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Discente Fabio Martins

CÁRTAMO
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Carthamus tinctorius
Origem
• O nome genérico do cartamo “carthamus”
vem do árabe “kurthum”, também derivada do
hebraico “kartami” que quer dizer “tingir”
• uma das mais antigas culturas da humanidade.
A análise química de produtos têxteis antigos
egípcios datados do XII dinastia identificados
corantes feitos de cártamo, e guirlandas feitas
de cártamos foram encontrados na tumba do
faraó Tutankhamon.
Origem
• Outros Nomes

Carthame, Falso-Açafrão, Açafrão-dos-


tintureiros, Açafrão dos pobres, Sultana,
Safflower, red flower, Flor vermelha
Origem
• Originaria da Ásia, onde era utilizada para
tingir seda, além de ser muito apreciada no
oriente pelo óleo rico em ácidos graxos, há
relatos dos primeiros cultivos nos continentes
asiático e africano.
Botânica
• Carthamus tinctorius L. família Asteraceae
• Planta anual que varia de 0,30 a 1,5 metros
dependendo da data de semeadura,
espaçamento, fotoperíodo, temperatura,
umidade e fertilidade do solo

• Caule ereto – ramificado (primarios,


secundarios e terciários)
• Folhas: Espinhentas e serrilhadas nas pontas
Botânica
• Flores: Cachos volumosos, ápices de flores
globulares chamados capítulo, flores amarelo
brilhante, cor de laranja ou vermelhas auge
florescimento em julho.
• Cada filial terá geralmente de um a cinco
ápices de flores contendo 15 a 20 sementes por
ápice
Botânica
• Sistema radicular profundo, apresentando raiz
principal que se alonga de 2 a 3 m, o que
facilita a extração de água e nutrientes de
camadas mais profundas do solo, que a ajudam
em terrenos acidentados e pobres.
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Produção mundial
• A produção mundial de cártamo é de cerca de
600 mil toneladas, com uma área colhida de,
aproximadamente, 800 mil hectares
Cazaquistão, Índia, Estados Unidos e México
são os maiores produtores na atualidade
• Argentina, Peru e China também são
responsáveis por grande parte da produção de
cártamo no mundo
Produção mundial
• Na China as flores são colhidas,
principalmente para uso medicinal
Utilização comercial
• Nos EUA se usa as flores da mesma forma
como usamos o Urucum no Brasil, para colorir
e aromatizar pratos. O óleo vegetal só
começou a se proliferar nos últimos 50 anos,
quando foi descoberto seus benefícios
medicinais.
Utilização comercial
• Sua produção em escala comercial e para a
exportação se intensificou há cerca de 50 anos,
inicialmente como uma fonte de óleo para a
indústria de tintas, e, atualmente, para
produção de óleo comestível, utilizado para
cozinhar, produção de margarina e também
como óleo de salada, substituindo o azeite de
oliva.
Utilização comercial
• O óleo de cártamo apresenta potencialidades
como matéria prima para produção de
biodiesel e na fabricação de tintas e vernizes
porém em todo o mundo, a principal finalidade
do cultivo desta espécie é para obtenção de
óleo comestível de bom valor nutricional.
Consumo humano
• Ricos em ácidos graxos monoinsaturados
ômega 9 elevada quantidade de ácidos graxos
