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Cultura da batata

Luan Leone
Aspectos Gerais

● Cultura anual;

● Ciclo: 90 a 110 dias;

● Germinação: 25 a 50 dias;
Tubérculo
Lenticelas

Brotos

Gemas dormentes
Tubérculo

● Caules adaptados para reserva;

● Formam do engrossamento dos estolões;

● Lenticelas são importantes para a respiração;

● O tubérculo passa por um período de


dormência
Raíz

● As raízes não aprofundam mais que 40 cm


no solo.
Inflorescência

● Planta hermafrodita;

● Autofecundação na maioria das


cultivares;

● Algumas cultivares ocorrem a


fecundação cruzada
Caule aéreo

● Seção circular, quadricular e


triangular;

● Quando cresce a partir do


tubérculo mão se denomina
rama.
Folhas

● Folhas compostas;

● A coloração varia dependendo


da variedade.
Estresse hídrico
● Época crítica: estolonização
e formação dos tubérculos;
● Causa redução do número
de tubérculos;
● Redução do tamanho dos
tubérculos;
● Coração oco.
Temperaturas Altas
● Reduzem a síntese de fotoassimilados essenciais ao
desenvolvimento da planta como também a partição aos
tubérculos. Como consequência, ocorre queda de rendimento e
redução da matéria seca dos tubérculos;

● Provocam redução de produtividade, altas temperaturas ainda


afetam negativamente a aparência do tubérculo devido à
ocorrência de doenças e distúrbios fisiológicos, tais como
lenticeloses, rachaduras, embonecamento e manchas internas.
Lenticelose

Lenticelose
Coração Preto

Rachaduras
Unhadura

Chocolate ou mancha
ferruginosa
Temperaturas Baixas
● Paralisa o crescimento;

● Causam o
embonecamento e
gelatinização dos
tubérculos.
Distúrbios fisiológicos
Vertiligo

● Tubérculos produzidos em solos


encharcados podem apresentar a
superfície esbranquiçada e ligeiramente
embolhada e depois escurecidas em
virtude da absorção de água pelas
lenticelas. Normalmente, esse distúrbio
vem acompanhado de outros ligados à
alta umidade do solo, como lenticelose,
coração-oco e coração-preto.
Distúrbios fisiológicos
Esverdeamento

● O esverdeamento ocorre quando os tubérculos são expostos à luz. No campo


(esverdeamento de campoacontece quando a amontoa é mal feita, quando
ocorre erosão no campo ou quando a cultivar tuberiza muito
superficialmente. O esverdeamento de pós-colheita ocorre quando os
tubérculos são armazenados sob a luz natural ou artificial. A rapidez com que
os tubérculos esverdeiam depende da cultivar. Quando o tubérculo
esverdeia, forma-se um alcaloide de sabor amargo, tóxico ao homem,
chamado solanina. Por isso, tubérculos esverdeados não devem ser
consumidos.
Distúrbios fisiológicos
Despelamento ou mal encascada

● A colheita de batata deve ocorrer pelo


menos cinco dias após a morte natural ou
artificial das ramas, ocasião em que a
película fica bem aderida aos tubérculos.
Colheita mais precoce resulta em
"despelamento" dos tubérculos durante a
manipulação e lavação, o que afeta a
aparência do produto e acelera a sua
deterioração por favorecer o ataque de
patógenos.
Distúrbios fisiológicos
Esfolamento

● É um dano mecânico que provoca a


remoção da casca da batata e
também de parte da polpa; portanto,
de forma mais profunda que o
despelamento. Acontece durante a
operação de transporte, embalagem
ou lavação da batata.
Fotoperíodo
• Em fotoperíodos curtos, as plantas, geralmente, apresentam tuberização mais
precoce, estolões curtos, hastes menores e produção antecipada. Ao contrário, em
fotoperíodos longos, as plantas iniciam a tuberização mais tarde, os estolões são
mais compridos, a folhagem é mais abundante, com maior número de hastes
laterais, maior florescimento, maior ciclo de desenvolvimento e produção mais
tardia. Algumas cultivares não tuberizam em dias muito longos.

