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RELATÓRIO ANUAL FINAL

Contratada: Renascer Projetos e Consultoria – EIRELLI


Projeto: projeto de implantação e acompanhamento técnico de sistemas agroflorestais
Município de realização: Parauapebas-PA
________________________________________________________________
Contratante: Instituto Tecnológico Vale – ITV
Projeto: Biodiversidade e geração de renda
Eixo: Silvicultura produtiva e SAFs para agricultura familiar
Equipe: Sâmia Nunes e Rosane Cavalcante
Dezembro/2020

1- APRESENTAÇÃO
Segue o relatório referente a atividades desenvolvidas pela Renascer
Consultoria no município de Parauapebas - PA.
O projeto refere-se à implantação e acompanhamento de Sistemas
Agroflorestais desenvolvidos na Área de Proteção Ambiental (APA) do Igarapé do
Gelado. Seu início ocorreu em novembro de 2019 com a implantação de duas Unidades
Demonstrativas deste sistema. As respectivas áreas possuem 0,94 e 0,5 hectare cada
unidade de implantação. Já o acompanhamento está ocorrendo em períodos bimestrais
em cada unidade demonstrativa de Sistemas Agroflorestais (SAFs), sendo que a
primeira visita ocorreu em fevereiro de 2020.
Estas unidades fazem parte das ações promovidas pelo projeto de
Biodiversidade e Geração de Renda, eixo de Silvicultura produtiva e SAFs para
agricultura familiar do Instituto Tecnológico Vale - ITV.
As atividades que serão descritas ao longo deste documento contemplam as
ações previstas de assistência técnica as quais remetem a i) orientações para a
condução do SAF; ii) identificação de pragas e doenças; e iv) orientações dos tratos
culturais. Essas orientações são realizadas através de visitas técnicas com profissionais
de nível médio e superior. Todas essas orientações para identificar as melhores
técnicas produtivas que possibilitem aumento de produtividade e geração de renda as
famílias envolvidas.
A seguir serão apresentadas as etapas das atividades que contemplam o projeto
em questão.
2- UNIDADES DEMONSTRATIVAS - LOCAL DO PROJETO
As Unidades Demonstrativas (UDs) é um método planejado em que se
desenvolve uma ou várias práticas, em um determinado cultivo ou criação, com o
objetivo de que venham a serem observadas e adotadas pelos demais produtores.
Neste contexto foram implantadas Sistemas Agroflorestais desenvolvido na Área de
Proteção Ambiental do Igarapé do Gelado, teve início em dezembro de 2019, com a
implantação de duas unidades demonstrativas com tamanho 0,94 e 0,5 há de SAFs,
nas áreas ilustradas na figura 01 e 02 abaixo.

Figura 1- Área total - Francisco Barbosa


Figura 2- Área total - Antônio Bezerra

A unidade demonstrativa tem como finalidade criar na comunidade um exemplo


vivo de técnicas que se quer introduzir. Desta forma, nas duas unidade demonstrativas
de SAF’s, foram introduzidas diferentes espécies com o objetivo de proporcionar o
incremento de renda e consequentemente melhorar a qualidade de vida das famílias,
fortalecendo o desenvolvimento rural sustentável a partir da recomposição florestal.
De acordo com a Embrapa,1 os sistemas agroflorestais (SAFs) é uma das
alternativas ao tradicional sistema de derruba e queima praticado pelos pequenos
agricultores. Apesar de ser uma prática de uso da terra de longa tradição, seu estudo
como ciência é relativamente recente, principalmente na Amazônia.
Dentre os benefícios dos SAFs estão:

 Diversificação da produção agrícola


e florestal das propriedades;
 Recomposição da paisagem;
 Segurança alimentar;
 Recuperação de áreas degradadas;
Recuperação de matas ciliares;
 Aumento de renda ao agricultor.
2.1 - IMPORTÂNCIA DOS SAFS PARA A REGIÃO
Os SAFs familiares são reconhecidamente modelos de exploração de solos que
mais se aproximam ecologicamente da floresta natural e, por isso, são considerados
como importante alternativa de uso sustentado do ecossistema tropical úmido
(ALMEIDA., et al, 2002; BANDY et al., 1994; CANTO et al., 1992).
Os SAFs podem ser definidos como uma maneira de uso da terra onde espécies
perenes, herbáceas, cultivos anuais ou pastagens podem estar em consórcio,
ganhando-se vantagens através das interações ecológicas e econômicas resultantes
desta combinação (MACEDO, 2000).
Os SAFs são classificados de acordo com a natureza e arranjo de seus
componentes, podendo ser:
1) Silviagrícolas combinação de árvores e/ou de arbustos com culturas
agrícolas;
2) Silvipastoris combinação de árvores e/ou de arbustos com pastagens e/ou
animais e;
3) Agrossilvipastoris combinação de árvores e/ou arbustos com culturas
agrícolas, pastagens e/ou animais.2
No sudeste paraense diversos são os trabalhos com sistemas agroflorestais,
principalmente em áreas de assentamentos, englobando plantio de espécies nativas na
maioria das vezes. Costa (2011), avaliando a qualidade nutricional da Leucaena
leucocephala, em duas épocas de corte (chuvosa e seca), inseridas em sistema
silvipastoril no assentamento Belo Horizonte 1, município de São Domingos Araguaia,
sudeste paraense, obteve resultados que apontam para significância na época de corte
nas variáveis e que os teores de PB, P, Ca e Cu foram superiores aos encontrados em
gramíneas forrageiras comumente utilizadas na região. Esses resultados indicam a
viabilidade do sistema utilizando essa espécie para incrementação da alimentação
animal.
Os SAFs possuem a capacidade de aumento do nível de carbono orgânico no
solo pela decomposição da matéria orgânica, recomposição e recuperação de áreas
com solos fragilizados, viabilizando a produção de alimentos e recursos vegetais ao
longo do tempo (NASCIMENTO, 2011, p. 01).
Considerando que o SAF é dinâmico por ser um sistema baseado na sucessão
ecológica, se assemelhando aos ecossistemas naturais (IBRAMAR, 2016), é preciso
que haja o constante acompanhamento, pois, suas condições mudam rapidamente ao
longo do tempo. Desta forma é necessário monitorar e avaliar os indicadores
determinantes para o bom estabelecimento e funcionamento do mesmo. Assim é
possível atuar de forma assertiva para a correção dos fatores que interferem o
desenvolvimento dos indivíduos e recuperação do meio.
Trabalhos experimentais realizados com espécies frutíferas em sistemas
agroflorestais em unidades agrícolas familiares no sudeste paraense, Guimarães
(2011), avaliou a sobrevivência do abacateiro ((Persea americana), açaizeiro (Euterpe
oleracea),bacurizeiro (Platonia insignus), goiabeira (Psidium guajava) e gravioleira
(Annona muricata), assim foram consideradas satisfatórias as taxas de sobrevivência das
espécies abacate e goiaba. Santos (2016), trabalhou com três sistemas agroflorestais em
pastagens degradadas em um assentamento de reforma agrária no município de São
Domingos do Araguaia-Pará, assim o monitoramento do desenvolvimento de espécies
vegetais é importante pois através dele é possível ter parâmetros e servindo de bases
para pesquisas do desempenho das plantas em campo na região.
Nesta perspectiva, o sistema agroflorestal caracteriza-se por ser um sistema de
produção viável para a natureza, tornando-se modelo de sustentabilidade, favorecendo
a recuperação da produtividade de solos degradados através de espécies arbóreas
implantadas, que adubam naturalmente o solo, reduzindo a utilização de insumos
externos e, com isso, os custos de produção e aumentando a eficiência econômica da
unidade produtiva. Além disso, a maior diversificação representa mais produtos
comercializáveis, favorecendo uma geração de trabalho e renda mais equilibrada no
tempo e no espaço (SILVA et al, 2015).

