Você está na página 1de 12

1

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


Instituto de Educação a Distância

Doenças causadas por bactérias (nos vegetais)


(Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia)

Nome do estudante: Código: Turma: B


Esperança Olinda de Alves Ntupe 708183202

Dr:

Curso: Biologia
Disciplina: Fitopatológia/Parasitologia
Ano de Frequência: 4º

Nampula, Julho de 2021


2

Índice
Introdução:.........................................................................................................................3

Conceito de doença............................................................................................................4

Conceito de microrganismos.............................................................................................4

Doenças causadas por bactérias.........................................................................................4

Principais doenças causadas por bactérias........................................................................5

Cancro-bacteriano (Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis)............................5

Mancha-bacteriana (Xanthomonas campestris pv. vesicatoria)........................................5

Pinta- bacteriana (Pseudomonas syringae pv. tomato)......................................................5

Murcha-bacteriana (Ralstonia solanacearum)..................................................................6

Talo-oco e podridão mole dos frutos  (Erwinia spp.)........................................................6

Medidas de controlo das doenças causadas por Bactérias (nos vegetais).........................7

Principais medidas de controlo de doenças bacterianas em tomateiro..............................7

A fotossíntese....................................................................................................................8

Doenças que afectam a fotossíntese..................................................................................8

Classificação de outras doenças de Plantas.....................................................................10

Conclusão:.......................................................................................................................11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................12
3

Introdução:

O presente trabalho pretende ser um importante instrumento de apoio científico


pedagógico, dirigido aos estudantes do 4º ano curso de Biologia, na cadeira de
Fitopatológia/Parasitologia, o estudante deste curso perante este trabalho poderá
debruçar sobre, Doenças causadas por bactérias (nos vegetais): Conceito de doença e de
microrganismos, Sintomas, método de controlo, Meios de protecção, fontes de
disseminação e doenças que afectam a fotossíntese.

Este trabalho esta organizado de seguinte maneira: Introdução, Índice, desenvolvimento


do trabalho conclusão e a respectiva Bibliografia.
4

Conceito de doença

Doença é um conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo,


alterando o seu estado normal de saúde. O vocábulo é de origem latina, em que
“dolentia” significa “dor, padecimento”.

Conceito de microrganismos

Microrganismo é o nome dado a todos os organismos compostos por uma única célula e
que não podem ser vistos a olho nu, sendo visíveis apenas com o auxílio de um
microscópio. Logo, esta é uma classificação artificial - e sob o nome de
"microorganismo" podem estar reunidos organismos pertencentes aos mais diversos
grupos, como, por exemplo, vírus, bactérias, fungos unicelulares e protistas.

Doenças causadas por bactérias

Bactérias são microrganismos unicelulares muito abundantes na natureza. Na maioria


são benéficas. Podem estar associadas às plantas ou à parte delas, com relação
temporária ou duradoura, sem causar doenças,  ou como patôgenos, colonizando os
tecidos e provocando doenças

As doenças bacterianas estão entre os principais problemas fitossanitários, não raro


provocando perdas significativas pela destruição parcial ou total da planta ou do órgão
comercializável, que tem seu valor económico reduzido.

As bactérias são facilmente disseminadas pelo ar e pela água e também por máquinas,
insectos e animais. Normalmente, penetram nas plantas através de ferimentos e de
aberturas naturais.

O controlo de bacterioses do tomateiro é normalmente muito difícil. Praticamente se


restringe ao uso de medidas preventivas. O controlo químico com antibióticos e
fungicidas cúpricos pode não ser efectivo, devido ao aparecimento de cepas resistentes a
esses produtos.
5

Principais doenças causadas por bactérias

Cancro-bacteriano (Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis) 

É pouco frequente em tomateiro rasteiro, comparativamente ao tomateiro envarado,


certamente em função do menor manuseio. Os sintomas de infecção sistémica são a
descoloração vascular e a murcha total ou parcial das plantas, resultando na queima dos
bordos dos folíolos. A infecção localizada caracteriza-se por pequenos cancros cor de
palha, facilmente observáveis nos pedúnculos, e manchas do tipo olho-de-perdiz nos
frutos.

Mancha-bacteriana (Xanthomonas campestris pv. vesicatoria) 

Esta doença é favorecida por temperaturas mais altas (20 a 30 °C). Apresenta sintomas
foliares bastante semelhantes aos da pinta-bacteriana (Figura 3). Nos frutos, porém, as
lesões são maiores, mais claras e mais profundas que as da pinta-bacteriana. Também
provoca queda de flores quando o ataque ocorre por ocasião do florescimento.