• A produção diária da batata é maior em fotoperíodos longos do que em fotoperíodos


curtos, pela maior quantidade de energia interceptada. Entretanto, como cada
genótipo tem o próprio fotoperíodo crítico, é essencial que o produtor conheça o
comportamento da cultivar na região e na época específica de plantio.
Plantio
• Batata semente: tipo I (pequena), tipo II (média), tipo III (grande).

• Vazão de aplicação no plantio: 150 l/ha;

• Não se recomenda velocidades de trabalho acima de 7 km/h.


• Velocidades altas de trabalho aumenta o percentual de falhas, e
desuniformidade da profundidade de plantio.
Adubação
● Plantio;

● Entrada do parcelamento da
adubação de N: 30 a 35 dias após o
plantio.

● Inicio da formação dos


tubérculos. E3.
Escala fenológica
I II III IV V
Estádios de desenvolvimento
• Estádio I (Emergência): Nessa fase ocorre o início do
desenvolvimento das brotações e do sistema radicular de
absorção, resultando na emergência das hastes a partir das
reservas da batata semente. A temperatura do solo para rápida
emergência é de 22°C a 25ºC .
Estádios de desenvolvimento
• Estádio II (Estolonização): Junto com o crescimento de todas as
estruturas da planta ocorre o desenvolvimento dos estolões
(caules subterrâneos modificados), em cujas extremidades há
formação dos tubérculos. O estímulo à tuberização ocorre devido
ao balanço hormonal da planta, sendo influenciado por cultivar,
tamanho e idade fisiológica do tubérculo semente, fotoperíodo,
temperatura, umidade e disponibilidade de nutrientes no solo.
Estádios de desenvolvimento
• Estádio III (Tuberização): Caracteriza-se pelo acúmulo

de reservas, principalmente amido, nas extremidades


dos estolões. É um período em que ocorre intenso
crescimento das hastes, raízes e tubérculos (Figura 3). O
início da tuberização coincide com o início do
florescimento.
Estádios de desenvolvimento
• Estádio III (Florescimento): No florescimento da planta ocorre a
fecundação das flores e o desenvolvimento de frutos com sementes.
Esse estádio é importante para programas de melhoramento
genético, mas para lavouras de produção comercial de batata é
apenas indicador do desenvolvimento da parte subterrânea. Entre o
início e o final do florescimento ocorre o período de máximo acúmulo
de biomassa na parte aérea, intenso crescimento dos tubérculos e
reduzido crescimento de raízes.
Estádios de desenvolvimento
• Estádio IV (Crescimento do tubérculo): Após o florescimento, a
planta não emite novas folhas e prioriza o direcionamento de
fotoassimilados para o crescimento dos tubérculos. Maior
produtividade é obtida sob fotoperíodos longos e temperaturas do
ar entre 15°C e 20°C. Entretanto, a planta deve estar bem suprida
de água e nutrientes, livre do ataque de pragas e moléstias, e da
competição de plantas daninhas.
Estádios de desenvolvimento
• Estádio V (Senescência): Esse estádio caracteriza-se pelo amarelecimento
natural das hastes e das folhas que começam a diminuir a atividade
fotossintética, tendo seus compostos estruturais, como a clorofila, enzimas e
carboidratos degradados e remobilizados aos tubérculos. Durante a
senescência grande parte dos patógenos, principalmente vírus, é translocada
da parte aérea para os tubérculos. Portanto, a dessecação da parte aérea é
uma prática cultural que deve ser realizada antes da senescência das plantas,
quando os tubérculos serão destinados para semente, visando minimizar a
infecção com vírus e controlar o tamanho da batata-semente
Estádios de desenvolvimento
• Estádio V (Maturação): A maturação das plantas de batata ocorre
quando a maioria das folhas e hastes estão secas. É nesse estádio
que os tubérculos atingem o tamanho final e o máximo teor de
matéria seca, cujo aumento se deve exclusivamente à translocação
de assimilados das folhas e hastes. A periderme (película) torna-se
firme, as gemas ficam dormentes e a quantidade de açúcares
solúveis é reduzida nos tubérculos.
Classificação de Cultivares

● Precoce: n < 100 dias;

● Normais: 100 < n < 110 dias;

● Tardia: n > 110 dias.


