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PICOS – PI
2023
ROZEANO DOS SANTOS TEIXEIRA
Orientador:
Prof. Dr. Francisco Reinaldo Rodrigues Leal
PICOS – PI
2023
RESUMO
Palavras-chaves:
ABSTRACT
Key words:
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 6
2. OBJETIVOS 8
2.1. Geral 8
2.1. Específicos 8
3. REFERENCIAL TEÓRICO 9
3.1. Cultura do alho (Allium sativum) 9
3.2. Clima Semiárido 10
3.3. Fotoperíodo e Temperatura 10
3.4. Tratos Culturais 11
3.5. Dormência 12
3.6. Adubação 12
3.7. Produção comercial de Alho 13
4. MATERIAL E MÉTODOS 14
5. RESULTADOS ESPERADOS 17
6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 18
7. ORÇAMENTO 19
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21
6
1. INTRODUÇÃO
Sendo uma cultura que já representou grande relevância econômica no semiárido piauiense
em décadas passadas, o alho aos poucos vem tentando retomar sua posição de destaque com a
retomada do cultivo por pequenos agricultores. Tal resgate da cultura na região justifica-se
não só pela diversificação na geração de renda do pequeno produtor, mas também, pela
crescente demanda do mercado interno, sendo esta uma tentativa para a autossuficiência
(SOARES et al., 2015), já que a produção brasileira nos últimos três anos não atende nem
50% do mercado interno (FAGUNDES, 2021). Para tanto, tratos culturais simples como a
adubação, a qual não se aplicava a realidade passada destes produtores da região, vem sendo
conduzidas junto aos mesmos.
Até a década de 1990, o estado do Piauí se apresentava entre os maiores produtores de alho
da região Nordeste, com destaque para microrregião de Picos. A cultura nesta região entrou
em declínio por vários motivos, dentre elas o uso de sistema rudimentar de produção como
cultivos em leitos de rios (SANTOS et al., 2017) sem nenhum manejo de adubação. Em 2011
foram feitos os últimos registros de produção de alho no estado. Foram cerca de 45 toneladas
produzidas em 10 hectares nos municípios de Bocaina, Santo Antônio de Lisboa e Sussuapara
(IBGE, 2021), sendo esta uma produção bem abaixo da média (10,63 t/ha) nacional
(FAGUNDES, 2017).
Dentre os fatores para essa reduzida média atribui-se as práticas de agrotecnologia como a
adubação. Tal prática é fator primordial na produção de olerícolas, pois eleva a produtividade,
além de melhorar a qualidade dos produtos colhidos, exercendo funções no metabolismo
vegetal, influenciando o crescimento e a produção das plantas (MARCUSSI et al., 2004)
O fornecimento adequado de nutrientes, em quantidade e qualidade, assume grande
importância para a cultura do alho, visto que a maioria dos solos brasileiros é de baixa
fertilidade natural (RESENDE & CÍLIO FILHO, 2009). Nesse sentido, formulações de
adubação tem sido sugerida para a região, porém sem ter tido nenhum trabalho concluso para
efetivação da eficiência dos resultados destas.
A adequação no fornecimento de nutrientes para fins de maximizar a produtividade da
cultura e da qualidade do alho tem sido a solução para aumentar sua viabilidade econômica,
principalmente levando-se em consideração que a globalização da economia e o Mercosul
interferem significativamente na qualidade do alho comercializado e, consequentemente,
sobre a alicultura nacional (SOUZA & MACÊDO, 2009).
7
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
✔ Publicação do trabalho
9
3. REFERENCIAL TEÓRICO
Suas folhas são lanceoladas, alongadas, estreitas e cerosas, com medidas que podem
atingir até 60 cm de altura, de acordo com a cultivar. As bainhas das folhas formam um
pseudocaule curto, em cuja parte inferior origina-se o bulbo, o caule verdadeiro é um disco
comprimido, sendo o ponto de partida das folhas e das raízes, que são pouco ramificadas e
com profundidade que pode atingir até os 50 cm dependendo da variedade (TRANI, 2009).
Mas sua principal característica é o bulbo que é fragmentado em bulbilhos que apresentam
cerca de 60% de água, 29% de carboidratos, 6,3% de proteínas e 0,1 % de lipídeos (PUIATTI
and FERREIRA, 2005).
deve ser utilizado bulbilhos de maior tamanho, devido eles possuírem melhor emergência com
percentagem de 8,8%, em relação aos bulbilhos menores.
Segundo Resende et al., (2003) o desenvolvimento dos bulbos, com relação a dias
maiores do que os favorável para determinada cultivar podem gerar valores crítico (JONES E
MANN. 1963; KIM etal.1979). Carvalho, 1975; PARK E LEE,1989, afirma que de acordo,
com a carência do fotoperíodo, não haverá formação normal dos bulbos e bulbilhos, tendo
apenas o crescimento vegetativo. Consequentemente, esse fator vai variar de acordo com as
11
De acordo com Mathias (2016), para obter excito na produção é preciso ter vários
cuidados, desde do início da preparação do solo até a escolha da semente. O alho semente é o
bulbilho, ou “dente de alho”, usado para propagação. Não se aconselha utilizar os bulbilhos da
própria lavoura, pois apresenta perdas de rendimento, devido a carência nutricional, pragas e
infecções virais. Para se formar um bom campo de produção de alho deve obter bulbilhos
livres de vírus. O bom desenvolvimento ocorre em regiões onde predomina temperatura entre
10 ºC e 15 ºC. A exigência pode ser compensada pela vernalização, processo no qual os
bulbos passam por refrigeração em câmara fria de 45 a 60 dias, a uma temperatura entre 3 ºC
e 5 ºC, antes do plantio.
