dos Cereais
● Em climas frios se reproduzem sexualmente e põem ovos que são
capazes de resistir a temperaturas baixas;

● No inverno suave se propagam partenogeneticamente durante todo


o ano;

● Transmissor do vírus do nanismo amarelo da cevada (VNAC) e do


Cucumber mosaic virus (CMV).
Pulgão
Danos:

● Suga o limbo foliar das espigas e da bainha das folhas;

● Provoca amarelecimento das plantas, podendo, em ataques


intensos, causar até a morte.
Pulgão do colmo do trigo
● Conhecido também como pulgão da aveia;

● Estes insetos têm preferência por gramíneas.


Pulgão
Danos:

● Suga o limbo foliar das espigas e da bainha das folhas;

● Provoca amarelecimento das plantas, podendo, em ataques


intensos, causar até a morte.
Pulgão das folhas do trigo
● Sucção da seiva das plantas, o que pode, em cereais
de inverno, reduzir o número de grãos por espiga, o
tamanho do grão, o peso de grãos e o poder
germinativo das sementes;

● São vetores de viroses, principalmente do Vírus do


Nanismo Amarelo da Cevada (VNAC).
Pulgão das espigas do trigo
● Alimenta-se nas folhas, na raquis e na base das
espiguetas, provocando enrugamento dos grãos e
perda do poder germinativo.
Doenças
Fusariose
● Fungo de solo capaz de sobreviver nos restos de cultura na
forma de micélio;

● Apresenta várias espécies vegetais como hospedeiras o que


torna a medida de rotação de cultura pouco eficiente;

● Pode ser encontrado associado às sementes;

● A disseminação se dá através do vento ou da chuva.

● Restos culturais anteriores podem servir como fonte de inoculo.


Fusariose
Sintomas:

● Escurecimento das raízes, da coroa e das porções basais da planta.


● Grãos enrugados, chochos, ásperos e róseos;
● As espiguetas infectadas exibem anasarca, tornando-se
despigmentadas, esbranquiçadas ou cor de palha;

● Aristas arrepiadas;
● A infeção pode se iniciar pelas raízes e é favorecida por ferimentos
causados por nematóides ou pragas subterrâneas.
Giberela da Espiga
● Só ocorre com precipitações e altas temperaturas na época de
formação do grão;

● acúmulo de micotoxinas que são prejudiciais ao homem e aos


animais.
Giberela
Sintomas:

● Aristas arrepiadas;
● O fungo coloniza toda a flor, a qual pode ser totalmente destruída, não
havendo assim a formação de grãos;

● Formação de grãos, estes podem ser chochos, ásperos e róseos;


● Espigas com coloração rósea;
● As espiguetas infectadas perdem a cor, tornando-se despigmentadas
ou cor de palha
Mancha Amarela
● Mancha foliar mais importante desta cultura;

● Há aumento de intensidade da doença no sistema

plantio direto com monocultura;

● Os sintomas surgem logo após a emergência do

trigo, quando da expansão da plúmula, em lavouras de


plantio direto e monocultura
Mancha Amarela
Sintomas:

● Pequenas manchas cloróticas nas folhas que, com o passar do


tempo, expandem-se e apresentam a região central necrosada, de
cor parda;

● Lesões são elípticas e circundadas por um halo amarelo;

● Conidióforos e conídios longos são formados no centro das


manchas.
Mancha Marrom
● Ataca os órgãos aéreos (mancha marrom) e o sistema radicular
(podridão comum da raiz);

● Ocorre em primaveras quentes e úmidas.


● As principais fontes de inóculo primária são sementes, restos culturais
.plantas voluntárias, hospedeiros secundários e conídios dormentes no
solo;

● Os agentes de disseminação são sementes, vento e respingos de chuva;


● Em sistema plantio direto e monocultura a intensidade da doença é
máxima.
Mancha Marrom
Sintomas:

● Lesões necróticas pardas sobre o limbo das primeiras folhas, em


conseqüência da transmissão a partir das sementes;

● Em regiões frias, as lesões são retangulares e escuras e nas regiões quentes,


elípticas e cinzas;

● Sintomas podem também aparecer na parte central das glumas, na forma


de lesões elípticas com centro claro, quase branco, e com bordos pardo-
escuros;

● As sementes infectadas apresentam a ponta do escudete negro.


Mancha de Gluma
● Doença importante em monocultura combinada

com plantio direto;

● Transmitido por sementes.


