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Auxinas, Giberelinas e Citocininas

Nathã Pereira de Oliveira TP2


1. Leia o texto anexado e faça uma explanação do que você entendeu
sobre a relação das citocininas e a doença de vassoura de bruxa em
cacaueiro. Use seus conhecimentos adquiridos em aula. 

R: De acordo com o Centro de Energia Nuclear na Agricultura e a Escola Superior de


Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, acerca da relação entre a
citocinina e a doença de vassoura de bruxa em cacaueiro, é possível comprovar que
ambas podem estar associadas a cultura. Uma vez que o hormônio possui diversas
características, ele atua no retardamento da senescência dos vegetais; inibe o
crescimento radicular; executa a diferenciação celular; participa da morfogênese
vegetativa da planta; quebra a dominância apical e a dormência de sementes e
principalmente, promove a citocinese. Dessa forma, o fungo M. perniciosa (vetor da
doença) se aproveita dessa propriedade citocinética promovida pela citocinina para que
o tecido infectado sofra constantes divisões celulares, formando drenos metabólicos que
aumentarão a biomassa do tecido específico, garantindo a sobrevivência do patógeno.
Por outro lado, este fato gera queda de produtividade da cultura, o que prejudica muitos
produtores.
Em resumo, a relação entre as citocininas e a doença de vassoura de bruxa pode ser
observada na presença de um fungo chamado Moniliophthora perniciosa, o qual usa a
citocinina para alterar o equilíbrio hormonal do cacau fazendo com que cresça uma
quantidade maior de tecidos infectados. Tais tecidos afetados fazem com que o
metabolismo da planta seja modificado drenando mais energia da planta. O fungo utiliza
da citocinina para aumentar a biomassa no tecido onde ele está, matando aquele tecido e
o consumindo para crescer e se reproduzir.

2. O que você entende por dominância apical? Quais as vantagens e


desvantagens desse evento para a agricultura? 

R: A dominância apical é uma atividade gerenciada pelo ápice caulinar sobre as gemas
axilares e os ramos abaixo (é o mecanismo que age sobre a gema apical inibindo as
gemas axilares através da auxina e de outro hormônio chamado de estrigolactona). A
auxina gera sinais químicos por distâncias grandes e se o crescimento ápice caulinar for
cortado, o fluxo de auxina diminuirá fazendo com que as gemas auxiliares comecem a
se desenvolverem. No geral, a dominância apical engloba três agentes: a auxina, a
citocinina e a estrigolactona, que inibe o crescimento de gemas axilares.
Consequentemente, os vegetais com uma forte dominância apical são pouco ramificados
além de reagir intensamente perante à decapitação, apresentando uma rápida resposta
por parte da ramificação. Por outro lado, aqueles com uma fraca dominância apical são
amplamente ramificadas e uma baixa reação perante à decapitação. Uma planta com
forte dominância apical, mantém alto nível de auxina e baixo de citocinina; e a com
baixa dominância apical, tem mais citocinina, menos auxina, além de possuir
desenvolvimento normal sem dominância apical. Como vantagem da dominância apical
pode se mencionar uma planta com poucas hastes, o que diminui drasticamente os
drenos que poderiam influenciar diretamente na produtividade. E como desvantagem
este comportamento pode acarretar em um menor sistema radicular; alta reação quando
realizada uma decapitação e uma baixa concentração de citocinina. Um exemplo, no
plantio de batata, fazer o plantio na fase da dominância apical se há necessidade de um
campo de poucas hastes ou precisa de um campo de brotação múltipla é algo muito
bom. Agora se há necessidade de rendimento, plantar sementes com dominância apical
vai acabar resultando poucas hastes por área limitando o rendimento.

3. EXPLIQUE três eventos os quais são fortemente controlados pelas


giberelinas.
R: - Alongamento caulinar: A giberelina executa fortemente a divisão celular,
pesquisas concluíram que o hormônio promove o alongamento dos entrenós em vários
membros da família das gramíneas e também no milho, equiparando-se à cultivares
mais altas da respectiva espécie. Nesse aspecto também é importante ressaltar que esse
hormônio atua no crescimento vegetal, plantas que não produzem giberelina são
consideradas plantas anãs, apresentando uma baixa estatura.

-Geminação de sementes: A giberelina estimula a síntese de enzimas hidrolíticas, as


quais degradam as reservas nutritivas ali contidas no endosperma ou no embrião,
conforme a semente amadurece. Sendo assim este processo fornece energia para o
crescimento do vegetal. O embrião dentro da semente libera giberelina e a giberelina se
difunde pelo tecido da semente induzindo a síntese de enzimas, enzimas nas quais,
degradam compostos orgânicos armazenados no endosperma e nos cotilédones. Os
produtos resultantes são os açucares e aminoácidos que serão utilizados posteriormente
para o seu crescimento.
- Indução da floração e expressão sexual: pois possui a capacidade de substituir os
eventos provenientes do fotoperíodo e também das baixas temperaturas na indução
floral de algumas plantas, servindo como estimulante. Como exemplo, podemos
mencionar a capacidade da mesma na determinação do sexo em plantas monóicas,
sendo dependente também de fatores genéticos e ambientais. Em outra situação, um
estudo comprovou que na cultura do milho, quando submetido a dias curtos e noites
frias, houve um aumento de aproximadamente 100x nos níveis desse hormônio no
pendão, assim aumentando a concentração de flores femininas.
Além disso, a Giberelina atua na Formação de Frutos Partenocárpicos. Aplicando-se
giberelinas artificialmente em ramos florais, ocorre o estimulo para formação de frutos.
Um exemplo são as uvas Thompson.

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