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Cultura do tomate

IF Baiano- Campus Senhor do Bonfim


Agricultura
1° ano D
Componentes da equipe:
Rebeca Soares Almeida
Rafael Freire
Renata Aretha
Pedro Ian
Maria Isabela
Introdução
• A cultura do tomate é originaria dos Andes
• Segunda olerícola mais produzida no Brasil
• Tomate amarelo é rico em vitamina A
• Tomate vermelho é rico em licopeno (poderoso antioxidante confere proteção contra a
oxidação do colesterol)
Descrição da planta: Morfológica e Fisiológica
• A planta de tomate é considerada perene, de porte arbustivo, sendo cultivada como anual.
• Pode se desenvolver de forma rasteira, semi-ereta ou ereta, apresentando dois hábitos de
crescimento, o determinado e o indeterminado
• As cultivares de hábito de crescimento indeterminado produzem frutos destinados ao
consumo in natura
• Por outro lado, as cultivares de hábito de crescimento determinado possuem
desenvolvimento de forma rasteira e os frutos são destinados à agroindústria.

• O sistema radicular do tomateiro é constituído por uma raiz principal, raízes secundárias e
adventícias, sendo que 70% das raízes se localizam superficialmente a menos de 20 cm
da superfície do solo.
• As flores do tomateiro agrupam-se em forma de cachos. Essas são hermafroditas, o que
dificulta a fecundação cruzada (menor que 5%). No entanto, insetos polinizadores como as
abelhas podem ocasionar esse cruzamento.
• Os frutos constituem-se em bagas carnosas, suculentas, com aspecto, tamanho e peso
variados, conforme a cultivar. Em sua grande maioria, os frutos apresentam coloração
vermelho vivo quando maduros.
• A pigmentação vermelha é devido à substância conhecida como licopeno, ao qual é
atribuído a propriedade anticancerígena.
Clima e época de plantio
• O tomateiro é originário da costa oeste da América do Sul, onde as temperaturas são
moderadas (médias de 15 ºC a 19 ºC) e as precipitações pluviométricas não são muito
intensas
• A planta pode desenvolver-se em climas do tipo tropical de altitude, subtropical e
temperado, permitindo seu cultivo em diversas regiões do mundo.
• Temperaturas muito baixas, como geadas, ou calor em excesso, prejudicam o
desenvolvimento e a produção do tomateiro.
• Em locais frios, o cultivo deve ser realizado entre os meses de agosto e janeiro.
• A temperatura média no período de cultivo deve ser de 21°C, no entanto, a planta tolera
uma faixa de 10 a 34 graus.
• “Se a temperatura noturna for baixa, ao redor de 14°C, pode haver uma boa produção,
mesmo se a temperatura diurna for alta”, afirma Prof. Marcos Tadeu de Moraes Sala
Sansão, professor do Curso CPT Produção de Tomate para Indústria.
• Esse fato é muito importante, pois possibilita o plantio em regiões semiáridas, com a
vantagem de reduzir a necessidade de controle preventivo de doenças.
Cultivares
As cultivares de tomate destinadas ao consumo in natura podem ser divididas em cinco grandes
grupos:

Tomate cereja
• É uma variedade de tomate que possui frutos pequenos, com 2 a 3 centímetros de
diâmetro, duas cavidades e polpa fina
• Seu sabor é um pouco mais doce que um tomate comum
• O tomate-cereja adora ambientes ensolarados. Eles precisam de um clima livre de geadas
e pelo menos seis horas de sol por dia. Deixá-los em um local, abrigado e bem ventilado
reduz o risco de fungo nas folhas.
• Usado em saladas, enfeites de pratos ou mesmo ao natural

Tomate Italiano
• Cultivar mais recente
• Os tomates deste grupo possuem frutos compridos (7 – 10 cm), em alguns casos
pontiagudos, polpa espessa com coloração intensa, firmes e saborosos.
• O tomate italiano possui poucas sementes, sendo menos ácido que os demais tipos de
tomate e muito usado para produzir molhos, uma vez que sua polpa é considerada muito
concentrada.
• Crescimento determinado e indeterminado

Tomate Salada
• Tomate-caqui, tomate-maçã ou tomatão.
• Também é conhecido como tomate ‘Longa vida’, porque dura bastante. É bom para fazer
salada, mas por ser muito aguado e pouco saboroso, não é o ideal para molhos. É o mais
comercializado no país.
• Possui hábito de crescimento determinado e indeterminado com frutos pluriloculares
(quatro ou mais lóculos).
• Seu formato é globular achatado, os frutos são bem graúdos podendo chegar até a 500g,
com coloração vermelha ou rosada.