Fitossanidade
Medidas para reduzir pragas e doenças:

● Utilizar cultivares resistentes e tolerantes;

● Realizar o plantio em época adequada, de modo a evitar que os períodos críticos para a cultura
coincidam com condições ambientais mais favoráveis ao desenvolvimento de doenças e pragas;

● Utilizar batatas sementes de boa qualidade e tratadas;

● Utilizar rotação com culturas não suscetíveis;

● Rotação de cultivares;

● Manejo adequado da lavoura – adubação equilibrada (N e K), população de plantas adequada,


controle de pragas, doenças e de invasoras e colheita na época correta.
Pragas
Cigarrinha Verde
● Os ovos são postos nas preferencialmente nas nervuras;

● Podem permanecer em diapausa por um longo período, até que o clima


chegue às condições de umidade e temperatura elevadas;

● As ninfas e os adultos sugam a seiva das folhas;

● Clima úmido favorece;

● Ficam na parte inferior das folhas.


Cigarrinhas
Danos:

● Injetam toxinas;

● Paralização do crescimento;

● Encarquilhamento;

● Necrose.
E1 E2 E3 E4 E5

Cigarrinha
Coró ou Bicho Bolo
● Os ovos são postos em ninhos subterrâneos formados por restos
vegetais;

● As larvas, inicialmente, alimentam-se dos materiais que formaram o


ninho. Depois passam a se alimentar de raízes e tubérculos.
Coró
Danos:

● Redução na emergência;

● Falhas nas linhas de plantio;

● Morte de plantas;

● Redução na produção;

● Reboleiras.
E1 E2 E3 E4 E5

Coró
Larva alfinete, Vaquinha
● As fêmeas depositam os ovos no solo, próximo das áreas de
plantio;

● Preferência por terras escuras e ricas em matéria orgânica;

● As pupas são encontradas no solo em casulos de terra construídos


pelas larvas.
Larva alfinete, Vaquinha
Danos:

Larvas:

● Promovem furos nos tubérculos, porta de entrada de


doenças.

Adultos:

● Perfurações e cortes em brotações, folhas, botões florais,


flores.
E1 E2 E3 E4 E5

Larva alfinete e Vaquinha


Larva arame
● Vaga-lume;

● Os ovos são postos no solo.


Larva arame
Danos:

● Redução na emergência;

● Redução do vigor;

● Definhamento das plantas maiores;

● Funções básicas como absorção de nutrientes e água são


prejudicadas, em razão da perda de parte do sistema radicular.
E1 E2 E3 E4 E5

Larva arame
Lagarta Rosca
● Os ovos são depositados em hastes, folhas ou no solo;

● Se enrolam quando perturbadas.


Lagarta Rosca
Danos:

● Atacam a batata sementes, hastes e folhas, em especial aquelas


mais próximas do solo;

● Falhas de emergência nas linhas de plantio;

● Plantas mais jovens murcham;

● Em plantas adultas são abertas galerias na base da hastes e nas


raízes mais superficiais.
E1 E2 E3 E4 E5

Lagarta Rosca
Lagarta do Cartucho
● Praga secundaria, pode haver dependendo da cultura anterior;

● As fêmeas depositam os ovos nas folhas das plantas hospedeiras e depois


os cobrem com pelos e escamas que retiram do próprio corpo;

● Geralmente se encontra apenas uma lagarta grande por planta, pois são
canibais;

● Possuem três pares de pernas no tórax, quatro no abdome e um par anal;

● No topo da cabeça tem um Y invertido de cor clara.


Lagarta do Cartucho
Danos:

● As lagartas jovens apenas raspam a superfície foliar e deixam uma membrana


translúcida para trás;

● Folhas que já nascem recortadas e com detritos;

● Na fase inicial atacam as folhas. Quando não as consomem por inteiro, causam a
murcha, o tombamento e a morte.
E1 E2 E3 E4 E5

Spodoptera
Pulgão
● Vivem em colônias;

● Os adultos podem possuir asas ou não;

● Na reprodução, não há necessidade de fecundação das fêmeas e os novos


pulgões já nascem completamente formados. Não há postura de ovos;

● Locais e períodos com baixa umidade, ventos de baixa velocidade e


temperatura ao redor de 20 °C são ideais para o seu desenvolvimento.
Pulgão
Danos:

● Esgota as reservas hídricas e nutricionais;

● Causam deformações nas folhas;

● Transmissão de vírus, como o mosaico, Potyvírus;

● Formação da fumagina sobre folhas e outras partes.


