Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Coutinho Gonçalves
1 - INTRODUÇÃO 3
2 - TORNEAMENTO 3
3 - MAQUINA DE TORNEAR 5
4 - TORNO MECÂNICO HORIZONTAL 7
4.1 – NOMENCLATURA 7
4.2 - CARACTERISTICAS 8
4.3 - PARTES E ACESSÓRIOS DO TORNO 9
5 - VELOCIDADE DE CORTE PARA TORNO 35
6 - TORNO AUTOMÁTICO 37
Sumario 7 – BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................46
1 - TORNO
1.1 - INTRODUÇÃO
Ele se baseia em um princípio de fabricação dos mais antigos que existe, usado pelo homem
desde a idade e da mais remota antiguidade, quando servia para a fabricação de vasilhas de
cerâmicas. Esse princípio serve-se da rotação da peça sobre seu próprio eixo para a fabricação de
superfície cilíndricas ou cônicas.
Apesar de muito antigo, pode-se dizer que ele só foi efetivamente usado para o trabalho de
metais no começo deste século. A partir de então, tornou-se um dos processos mais completos de
fabricação mecânica uma vez que permiti conseguir a maioria dos perfis cilíndricos e cônicos
necessária aos produtos da indústria mecânica.
2 – TORNEAMENTO
O processo que se baseia no movimento da peça em torno do seu próprio eixo chama-se
torneamento. O torneamento é uma operação de usinagem que permite trabalhar peças cilíndricas
movida por um movimento uniforme de rotação em torno de um eixo fixo.
D ) Perfilar superfícies.
Além dessas operações, também é possível furar, alargar, recartilhar, roscar com machos ou
cossinetes, mediante o uso de acessórios para a máquina-ferramenta.
A figura abaixo ilustra o perfil de algumas ferramentas usadas no torneamento e suas respectivas
aplicações.
3 - MÁQUINA DE TORNEAR
A máquina que faz o torneamento é chamada de torno. É uma máquinaferramenta muito versátil
porque, além das operações de torneamento, pode executar operações que normalmente são
feitas por outras máquinas como a furadeira, a fresadora e a retificadora, com adaptações
relativamente simples.
O torno mais simples que existe é o torno universal. Estudando seu funcionamento é possível
entender o funcionamento de todos os outros por mais sofisticados que sejam. Esse torno possui
eixo e barramentos horizontais e tem a capacidade de realizar todas as operações que já citamos.
Essas partes componentes são comuns em todos os tornos o que diferencia um dos outros é a
capacidade de produção, se é automático ou não, o tipo de comando: manual, hidráulico,
eletrônico, por computador etc.
Antes de iniciar qualquer trabalho de torneamento, deve-se proceder a lubrificação das guias,
barramentos e demais partes da máquina conforme as orientações do fabricante. Com isso, a vida
útil da máquina é prolongada, pois necessitará apenas de manutenções preventivas e não
corretivas.
As figuras a seguir apresentam um torno mecânico horizontal do tipo comum com motor elétrico
e transmissor colocado externamente.
O torno moderno tende a construir-se cada vez mais blindado, com quase todos os mecanismos
alojados no interior das estruturas do cabeçote fixo e do pé correspondente.
Distancia máxima entre pontas (D, na fig. 1); Altura das pontas em relação ao barramento (A, na
fig. 1); Altura da ponta em relação ao fundo da cava; Altura da ponta em relação à mesa do carro
principal; Diâmetro do furo do eixo principal; Passo do fuso; Número de avanços automático do
carro; Número de roscas de passos em milímetros (caixa Norton); Número de roscas de passos
em polegadas (caixa Norton); Número de roscas módulo e diametral pitch (caixa Norton);
Número de velocidades do eixo principal; Potência do motor.
Arrastadores
Mandril
Porta ferramentas
CABEÇOTE FIXO: É a parte do torno, cujo eixo principal recebe a rotação do motor elétrico,
através de um jogo de polias ou engrenagens. No eixo principal esta adaptada um jogo de
engrenagens ABCD (figura abaixo) a fim de obter as velocidades reduzidas para tornear o
material.