Tomate Santa Cruz


• Originou-se de um cruzamento natural entre os cultivares Rei Humberto e Redondo
Japonês.
• São plantas altas e de crescimento indeterminado que variam de peso médio entre 80 a
220 gramas.
• Os tomates deste grupo são os mais conhecidos no mercado, tendo preço mais baixo e
sabor ligeiramente ácido.
• Saladas e molhos.

Tomate Débora
• Também é conhecido como tomate combate.
• Possui mais sementes que o tomate Italiano.
• Apresenta bastante água.
• Pode ser usado em saladas, molhos e até para fazer tomate seco

Solo
• Para plantações em larga escala, recomenda-se cuidar do solo pelo menos cinco meses
antes da implantação da cultura e que estas áreas não tenham recebido plantas da família
Solanaceae, como batata, jiló, pimentas, pimentão e berinjela. O solo ideal para plantar
tomates deve possuir pH entre 5,5 a 7, com boa drenagem.
• A camada superficial do solo deve estar sempre bem irrigada e não deve ficar encharcado
para evitar a proliferação de doenças e demais pragas.
• Tipo de solo ideal: argiloso e bom teor de Ca e Mg

Nutrição da planta
• A nutrição da planta pode variar do intuito do agricultor, por exemplo, se ele quiser obter a
maturação dos frutos, é necessário:
• Nitrogênio – em quantidades reduzidas para manter o enchimento dos frutos
• Fósforo – impulsiona a qualidade nutricional do tomate
• Potássio – maximiza altos níveis de potássio nos frutos e minimiza desordens
• Cálcio – mantém boa firmeza e qualidade dos frutos e reduz riscos de podridão apical
• Magnésio – a máxima exigência ocorre nesse estágio para proporcionar boa qualidade na
produção de frutos
• Boro e zinco – asseguram o amadurecimento uniforme
Adubação
• As adubações de cobertura são parceladas, no tomate de mesa, de acordo com o
desenvolvimento da cultura. É recomendada que sejam feitas quinzenalmente para a
tender a constante extração pelos frutos.
• No tomate com finalidade industrial é feita a partir dos 25 a 30 dias após o transplantio, são
indicadas três adubações de cobertura com intervalo que pode variar de 7 a 14 dias, em
função da condição nutricional da planta
• Atentar para o pH do solo é de fundamental importância pois solos com pH ácido,(grande
maioria dos solos brasileiros), afetam a disponibilidade de nutrientes no solo, influenciando
a assimilação pelas plantas. Nestas situações a correção é feita através da calagem, que
também é orientada pelo resultado da análise do solo.
Implantação da cultura
• A cultura do tomate cresce bem em espaços pequenos e é ótima opção para aumentar a
renda da propriedade, com bom valor comercial e demanda certa no mercado.

Início
• Há diversas variedades de tomateiro, com coloração, tamanhos e formatos diferentes. O
produtor pode escolher entre as diferentes cultivares para iniciar a produção. Para
consumo in natura, são indicadas as cultivares de tomate do tipo santa cruz, de formato
redondo, e do tipo italiano, que é mais alongado e de sabor adocicado. Ambos são ótimos
para fazer molhos.
Ambiente
• As temperaturas mais indicadas para o cultivo do tomateiro são as noturnas moderadas,
entre 15 e 19 ºC, e ,durante o dia, as que se mantêm na faixa de 19 a 24ºC. No entanto, a
planta também tem bom desenvolvimento em áreas de clima tropical de altitude – acima de
800 metros - subtropical e temperado.
Plantio
• As mudas são produzidas a partir de sementes colocadas em células de bandejas de
isopor, preenchidas com substrato comercial.
• Devem ser realizadas irrigações diárias nas mudas, sem excesso de água
Transplante
• Assim que as mudas contarem com quatro ou cinco folhas ou atingirem de sete a dez
centímetros de altura, estão prontas para o transplante.
• Na escolha do local definitivo, dê preferência a ambientes ensolarados, para que o
tomateiro não fique fino e quebradiço. A cultura se dá bem em solos areno-argilosos,
permeáveis e bem drenados. Também devem ser profundos, soltos e pouco ácidos, com
pH entre 5,5 e 6,5.
Espaçamento
• Entre plantas, a recomendação é de 50 a 60 centímetros e, entre os sulcos, de 1,0 metro a
1,20 metro.
Produção
 O tomate não precisa estar maduro para a colheita, que, em geral, inicia-se de 90 a 100
dias após a realização do transplante. Fora do pé, o fruto ainda continua a amadurecer
Tratos culturais
Dentre os tratos culturais fundamentais para o sucesso do cultivo estão processos como:
 Cobertura do solo
 Amarrio
 Amontoa
 Desbrota
 Poda ou capação
 Poda de folhas e raleio de frutos
 Tutoramento
Cobertura do solo
• É realizada com o objetivo de proteger o solo e o tomateiro de plantas invasoras e agentes
causadores de doenças, como doenças fúngicas, tanto por materiais inertes ou restos de
culturas anteriores
• Para fazer a cobertura podemos usar palha, folhas secas ou serragem, por exemplo. As
plantas de cobertura são espécies com elevado potencial de produção de matéria seca e
com profundo e vigoroso sistema radicular, e assim tornar o solo leve e poroso,
promovendo bom enraizamento do cultivo subsequente