Para Matos (2012), na região Amazônica, os SAFs representam uma opção


estratégica para os pequenos produtores, principalmente pela baixa demanda de
insumos, pelo aproveitamento intensivo da mão de obra familiar e pelo maior rendimento
por unidade de área em comparação com sistemas convencionais de produção. Nesta
perspectiva, os sistemas agroflorestais são alternativas relevantes para a produção
agrícola, enquanto proporcionam a recuperação do ambiente, melhorando os atributos
do solo e a vegetação existente.

3- DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DEMONSTRATIVAS


Os SAFs implantados serão divididos em SAF A e SAF B, sendo que o SAF é
o que é foi implantado na unidade produtiva do agricultor Antônio Bezerra da Silva e
do SAF B é o do agricultor Francisco Barbosa.

SAF A
Nome do beneficiário Antônio Bezerra de Lima
Período de implantação Novembro de 2019
Principal cultura agrícola Açaí

O SAF A, implantado na propriedade rural do agricultor Antônio Bezerra de


Lima, foi implantado em novembro de 2019. A área destinada ao plantio foi de 0,5 há,
totalizando 407 indivíduos, incluindo espécies agrícolas, frutíferas de interesse
comercial e florestais, conforme pode ser observado na Tabela 1.
Tabela 3-1- Espécies utilizadas no plantio do SAF A, em novembro de 2019, na APA
do Igarapé Gelado, Parauapebas, Pará.
Nome Quantidade de
Nome Científico
vulgar indivíduos
Abobrinha Cucurbita pepo L. 33
Theobroma
Cupuaçu 56
grandiflorum
Banana Musa spp. 117
Urucum Bixa orellana 28
Ingá-cipó Inga edulis 23
Açaí Euterpe oleracea 63
Pilocarpus
Jaborandi 33
microphyllus
Pequi Caryocar villosum 26
Copaíba Copaifera duckei 5
Andiroba Carapa guianensis 6
Swietenia
Mogno 6
macrophylla
Taperebá Spondias mombin 11
TOTAL 407
SAF B
Nome do beneficiário Francisco Barbosa de
Carvalho
Período de implantação Dezembro de 2019
Principal cultura agrícola Cupuaçu e espécies de citros

O SAF B, foi implantado na propriedade rural do agricultor Francisco Barbosa


de Carvalho. A área destinada ao plantio foi de 0,94 ha, totalizando 620 indivíduos,
incluindo espécies agrícolas, frutíferas de interesse comercial e florestais, conforme
pode ser observado na tabela 2.
Tabela 3-2- Espécies utilizadas no plantio do SAF B, em novembro de 2019, na APA
do Igarapé Gelado, Parauapebas, Pará.
Quantidade de
Nome vulgar Nome Científico
indivíduos
Laranja Citrus sinesis 38
Tangerina Citrus reticulata
34
Pokan Blaco Var. Pokan
Banana Musa spp. 188
Graviola Anona muricata 41
Ingá-cipó Inga edulis 16
Ata Annona squamosa 19
Manga Mangifera indica 1
Bacuri Platonia insignas 1
Goiaba Psidium guajava 3
Theobroma
Cupuaçu 241
Grandiflorum
Castanha do
Bertholletia excelsa 14
Brasil
Andiroba Carapa guianensis 9
Mogno Swietenia
6
Brasileiro macrophylla
Taperebá Spondias mombin 9
TOTAL 620
4- ATIVIDADES REALIZADAS NO PERÍODO DE IMPLANTAÇÃO E
ACOMPANHAMENTO
Foram realizadas visitas técnicas bimestrais nos dois SAFs. Nesse período a
coleta de solos, captura de coordenadas da área do SAFs implantado, monitoramento
da área, orientações técnicas para que os agricultores pudessem ter maior
envolvimento e direcionamento quanto aos cuidados com os SAFs.
Ao longo de todo acompanhamento foram realizadas seis visitas técnicas, como
ilustra na tabela 03 abaixo.
Tabela 3- Acompanhamento das visitas.