8 - Luva de acoplamento
Nele estão alojados os mecanismos de rotação para tornear o material, o mecanismo de inversão
dos avanços da grade para movimentar o carro e as tabelas das velocidades e avanços
apropriados para tornear os materias.
A polia P gira livremente no eixo principal do torno e está fixada na roda A e a parte esquerda da
luva L de acoplamento. A parte direita desta luva se desloca longitudinalmente, no eixo
principal, o suficiente para que, ao acionar-se uma alavanca exterior, ela se una à parte esquerda
ou dela se afaste.
As rodas B e C (ligada por uma bucha e deslizantes no seu eixo E) se desengrenam das rodas A e
D (deslocamento para a esquerda) quando a luva de acoplamento se fecha. Neste caso, produz-se
marcha direta.
CAIXA NORTON: É o mecanismo que permite fazer várias mudanças rápidas, entre a grade e o
fuso ou vara, de avanços adequados do carro do torno.
É constituída de uma caixa de ferro fundido cinzenta com um eixo no qual estão fixadas diversas
rodas dentadas. Pelo manejo da alavanca exterior, estas rodas se combinam com uma roda de
outro eixo, produzindo mudanças diferentes ao avanço do carro.
A figura apresenta uma caixa norton que permite seis rotações diferentes transmitidas
individualmente pela alavanca de mudanças ao fuso e à vara do carro.
No eixo A de avanços estão montadas seis rodas dentadas diferentes. No eixo D, paralelo ao eixo
A e com rasgo de chaveta, está a roda R1 que, devido a chaveta deslizante, desloca-se entre as
posições de 1 a 6. A cada uma dessas posições corresponde um pequeno encaixe no rasgo
externo da caixa, por onde passa o punho da alavanca de mudança.
CARRO PRINCIPAL: É a parte do torno que desloca sobre o barramento, manual (através do
volante) ou automaticamente.
SELA: Sua estrutura é de ferro fundido cinzento, ajustado nas guias prismáticas externas do
barramento do torno; realiza o avanço longitudinal, aproximando ou afastando a ferramenta para
tornear o material e suporta o avental, o carro transversal e o carro superior.
AVENTAL: É uma caixa de ferro fundido cinzento, fixa na parte dianteira do carro principal.
CARRO TRANSVERSAL: Na parte superior do carro principal, desliza, por guias transversais,
o carro. Na parte inferior do carro transversal esta o parafuso de movimento que se conjuga a
uma porca, determinando o deslocamento transversal do mesmo. Este deslocamento se faz
manualmente, pelo volante, ou automaticamente, através do mecanismo do avental, conforme
será explicado adiante. Um anel graduado no eixo do volante permite deslocamento
micrométrico do carro transversal.
direção de avanço da ferramenta em relação ao eixo da peça que esta sendo torneada
O fuso e a vara recebem o movimento de rotação da caixa Norton ou grade do torno e transmite
esse movimento ao mecanismo do avental para realizar:
O avanço transversal automático para ambos os sentidos; O avanço manual radial (qualquer
ângulo) do carro superior controlado pelo anel graduado para tornear cônico; na sua face superior
está fixado o porta-ferramenta para fixar a ferramenta necessária, de acordo com trabalho a
realizar-se.
1) Movimento manual do carro: Estando o pinhão P1 desligado (alavanca A2), gira-se o volante
V. A rotação do pinhão P2 faz girar R1 e o pinhão P3, que, engrenado na
2) Avanço automático do carro através do fuso (para abertura de roscas): Move-se a alavanca
A1. Os pinos das metades da porca aberta movem-se nos rasgos no disco D e fecham a porca,
engrenando-a com o fuso. A rotação do fuso determina o avanço longitudinal do carro.
3) Avanço automático do carro através da vara: Estando a porca aberta, move-se a alavanca A2,
para a posição que produz o acoplamento das luvas L1. A rotação da vara determina as rotações
de R2, R3, P (parafuso sem-fim), R4 (roda helicoidal), P1, R1 e
4) Avanço automático do carro transversal: Estando a porca aberta, move-se a alavanca A2 para
a posição que, desligando as luvas L1, acopla ao mesmo tempo as luvas L2. A rotação do fuso
não se transmite ao pinhão P1, por estar desligado e, assim, o carro do torno não se move.
