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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

Profª Drª Iris Lettiere da


Silva
Profa Dra Adelia Coelho
MÉTODOS E TÉCNICAS DE
IDENTIFICAÇÃO DE MICRORGANISMOS

DOENÇAS EM PLANTAS
Diagrama esquemático de formas e tamanhos de certos patógenos de
plantas em relação ao tamanho da célula vegetal [Agrios (2004)].
A NATUREZA DA DOENÇA

INTRODUÇÃO

H
P
A BIOLOGIA

Incompetência
Competência

PATOLOGIA
Processos vitais FISIOLOGIA

DOENÇA
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS DOENÇAS

DEFINIÇÕES CONCLUSÕES

FENÔMENO BIOLÓGICO

Prejudicial

Interferência em
Processos Fisiológicos G
DOENÇA (Absorção e transporte, síntese C < EFICIÊNCIA
e utilização do alimento)
B. E.

INJÚRIAS PROCESSO CONTÍNUO

Ferimentos
Toxinas SINTOMAS
Queima
AMBIENTE

PATÓGENO HOSPEDEIRO
CAUSAS DA DOENÇA

DOENÇAS BIÓTICAS
Fungos

s
ide
Ba
cté

ató
ria

m
s

Ne

Vírus
Vir

as
ó

sm
ide

pla
s

co
Mi

PARASITISMO
Doenças Abióticas

 Temperatura, Umidade, Excesso ou Deficiência


Nutricional, Luminosidade, etc.

Doenças Bióticas

 Fungos, Bactérias, Vírus, Nematóides, Plantas


Superiores, Fitoplasmas, Spiroplasmas,
Protozoários, Algas, etc.
CAUSAS DA DOENÇA

DOENÇAS ABIÓTICAS
FITOXICIDADE
PO

DESNUTRIÇÃO

OS
DA

T
SE
IN

COND. AMBIENTAIS
DANOS
PROCEDIMENTOS PARA A
DIAGNOSE
Diagnóstico

Diagnose indireta - sintomas


Diagnose direta - sinais

Postulados de Koch
Diagnose indireta
Baseado em sintomas característicos (quadro
sintomatológico) observados nas amostras
e/ou no local de coleta. Posteriormente,
confirma-se no laboratório.
Ex:
 Presença de galhas nas raízes, plantas raquiticas e
amarelecidas, ocorrência em reboleiras.

 Presença de pústulas, lesões, desfolha e amarelecimento,


ocorrência sem padrão espacial definido.

 Presença de halos cloróticos, queima dos bordos das folhas,


exsudação de pús e odor fétido.

 Algumas plantas com nanismo,deformações, perda de vigor,


mudança de cor característica das folhas e flores.
Fúngicas

Manchas cloróticas, Morte e apodrecimento


coalescentes e necróticas Presença de pústulas na do sistema radicular sem
face inferior das folhas liberação de pús
Bacterioses

Lesão encharcada,
Lesão em V, queima dos maceração de tecido
bordos, halo clorótico aoafetado
redor do tecido afetado
Nematoses
Redução e morte de
raízes adventícias

Ocorrência em reboleiras Presença de galhas


Viroses

Mudança de coloração das folhas

Deformações nas folhas


(bolhosidades)
Diagnose direta
Baseado nos sinais do patógeno, ou seja, em
características morfológicas e culturais do
agente etiológico observados no campo e
confirmado por métodos de identificação no
laboratório.
Ex:
- No campo
 Teste do copo
 Presença de pústulas ou pulverulencias em folhas
 Presença de cistos ou massa de ovos
- No laboratório
 Coloração das colônias
 Características morfológicas, bioquímicas e culturais
Coleta de Material
Para a diagnose precisa de uma doença de planta é necessário que as amostras cheguem
ao laboratório em boas condições, de preferência, frescas, recém-colhidas. A seguir são
listadas algumas recomendações sobre o preparo da amostra a ser enviada ao laboratório:

Folhas e plantas pequenas

·Devem ser acondicionadas, preferencialmente, em sacos de papel. Podem-se utilizar sacos


plásticos, desde que se façam pequenos furos, para que não haja acúmulo de umidade.
· Deve-se coletar de 12 a 20 folhas contendo sintomas por amostra.
.As folhas não devem ser amassadas ou dobradas.
· No caso de plantas pequenas, deve-se coletar toda a planta, inclusive as raízes. Para que
não haja danos às raízes, as plantas não devem ser arrancadas do solo, devendo-se cavar
ao redor das plantas e retirá-las com cuidado.
· A amostra deve conter desde sintomas iniciais da doença até os mais avançados.