Mancha de Gluma
Sintomas:

● Manchas cloróticas que surgem inicialmente nas folhas inferiores;


● Estas lesões expandem-se tornam-se elípticas;
● São levemente aquosas tornando-se secas, amarelas, pardas;
● Picnídios são formados no centro das lesões;
● É comum numerosas manchas coalescerem, causando a morte da folha;
● Os nós infectados tornam-se escuros, quase negros, de aparência salpicada
devido à formação de picnídios;
Mancha de Gluma
Sintomas:

● Às vezes pode haver o estrangulamento completo dos nós que quebram-se com
facilidade;

● O ataque em nós determina perdas mais elevadas no rendimento de grãos do


que em folhas;

● Em glumas, a doença caracteriza-se por apresentar uma necrose escura a


violácea a partir da ponta estendendo-se até sua metade;

● Picnídios são facilmente visíveis a olho nu sobre tecidos infectados.


Ferrugem da Folha
● A ferrugem da folha do trigo é considerada a

ferrugem mais comum desta cultura;

● O patógeno apresenta raças, sendo que algumas

podem parasitar cultivares específicas de cevada e


triticale.
Ferrugem da Folha
Sintomas:

● Manifesta em todos os órgãos verdes, desde o aparecimento das primeiras


folhas até o amadurecimento da planta;

● Inicialmente aparecem pequenas urédias arredondadas, de coloração


amarelo-alaranjada, ocorrendo preferencialmente na face superior das folhas
e estendendo-se às bainhas;

● Com a evolução da doença, formam-se as pústulas teliais, as quais são


pretas, ovais e permanecem recobertas pela epiderme até o final do ciclo da
planta.
Ferrugem Amarela
● Éuma doença de ocorrência esporádica no Brasil.
Ferrugem Amarela
Sintomas:

● Sobre as folhas podem ser observadas as urédias do fungo, que


possuem coloração amarela e são dispostas em longas estrias
lineares, paralelas ao sentido das nervuras das folhas.
Ferrugem do Colmo
●A maioria dos cultivares recomendados são
resistentes a este patógeno;

● Em cultivares suceptíveis, em áreas que apresentam

condições climáticas favoráveis, causa severas perdas


por atacar todas as partes verdes da planta.
Ferrugem do Colmo
Sintomas:

● Manchas puntiformes, levemente amareladas;

● Manchas vão se tornando salientes, aumentam de tamanho,


adquirem conformação alongada, no sentido das nervuras, até o
rompimento da epiderme e exposição dos uredósporos;
Ferrugem do Colmo
Sintomas:

● Estes são individualmente amarelos e no conjunto pardo-


ferruginosos. Os urédios são ovais, alongados ou fusóides, com os
bordos elevados, podendo estar isolados ou confluentes sobre o
colmo, bainha e lâmina foliar;
Ferrugem do Colmo
Sintomas:

● Quando os tecidos começam a se tornar senescentes, surge um


segundo tipo de frutificação, negra, alongada, no local do urédio
ou a lado deste, denominado télio, com a mesma disposição da
anterior que termina, também, por romper a epiderme;

● A coloração negra é devida à presença dos teliósporos.


Oídio
● Reduz a fotossíntese, aumenta a respiração e a transpiração das
plantas, conduzindo a um enfraquecimento e enfezamento da planta;

● o inóculo primário mantém-se, na entressafra, em plantas voluntárias


de trigo.

● Em condições favoráveis, um ciclo completo da doença pode ocorrer


em5 dias.

● A doença é favorecida por temperaturas amenas (entre 15 e 20 "C) e


ausência de água livre.
Oídio
Sintomas:

● Crescimento superficial de uma massa branca formada pelo micélio e


conídios do fungo;

● Sob ataques intensos, toda a planta pode ser afetada, incluindo a


espiga e as arestas;

● Ocorrem principalmente na superfície superior das folhas e


apresentam-se como manchas brancas do micélio do fungo, com
aspecto pulverulento;
Oídio
Sintomas:

● Os tecidos no outro lado das manchas, na superfície inferior da folha,


tornam-se verde-pálidos a amarelos;

● Nas folhas mais velhas se forma um anel necrótico amarelo a marrom


ao redor da massa micelial;

● Nas manchas velhas, principalmente nas bainhas das folhas, formam-se


corpos esféricos e escuros entre a massa micelial.
Brusone
● Mesmo patógeno do arroz;
● O patógeno sobrevive em ampla gama de hospedeiros;
● Chuvas frequentes e temperaturas um pouco elevadas criam as
condições ideais para o desenvolvimento do patógeno e em
consequência podem causar epidemias severas;