E1 E2 E3 E4 E5

Pulgão
Cochonilha Branca
● Sugam as hastes e folhas;

● O ataque dessa praga é caracterizado pela secreção de uma


substância em forma de algodão.
E1 E2 E3 E4 E5

Cochonlha Branca
Mosca Minadora
● Oviposição no interior das folhas;

● Clima quente e seco e a utilização inadequada de inseticidas


favorecem o aumento populacional desta praga;

● As larvas transformam-se em pupas no solo, podendo, também, ser


encontradas no interior das galerias (minas) por elas construídas nas
folhas.
Mosca Minadora
Danos:

● As larvas abrem minas no interior do parênquima foliar;

● Alimentam dos tecidos;

● Destroem parcialmente ou totalmente a folha;

● provocando secamento nas folhas;

● Quando o ataque é muito intenso, podem prejudicar o


desenvolvimento da cultura.
E1 E2 E3 E4 E5

Mosca Minadora
Traça
● Hábito noturno;

● Durante o dia ficam refugiados nas folhas da batata ou na


vegetação vizinha;

● Oviposição próximas das nervuras da superfície inferior das


folhas, nos pecíolos, gemas e brotações novas dos tubérculos.

● Ocorrência durante o ano inteiro.


Traça
Danos:

● As larvas causam danos (minas) primeiramente nas folhas e


ramos;

● Com a morte da planta, passam a atacar também os tubérculos,


construindo galerias onde se podem ver suas fezes;

● As perdas podem se estender para tubérculos armazenados.


E1 E2 E3 E4 E5

Traça
Burrinho ou Vaquinha da Batata
● Besouro;

● Inseto polífago que se alimenta de várias solanáceas e plantas


hortícolas;

● Epicauta atomaria possui coloração cinza e pontos pretos


distribuídos sobre os élitros e é mais comum nas regiões Sul e Sudeste do
Brasil;

● E. suturalis, apresenta o corpo de coloração escura e é mais frequente


no Centro-Oeste do Brasil.
Burrinho ou Vaquinha da Batata
Danos:

● Alimentam-se de folhas deixando apenas as nervuras;

● Quando a população é grande podem causar desfolha total.


Epicauta atomaria
Epicauta suturalis
E1 E2 E3 E4 E5

Burrinho ou Vaquinha da Batata


Mosca Branca
● Hemiptera;

● Fêmea maior do que o macho;

● São mais prejudiciais no período do florescimento.


Mosca Branca
Danos:

● Sucção de seiva;

● Desenvolvimento de fumagina;

● Grande transmissor de vírus, como Tomato yellow vein streak


vírus (ToYVSV) causador do mosaico-deformante em plantas de
batata.
E1 E2 E3 E4 E5

Mosca Branca
Doenças
Requeima
● Também conhecida como “mela”;

● É favorecida por baixa temperatura (12 °C - 18 °C) e


alta umidade relativa do ar (>90%);

● Pode ocorrer em todas as partes da planta;

● Possui um grande número de plantas hospedeiras.


Requeima
Sintomas:

● Manchas pequenas, irregulares, de cor pardo-escura;

● Aumentam rapidamente tornando-se escuras, amarronzadas ou


pretas, delimitando-se com o tecido sadio por uma estreita faixa
de tecido encharcado e descolorido;

● Em estágio mais avançado causa necrose dos tecidos e morte dos


folíolos;
Requeima
Sintomas:

● Sob condições de alta umidade, as frutificações do fungo


apresentam um crescimento esbranquiçado na face inferior da
folha.

● Nas hastes, s lesões são alongadas, semelhantes as das folhas,


tendendo a anelar todo o órgão, promovendo a morte de toda
porção do órgão disposta acima da lesão;
Requeima
Sintomas:

● Dá-se principalmente naqueles tubérculos que estão próximos à


superfície do solo, causando manchas marrons sob a epiderme e
tornando-se uma podridão dura e escura de bordos definidos;

● As plantas exalam um odor putrefato característico.