• Sugere-se como planta de cobertura o uso de gramíneas ou de leguminosas, ou destas


duas juntas.
• Ela é ideal para proteger os materiais e garantir o seu melhor desenvolvimento, a cobertura
de solo é um procedimento simples, mas responsável por proteger o solo e o tomateiro de
plantas invasoras e agentes causadores de doenças.
Amarrio
• Esta operação consiste em amarrar a planta garantindo que esta seja tutorada durante o
seu crescimento. Para isto, é preciso utilizar fitilho de polietileno
• É importante lembrar que o processo não pode causar o estrangulamento do caule, e tem
que garantir a correta condução da planta. Geralmente são realizados cerca de cinco a
seis amarrios até o topo
• Existem ferramentas que facilitam a operação de amarrio por serem de fácil utilização,
como por exemplo o alceador
• E também é possível optar por outro tipo de condução do material, onde não é necessário
fazer o amarrio, como no caso do tutoramento em sistema de carrossel (fitilho é enrolado
ao longo da planta, até chegar o topo e ser preso no arame).

Amontoa
• Consiste no revolvimento de terra com o intuito de deslocar uma quantidade maior desta
até o colo (pé) da planta. Isto ocorre com o objetivo de aumentar o sistema radicular e com
isso a capacidade de absorver nutrientes das plantas
• Deve ser realizado de 15 a 20 dias após o transplantio, já tendo sido feita a primeira
adubação de base.
Desbrota
• Tem como objetivo de reduzir o número de ramos na planta
• A desbrota consiste em eliminar os brotos quando estes estão com 2cm a 5cm laterais.
Estes brotos que serão eliminados no processo são os que surgem nas axilas de cada
folha, e é possível realizar a desbrota apenas quebrando os mesmos
• O processo também traz a vantagem de ser funcional para facilitar a aeração e o controle
fitossanitário.

Poda de folhas e raleio de frutos


• A poda das folhas no tomateiro é recomendada para melhorar o arejamento, aumentado a
eficiência fotossintética e principalmente para reduzir os riscos de incidência de pragas e
doenças
• O raleio dos frutos é indicado para reduzir, entre eles, a competitividade por assimilados na
planta. São deixados na planta os frutos com maior potencial para bom desenvolvimento
• O número de frutos deixados por penca depende do grupo em questão. Para o grupo
Santa Cruz ou Italiano, recomenda-se deixar de seis a oito frutos por penca
• No grupo salada, nas primeiras três pencas deixar em torno de quatro a cinco frutos,
acima destas, de três a quatro

Tutoramento
• Existem diversos tipos de tutoramento que podem ser aplicados em sua lavoura, todos
com uma finalidade em comum: Assegurar maior qualidade dos frutos, tanto por fatores
diretos como indiretos (maior aeração, menor incidência de problemas causados por
doenças e pragas, maior facilidade de controle fitossanitário, evitar pisoteio de frutos)
• A cultura deve ser tutorada, enrolando a planta a um fio preso entre o seu pé um arame
que corre ao longo da linha de cultura, a cerca de 1,80m de altura

Os principais tipos de tutoramento são:


• Cordão
• Estacas simples
• Estacas cruzadas
• Espaldeira (cerca)
Condução
• Existem diversos sistemas de condução adotados pelos produtores, com características
regionais específicas
• Os tipos de condução variam de acordo com as cultivares serem de crescimento
determinado ou indeterminado.
• Eles têm a finalidade de:
- Aumentar a produtividade
- Reduzir custos
- Melhorar a luminosidade e aeração
- Minimizar a incidência de pragas e doenças

• No caso da condução de cultivares ou híbridos de hábito de crescimento determinado


(plantas que possuem crescimento limitado pela emissão de uma inflorescência terminal),
a condução é feita realizando-se a desbrota da planta na altura do primeiro ramo floral.
• Considerando cultivares de polinização aberta, onde o custo das sementes é menor, são
colocadas duas sementes por células da bandeja e não é feito desbaste, pois as duas
plantas são conduzidas na mesma cova, com uma haste cada uma.
• Outro exemplo de condução bem similar é, quando o produtor visa um mercado mais
exigente que requer frutos mais graúdos
Controle fitossanitário: doenças e pragas
Bacterianas
Murcha-Bacteriana
Sintomas:
• O primeiro sintoma da doença é a murcha das folhas na parte superior da planta,
observada principalmente no início da frutificação
• Em condições favoráveis ao desenvolvimento da doença, em poucos dias a murcha atinge
toda a planta, que termina secando e morrendo
Controle:
• Plantar preferentemente em terrenos com solos bem drenados, para evitar acúmulo de
água.
• Evitar plantios em época de temperatura e umidade altas
• Evitar irrigações pesadas
• Eliminar as plantas daninhas

Cancro-bacteriano
Sintomas:
• Os sintomas variam principalmente em função da idade da planta, do local de infecção na
planta e a cultivar
• Observa-se inicialmente uma murcha, que pode ser unilateral, nas folhas da baseou do
meio da planta, que é resultado da infecção vascular
• “Queima" da folhagem
Controle:
• Usar estacas novas para o estaqueamento
• Aplicar fungicidas a base de cobre e antibióticos
• Fazer rotação de culturas com gramíneas
Mancha-bacteriana
• A doença pode atacar todos os órgãos aéreos da planta. Reduz a produtividade pela
destruição do tecido foliar e pela derrubada de flores e frutos em formação
• O patógeno associado à mancha - bacteriana foi, por muitos anos, denominado
Xanthomonas campestnspv. veslca tona
Sintomas:
• A doença se manifesta Inicialmente nas folhas mais velhas. sob a forma a de manchas
marrons de formato Irregular.
• Secagem das folhas, expondo os frutos a queima do sol
Controle:
• Plantar em áreas bem ventiladas, pouco sujeitas a formação do orvalho
• Evitar ferimentos nas plantas durante os tratos culturais, para não favorecer a penetração
de bactérias
• Incorporar os restos culturais imediatamente após a colheita, para proporcionar a sua
rápida decomposição, dificultando assim a sobrevivência da bactéria no solo

Pinta-bacteriana
• A bactéria é transmitida pela semente, a partir da qual é disseminada com eficiência a
longas distancias
Sintomas:
• A doença reduz a área foliar, provoca queda de flores e de frutos pequenos e produz
manchas nos frutos, resultando em grandes perdas na produção e na comercialização

Talo-oco
• A água contaminada é o mais eficiente veiculo de disseminação da doença, embora ela
possa também ser transmitida por insetos.
Sintomas:
• O primeiro sintoma do talo-oco é o amarelecimento da planta, seguido de sua murcha total
ou parcial
• Frutos perfurados por insetos ficam sujeitos a infecção pela bactéria
Controle:
• Fazer boa sistematização do solo para evitar empoçamentos
• Cuidar de ferimentos com a pulverização de fungicida
Controlar brocas e traças, insetos que perfuram os frutos.

Necrose-da-medula
• Doença vascular de relato recente no Brasil , com maior prevalência nas regiões Sul e
Sudeste
Sintomas:
• As plantas apresentam-se amareladas e podem murchar e morrer, mas em caso de ataque
mais leve podem continuar produzindo.
• Descoloração marrom na medula

Fúngicas
Antracnose
• A antracnose é causada pelo fungo Colletrotrichum spp. Quando ataca o tomateiro, os
frutos apresentam manchas com pontos negros centrais; já as raízes apresentam manchas
com coloração castanha.