De acordo com Mathias (2016), a adubação, deve ser feita de acordo com a análise do
solo, se possível é recomendado o uso de cobertura morta com objetivo de manter a umidade
do solo, com isso favorecer o crescimento da planta, e de acordo com o crescimento dos
bulbos, reduzir a disponibilidade de água sessando a irrigação 20 dias antes da colheita.
Com relação a maturação do alho, vai variar de 3 a 9 meses, após o plantio, vai
depender da cultivar e da região. A colheita deve ser realizada em dias de sol e pela manhã,
logo após a colheita o alho ainda com folhas e raízes deve ser curado por 3 a 5 dias no sol,
variando de acordo com a intensidade luminosa e a temperatura da região, logo após20 a 50
dias na sombra em formato de transa ou em molhos, com a rama para cima deve-se separando
as folhas e raízes quando for embalado (MATHIAS, 2016).
3.5. Dormência
Segundo Landau (2020), em relação a dormência dos bulbilhos, logo após a formação
das folhas e da gema de brotação, eles entram em estado de dormência, com isso não podem
ser plantados após a colheita, devido esse seu mecanismo, entretanto, esse mesmo
mecanismo vai desaparecendo gradativamente a depender do tempo, da cultivar e das suas
condições de armazenamento, podendo ter um prazo de 70 dias após a colheita.
3.6. ADUBAÇÃO
A nutrição de nutrientes pelo alho mostra uma relação bastante direta com o
crescimento e desenvolvimento da planta. O crescimento da cultura se inicia a partir dos 60
dias e concluísse aos 120 dias após o plantio, sendo que a bulbificação inicia-se por volta dos
70 dias, é se intensificando-se entre 90 até 130 dias após o plantio. Nas primeiras semanas
após a emergência, a folha de brotação utiliza somente as reservas presentes nos bulbilhos e
por isso a absorção de nutrientes do solo, é reduzido até os 45 dias. O nitrogênio e o potássio
são macronutrientes acumulados mais intensamente pelo alho, sendo os demais absorvidos em
menor quantidade, acompanhando a curva de crescimento da planta (RESENDE, F. V et al.,
2021).
Tem que se tomar cuidado com o nitrogênio (N), visto que este nutriente em
abundância pode provocar o pseudoperfilamento, principalmente em cultivares mais
susceptíveis a este distúrbio. Para essas cultivares, a adubação nitrogenada em cobertura
deverá ser dividida em duas etapas. A primeira é feita antes da separação dos bulbilhos ou do
início do estresse hídrico, ou seja até 20 - 30 dias após o plantio. A segunda etapa é realizada
com o regresso da segurança, após o fim do período de estresse hídrico, por volta de 60 dias
após o plantio. (RESENDE, F. V et al., 2021).
Com relação ao consumo de alho pelos brasileiros foram cerca de 30 milhões de caixas
em 2019 e em 2020 teve um aumento para 36 milhões em 2020, correspondente um
acréscimo de 20%. Já a produção nos anos citados, avançou cerca de 23% saindo de 13,5
milhões de caixas no ano de 2019 para 16 milhões de caixas em 2020. Os estados de Minas
Gerais (6.500 hectares plantados), Goiás (3.500 hectares), Santa Catarina (2.200 hectares) e
Rio Grande do Sul (2.100hectares), são os principais e maiores produtores de alho no brasil.
14
Apesar da Bahia e do Piauí, apresentar um avanço na produção de alho suas áreas são plantas
são inferiores a 1.000 hectares (ANAPA, 2021).
4. MATERIAL E MÉTODOS
Será realizado análise química do solo da área em questão para se ter parâmetros de
observação dos valores de deficiência (caso ocorra) dos nutrientes.
Após o plantio será feito uma cobertura morta em toda extensão da área dos canteiros como
forma de reduzir a incidência direta da luz no solo com intuito de proporcionar conforto
térmico ao sistema radicular, bem como evitar evaporação da umidade.
Além da adubação de plantio na dosagem dos tratamentos, serão feitas também adubações de
cobertura aos 20, 50 e 70 dias após plantio, em quantitativo equivalente ao tratamento.
Complementarmente será realizada uma adubação com sulfato de magnésio (MgSO4) na
dosagem de 300 kg/ha, no momento do plantio e nas adubações de cobertura, devido a cultura
ser exigente no elemento enxofre (FILGUEIRA, 2008).
16
Para a avaliação dos parâmetros, serão coletadas apenas as plantas localizadas na parte
central das parcelas, de forma aleatória, desprezando as plantas nas bordas. Os parâmetros a
serem avaliados serão:
5. RESULTADOS ESPERADOS
6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
MESES / ANOS
2023 2024
ATIVIDADES
Ago Set Ou Nov Dez Jan Fev Ma Ab Ma jun J
t r r i
Revisão bibliográfica x x x x x x x x x x x x
18
7. ORÇAMENTO
ORÇAMENTO
PRODUTO UNIDADE VALOR TOTAL
UNITÁRIO
Alho semente 1584 0,3125 495,00
Estufa incubadora 1 16.682,40 16.682,40
Adubos químicos 16,128kg 257,39
Gasolina 30 5,20 174,00
Mão de obra 8 60,00 480,00
Fita métrica 50 m 32,00 32,00
Enxadas 2 53,9 107,8
Cobertura morta 6 sacos 5,00 30,00
Micro aspersores 9 5,68 51,12
Caixa D´água 10000 L 1 499,00 499,00
Mangueira-20mm 24m 1,08 25,92
Bomba Submersa 6,5 m³/ 1 5.800,58 5.800,58
hora
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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