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Requeima
Pinta Preta
• Conhecida também como Alternaria, crestamento alternário”,
“queima”. “queima das folhas” e “crestamento precoce”;

• É favorecida por temperaturas altas, acima de 24 ºC, e alta


umidade relativa do ar (>90%), portanto mais presente em lavouras
cultivadas durante o verão;

• Normalmente, se estabelece na lavoura após o período de maior


vigor vegetativo e se espalha por meio de esporos carregados pelo
vento.
Pinta Preta
Sintomas:

● O Fungo ataca toda a parte aérea da planta, pecíolos e caule;


● Iniciam-se normalmente nas folhas mais baixas e velhas da planta, onde
surgem pequenas manchas escuras;

● Crescem adquirindo um formato ovóide, delimitado pelas nervuras da folha,


de coloração escura e com zonas concêntricas características;

● O tecido entre e ao redor das lesões apresenta-se normalmente clorótico;


● Em tubérculos, as lesões são escuras, de formato circular a irregular,
deprimidas, tendendo a provocar podridão seca.
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Alternaria
Rizoctoniose
● Aparece principalmente em solos frios e alta umidade;

● Sequência de culturas cultivadas na área favorece;

● Fungo de solo;

● Os sintomas mais graves na planta aparecem na primavera,


pouco depois da plantação.
Rizoctoniose
● O fungo mantém-se de um ano para o outro, sob a forma de
esclerotos no solo, ou como micélio em resíduos vegetais
existentes no solo;

● Na primavera, quando as condições são mais favoráveis, os


esclerotos germinam e invadem os caules da planta,
especialmente através de feridas.
Rizoctoniose
Sintomas:

● Atraso no desenvolvimento da planta, deformação e descoloração


dos caules;

● Necrose do tecido vascular;

● Pigmentações púrpuras nas folhas.

● Em período úmido, o fungo pode manifestar-se na base dos


caules necrosados e formar uma baínha esbranquiçada;
Rizoctoniose
Sintomas:

● A rizoctonia produz uma toxina que tem efeito inibidor do


crescimento;

● As raízes são igualmente infectadas e algumas delas destruídas,


razão pela qual as plantas dispõem de um sistema radicular fraco;
E1 E2 E3 E4 E5

Rizoctoniose
Sarna Pulverulenta
● Doença que afeta raízes e tubérculos da batata;

● Geralmente, só é observada após a colheita, principalmente quando a


batata é lavada;

● O patógeno está associado ao solo, onde sobrevive por muitos anos, e


a batata-semente infectada, através da qual ele é disperso a longas
distâncias;

● Embora cause mais problemas em climas frios, pode ser encontrada


sob todas as condições onde se cultiva a batata, desde que os solos
estejam bem úmidos.
Sarna Pulverulenta
Sintomas:

● A doença só é detectada na colheita;


● Nas raízes, forma pequenas galhas similares às de nematoides;
● Nos tubérculos, onde são formadas pústulas superficiais que se abrem
e liberam estruturas típicas do patógeno, chamadas bolas de esporos
(spore balls);

● Durante o armazenamento, a sarna pulverulenta pode ocasionar


podridão seca ou aumento das lesões tipo verruga.
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Sarna Pulverulenta
Podridão de Fusarium
• Afeta somente os tubérculos;

• É mais importante para a batata-semente;

• Temperaturas mais altas são mais favoráveis para o


desenvolvimento da doença;

• Infecção se dá por meio de ferimentos mecânicos ou causados por


insetos.
Podridão de Fusarium
Sintomas:

● Apodrecimento do tubérculo;
● Se caracteriza por ser seca e deprimida, evoluindo para seca total do
tubérculo, que fica com aspecto mumificado;

● Quando o tubérculo doente é cortado, percebe-se a formação de


cavidades internas, geralmente cobertas de micélio branco do fungo;

● Escurecimento vascular.
Podridão de Fusarium
● Raízes: A murcha-de-Fusarium provoca o encharcamento da raiz. O xilema é
colonizado, e os vasos são obstruídos pelo fungo, causando a morte da planta;

● Folhas: A murcha-de-Fusarium, além da murcha, pode provocar a morte


prematura das folhas mais velhas e das hastes. Também se observa o
amarelecimento ou bronzeamento das folhas. Os sintomas de campo podem
não ser notados, pois geralmente ocorrem no final do ciclo da cultura;

● Haste: No campo, as plantas com murcha podem apresentar escurecimento


de caule.
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Fusarium
Olho Pardo
● Afeta somente os tubérculos;