Visita Período Objetivo Geral da visita técnica


01 Fevereiro de 2020

02 Abril de 2020
03 Junho de 2020 Acompanhar e monitorar o desenvolvimento
04 Agosto de 2020 das espécies plantadas no SAFs
05 Outubro de 2020
06 Novembro de 2020

A seguir serão apresentados os resumos das visitas técnicas realizadas.

SAF A
Nome do beneficiário Antônio Bezerra de Lima
Período de implantação Novembro de 2019
Principal cultura agrícola Açaí

CARACTERÍSTICAS DAS VISITAS SAF A


Responsáveis pelas visitas: (Equipe técnica da empresa Renascer).

VISITA 01: FEVEREIRO/2020


A visita técnica a propriedade do Sr. Antônio iniciou-se as 13:00 h e finalizou as
15:00, foi realizada pela equipe técnica da Renascer Consultoria tendo o
acompanhamento da representante do ITV Sra. Sâmia Nunes. O objetivo desta
atividade foi orientar o agricultor quanto ao manejo de condução das espécies dentro
do SAFs.
VISITA 02: ABRIL/2020
A visita ocorreu no dia 09 de abril, tendo como objetivo acompanhar o
andamento do plantio ora realizado no mês de dezembro de 2019. Sabe-se que a
assistência técnica tem um papel fundamental para a permanência do homem do
campo com qualidade. Através do acompanhamento há maior produtividade,
consequentemente melhor qualidade de vida das famílias.
Nessa visita, além de observar o crescimento das plantas e suas possíveis
problemáticas, acompanhou também a realização ou não das orientações realizadas
na visita anterior.

VISITA 03: JUNHO/2020


Foi realizada visita in loco em junho/2020 pela Renascer Consultoria, com o
objetivo de dar continuidade com o acompanhamento dos SAFs implantados em 2019,
realizando as recomendações técnicas necessárias para a condução do sistema. O
SAF do Sr. Antônio Bezerra apresentou a ocorrência de pragas e doenças causando
danos em três espécies do SAF: açaí, banana e pequi.

VISITA 04: AGOSTO/2020


A equipe técnica da Renascer Consultoria realizou visita in loco em
agosto/2020, dando continuidade com o acompanhamento dos SAFs implantados em
2019, avaliando as condições de manejo e realizando as recomendações técnicas
necessárias para a condução do sistema. O SAF do Sr. Antônio Bezerra apresenta
desenvolvimento satisfatório, foram verificadas algumas ocorrências que requerem
atenção. O agricultor iniciou a implantação de sistema de irrigação, fez coroamento das
plantas e tem feito o controle de espécies invasoras.

VISITA 05: OUTUBRO/2020


As visitas técnicas deste período foram realizadas no dia 30 de Outubro de
2020. Como forma de melhor aproveitamento do espaço, o agricultor tem feito a limpeza
da borda da área com intuito de plantar feijão guandu, milho e mandioca. Atitudes como
essa evidencia que o agricultor tem entendido o objetivo do sistema, o qual é utilizar o
espaço da área de forma diversificada com intuito de obter renda e benefícios
ambientais em curto, médio e longo prazo.
VISITA 06: NOVEMBRO/2020
As visitas técnicas do mês de novembro aconteceram no dia 23, sendo dessa
forma o sexto mês de acompanhamento. No momento dessas visitas técnicas, são
sanadas dúvidas dos agricultores quanto aos tipos de manejo a serem adotados no
plantio.

SAF B
Nome do beneficiário Francisco Barbosa de
Carvalho
Período de implantação Dezembro de 2019
Principal cultura agrícola Cupuaçu e espécies de citros

CARACTERÍSTICAS DAS VISITAS SAF B


Responsáveis pelas visitas: (Equipe técnica da empresa Renascer).

VISITA 01: FEVEREIRO/2020


A visita técnica a propriedade do Sr. Francisco iniciou-se as 09:00 h e finalizou
as 11:40, foi realizada pela equipe técnica da Renascer Consultoria tendo o
acompanhamento da representante do ITV Sra. Sâmia Nunes. O objetivo desta
atividade foi avaliar o desenvolvimento pós plantio (realizado em 04 de dezembro) do
SAFs.

VISITA 02: ABRIL/2020


Nessa visita técnica a equipe técnica focou no desenvolvimento do plantio,
situação dos tratos culturais e possíveis infestação de pragas e doenças nos plantios.
Foi observado também se houve a realização das orientações outrora feitas na visita
anterior. Notou-se nesse momento que o agricultor seguiu fielmente as orientações
realizadas, demonstrando dessa forma o comprometimento com o projeto. Dentre os
manejos realizados pelo agricultor
Já durante esta visita (realizada dia 09 de abril), verificou a presença de ataque
de pragas no plantio, tais como lagartas (graviolas), cochonilhas (graviolas), larva
minadora (Citrus), pulgão (Citrus) e formigas cortadeiras (Citrus). Para essas
problemáticas foi orientado aplicação do óleo de neem o qual é um produto natural
possuindo boa eficácia nos plantios.

VISITA 03: JUNHO/2020


Foi realizada visita in loco em junho/2020 pela Renascer Consultoria, com o
objetivo de dar continuidade com o acompanhamento dos SAFs implantados em 2019,
realizando as recomendações técnicas necessárias para a condução do sistema. O
SAF do Sr. Antônio Bezerra apresentou a ocorrência de pragas e doenças causando
danos em três espécies do SAF: açaí, banana e pequi.