Mancha-de-alternaria
• A mancha-de-alternaria ou pinta preta é causada pelo fungo Alternaria dauci. Quando
contaminado, o tomateiro apresenta folhas com manchas anelares castanhas. Nos frutos,
ocorre necrose com manchas côncavas. Com o avanço da doença, ocorre a desfolha da
planta, o que deixa os tomates expostos ao sol.
Mofo branco
• O mofo branco ou podridão do caule do tomateiro é causado pelo fungo Sclerotinia
slerotirum devido ao excesso de umidade e pouca ventilação nos tomateiros. Os caules
próximos ao solo são os mais afetados, com folhas com lesões axilares. Com o avanço da
doença, as lesões apresentam micélio branco (aspecto de algodão).

Murcha-de-fusarium
• A murcha-de-fusarium ou fusariose é causada pelo fungo Fusarium oxysporum. O foco do
ataque se concentra nos pecíolos. Com o avanço da doença, as folhas se tornam
amareladas até a sua plena secagem.
Oídio
• O oídio é causado pelo fungo Leveillula taurica. Quando infectado, o tomateiro apresenta
folhas com manchas brancas, que prejudicam a fotossíntese da planta. Com a quedas das
folhas, os frutos ficam expostos ao sol. A umidade excessiva pode favorecer a proliferação
do fungo.

Viroses
Topo-amarelo
• O virus causador da doença é transmitido de forma persistente por pulgão, principalmente
das espécies Myzus persicae e Macrosiphum euphorblae.
Sintomas:
• Folhas maduras tornam-se cloróticas e rugosas, com textura semelhante ao couro
• Presença de folhas pequenas, com bordas amarelas e enroladas para baixo na ponta da
planta
Controle:
• Pulverizar as mudas com inseticidas afiei das antes do transplante
• Cobrir a sementeira com tela à prova de pulgões
Mosaico-do-fumo
• Transmitido com alta eficiência pelas sementes e, ainda, pelo contato mecânico entre
plantas, durante as operações manuais de transplante
Sintomas:
• As folhas exibem mosaico ou mosqueado alternando de verde-claro a verde-escuro
Controle:
• Tratar todo lote de sementes suspeito de contaminação com solução de fosfato trisódico
(Na3PO.) a 10%, por 15 minutos
• Lavar as mãos com água e sabão e não fumar, principalmente fumo de rolo, antes e
durante o manuseio das plantas

Vira-cabeça-do-tomateiro
• Causada por várias espécies de vírus do gênero Tospovirus
• Esses vírus são transmitidos na natureza por várias espécies de tripes, um tipo de praga
Sintomas:
• O nome viracabeça do tomateiro deriva do fato de o ponteiro da planta se curvar para
baixo
• Quando a infecção é precoce, a planta tem o seu crescimento paralisado e apresenta
arroxeamento
Controle:
 Pulverizar as plantas com inseticidas

Risca-do-tomateiro
• É transmitido, de maneira não persistente, por várias espécies de pulgões
Sintomas:
• Folhas com as nervuras apresentando coloração verde-escura, e podendo apresentar
necrose
Controle:
• Produzir as mudas em estufas protegidas contra pulgões e afastadas das áreas de plantio
• Pulverizar as mudas com inseticidas na véspera do transplante.
Nematoide-de-galhas
• Pertencem ao gênero Meloidogyne
Sintomas:
• Crescimento retardado das plantas
• As plantas ficam raquíticas e amareladas, e morrem prematuramente
Controle:
• Fazer adubação suplementar. Plantas infectadas após o transplante podem ser
revigoradas
• Evitar a circulação de animais domésticos nas áreas de cultivo.
• Aplicar nematicidas registrados.
• Fazer rotação de culturas com plantas não hospedeiras