Através, porem, de R2, R3, P e R4, a rotação se transmite a R5 que engrena com o pinhão P4,
montado no topo do parafuso de deslocamento do carro transversal.
a) As guias dos avanços e seus parafusos de comando dos carros devem ser periodicamente
limpos e constantemente lubrificados.
Cabeçote móvel: É a parte do torno deslocável sobre o barramento e oposta ao cabeçote fixo. A
contra-ponta esta situada na mesma altura da ponta do eixo principal e ambas determinam o eixo
de rotação da superfície torneada.
Cumprem as seguintes funções:
- Servir de suporte à contraponta, destinada a apoiar um dos extremos da peça a ser torneada;
- Servir para fixar o mandril de haste cônica, para furar com broca no torno;
- Servir de suporte direto de ferramenta de corte, de haste cônica, como sejam brocas,
alargadores e machos;
O cabeçote móvel pode ser fixado ao longo do barramento, seja por meio dos parafusos, porcas e
placas ou por meio de uma alavanca com excêntrico.
A base é feita de ferro fundido cinzento, apoia-se no barramento e serve de apoio ao corpo.
O corpo também de ferro fundido cinzento, onde se encontra todo o mecanismo do cabeçote
móvel, pode ser deslocado lateralmente a fim de permitir o alinhamento ou desalinhamemto da
contra-ponta.
LUNETAS: As lunetas são acessórios que têm a finalidade de apoiar peças compridas a fim de
evitar curvatura ou flexão, sob a ação do esforço da ferramenta de corte.
Na usinagem de peças muito flexíveis, sobre tudo quando a flexão se da até pelo próprio peso da
peça, é aconselhável o uso de luneta fixa.
Por meio de um parafuso com porca de uma sapata, a luneta é fixada transversalmente na mesa
ou barramento. Pelo exame da figura acima se compreende como a luneta serve de apoio e de
guia à peça a usinar. Deve haver centragem rigorosa; os três contactos (ou castanhas), de bronze
ou de ferro fundido, podem deslizar em ranhuras e ter suas posições regulares por meio de
parafuso.
Para centrar com correção as castanhas, é necessário tornear antes uma parte da peça, onde terão
elas seus pontos de contato. As extremidades das castanhas devem tocar levemente a peça e não
apertá-la, a peça tem que girar suavemente, mas sem folga, entre as castanhas.
Para possibilitar o movimento desta luneta ao longo da peça, sua fixação se da ao longo do torno,
como mostra a figura. Em geral essa luneta possui apenas duas castanhas, a superior e a lateral,
que fica sempre do lado oposto da ferramenta. O gume da ferramenta passa a constituir, por
assim dizer, a terceira castanha de contato.
A ponta da ferramenta ataca sempre a peça bem como da zona de contato das castanhas, estando
adiante delas no máximo 5 m. À medida que progride o corte ao longo da peça, as castanhas, em
contato suave com a parte já cilindrada, vão oferecendo a resistência necessária à ferramenta,
para que a peça não se flexione.
No interior da placa esta encaixada um disco, em cuja parte anterior existe uma ranhura de
secção quadrada, formando uma rosca espiral. Nesta se adaptam os dentes das bases das
castanhas. Na parte posterior do disco há uma coroa cônica, na qual se engrenam três pinhões,
cujo giro é dado por uma chave.
O giro da chave determina a rotação do pinhão que, engrenado na coroa, produz giro do prato.
Como a ranhura da parte anterior do prato é em espiral e os dentes das castanhas estão
encaixados nela, esta faz com que as castanhas sejam conduzidas para o centro da placa,
simultânea e gradualmente quando se gira no sentido dos ponteiros do relógio.
Para desapertar, gira-se em sentido contrario. As castanhas são numeradas segundo a ordem, 1, 2
e 3; cada castanha deve ser encaixada unicamente na sua ranhura respectiva.
Para isso, é necessário girar o pinhão até aparecer o inicio da rosca espiral no alojamento 1.