VISITA 04: AGOSTO/2020


A equipe técnica da Renascer Consultoria realizou visita in loco em
agosto/2020, dando continuidade com o acompanhamento dos SAFs implantados em
2019, avaliando as condições de manejo e realizando as recomendações técnicas
necessárias para a condução do sistema.
O agricultor tem seguido as recomendações técnicas para condução do sistema que
apresenta desenvolvimento satisfatório. Tem realizando roço periódico e usando
cobertura morta para reduzir o estresse hídrico das plantas, complementando a
irrigação que é realizada duas vezes por semana.

VISITA 05: OUTUBRO/2020


As visitas técnicas deste período foram realizadas no dia 30 de Outubro de 2020.
Como forma de melhor aproveitamento do espaço, o agricultor tem feito a limpeza da
borda da área com intuito de plantar feijão guandu, milho e mandioca. Atitudes como
essa evidencia que o agricultor tem entendido o objetivo do sistema, o qual é utilizar o
espaço da área de forma diversificada com intuito de obter renda e benefícios
ambientais em curto, médio e longo prazo.
VISITA 06: NOVEMBRO/2020
As visitas técnicas do mês de novembro aconteceram no dia 23, sendo dessa
forma o sexto mês de acompanhamento. Essa visita teve como objetivo fazer o
acompanhamento técnico junto às áreas em que foram implantados os Sistemas
Agroflorestais – SAFs no município de Parauapebas pelo ITV. O acompanhamento tem
sido realizado pela equipe técnica da empresa Renascer Consultoria.

5- PRINCIPAIS MANEJOS ADOTADOS NO SAFS NO PERÍODO E


RECOMENDAÇÕES REALIZADAS
A seguir serão apresentados os principais manejos recomendados durante as
vistas técnicas junto aos agricultores.

SAF - A
Antônio Bezerra de Lima
Data da visita Tipo de manejo Status da
Observação
técnica adotado recomendação/Orientação
Foi realizado adubação e Realizar o
Adubação e controle
Fevereiro/2020 orientado de como fazer tutoramento
de plantas daninhas
corretamente poda
Debaste,
Foi observado que
Continuidade do Continuidade
Abril de 2020 realizou orientação
controle das plantas do manejo
sugerida na última visita
daninhas e adubação
Fazer adubação
Ressaltado
química, verde, de
Foi realizado as sobre a
cobertura e poda e
Junho de 2020 recomendações de tratos importância
controle de plantas
culturais desse
daninhas foi as
manejo
orientações realizadas
¹ recomendou-se que o
agricultor realize a limpeza
dos limites da área do SAF
Aceiro¹,
Agosto de construindo aceiros como
sombreamento², -
2020
cobertura morta³ forma de prevenção para
manter a integridade do
plantio caso haja a ocorrência
de incêndios, comuns na
região, nesta época do ano.²o
agricultor foi instruído a repor
as bananeiras que morreram
e plantar novas mudas,
seguindo o croqui de
orientação do arranjo
espacial do SAF,
favorecendo principalmente o
açaí e cupuaçu que estão
sendo afetados pela falta de
sombreamento
³ foi recomendado o uso de
cobertura morta para manter
a umidade do solo, nas
plantas que estão sendo
irrigadas e também nas que
não receberam irrigação e
que estão apenas coroadas,
protegendo suas raízes e
contribuir para a reposição de
nutrientes do SAF.

A eliminação dessas
gramíneas deverá ser de
forma manual (roçadeira)
Outubro de Controle de plantas a fim de evitar possíveis
-
2020 daninhas problemáticas devido ao
uso de defensivos
agrícolas próximo ao
plantio
Durante a limpeza da área
através de coroamento,
realizar a adubação
Novembro de Controle de plantas
química utilizando a -
2020 daninhas e adubação
formulação de NPK 20-00-
20 numa média de 150 a
200g/planta-
SAF – B
Francisco Barbosa de Carvalho
Data da visita Tipo de manejo Status da
Observação
técnica adotado recomendação/Orientação
Foi realizado adubação e Realizar o
Adubação e controle
Fevereiro/2020 orientado de como fazer tutoramento
de plantas daninhas
corretamente poda
Necessidade
de roçagem
Controle das plantas Foi observado que está e
Abril de 2020
daninhas e adubação seguindo as orientações coroamento
nas plantas
constate
Agricultor já faz adubação
Desenvolvimento
Junho de 2020 e controle de plantas -
satisfatório
daninhas periódicos
Remover o material com
potencial risco de incêndio,
Identificou-se a
presença de matéria realizar a limpeza dos
seca e ocorrência de limites da área do SAF
Agosto de
vegetação representa -
2020 construindo aceiros como
um potencial risco
para propagação de forma de prevenção para
incêndio no SAF
proteger o plantio.

A poda de formação é
importante porque provoca
a brotação dos ramos
Outubro de
Poda, debaste laterais e dá um aspecto -
2020
de taça à copa, facilitando
sensivelmente os tratos
culturais.
Para todas as espécies
plantas, realizar adubação
Novembro de de cobertura, utilizando a
Adubação -
2020 formulação NPK 20-00 –
20, numa média de 150 a
200g/planta

6- PRAGAS E DOENÇAS IDENTIFICADAS NOS SAFS


A cada bimestre os agricultores vêm sendo acompanhados pela equipe da
Renascer Consultoria a fim de ser realizado o monitoramento das espécies plantadas e
também prestando assessoria técnica para orientações sobre as práticas agrícolas a
serem realizadas nos sistemas. Essas etapas são necessárias para identificar pontos
relevantes a serem organizados e melhorados.
Durante as visitas de campo, os técnicos observam desde a evolução das
espécies, ataques de possíveis pragas, doenças e necessidade de nutrientes. Para
cada observação realizada em campo, são realizadas orientações técnicas acessíveis
aos agricultores.