Colheita e pós colheita


• O período necessário para a maturação dos frutos depende da cultivar, do clima da região,
do estado nutricional e da quantidade de água disponível para as plantas. Quando
submetidas a estresse, as plantas tendem a reduzir o ciclo.
• A maioria das cultivares plantadas no Brasil é colhida com aproximadamente 110 a 120
dias após a germinação ou 90 a 100 dias do transplante.
Colheita manual
• É geralmente feita em duas etapas. A primeira, quando 70% a 80% dos frutos estão
maduros, e a segunda, cerca de dez a quinze dias após a primeira colheita.
• É possível realizar a colheita em uma única etapa utilizando-se cultivares de maturação
concentrada, desde que o período de maturação coincida com dias quentes e não ocorra
excesso de fornecimento de nitrogênio.
• Pode-se também acelerar a maturação dos frutos reduzindo as irrigações
aproximadamente 90 dias após germinação, e/ou quando cerca de 20% dos frutos.
• Se a lavoura estiver com maturação muito irregular, não se deve esperar o
amadurecimento da maioria dos frutos, pois as pencas inferiores podem apodrecer. Nesse
caso, faz-se a primeira colheita antes que se inicie o apodrecimento dos frutos das
primeiras pencas.
• Na segunda colheita, parte dos frutos ainda está verde ou em fase de maturação, exigindo
maior vigilância para que não se ultrapassem os limites mínimos de qualidade,
principalmente quanto à presença de frutos com escaldadura, amarelados, verdes e
podres.
Colheitas antecipadas
• Para evitar o apodrecimento de frutos ou para destinar parte da produção ao mercado de
frutos in natura – têm o inconveniente de causar uma exposição dos remanescentes à
radiação solar direta, o que resulta em escaldadura dos mesmos, prejudicando a
qualidade.
• A colheita deve ter início nos carreadores, procedendo-se simultaneamente ao
deslocamento dos ramos para cima dos canteiros (penteamento), deixando livre o
carreador para o trânsito de veículos e de pessoas.
• Os operários devem ser distribuídos em grupos de cerca de 30 pessoas, comandados por
um fiscal encarregado de contabilizar a produção, fazer o controle de qualidade, orientar os
operários para não danificarem as plantas e controlar a distribuição da caixaria. As caixas
usadas na colheita são do tipo Cruzeiro, com capacidade para 20 a 22 kg.
Colheita mecanizada
• Atualmente, a maior parte da colheita vem sendo feita com colheitadeira mecânica. Os
equipamentos atualmente em uso no Brasil são automotrizes que cortam as plantas rente
ao solo, sendo a parte aérea recolhida e os frutos destacados por meio de intensa
vibração.
• Essas colhedeiras têm capacidade de colher cerca de 15 toneladas por hora, o que
corresponde a aproximadamente 3 ha/dia.
• O uso de cultivares com maturação concentrada e com frutos firmes contribui para o
sucesso da colheita mecanizada. As cultivares mais indicadas para esse tipo de colheita
devem apresentar maior capacidade de permanência em campo, folhagem sadia, frutos
firmes e baixa percentagem de frutos podres ao atingirem o estádio de maturação.
• A colheita mecanizada reduz a qualidade da produção por causar mais danos aos frutos e
resultar em maior acúmulo de impurezas junto ao produto colhido, quando comparada à
colheita manual.
• Do ponto de vista sanitário, o uso da colheita mecanizada é vantajoso, pois diminui o
trânsito de pessoas e de caixas nas lavouras, reduzindo a disseminação de pragas e de
doenças. A colheita mecanizada também favorece a programação da colheita
Transporte
• O transporte do tomate nas principais regiões produtoras é feito a granel. O transporte a
granel facilita a descarga nas fábricas, reduzindo o gasto com mão-de-obra e os custos de
aquisição, transporte e manuseio das caixas. Entretanto, o transporte a granel exige que a
cultivar possua frutos menos sujeitos a danos mecânicos para minimizar perdas.
Destruição dos restos da cultura
• Imediatamente após a colheita, deve-se providenciar a destruição dos restos culturais, por
meio de aração, visando reduzir a proliferação de pragas e doenças. Porém, antes de se
fazer essa operação, é necessário descompactar pelo menos as faixas dos carreadores,
usando subsoladores. Na indisponibilidade de equipamentos, deve-se enleirar e queimar
os restos culturais.
Qualidade
• O tomate destinado ao processamento deverá apresentar coloração vermelho-intensa e
ser uniforme, sem pedúnculo, fisiologicamente desenvolvido, maduro, limpo, com folha de
textura firme e avermelhada, livre de danos mecânicos e fisiológicos e de pragas e
doenças.
• Ao lado da carroceria do caminhão, colocam-se suportes metálicos removíveis, que
servem de sustentação para uma tábua de aproximadamente 60 cm de largura e 2 m de
comprimento, onde ficam dois operários para receber as caixas cheias e derramá-las
dentro da carroceria.
• O esvaziamento das caixas por operários no interior da carroceria do caminhão deve ser
evitado, porque o pisoteio excessivo causa muitos danos nos frutos.
Comercialização:
 Os caminhos que o tomate percorre da roça até o consumidor são variados. O estudo da
equipe Hortifruti/Cepea identificou quatros modalidades principais de comercialização do
tomate consumidor in natura.

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