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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CAMPUS BALSAS
CURSO DE AGRONOMIA

ANA JÚLIA DA SILVA SCHNEIDER


JÚLIO CÉSAR DO NASCIMENTO SILVA
KAHUÃ SOUSA DA SILVA
TAINÁ PAULA LAURINDO

REVISÃO DE LITERATURA
COENTRO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA.

BALSAS
2023
ANA JÚLIA DA SILVA SCHNEIDER
JÚLIO CÉSAR DO NASCIMENTO SILVA
KAHUÃ SOUSA DA SILVA
TAINÁ PAULA LAURINDO

COENTRO SOB ADUBUÇÃO ORGÂNICA.

Trabalho de revisão de literatura, elaborado pelos discentes


da Universidade Estadual do Maranhão para a obtenção
parcial de notas na disciplina de Metodologia Científica no
curso de agronomia.
Orientadora: Prof. Me. Jecilene Silva de Jesus

BALSAS
2023
Revisão de Literatura (ou bibliográfica) – Coentro sob Adubação Orgânica.
O Coentro (Coriandrum sativum L.)

O coentro (Coriander sativum L.) é uma olerícola de grande valor e importância


comercial. No Brasil, tem sido cultivado por pequenos e médios produtores, tanto para a
produção de massa verde, comercializada em feiras livres e supermercados, como também
para a produção de frutos, utilizado nas indústrias alimentícias e cosméticas (Oliveira et al.,
2005).

Aspectos botânicos: Herbácea ereta, anual, ramificada, aromática, de 30-70 cm de


altura. Folhas compostas bipinadas, as basais dentadas divididas em segmentos largos e
irregulares (como as da salsa), e as folhas superiores finamente divididas e muito mais
numerosas.

O coentro sendo uma hortaliça folhosa, é cultivada e consumida em quase todo o


mundo, pois é rica em vitaminas A, B1, B2 e C, e boa fonte de cálcio e ferro. Por apresentar
uma pequena complexidade de cultivo, diversos produtores empregam investimentos na
plantação, obtendo assim plantas de boa qualidade e, consequentemente, com maior
probabilidade de sucesso no mercado comercial (SANTOS et al., 2020).

O coentro é constantemente utilizado como erva medicinal, tal planta é muito


utilizada em receitas de remédios caseiros para resfriados, febres, náuseas, vômitos,
problemas de gastrites, antiparasitas, dores reumáticas e nas juntas, prevenção contra
doenças crônicas, além de contribuir com a redução dos níveis de progesterona para
melhorar a fertilidade, em decorrência do citado, acaba que o coentro acaba possuindo
constante presença no cotidiano brasileiro. (LIMA, 2007).

Tabela 1: Avaliação Química do Coentro

Fonte: Biofenologia do coentro. Acta Botanica, v. 6, p. 78, 1992.


Adubação orgânica

A prática de adubação é uma estratégia de valor significativo quando se pensa numa


forma de exploração racional de culturas agrícolas, mostrando-se indispensável para a
obtenção de um saldo de rendimentos positivos (ALVES et al., 2012).

Segundo Souza et al. (2015) a adubação orgânica mostra-se como uma fonte
alternativa para a produção de plantas, e em função da obtenção de resultados positivos, sua
utilização na agricultura, tem crescido, havendo estudos que comprovam a eficácia deste tipo
de adubação no cultivo de mudas de plantas. A adubação orgânica traz melhorias nas
condições químicas, físicas e biológicas do solo, assim como também a ciclagem de nutrientes
dentro do sistema solo-planta, sendo assim, a utilização de adubação orgânica como esterco
de bovinos torna-se uma alternativa bastante interessante, tendo em vista a facilidade da
obtenção e do custo relativamente baixo (CAMARGO, et al. 2012).

Abboud (2013) ao abordar a questão do alto custo de fertilizantes no Brasil levanta


o uso de alternativas como a Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN) como um exemplo
de sucesso alcançado pela agricultura brasileira, tendo em vista que tal prática reduziu a
dependência de nitrogênio industrializado, inferindo positivamente na balança comercial.

Do mesmo modo, deve-se tratar a problemática dos altos custos da adubação


química, apostando na adubação orgânica como forma de diminuir os custos de produção
das lavouras brasileiras e como método de recuperação natural dos nutrientes do solo.

Esterco Bovino

O uso de esterco bovino como adubo orgânico possibilita um aumento considerável de


macro e micronutrientes no solo, fundamentais para o crescimento e desenvolvimento das
plantas, seu uso ajuda a reduzir a perda de nitrogênio, reter fósforo no solo e melhorar a
qualidade da agricultura, sendo assim, seu uso se torna uma opção mais econômica, natural e
ainda acaba estimulando o crescimento da agricultura.

O esterco é considerado uma boa fonte de P (fósforo), e de N (nitrogênio) e K


(potássio). Esses nutrientes, são menos retidos no processo de digestão animal, dos tecidos
vegetais, e são lixiviados enquanto o esterco é curtido ao ar livre. O esterco parece causar
imobilização de nutrientes do solo no primeiro mês após sua incorporação.  (GONÇALVES
et al., 2014)

De acordo com Aguiar et al (2017) o esterco bovino ainda possui ação condicionante e
por ser fonte de nutrientes favorece a capacidade de troca de cátions, porosidade e retenção de
água, sendo uma opção viável para a produção de mudas.

O uso de esterco bovino como adubo orgânico possibilita um aumento considerável de


macro e micronutrientes no solo, fundamentais para o crescimento e desenvolvimento das
plantas (GONÇALVES et al., 2014)

Esterco Aviário

O esterco de galinha destaca-se do demais devido ao seu grande teor de matéria


orgânica concentrada dentre elas, seus nutrientes e uma maior concentração de nitrogênio que
tem como origem o teor de ração concentrada e balanceada, já tendo em vista que o nitrogênio
é um dos elementos essenciais para maioria das culturas.

Minerais como cálcio e fósforos são encontrados com abundancia no esterco


(FUKAYAMA 2018). Com suas características e o preço acessível ao agricultor, o mesmo se
tornou uma fonte de matéria orgânica que agrega as culturas pois apresenta baixa relação
carbono/nitrogênio (SANTOS et al., 2010) o que ajuda a sugar ou obter uma maior
quantidade de nutrientes que o solo pode fornecer. (LOURENTE et al., 2007).

O uso de materiais orgânicos como o esterco de galinha dentre outros, é proveniente


da utilização de técnica de conservação de propriedades naturais e como um meio de
economizar capital financeiro para ter uma melhor produtividade através de matérias que
seriam descartáveis para a somatória de recursos advindo do próprio ambiente.

Junto a essa tratativa vem a diminuição de impactos ambientais, bem como uma
forma sustentável de fertilização de um solo de forma que segue critérios socioeconômicos e
conservadores, mantendo o solo livre de grandes degradações em busca de elementos que
ajude na fertilização e desenvolvimento das culturas cultivadas. (SILVA et al., 2011).
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