● Solos de cerrado;

● Aparece com mais frequência em cultivos sujeitos a

temperaturas mais altas;

● Favorece se for cultivada após ervilha ou soja, que


também são hospedeiras do fungo.
Olho Pardo
Sintomas:

● Lesões superficiais marrom escuras ao redor das lenticelas


localizadas mais próximas à região do estolão.
E1 E2 E3 E4 E5

Olho Pardo
Sarna Prateada
• Afeta a periderme dos tubérculos (pele), sem se aprofundar na polpa;
• Tubérculos recém-colhidos, em especial se permaneceram no solo além
do necessário para fixação da pele e sob temperatura e umidade altas,
apresentam manchas superficiais irregulares, de aspecto metálico-
prateado, percebidas principalmente após a lavação;

• No caso de batata-semente, que é armazenada por períodos mais longos,


a superfície coberta pela lesão apresenta aspecto enrugado, ocasionado
pela perda de água no tecido afetado.
E1 E2 E3 E4 E5

Sarna Prateada
Murcha Bacteriana
• Favorecida por temperatura e umidade altas;

• Provoca murcha da planta e exsudação de pus bacteriano nos


tubérculos;

• A murcha começa pelo topo da planta, principalmente nas horas


mais quentes do dia, podendo se recuperar à noite. Com o passar
do tempo, toda a planta murcha de forma irreversível e morre.
E1 E2 E3 E4 E5

Murcha Bacteriana
Podridão Mole
● De ocorrência muito comum em lavouras conduzidas no verão;

● São favorecidas por temperatura, solos ácidos e umidade altas;

● Infecção através de ferimentos dos tecidos;

● Normalmente, a doença manifesta-se em plantas com bom


desenvolvimento vegetativo.
Podridão Mole
Sintomas:

● Causa encharcamento;

● O tecido colonizado torna-se mole, devido à ação das


enzimas pectinolíticas excretadas pelo patógeno;

● Apresenta secreção de líquido com odor fétido;

● O órgão afetado apodrece rapidamente.


E1 E2 E3 E4 E5

Podridão Mole
Sarna Comum
● Patógeno muito bem adaptado ao solo, onde pode estar presente
antes do plantio;

● Transmitido também pela batata-semente;


● A doença provoca perdas consideráveis especialmente quando em
solos secos por ocasião da tuberização, e com pH acima de 6,0;

● Somente os tubérculos são afetados;


● É detectada na colheita, com depreciação da qualidade dos tubérculos;
● Dependendo da espécie e da condição do solo, os sintomas podem ser
superficiais ou profundos
Sarna Comum
Sintomas:

● Inicialmente, verifica-se uma pequena elevação da cutícula que ao intensificar-se


torna a superfície áspera e suberificada;

● As lesões podem unir-se, possuindo coloração que varia de pardo-clara a escura;


● As lesões têm uma superfície irregular, podendo estar ligeiramente mais elevada
que o tecido sadio, sintoma conhecido como sarna superficial, reticulada ou
deprimida, que origina os sintomas da sarna profunda;

● Essas lesões contêm tecido suberificado e estruturas do patógeno;


● A parte aérea da planta não apresenta nenhum sintoma.
E1 E2 E3 E4 E5

Sarna Comum
Enrolamento das folhas
● Várias espécies de pulgões que são capazes de transmitir o vírus, Myzus
persicae é a principal;

● A relação vírus/vetor é do tipo persistente ou circulativa. Neste caso, o


pulgão, tanto para adquirir o vírus em planta infectada como para transmiti-lo
para planta sadia, necessita de algumas horas de alimentação no floema da
planta;

● Uma vez virulífero, o pulgão pode transmitir o vírus por toda sua vida;

● As fontes iniciais do vírus no campo são tubérculos infectados e plantas


de batata infectadas e que permanecem no campo.
Enrolamento das folhas
Sintomas:

● Os sintomas primários resultam da infecção da planta no


campo durante o ciclo da cultura e caracterizam-se por
apresentar enrolamento dos folíolos apicais, além de
amarelecimento da base dos folíolos;

● Os sintomas secundários resultam do plantio de tubérculos


infectados com o vírus e as plantas ficam com aspecto enfezado e
apresentam enrolamento das folhas basais
E1 E2 E3 E4 E5