poliinsaturados ômega 6.
• As sementes são também uma fonte rica de
minerais (Zn, Cu, Mn e Fe), vitaminas E
(tiamina e β-caroteno) e tocoferóis
• Cartamona, Lignanas, Polissacarídeos, Óleo
essencial.
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Consumo animal
• Cártamo é uma cultura conveniente e
desejável à pecuária, pois permite a produção,
na mesma área, de volumoso (silagem de
cártamo) e concentrado (torta de cártamo, um
coproduto da indústria de óleo), ambos podem
ser usados na alimentação de ruminantes e
monogástricos
Ciclo
• Estudos realizados na região do mediterrâneo
com cártamo mostram que quando o cultivo
ocorre no inverno com baixas temperaturas, o
ciclo da cultura chega há 240 dias, porém,
quando o cultivo é na primavera/verão, com
temperaturas mais elevadas, o ciclo pode
baixar para 110 dias.
Ciclo
• No Brasil central, estudos apontam que o ciclo
da cultura do cártamo pode ser de 140 dias se
semeado no período outono inverno
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Época semeadura
• O cártamo é uma espécie que oferece alta
resistência à falta de água e baixa umidade
relativa do ar, mostrando-se insensível às
adversidades climáticas, especialmente a
estiagens e diferentes tipos de solo, podendo
ser cultivada em praticamente toda época do
ano no Brasil
Florescimento
• O florescimento ocorre em torno de 100 dias
após a semeadura, dependendo dos tratos
culturais e das condições climáticas, e a
maturidade fisiológica ocorre
aproximadamente aos 140 dias após.
Clima
• O cártamo possui adaptação a condições
ambientais adversas.
• tolerante ao déficit hídrico podendo ter boa
produtividade entre 350 e 400 mm, porém
estudos apontam um acréscimo considerável
de produção acima de 600 mm.
Clima
• Tolera clima quente, mas não toleram geadas,
mas ainda suporta valores negativos de
temperatura nas primeiras fases do ciclo
vegetativo
• Suporta grandes amplitudes térmicas entre 7 a
40°C conforme estádio desenvolvimento.
• Cultivo do nível do mar até 2000 m altitude
Solo
• No Brasil, são escassas informações relativas à
sua produção, técnicas de cultivo e finalidade
porém acredita-se no potencial produtivo desta
cultura. Pesquisas estão sendo realizadas para
selecionar acessos que se adaptam melhor às
condições edafoclimáticas locais bem como
para avaliar o requerimento nutricional da
cultura.
Solo
• Geralmente, o cártamo é produzido em solos
com baixa aptidão agrícola que são
relativamente secos e com ausência de
insumos, tanto fertilizantes ou irrigação, no
entanto correção de solo tende aumentar a
produção de óleo.
Solo
• Na maioria desses países, o cártamo é utilizado
em rotações com culturas de cereais, o que
promove a diversificação dos sistemas de
cultivo, a quebra dos ciclos de doenças e
controla o surgimento de plantas espontâneas.
Solo
• O cártamo se adapta bem em terrenos
profundos, pouco compactados
• O pH para cultivo deve estar próximo a
neutralidade
• Tolera bem a salinidade no solo.
• Micronutrientes Boro e Manganês afetam a
produção do capítulo
Solo
• Cultura de importância química, física e
biológica