Tabela 6-1 - Pragas e doenças identificadas


SAF - A
Antônio Bezerra de Lima
Data da visita Praga ou doença Status da
Observação
técnica identificada recomendação/Orientação
Fazer o monitoramento
Fevereiro de Lagarta, formiga Recomendado o uso de constante das plantas
2020 cortadeira, doença foliar inseticidas alternativos o ataque de pragas e
doenças
e a aplicação de óleo
Livres de pragas e Monitoramento para o controle de neem a fim de
Abril de 2020
doenças preventivo prevenir os ataques de
pragas
Controle químico para sigatoka,
Foi orientado sobre
para saúva uso de isca
importância de mudas
Junho de 2020 Sigatoka-amarela, saúva formicida granulada a ser
sadias evitando assim
aplicada conforme orientação
doenças
do fabricante
Orientado sobre
Agosto de
Não foi constatado praga Medidas de monitoramento importância do controle
2020
de pragas e doenças
Orientado a utilizar
esse controle
Outubro de Formigas saúvas e as Produtos químicos na forma de
seguindo
2020 quenquéns iscas granuladas
recomendações da
embalagem
Orientado sobre
Novembro de foi orientado o uso de óleo de
Praga vaquinha importância do controle
2020 neem a ser pulverizado
de pragas
SAF – B
Francisco Barbosa de Carvalho
Data da visita Praga ou doença Status da
Observação
técnica identificada recomendação/Orientação
Fazer o monitoramento
Fevereiro de Lagarta, cochonilhas e Recomendado o uso de constante das plantas
2020 formiga cortadeira inseticidas alternativos o ataque de pragas e
doenças
foi orientado aplicação do óleo Monitoramento da
Lagartas, cochonilhas,
de neem, para formigas praga e verificação se
Abril de 2020 larva minadora , pulgão e
cortadeiras orientou o controle controle está sendo
formigas cortadeiras
biológico eficiente
o uso de óleo de neem para
Foi orientado que para
controle de lagartas e
controle das pragas e
Lagartas e cochonilhas, cochonilhas, para as saúvas o
Junho de 2020 doenças é importante
saúvas, Fumagina: uso de isca formicida granulada
o uso desses métodos
a ser aplicada conforme
de controle
orientação do fabricante
Foi ressaltado
Agosto de
Não foi constatado praga Medidas de monitoramento importância do controle
2020
de pragas e doenças
Foi orientado uso de inseticida
Outubro de Foi observado ataque de natural, com uso de calda de Foi ressaltado a
2020 abelhas cravinho e Plantio de importância do controle
caruru/bredo
utilizando inseticida repelente a
base de cravo da índia. Para
Ainda presenças das Foi orientado continuar
Novembro de combater as lagartas e usando controle a base
abelhas e lagartas
2020 cochonilhas pardas cochonilhas foi orientado a de cravo da índia pois
apresentou resposta
utilização do óleo de neem

7- MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
Foi realizada a avaliação do desenvolvimento dos SAFs e orientando os
agricultores sobre como aumentar a produtividade dos sistemas, diagnosticando quais
fatores afetam no desenvolvimento das plantas, assim foi analisados os seguintes
indicadores.

7.1 - MONITORAMENTO DOS SAFS

As coletas de dados procederam conforme a necessidade de avaliação dos


seguintes indicadores:

7.1.1 - Sobrevivência das espécies


Durante a avaliação realizada a campo foi verificado a quantidade de indivíduos
que morreram, para calcular a taxa de mortalidade e de sobrevivência dos SAFs A e B.
A taxa de sobrevivência das mudas foi calculada considerando o total de indivíduos
sobreviventes em relação ao total de mudas plantadas. Os agricultores foram
orientados a fazer o replantio no início de cada período chuvoso, para repor as perdas.
Para determinar a morte dos indivíduos foi avaliada a aparência das folhas e do caule,
se apresentavam ou não tecido vivo, além disto foram considerada a ausência de
indivíduos na área (BRANCALION et al., 2013). O gráfico abaixo ilustra a sobrevivência
das plantas SAFs A e B:

Gráfico 1-Sobrevivencia da plantas dos Sistema agroflorestais A e B

Sobrevivência SAFs A Sobrevivência SAFs B

100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%


95%
85% 89% 88% 88% 86%
77,70% 78,80%

0%
Laranja Tangerina Graviola Ingá-cipó Ata Castanha Andiroba Mogno
Pokan do Brasil Brasileiro
Banana Urucum Ingá-cipó Açaí Jaborandi Pequi Copaíba Andiroba Mogno Taperebá

7.1.2 - Crescimento vegetativo


Para realizar a avaliação do crescimento vegetativo foi considerada inicialmente
a altura das plantas em junho de 2020, para isto foi determinada amostragem mínima
de 20% dos indivíduos de cada espécie, usando trena. Foi realizada a medição entre
colo da planta e extremidade do broto terminal do ramo principal.
A seguir, é apresentado a o crescimento/evolução das plantas de acordo com
o monitoramento realizado.

SAF A
Nome do beneficiário Antônio Bezerra de Lima
Período de implantação Novembro de 2019
Principal cultura agrícola Açaí
7.1.3 - Ocorrências de invasoras
O surgimento de plantas daninhas pode gerar desequilíbrio ao SAF,
comprometendo o desenvolvimento das espécies escolhidas. Uma planta qualquer,
cultivada ou não, é considerada daninha se ela estiver influenciando negativamente
no sistema (NASCIMENTO, 2011).

Desta forma, foi identificado o número de espécies invasoras, para determinar


grau de competição entre as espécies cultivadas e as invasoras, gerando informações
para embasar orientações de manejos produtivos nos SAFs como por exemplos
roçadas, capinas e adubações.