● Precipitação pluvial ou irrigação por aspersão a partir do início do


emborrachamento favorecem o desenvolvimento da doença, cuja
temperatura ideal é de 25 ºC.
Brusone
Sintomas:

● Descoloração de espiguetas acima do local de infecção do patógeno no


ráquis, onde se observa um ponto de escurecimento;

● Devido à interrupção na translocação de nutrientes as espiguetas


afetadas produzem grãos mal formados, menores e enrugados. A
brusone ocorre raramente em folhas, produzindo lesões elípticas, de cor
acinzentada, com bordas escuras.
Brusone
Sintomas:

● Os danos dependem das condições meteorológicas, podendo chegar a


100%, em anos chuvosos e com temperaturas em torno de 25 "C.

● Não há formação de grãos, quando a espiga é infectada logo no início


de seu desenvolvimento
Carvão
● A doença desenvolve-se em temperaturas entre 15 e 22°C, com chuvas
leves ou orvalho;

● A sobrevivência do fungo ocorre em forma de micélio dormente no


embrião das sementes infectadas;

● No processo de germinação da semente, o fungo inicia seu


desenvolvimento em direção ao ápice da planta e invade os tecidos das
espiguetas quando as espigas são formadas.
Carvão
Sintomas:

● As espigas das plantas afetadas apresentam-se completamente


deformadas;

● No lugar dos grãos e das glumas desenvolve-se uma massa de esporos


de coloração marrom-escura a negra.

● A membrana que recobre essa massa é rompida antes da colheita,


liberando esporos que são facilmente disseminados pelo vento, deixando
apenas o ráquis preso à planta.
Mal do Pé do Trigo
● Sobrevive no solo e a infecção pode ocorrer em qualquer época da
estação de desenvolvimento da cultura;

● Elevada umidade em decorrência de dias chuvosos, temperatura do


solo entre 12 e 20°C e alcalinidade dos solos (pH entre 6,5 a 8,5) favorecem
o desenvolvimento da infecção radicular;

● Monocultura é fator preponderante para seu aparecimento.


Mal do Pé do Trigo
Sintomas:

● Plantas doentes são facilmente arrancadas do solo, pois o sistema


radicular apresenta-se necrosado, semelhante à podridão comum de
raízes, porém de coloração negra, e encontram-se em grupos, ou
reboleiras, na lavoura;

● Causa diminuição da altura, espigas vazias e esbranquiçadas e morte


prematura das plantas afetadas.
Cárie
● Doença secundária;
● Causa queda da produção, desvaloriza o trigo nos moinhos, pois a
farinha produzida é de menor qualidade;

● Temperatura baixa, entre 5 e 15 "C, e Tratamento de sementes com boa


umidade no solo, são consideradas condições climáticas que favorecem a
instalação da doença.
Cárie
Sintomas:

● Transforma o interior dos grãos em um pó preto, causando mau cheiro;


● Plantas doentes tendem a ser ligeiramente mais baixas do que as
saudáveis;

● Espigas afetadas permanecem verdes por mais tempo, são menores e


mais eretas que as sadias, com aspecto arrepiado das aristas;

● Grãos tornam-se escuros (pardo-acinzentados).


● Durante a colheita, há liberação de nuvem de esporos escuros.
Queima das folhas
● Doença secundária;
● A bactéria pode sobreviver sobre sementes, sobre restos de cultura e
em várias gramíneas;

● O impacto dos respingos de chuva, o contato das plantas durante


períodos úmidos e insetos, incluindo afídeos, disseminam o
microrganismo.

● Outros cereais podem ser afetados, incluindo aveia, centeio e triticale.