Pinta- bacteriana (Pseudomonas syringae pv. tomato)

Também conhecida por mancha-bacteriana pequena ou pústula-bacteriana, é muito


freqüente em condições de temperaturas amenas (18 a 24 °C) e alta umidade. Ataca toda
a parte aérea da plantas. É primeiramente observada nas folhas baixeiras, na forma de
pequenas manchas necróticas de coloração marrom, normalmente circundadas por um
6

halo amarelo. Os sintomas são mais característicos nos frutos, com a formação de
pontuações negras, superficiais, que podem ser arrancadas com a unha. O ataque
durante a floração pode provocar intensa queda de flores.

Murcha-bacteriana (Ralstonia solanacearum)

Associada a solos muito encharcados e à alta temperatura, esta doença é mais


problemática no verão e em regiões de clima mais quente. A bactéria pode permanecer
por vários anos no solo. Ocorre a murcha da planta, de cima para baixo, a partir do
início da floração, mas as folhas permanecem verdes. A parte inferior do caule se torna
amarronzada e ocorre a exsudação de um pus bacteriano quando se faz o "teste-do-
copo", que consiste em colocar um pedaço de caule da planta suspeita em um copo com
água: em caso positivo, observa-se a exsudação de um pus bacteriano na água.

Talo-oco e podridão mole dos frutos  (Erwinia spp.)

Essas doenças são causadas principalmente por Erwinia carotovora subsp.


Carotovora e por E. chrysanthemi. Esta última ocorre em locais com temperaturas mais
elevadas. Essas bactérias são as responsáveis pelas podridões em tomate e penetram
pelos ferimentos, daí a importância de controlar os insetos que provocam furos nos
frutos. Podem se tornar problema de importância econômica em períodos de
temperatura e humidade elevadas.

Medidas de controlo das doenças causadas por Bactérias (nos vegetais)


7

A medida de controlo das doenças bacterianas é feito por meio de práticas culturais
como as citadas na tabela abaixo, aliando-se, sempre que possível, a utilização de
variedades resistentes.

Principais medidas de controlo de doenças bacterianas em tomateiro.

Doenças
Recomendaçoes Pinta- Mancha- Cancro- Murcha- Talo-oco e
bacteriana bacteriana bacteriana bacteriana podridao de frutos
Plantar sementes de
boa qualidade e/ou ++ ++ ++ - -
tratar previamente as
sementes.
Plantar cultivares ++ + + + -
resistentes
Não plantar próximo
a lavouras velhas de ++ ++ ++ + +
tomate
Evitar excesso de
nitrogénio (usar - - + + ++
adubação
equilibrada)
Evitar ferimentos
nas plantas - - + + ++
(mecânicos, insetos)
Reduzir o volume de
água e/ou melhorar ++ ++ ++ ++ ++
a drenagem do
terreno
Pulverizar com
fungicidas cúpricos + + + - +
ou antibióticos
Eliminar plantas - - - + -
doentes
 Fazer rotação de + + + ++ +
cultura
Legenda:

++ = Muito eficiente

+ = Pouco eficiente

- = Sem eficiência ou eficiência muito baixa 

A fotossíntese
8

A fotossíntese significa etimologicamente síntese pela luz. Exceptuando as formas de


energia nuclear, todas as outras formas de energia utilizadas pelo homem moderno
provêem do sol. A fotossíntese pode ser considerada como um dos processos biológicos
mais importantes na Terra. Por liberar oxigénio e consumir dióxido de carbono, a
fotossíntese transformou o mundo no ambiente habitável que conhecemos hoje. De uma
forma directa ou indirecta, a fotossíntese supre todas as nossas necessidades alimentares
e nos fornece um sem-número de fibras e materiais de construção. A energia
armazenada no petróleo, gás natural, carvão e lenha, que são utilizados como
combustíveis em várias partes do mundo, vieram a partir do sol via fotossíntese. Assim
sendo, a pesquisa científica da fotossíntese possui uma importância vital. Se pudermos
entender e controlar o processo fotossintético, nós saberemos como aumentar a
produtividade de alimentos, fibras, madeira e combustível, além de aproveitar melhor as
áreas cultiváveis. Os segredos da colecta de energia pelas plantas podem ser adaptados
aos sistemas humanos para fornecer modos eficientes de aproveitamento da energia
solar.