7.1.4 - Ocorrência de pragas e doenças


Para os SAFs a ocorrência de pragas e doenças é um dos fatores
determinantes para o seu estabelecimento, pois assim como em qualquer outro sistema
de produção, o ataque pode comprometer o bom desenvolvimento dos indivíduos
podendo ocasionar danos severos e até a morte, caso não seja realizada nenhuma
intervenção. Desta forma, é importante realizar o monitoramento para verificar se a
plantas estão sendo atacada por pragas e doenças e assim usar o controle de forma
eficaz.

7.1.5 - Condições do solo


Os SAFs possuem a capacidade de melhorar as características químicas do
solo, propiciando também o desenvolvimento da microbiota no solo, impactando
positivamente para o crescimento das plantas e condicionando o equilíbrio do meio
(XAVIER et al., 2012). Foram avaliadas características químicas do solo através da
realização da realização de análises de solos. Desta forma pode ser observada uma
melhora na química do solo, principalmente no que se refere ao aumento de saturação
por base e soma de bases, entretanto a melhoria destes parâmetros está relacionada
ao uso de corretivo para a implantação do SAF. Assim é necessário um tempo maior
para observar as mudanças ocorridas ocasionadas pela evolução obtida a partir da
implantação do sistema.
8.EVOLUÇÃO DAS PLANTAS
8.1 RESULTADO DAS AVALIAÇÕES MÊS DE NOVEMBRO DE 2020

SAF A
Foi observado que no SAF A houve um grande número de mortes dando destaque
para o açaí e jaborandi, conforme tabela 3.

Tabela 7-1- Persistência dos indivíduos plantados no SAF A.


% de
Nº atual
Nome Mudas Não mortes
Nome Científico de
vulgar plantadas persistiram por
indivíduos
espécie
Banana Musa spp. 117 0 0 117
Urucum Bixa orellana 28 0 0 28
Ingá-cipó Inga edulis 23 0 0 23
Açaí Euterpe oleracea 63 16 25,3 47
Pilocarpus 21,2
Jaborandi 33 7 26
microphyllus
Pequi Caryocar villosum 26 4 15,0 22
Copaíba Copaifera duckei 5 0 0 5
Carapa 0
Andiroba 6 0 6
guianensis
Swietenia 0
Mogno 6 0 6
macrophylla
Taperebá Spondias mombin 11 0 0 11
TOTAL 318 27 291
8,49
TAXA DE MOTALIDADE DO SAF

Para avaliação da taxa de mortalidade foram consideradas apenas os


indivíduos plantados a partir de novembro de 2019, neste caso um total de 318
indivíduos distribuídos em 10 espécies. Em junho de 2020 foram contabilizadas a morte
de 27 indivíduos. A espécie com maior taxa de mortalidade foi a Euterpe oleracea.
Foram plantadas 63 mudas, das quais 16 não sobreviveram, gerando uma taxa de
mortalidade para a espécie de 25,3%.
A taxa de mortalidade para a espécie Euterpe oleracea pode ser considerada
alta para o período de avaliação, quando comparada com os resultados obtidos por
Souza e Jardim (2007), que ao avaliar o a sobrevivência das plantas de Euterpe
oleracea no período de março a setembro, obteve sobrevivência equivalente a 87,21%.
A mortalidade da espécie de foi atribuída ao constante ataque de pragas e a ocorrência
de antracnose. Contabilizando todos os indivíduos que não sobreviveram.
A taxa de mortalidade do SAF foi de 8,49%, considerada aceitável quando
comparado aos resultados obtidos por Gomes et al (2010) que obteve taxa de
mortalidade de 8%, assim como também Malagodi-Braga et al. (2014) que obteve taxa
inferior a 10%.

SAF B

Figura 1- Açaizeiros com sintomas de ataque de praga e doenças


comprometendo sua persistência.
No SAF B houve uma ocorrência de morte fora do padrão, em que todos os
indivíduos de Annona squamosa morreram. Como as mortes ocorreram no período
entre as visitas técnicas bimestrais, não foi possível recomendar qualquer intervenção
para reduzir a mortalidade. O agricultor também não soube informar o motivo para todos
os indivíduos terem morrido.
Para calcular a taxa de mortalidade foram consideradas apenas os indivíduos
plantados a partir de dezembro de 2019. A taxa de mortalidade do SAF B foi de 12,2%
conforme tabela 04, logo abaixo.

Tabela 7-2- Persistência dos indivíduos plantados no SAF B.


Mudas Não Nº atual de
Nome vulgar Nome Científico
plantadas persistiram indivíduos
Laranja Citrus sinesis 38 2 36
Tangerina Citrus reticulata
34 3 31
Pokan Blaco Var. Pokan
Graviola Anona muricata 41 0 41
Ingá-cipó Inga edulis 16 0 16
Annona
Ata 19
squamosa 19 0
Castanha do Bertholletia
14
Brasil excelsa 1 13
Carapa
Andiroba 9
guianensis 0 9
Mogno Swietenia
6
Brasileiro macrophylla 0 6
TOTAL 186 34 152
TAXA DE MORTALIDADE 12,2%

SAF A

 Crescimento vegetativo
Nesta medição não foi possível calcular a média para a espécie andiroba, pois o local
onde foi realizado o plantio não estava acessível, devido ao crescimento da vegetação
secundária. O agricultor foi orientado a realizar a limpeza do local para possibilitar
realizar o controle de desenvolvimento da espécie e os manejos de condução para o
seu crescimento. Após a medição dos indivíduos os valores foram usados para
cálculo de média conforme a tabela 5.

Tabela 7-3- Altura média por espécie dos indivíduos do SAF A.