Enrolamento das Folhas


Mosaico
● O vírus é transmitido por várias espécies de pulgões, sendo a
principal Myzus persicae;

● Pode ser transportado a grandes distâncias pela batata-semente


infectada e por pulgões com asas (alados); a curtas distâncias, dentro da
lavoura, por pulgões com ou sem asas (ápteros);

● A relação vírus/vetor é do tipo não persistente ou não circulativa;

● Dessa forma, o pulgão tanto pode adquirir como também transmitir o


vírus em poucos segundos. Portanto, apenas uma "picada de prova" é
suficiente para adquirir o vírus em planta infectada ou transmiti-lo para
planta sadia.
E1 E2 E3 E4 E5

Mosaico
Clorose por Vírus
● Infecção da planta pelo vírus pode resultar na produção de tubérculos
infectados, tornando a sua utilização como batata-semente inapropriada,
considerando-se que poderão originar plantas infectadas;

● O vírus é transmitido pela mosca-branca (Bemisia tabaci biótipo B) de


maneira semipersistente, na qual períodos mais prolongados de aquisição e
de transmissão são necessários para que o inseto possa adquirir e transmitir o
vírus;

● Após a aquisição pela mosca-branca, a capacidade de transmissão do


vírus pelo inseto vetor é reduzida gradualmente;

● O ToCV não se multiplica no vetor.


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Clorose
Vira Cabeça
● Transmitidos por tripes, de maneira circulativa propagativa;
● Nesse tipo de transmissão, o vírus é adquirido pelo inseto durante a
alimentação em planta infectada, circula no corpo do vetor onde se
multiplica;

● Apenas o segundo instar larval do tripes é capaz de adquirir o vírus ao


se alimentar em planta infectada e se tornar transmissor, quando adulto
e, dessa forma, transmitir o vírus ao se alimentar em planta sadia.
Vira Cabeça
Sintomas:

● Pontos necróticos nas folhas, necrose das hastes;

● Lesões foliares necróticas e em formato de anéis;

● Os tubérculos podem apresentar sintomas de anéis


necróticos na superfície deformações e lesões
necróticas no interior.
E1 E2 E3 E4 E5

Vira Cabeça
Nematoide das Galhas
● Meloidogyne spp.
● Está associado ao sistema radicular das plantas, sendo
responsável pela formação de galhas;

● Afeta o desenvolvimento da parte aérea, podendo causar sérios


prejuízos na quantidade e qualidade dos grãos.
Nematoide das Galhas
Sintomas:

● Formação de galhas de variados tamanhos, podendo, às vezes,


ocorrer o engrossamento irregular do sistema radicular;

● O sistema radicular torna-se ineficiente na absorção de água e


nutrientes, afetando o crescimento das plantas.

● Os sintomas típicos da parte aérea são redução do crescimento e


amarelecimento das folhas.
Nematoide das lesões
● Pratylenchus spp;
● As raízes das plantas atacadas geralmente apresentam lesões
causadas pelo nematóide, as quais servem de porta de entrada
para bactérias e fungos, causando necroses e podridões..
Nematoide das lesões
Sintomas:

● Raízes engrossadas e menos eficiente na absorção de água e


nutrientes da solução do solo podendo apresentar, também, pequenas
galhas;

● Crescimento reduzido, apresenta sintomas de deficiências minerais e


a produção é reduzida;
Nematoide das lesões
Sintomas:

● Parte aérea enfezada e clorótica, sintomas de murcha durante os dias


quentes, com recuperação à noite;

● Podendo aparecer em reboleiras ou em grandes extensões.


Nematoide do Cisto
● Heterodea spp.
● Especie que ainda não chegou no país, mas tem nos países vizinhos em
batata

● Apresentam cistos nas raízes, que são o corpo da fêmea morta com os
ovos dentro;

● O sistema radicular torna-se ineficiente na absorção de água e nutrientes,


afetando o crescimento das plantas.

● Os sintomas típicos da parte aérea são redução do crescimento e


amarelecimento das folhas.
E1 E2 E3 E4 E5

Nematoides
Obrigado pela a atenção!

Luan Leone luan.magalhaes@solubio.agr.br


Estagiário AEA - Uberlândia

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