Você está na página 1de 32

DOENÇAS ABIÓTICAS,

INJÚRIAS E TOXEMIAS DE INSETOS


DOENÇAS ABIÓTICAS

1. INTRODUÇÃO

DOENÇA: é o MAL FUNCIONAMENTO DE CÉLULAS E


TECIDOS do hospedeiro (planta) que resulta da sua
CONTÍNUA IRRITAÇÃO por um AGENTE PATOGÊ-
NICO OU FATOR AMBIENTAL e que conduz ao
desenvolvimento de SINTOMAS. O mal funciona-
mento pode resultar em dano parcial ou morte da

planta ou de suas partes”

INJÚRIA: Irritação momentânea


INJÚRIAS
Descarga elétrica

Algodoeiro

Maracujazeiro
Soja, USA
INJÚRIAS

Choque térmico (água fria) em violeta

Chuva de pedra em figo da Índia

Vento em folhas de batata


CLÍNICA FITOPATOLÓGICA PROF. HIROSHI KIMATI
577
LFN-ESALQ
600 555 563
No. de amostras

474
500 447

400

300
200
200
115 109
68 83
100

0
2007 2008 2009 2010 2011
Vírus Inadequada Alga
Abióticas Bióticas Sadio 2,2% 1,4% 0,5%
Nematóide
4,5% 0,4%
Deteriorado
Bactéria
0,3%
9,4%

Praga Fungo
9,9% 60,7%

Abiótico
10,7%
DOENÇAS ABIÓTICAS
A. AGENTES CAUSAIS

- Fatores ambientais:

Temperatura
Umidade
Luz
Nutrientes
pH

- Agentes químicos:
Poluição atmosférica
Herbicida, etc
DOENÇAS ABIÓTICAS

B. CARACTERÍSTICAS GERAIS

a) causadas por falta ou excesso de algo necessário para


a vida das plantas (temperatura, umidade, luz,
nutrientes) ou pela exposição a substâncias tóxicas
(poluição do ar, herbicidas, etc)

b) Não são transmitidas para plantas sadias;

c) Afetam plantas em qualquer estádio de desenvolvimento;

d) Sintomas são bastante variáveis, porém algumas vezes


simétricos.
2. AGENTES CAUSAIS DE DOENÇAS ABIÓTICAS

A. TEMPERATURA (baixa)
- Formação de cristais de gelo

- Bactérias epifíticas catalisam a formação


de cristais de gelo

Orquídea frio

Frio em mandioca
A. TEMPERATURA (alta)
Excesso de radiação solar

Queimadura em maçã

Ombro amarelo
do tomate

Queimadura em pimentão
Queimadura em laranja
B. UMIDADE (falta)

Deficiência hídrica seguida de


excesso de água em meloeiro

Deficiência hídrica em cafeeiro

Deficiência hídrica
em poinsettia
B. UMIDADE (excesso)

Murcha d’água ou por asfixia Colapso da medula do caule


em tomateiro (Lopes & Ávila,2005) do tomateiro (Lopes & Ávila,2005)
C. LUZ

Estiolamento
em gladíolo;
falta de luz
D. DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL
Macro nutrientes Micro nutrientes

Nitrogênio Boro
Fósforo Cobre
Potássio Ferro
Cálcio Manganês
Enxofre Molibdênio
Zinco
Podridão apical
Deficiência de Ca
(Foto C. A. Lopes)

Deficiência de cálcio em pimentão


D. DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

Deficiência de boro
em couve flor

Deficiência de boro Lóculo aberto


em mamoeiro em tomate
Deficiência de magnésio
em tomateiro (Lopes & Ávila,2005)

Clorose to tomateiro
causada por um
Crinivirus transmitido
por Bemisia tabaci
E. EXCESSO NUTRICIONAL (Fitotoxidez)

Excesso de cobre em
alface hidropônica
F. POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

População 2013: 23.373.517milhões


144 km
Área: 36 mil km2
Veículos 2013: 7,5 milhões

Motocicletas 2008: 12 milhões

Fábricas: 94.670
FLUORETO DE HIDROGÊNIO

OZÔNIO
G. DANO DE HEBICIDA
Herbicida Diuron Causas:
em mamoeiro - Aplicação errada
- Deriva
- Movimento na água
- Acúmulo no solo

Herbicida metribuzin
em tomateiro (Lopes & Ávila,2005)
Paraquat (Gramoxone) em feijoeiro

2,4 D em tomateiro,
e abóbora

Trifluralina
em tomateiro
PARAQUAT EM MILHO

MANCHA FOLIAR DE PHAEOSPHAERIA


Phaeosphaeria maydis
H. PRÁTICAS CULTURAIS
(Amarrilho)

Estrangulamento por
gavinha em
maracujazeiro.
TOXEMIA DE INSETOS

Toxemia vs Prateado da folha genético

Bemisia tabaci
TOXEMIA DE INSETOS
Chuchu e pepino brancos

Bemisia tabaci

Isoporização do tomate
Ácaro branco
em mamoeiro

Mosaico vs ácaro branco


em mamoeiro

Mosaico Ácaro Branco


Deficiência de Mg Vermelhão (vírus) Ácaro
DIAGNOSE
A. Desafios para a diagnose de doenças abióticas

- Muitos fatores abióticos induzem sintomas semelhantes;

- Sintomas abióticos podem ser parecidos com sintomas


de doenças bióticas;

- O agente abiótico geralmente não está presente no tecido


da planta ou mesmo no ambiente durante a diagnose;

- Agentes bióticos secundários podem invadir tecidos


debilitados por fatores abióticos.
DIAGNOSE
B. Indicativos de doenças abióticas
- Ausência de sinais de agentes bióticos;

- Sintomas aparecem de repente;

- Sintoma com estádio de desenvolvimento semelhante


e bastante uniforme; em muitos casos os sintomas são
simétricos;

- Quando há lesões, as bordas são bem definidas.

- Em campo, sintomas abióticos geralmente estão


distribuídos uniformemente ou seguem a rota de
aplicação de defensivos (se for este o caso)

- Diferentes espécies na área podem exibir o mesmo sintoma


PARAQUAT EM MILHO
DIAGNOSE
1. Análise detalhada do histórico da cultura:

Excesso de cobre em alface hidropônica

Dano de herbicida 2,4 D em tomateiro

2. Análise dos sintomas e comparações com os já descritos na literatura.

3. Reprodução experimental dos sintomas da doença


DIAGNOSE
4. Cura da planta

Deficiência de boro em mamoeiro


corrigida com borax no solo

Deficiência de ferro em soja


Correção na meia folha com Fe
RECOMENDAÇÕES PARA LEITURA COMPLEMENTAR

Manual de Fitopatologia, Vol. 1, 4ª ed., 2011

Capítulo 32: Doenças abióticas e injúrias

Manual de Fitopatologia, Vol. 1, 5ª ed., 2018

Capítulo 33: Doenças abióticas e injúrias

Kennelly et al., Introduction to abiotic disorders


in plants. The Plant Healthy Instructor.
APS. 2012

Você também pode gostar