3d)
e) A parte saliente da peça deverá ser igual ou menor o triplo do diâmetro (A ≤ f) O barramento
ou mesa deve ser protegido com calço de madeira, ao montar e desmontar a placa. g) Ao trocar
as castanhas, deve-se limpar o alojamento, a rosca espiral da placa, as guias e os dentes de cada
castanha. h) Quando houver alguma anormalidade no funcionamento da placa, deve-se
desmontá-la e limpar as peças de seu mecanismo. i) Os pinhões e a coroa da placa devem ser
lubrificados com graxa, após qualquer desmontagem.
Constituição e Funcionamento a) Corpo: de ferro fundido cinzento, em forma circular, com rosca
para fixar na extremidade do eixo principal e na outra face tem canaletas que se cruzam a 90º
para orientar o deslocamento das quatro castanhas. Possui, também, rasgos radiais para a fixação
de peças com parafusos. Algumas placas possuem, na face, circunferências concêntricas para
facilitar a centragem aproximada das peças cilíndricas.
b) Castanhas: feitas de aço temperado ou cementado e sua base tem dentes com o perfil igual ao
da rosca do parafuso, possibilitando assim o seu deslocamento. Na outra face, possui degraus
para a fixação de peças. Pode-se inverter a posição das castanhas para possibilitar a fixação de
peças de dimensões maiores; em ambos os casos a ação de fixar as castanhas pode ser em
direção ao centro ou em direção à periferia da placa.
c) Quatro parafusos: de aço cementado e com um orifício (ou haste) quadrado na sua
extremidade, para embutir a chave de aperto. d) Chave de aperto – constituída de aço, com a
ponta (ou encaixe) quadrada, endurecida, e que serve para movimentar individualmente os
parafusos que movem as castanhas.
Sua construção tem forma de disco, de ferro fundido cinzento, com uma rosca interior para sua
fixação no eixo principal do torno. O arrastador é feito de aço é fixado
Tipos: Placa com ranhuras, para ser usado arrastador com haste curva.
Placa de pino, para ser usado arrastador de haste reta. Placa de segurança, que permite alojar o
arrastador para proteger o operador.
Arrastador de dois parafusos, indicados para realizar passes profundos. Arrastador conjugado,
utilizado para fixação de peças de grandes diâmetros.
tornear
O corpo da placa lisa é feita de ferro fundido cinzento, com forma de disco, cujo o raio máximo é
menor que a distância entre o eixo principal e o barramento. É fixada no eixo principal do trono
que possui, na face oposta, uma superfície plana com diversas ranhuras radiais que permitem
deslocar os parafusos de fixação.
A ponta tem a forma de cones duplos de aço temperado e retificado, ajustado na bucha de
redução e no cone do eixo principal. A contraponta mantém-se no mangote do cabeçote móvel,
para o torneamento entre pontas ou entre placa e ponta.
A haste tem cone “Morse” padronizado e, a ponta, um ângulo de 60º, que corresponde ao ângulo
de escarear da broca de centrar.
É um acessório cuja a ponta, por suas medidas reduzidas quebra facilmente em trabalhos mais
pesados.
Ponta rotativa
peça
Neste tipo de ponta, é adaptado no mangote do cabeçote móvel, ele gira com a
É montada dentro de uma bainha, cuja a parte superior é um cone “Morse”, para se adaptar no
furo do mangote. Entre a bainha e a haste da ponta rotativa se estala três rolamentos, um dos
quais de imposto. Assim, a ponta gira suavemente suportando esforços radiais e axiais ou
longitudinais é utilizada para desbastes profundos em peças seriadas.
A peça bem montada entre a ponta e contraponta deve girar sem folga, mas também sem estar
pressionada ao ser desbastada, porém, a peça se aquece, quer pelo atrito da ponta da ferramenta,
quer, no centro, pelo atrito com a contraponta. O calor produz a dilatação da peça.
Estando ela sem folga, resulta pressão sobre as pontas, capaz de provocar deformação da peça e
danificar a contraponta do torno.
Perfis e aplicações:
As ferramentas para o torno são preparadas de acordo com o tipo de material e a operação a
realizar; as mais usadas são as seguintes:
Sagrar e cortar
Ferramenta de desbastar: É utilizada para remover cavaco mais grosso possível (cavaco de maior
secção), tendo–se em conta a resistência da ferramenta e a potencia da máquina.