Nº de Altura
Nº de
Nome indivíduos média (cm)
Nome Científico indivíduos
vulgar medidos dos
atual
indivíduos
Urucum Bixa orellana 28 5 225
Ingá-cipó Inga edulis 23 5 130
Açaí Euterpe oleracea 47 12 42
Pilocarpus 6
Jaborandi 26 30
microphyllus
Pequi Caryocar villosum 22 6 180
Copaíba Copaifera duckei - - -
Andiroba Carapa guianensis 6 3 153
Swietenia 6
Mogno 6 86
macrophylla
Taperebá Spondias mombin 11 3 117,5

Apenas o açaí e o jaborandi apresentaram crescimento insatisfatório devido a


ocorrência de pragas e doenças e a falta de manejo como adubação, cobertura morta
e sombreamento.

Figura 28- (A) jaborandi medindo 30 cm, sem proteção e com solo exposto. (B)
jaborandi com 62 cm, com sombreamento da bananeira e solo relativamente coberto.
Ambos necessitando de manejo.
Figura 29- Mogno com desenvolvimento Figura 30- Taperebá com crescimento
satisfatório. satisfatório.

SAF B
No SAF B foi possível realizar a medição de todas as espécies conforme
descrição na tabela 6. Foi observado que os indivíduos apresentaram bom
desenvolvimento vegetativo comparado ao desenvolvimento de mudas na região,
resultado da execução das recomendações técnicas de adubação e demais tratos
culturais.

Tabela 7-4- Altura média por espécie dos indivíduos do SAF B.


Nº de Altura
Nº atual de indivíduos média (cm)
Nome vulgar Nome Científico
indivíduos medidos dos
indivíduos
Laranja Citrus sinesis 36 5 90
Tangerina Citrus reticulata Blaco
31
Pokan Var. Pokan 5 80
Graviola Anona muricata 41 6 109
Ingá-cipó Inga edulis 16 4 147
Castanha do
Bertholletia excelsa 13
Brasil 3 52
Andiroba Carapa guianensis 9 1 80
Mogno
Swietenia macrophylla 6
Brasileiro 6 100
Figura 31- (A e B) Medição dos indivíduos do SAF B realizada em junho de 2020.

 Ocorrências de invasoras

SAF A
No SAF A foram identificadas diversas espécies de invasoras (quadro 1) que
mostram a capacidade de regeneração da área, mas neste momento tornam-se um
desafio a ser superado para a evolução do SAF, uma vez que para o controle das
daninhas é necessário mão de obra e recursos financeiros que podem não estar
disponíveis na propriedade, além de elevar o custo de manutenção do SAF.

Tabela 7-5: Relação das principais espécies de plantas daninhas identificadas no SAF
A.

Nome vulgar Nome Científico


Falsa margarida Eclipta próstata
vassourinha de botão Borreria verticillata
Capim pé de galinha. Poa annua
Urtigão Urtica dioica
Assa-peixe Vernonia polysphaera
capim de burro Cynodon dactylon
Brachiarão Brachiaria brizantha
Periquiteira Trema micrantha
Nome vulgar Nome Científico
Hortelanzinha Ageratum conyzoide

Das espécies encontradas, descata-se a Ageratum conyzoide que ocupa


grande parte da área do SAF, e embora esteja competindo com as espécies plantadas,
optou-se por não eliminar a invasora neste momento, pois sua retirada causaria
exposição do solo, sendo prejudicial durante o período seco. Assim, o agricultor foi
orientado a realizar o controle da invasora apenas no entorno das plantas com a
realização de coroamento e uso de cobertura morta, mantendo desta forma a cobertura
do solo do pela Ageratum conyzoide.

Figura 32- Ocorrência de plantas daninhas Figura 33- Ageratum conyzoide


no SAF A. presente no SAF A.

SAF B
No SAF B não foram identificadas invasoras significativas. Há a predominância
de grama nativa que atua como cobertura viva para o solo. O agricultor tem praticado
roço periódico para controle das invasoras, além disto tem feito uso de cobertura morta
para reduzir a competição e melhorar a exploração do solo pelas espécies cultivadas.
Figura 34- (A e B) Cobertura morta usada pelo agricultor como forma de
proteção e evitar a competição com as invasoras.

SAF A
 Condições de fitossanidade:
No SAF A foi verificado o ataque de saúvas que estão ocasionando a desfolha de
indivíduos no SAF. Trata-se de um problema comum aos pomares e demais sistemas
de cultivo. Além disto foi verificado a ocorrência de antracnose (doença causada pelo
fungo Colletotrichum gloesporioides, que ataca as folhas do açaizeiro causando lesões
no tecido podendo causar sua morte) que está afetando negativamente os açaizeiros,
reduzindo seu crescimento vegetativo e causando a mortalidade dos indivíduos.

Figura 35- Desfolha do pequizeiro Figura 36- Açaizeiro com severo


ocasionado pelo ataque de saúva. ataque de antracnose.

SAF B
No SAF B foi verificado o ataque de saúva em diversas espécies, identificou-se
também o ataque de fumagina, doença causada por fungo oportunista que se
desenvolve na superfície das folhas e ramos das plantas. A doença neste caso está
associada ao ataque de cochonilhas, que são insetos sugadores que atacam as plantas
sugando sua seiva e liberam substancias açucaradas que favorecem o
desenvolvimento da fumagina. As medidas de controle foram fornecidas para o produtor
a fim de evitar danos mais severos ao SAF.

Figura 38- Ataque de fumagina em


laranjeira.

SAF A

 Condições do solo:
Para o SAF A, a primeira coleta e análise de solo ocorreu antes da sua implantação
em novembro de 2019. Foram coletadas duas amostras compostas. Na segunda
coleta, em junho de 2020, foi coletada uma amostra composta.
Figura 29- Segunda coleta de solo realizada no SAF A.