Ramos, galhos e troncos

· Se forem de tamanho reduzido, podem ser acondicionados de acordo com o


procedimento adotado para folhas e plantas pequenas.
· Plantas maiores (ex.: árvores) podem ser serradas ou cortadas e colocadas em caixas de
papelão ou sacos.
Frutos
· Frutos devem ser enviados frescos e acondicionados em sacos de papel contendo
alguns furos.
· O transporte até o laboratório deve ser o mais rápido possível, para que não ocorra
murchamento ou apodrecimento.
· Frutos carnosos maduros são facilmente destruídos no transporte e normalmente
necessitam de refrigeração e acondicionamento em embalagem reforçada.
Raízes
· As raízes devem conter uma quantidade de solo suficiente para manter a umidade
natural do campo.
· Devem ser envolvidas em jornal umedecido e acondicionadas em sacos plásticos. Não
feche o saco.
· As raízes devem chegar o mais rápido ao laboratório.
Solo
· As amostras de solo para detecção de nematóides, fungos e bactérias fitopatogênicas
devem chegar ao laboratório em dois dias, no máximo.
· Deve-se coletar de 500 a 1.000 g de solo, nas proximidades das raízes, a uma
profundidade de até 30 cm (evitando-se coletar a camada superficial do solo) e conter de
50 a 100 g de fragmentos de raízes.
· O solo deve estar úmido (umidade natural) e ser acondicionado em sacos plásticos, os
quais devem permanecer fechados.
· Não havendo possibilidade das amostras de solo chegarem ao laboratório neste prazo,
pode-se guardá-las em uma geladeira comum por um período de, no máximo, uma
semana (cuidado: as amostras não podem ser congeladas).
Procedimentos para
identificação do agente
etiológico
Isolamento Direto

Fungos
Isolamento Indireto
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS
Bactérias
COLETA DO MATERIAL
 ESTÁGIO INICIAL DE INFECÇÃO
ACONDICIONAMENTO
ETIQUETAGEM
 CONDUÇÃO AO LABORATÓRIO
DESINFESTAÇÃO
 HIPOCLORITO DE SÓDIO - NaClO (1:3 - 1:9)
 ÁGUA + SABÃO
 FLAMBAGEM SEMENTES COM BACTÉRIAS SUPERFICIAIS NÃO SE DESINFESTA

MEIO DE CULTURA
 ÁGAR NUTRITIVO (NA)
 NYDA
 BDA
ANTIFÚNGICOS: CICLOHEXIMIDA, GRISEOFULVINA (50 A 100 ppm)
BACTERIOSES VASCULARES EM CAULES :
 RETIRAR FRAGMENTOS
 DESINFESTAR, LAVAR E MACERAR
TUMORES OU CAULES LENHOSOS:
 DESINFESTAR O MATERIAL

 MACERAR
SEMENTES:
FLAMBAGEM
BACTÉRIAS INTERNAS
NaClO (0,5%)
 DESINFESTAR AS SEMENTES
 MACERAR OU PLAQUEAR EM MEIO OU PAPEL DE FILTRO
BACTÉRIAS EXTERNAS
 NÃO DESINFESTAR AS SEMENTES
 LAVAR COM ADE (SUSPENSÃO BACTERIANA)
COMPROVAÇÃO DE BACTÉRIAS NO MACERADO
 PREPARO DE LÂMINAS E OBSERVAÇÃO EM MICROSCÓPIO
(ÓLEO DE IMERSÃO)
MÉTODOS DE ISOLAMENTO BACTERIANO
 DILUIÇÃO EM TUBOS

ZIG-ZAG

ESTRIAS EM “T”

PLAQUEAMENTO
ERWINIA
PSEUDOMONAS

CLAVIBACTER

XANTHOMONAS
RALSTONIA
Pseudomonas
DIFERENCIAÇÕES DOS

Xanthomonas
Agrobacterium

Clavibacter
GÊNEROS

Erwinia
CARACTERÍSTICAS

Patogenicidade a plantas + + + + +
Crescimento em meio de rotina
+ + + + +
Forma de bastonete
+ + + + +
Parede celular
+ + + + +
Endosporo
- - - - -
Gram
- + - - -
Anaeróbico facultativo
- - + - -
Aeróbico estrito
+ + - + +
Utilização de asparagina
+ + + + -
Nematóides
Vírus
Postulado de Koch

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