Fonte : Arquivo pessoal


Solo
• Cultura de importância química, física e
biológica

Fonte : Arquivo pessoal


Nitrogênio
• Um dos nutrientes mais importantes para o
crescimento e desenvolvimento de cártamo,
imprescindível para a produção, pois afeta a
produção de matéria seca, influencia o
desenvolvimento e manutenção da área foliar,
eficiência fotossintética.
Nitrogênio
• Deficiência de N provoca atrasos no
desenvolvimento fenológico tanto vegetativo
quanto reprodutivo, reduz a taxa de
emergência foliar, o rendimento e os
componentes de produção, tais como o número
de capítulos por planta, o número de sementes
por capítulo, o peso de uma única semente, e o
número de sementes por planta.
Nitrogênio
• O excesso, de N induz nas plantas o aumento
no teor de proteína em detrimento de
carboidratos, resultando excessivo
desenvolvimento parte aérea, além do
acamamento, pode resultar em menor
resistência à seca Dessa forma, um possível
excesso de nitrogênio associado à deficiência
de potássio pode resultar em elevado nível de
acamamento.
Potássio
• Estudos sobre níveis de adubação potássica
partir de 0 a 150 kg ha-1 apontaram aumento
significativo nas características de produção e
qualidade do cártamo.
– Peso de 1000 sementes (34%)
– Rendimento de sementes (58%)
– Óleo na semente (15%)
– Rendimento de óleo (79%)
Potássio
• O K aumenta a resistência ao acamamento,
provavelmente em consequência da aceleração
na lignificação das células do esclerênquima e
do aumento na espessura do caule
Nitrogênio e potássio
• O N e K são responsáveis controle da
transpiração, é feito pelo fechamento
estomático o que pode evitar o déficit hídrico
das culturas, tornando eficiente o uso da água
pela cultura.
Melhoramento genético
• As tentativas de melhorar a produtividade e
qualidade de grãos, por meio do
desenvolvimento de novos genótipos e práticas
agronômicas, estão em andamento em todo o
mundo.
• A seleção massal tem selecionado os melhores
indivíduos em relação às características
desejadas.
Melhoramento genético
• EUA possuem cerca de 2300 acessos de
cártamo coletados em mais de 50 países
• China possui expressivo banco de
germoplasma contando com mais de 2000
acessos.
• Brasil teve acesso a coleção disponibilizada
pelos EUA por meio do Instituto-
Matogrossense do Algodão (IMA-MT).
Patógenos
• Fitopatógenos podem estar associados as
sementes, na superfície do solo, no interior ou
em mistura com as sementes nas mais variadas
formas de propagação.
– Aspergillus
– Penicilliun
– Fusarium
– Alternária
– Diplodia
– Cladósporiun
Patógenos
• Os rendimentos são mais baixos em condições
úmidas ou chuvosas, pois a produção de
sementes é reduzida e a ocorrência de manchas
foliares e doenças que provocam
apodrecimento do capítulo.
Sclerotínia
• Sclerotínia Sclerotiorun grupo agressivo de
fungo que obtém nutrientes do seu hospedeiro
a custas da decomposição do mesmo.
– Necrose na cor pardo-esbranquiçada na haste,
folhas amareladas, murchas e secas
Sclerotínia
Antracnose
• Causado pelo colletotrichum gloesporioides
penz
– Manchas necróticas deprimidas formado ovalado
na haste, que se quebra na região afetada
Antracnose
Pragas
• Euphoria lurida pequeno beosuro
– Descoberta foi anunciada recentemente
(08/03/2017) por pesquisadores do Instituto
Agronômico do Paraná (IAPAR), Plantios de
cártamo na região oeste do Paraná podem ter a
produtividade seriamente comprometida (até 50%)
por infestação de um pequeno besouro.
Pragas
Pragas
• Chrysoperla externa
Pragas
• Cycloneda sanguinea
Referências
• POLUNIN, 1991.
• FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS, 2013.
• BAGHERI e SAM-DAILIRI, 2011.
• BERGLUND et al., 2013.
• VELASCO et al., 2005.
• MUNDEL et al., 2004;
• DORDAS e SIOULAS, 2008.
• ARANTES, 2011.
• BAGHERI e SAM-DAILIRI, 2011.
• OMIDI et al., 2012.
• SINGH e NIMBKAR, 2007.
• OELKE et al., 1992.
• CORLETO et al., 1997.
• SILVA, 2013.
• BONAMIGO et al., 2013.
Referências
• LOVELLI et al., 2007.
• SINGH e NIMBKAR, 2007.
• MOVAHHEDY-DEHNAVY et al., 2009.
• MUNDEL et al., 2004.
• DORDAS E SIOULAS, 2008.
• SUGIHARTO et al. 1990.
• GILBERT e TUCKER, 1967.
• JONES E TUCKER, 1968.
• PALIZDAR et al. 2011.
• MARSCHNER, 1986.
• PRETTY, 1982.
• PACHECO et al 2015.
• MOVAHHEDY-DEHNAVY et al., 2009.
• SILVA, 2013.
• ZARATIN et al., 2004.
• BUENO et al., 2005.
• MÜNDEL e BERGMAN, 2009.
• BORÉM e MIRANDA, 2009.

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