Queima das folhas
Sintomas:

● Os primeiros sintomas da doença aparecem nas folhas superiores ao


redor do estádio de espigamento;

● Manchas aquosas que evoluem rapidamente, adquirindo coloração


branco amarelada com áreas cloróticas, que podem coalescer, tomando
aspecto desidratado;

● Sob condições ambientais de alta umidade, pequenas gotículas


viscosas desenvolvem-se sobre as lesões..
Estria Bacteriana
● A disseminação, a severidade e os danos ao rendimento de grãos são
maiores quando a temperatura diurna é superior ou igual a 25°C,
associada a períodos longos (3 a 5 dias) de água livre na superfície das
folhas;

● Irrigação por aspersão propicia ambiente favorável;


● O agente causal da mancha estriada é nucleador de gelo, ou seja, é
capaz de formar cristais de gelo, que podem intensificar as injúrias
provocadas por geadas, quando a temperatura do ar estiver em torno de
O°C.
Estria Bacteriana
Sintomas:

● Ocorre em todos os estádios e em toda a parte aérea da planta, sendo


mais comum em folhas, onde se inicia como manchas pequenas ou
como estrias claras ou encharcadas, que se tornam amarelo ouro, do
vértice para as pontas das folhas;

● Estas manchas desenvolvem-se e formam estrias longitudinais entre as


nervuras, translúcidas quando observadas contra uma fonte de luz.
Estria Bacteriana
Sintomas:

● Nas espigas, os sintomas aparecem quando a severidade nas folhas for


acentuada;

● Nas glumas, os sintomas aparecem como estrias escuras, que se


fundem e as tornam completamente escuras.
Mosaico Comum
● O vírus é transmitido por Polymyxa graminis, um microrganismo
residente no solo que, em seu ciclo de vida, produz esporos flagelados
que necessitam de água livre para se movimentar e infectar as raízes;

● A doença ocorre com mais frequência em áreas da lavoura onde o vetor


se concentra;

● Em condições ambientais favoráveis, caracterizadas por solos frios e


encharcados, especialmente após o estabelecimento da cultura, grandes
áreas podem ser comprometidas, no caso de cultivares suscetíveis.
Mosaico Comum
Sintomas:

● Em estádios mais avançados, as áreas amarelecidas tornam-se


necrosadas;

● Plantas de cultivares mais suscetíveis apresentam redução do porte e


podem não produzir espigas ou produzem espigas pequenas;

● No campo, a doença ocorre normalmente em reboleiras.


Mosaico Comum
Sintomas:

● Em estádios mais avançados, as áreas amarelecidas tornam-se


necrosadas;

● Plantas de cultivares mais suscetíveis apresentam redução do porte e


podem não produzir espigas ou produzem espigas pequenas;

● No campo, a doença ocorre normalmente em reboleiras.


Nanismo Amarelo
● O nanismo amarelo é causado por espécies do Barley yellow dwarf
vírus (BYDV) e do Cereal yellow dwarf vírus (CYDV), que são transmitidas
por várias espécies de afídeos;

● São importantes onde, o Rhopalosiphum padi que ocorre ao longo de


todo o ano, e Sitobion avenae, que ocorre principalmente na época de
espigamento do trigo;

● Invernos com temperatura amena e clima mais seco favorecem as


populações de afídeos e a disseminação da doença.
Nanismo Amarelo
Sintomas:

● Amarelecimento das folhas, que ocorre do seu ápice em direção à base


(esta normalmente permanece verde);

● O limbo foliar tende a ficar enrijecido e a enrolar sobre si mesmo. A


doença ocorre em reboleiras, mas, sob condições favoráveis, pode ocupar
grandes áreas;

● A severidade dos sintomas e os danos são dependentes da cultivar de


trigo e do estádio em que ocorreu a infecção;
Nanismo Amarelo
Sintomas:

● Plantas de cultivares suscetíveis e intolerantes, que tenham sido


infectadas em estádio inicial de desenvolvimento, apresentam redução
da estatura, do número de afilhos e do tamanho e número de espigas e
grãos.
Nematoide das Galhas
● Meloidogyne spp.
● Está associado ao sistema radicular das plantas, sendo
responsável pela formação de galhas;

● Afeta o desenvolvimento da parte aérea, podendo causar sérios


prejuízos na quantidade e qualidade dos grãos.
Nematoide das Galhas
Sintomas:

● Formação de galhas de variados tamanhos, podendo, às vezes,


ocorrer o engrossamento irregular do sistema radicular;

● O sistema radicular torna-se ineficiente na absorção de água e


nutrientes, afetando o crescimento das plantas.

● Os sintomas típicos da parte aérea são redução do crescimento e


amarelecimento das folhas.
Nematoide das lesões
● Pratylenchus brachyurus;
● As raízes das plantas atacadas geralmente apresentam lesões
causadas pelo nematóide, as quais servem de porta de entrada
para bactérias e fungos, causando necroses e podridões..
Obrigado pela a atenção!

Luan Leone luan.magalhaes@solubio.agr.br


Estagiário AEA - Uberlândia

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