Doenças que afectam a fotossíntese

As Doenças que afectam na fotossíntese são:

 Manchas;
 Ferrugens;
 Oídio e
 Míldio

A Manchas foliares e crestamentos

Patôgenos: Helminthosporium, Alternaria, Cercospora, Venturia, Colletotrichum


Cladosporium, Botrytis, Xanthomonas

Sintomas: manchas necróticas e crestamentos

Sobrevivência: sementes, restos de cultura, solo, tecidos de plantas


Tipo de parasitismo: facultativos

Disseminação: sementes, respingos de água e vento

Penetração: bactérias: ferimentos e aberturas naturais fungos: directa e ferimentos


9

Mecanismo de ataque: toxinas e enzimas = morte e decomposição dos


tecidos vegetais

Controle: variedades resistentes, rotação de culturas, medidas


sanitárias, protecção química

Míldios
Patógenos: Plasmopora viticola, Peronospora manshurica,
Pseudoperonospora cubenses, Phytophthora infestans

Sintomas: anasarca e fluorescência esbranquiçadas

Sobrevivência: sementes, solo, restos de culturas, plantas voluntárias,


plantas perenes

Tipo de parasitismo: parasitismo refreado (não causam a destruição


imediata do hospedeiro até a esporulação), parasitas obrigatórios

Penetração: aberturas naturais, ferimentos ou directamente através da


epiderme

Disseminação: água e ventos.

Oídios
Patógenos: Ordem Erysiphales, Erysiphe, Podosphaeria,
Uncinula, Sphaeroteca

Sintomas: confundem-se com os sinais

Tipo de parasitismo: obrigatórios

Sobrevivência: tecidos vivos (micélio e conídios na própria


planta ou planta alternativa

Disseminação: vento

Penetração: Directa (apressório) e por aberturas naturais

Mecanismo de ataque: haustório que invadem as células


epidérmicas, apresenta especificidade varietal; acelera a
respiração e diminui a fotossíntese
10

Ferrugens
patôgenos: uredinales
Sintomas: pústulas (nas folhas predominantemente)
Parasitismo: Obrigatório(não tem fase saprofítica no ciclo vital)
Disseminação: vento
Penetração: penetração por estômatos
Sobrevivência: tecidos vivos em hospedeiros intermediários

Classificação de outras doenças de Plantas

Ordens Grupos Doenças Processos Fisiológico


Podridão de Doenças que destroem Acúmulo de nutrientes em
órgãos de As sementes, frutos, sementes, frutos, tubérculos
1º reserva. Tubérculos desenvolvimento de tecidos
embrionários.
Damping off Doenças que causam Crescimento de tecidos jovens da
2º Danos nas plântulas plântula.
Podridão De Doenças que causam Absorção de água e minerais
3º raiz e colo Danos as raízes do solo
Sistémicas. Doenças que causam Transporte de água e minerais
4º Danos ao xilema e através do sistema vascular
floema
Viroses Galhas, Altera a utilização da Consumo de Energia
5º Carvões energia armazenada
11

Conclusão:

Depois de várias leituras inerentes das obras, conclui que o tema é de grande
importância porque cinge-se a respeito da formação sobre a dimensão deontológica e
técnica das respectivas profissões. Uma das condições que os autores de algumas
obras e que enfatizam para que ocorra a aprendizagem é a presença de recompensa.
Visto que esta poderá incentivar ao aluno a desenvolver o ato de leitura que será
benéfico para o próprio estudante.

Em todo o caso, queria que me comunicasse para depois utilizar e melhorar o meu
trabalho.
12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bassanezi, R.B.; Martins, M.C.; Godoy, C.V.; Amorim, L.; Bergamin Filho, A. Efeito
da antracnose na eficiência fotossintética do feijoeiro. Fitopatologia Brasileira, Brasília,
v.22, n.4, p.520-524, 1997.

Bastiaans, L. Ratio between virtual and visual lesion size as a measure to describe
reduction in leaf photosynthesis of rice due to leaf blast. Phytopathology, St. Paul, v.81,
n.6, p.611-615, 1991.

Bedendo, I. P. Manchas Foliares. In: Bergamin Filho, A.; Kimati, H.; Amorim, L.
Manual de Fitopatologia. São Paulo: Agronômica Ceres, 1995. p. 848-855.

Você também pode gostar