Foram observados os oito parâmetros de solo conforme gráfico 1, em que todos


apresentaram melhorias:

Gráfico 2-Resultados dos parâmetros de avaliação de melhorias da qualidade do


solo, obtidos através de análises de solos realizadas no SAF do Sr. Antonio Bezerra.
RESULTADO DOS PARÂMETROS AVALIADOS PARA QUALIDADE DO SOLO
H +Al (cmol/dm³)

Al⁺ (cmol/dm³)

Ca + Mg (cmol/dm³)

Mg⁺((cmol/dm³)

Ca⁺ (cmol/dm³)

V % (saturação por bases)

Soma de Bases…

Ph- (H₂0)

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0


Soma de V%
Ca⁺ Mg⁺((cmol/ Ca + Mg Al⁺ H +Al
Ph- (H₂0) Bases (saturação
(cmol/dm³) dm³) (cmol/dm³) (cmol/dm³) (cmol/dm³)
(cmol/dm³) por bases)
1ª medição (nov/2019) 4,2 1,2 17,4 0,6 0,2 0,8 0,7 5,5
2ª medição (jun/2020) 5,0 3,9 54,0 1,6 0,5 2,1 0,3 3,2

Desta forma pode ser observada uma melhora na química do solo,


principalmente no que se refere ao aumento de saturação por base e soma de bases,
entretanto a melhoria destes parâmetros está relacionada ao uso de corretivo para a
implantação do SAF. Assim é necessário um tempo maior para observar as mudanças
ocorridas ocasionadas pela evolução obtida a partir da implantação do sistema.

SAF B
Para o SAF B, a primeira coleta e análise de solo ocorreu logo após sua
implantação, em janeiro de 2020. Foram coletadas duas amostras compostas. A
segunda coleta ocorreu em junho de 2020, quando foi coletada uma amostra composta
e realizada análise de solo.
Figura 39- Segunda coleta de solo realizada no SAF B.

Foram registrados os seguintes parâmetros de análise de solo:

Tabela 7-6- Resultado dos parâmetros avaliados na 2ª análise de solo realizada na


área do SAF do Sr. Francisco Barbosa.

Resultados
Parâmetros
jan /19 jun/20
Ph- (h20) - 4,5
Soma de Bases -
(cmol/dm) 4,02
V % (saturação por -
bases) 57,26
CTC (cmol/dm3) - 7,02
Ca + (cmol/dm3) - 1,6
Mg+ (cmol/dm3) - 0,8
Ca + Mg (cmol/dm3) - 2,4
Al+ (cmol/dm3) - 0,3
H +Al (cmol/dm3) - 1,6
O resultado da primeira análise de solo do SAF B ainda não foi disponibilizado,
portanto, não há como afirmar se houve ou não melhoria dos parâmetros químicos do
solo do SAF B.

Figura 40- Identificação dos sintomas de ataque de


praga nas plantas de açaí.

8.2 RESULTADO DAS AVALIAÇÕES MÊS DE DEZEMBRO DE 2020

 Sobrevivência das espécies


SAF A
Foi observado que no SAF A houve um grande número de mortes dando
destaque para o açaí e jaborandi, conforme tabela 9.
Tabela 7-7- Persistência dos indivíduos plantados no SAF A.

Junho de 2020 Novembro de 2020


Nome Mudas %
Nome Científico Não Nº de Não Nº de
vulgar plantadas Sobrevivência
persistiram indivíduos persistiram indivíduos
Banana Musa spp. 117 0 117 87 30 26%
Urucum Bixa orellana 28 0 28 8 20 71%
ngá-cipó Inga edulis 23 0 23 6 17 74%
Açaí Euterpe oleracea 63 16 46 46 0 0%
Pilocarpus
aborandi 33 7 26 21 5 15%
microphyllus
Pequi Caryocar villosum 26 4 22 5 17 65%
Copaíba Copaifera duckei 5 0 5 4 1 20%
Carapa
Andiroba 6 0 6 3 3 50%
guianensis
Swietenia
Mogno 6 0 6 2 4 67%
macrophylla
aperebá Spondias mombin 11 0 11 4 7 64%
TOTAL 318 27 290 186 104 -
AXA DE SOBREVIVÊNCIA 32,70%
DO SAF

Para avaliação da taxa de sobrevivência foram consideradas apenas os


indivíduos plantados a partir de novembro de 2019, neste caso um total de 318
indivíduos distribuídos em 10 espécies. Em junho de 2020 foram contabilizadas a morte
de 27 indivíduos, tendo sobrevivido 290 indivíduos.
Em novembro de 2020, foi contabilizada a morte de 186 indivíduos, reduzindo
a taxa de sobrevivência do SAF drasticamente para 32,7%. A espécie Euterpe oleracea,
teve taxa de 100% de mortalidade, em junho/2020 foi identificada a morte de 16
indivíduos e em novembro/2020 foi constatado que os 46 indivíduos restantes não
sobreviveram.
A mortalidade da espécie de foi atribuída ao constante ataque de pragas e a
ocorrência de antracnose no primeiro semestre e depois ao o déficit hídrico prolongado
devido ao período seco na região. A Euterpe oleracea é uma espécie sensível ao déficit
hídrico, Sousa e Jardim (2007), observaram resultados semelhantes para esta espécie
cultivada em capoeira, onde verificou-se sobrevivência de apenas 3% das plantas,
sendo a taxa de mortalidade atribuído ao aumento déficit hídrico que se acentua a partir
de setembro.
Com excessão da Euterpe oleracea, que já apresentava declínio em sua
sobrevivência desde a primeira avaliação em junho de 2020, a taxa de mortalidade das
demais espécies se deve a soma de fatores como ataque de pragas, doenças e seca,
também a ocorrência de incêndio que atingiu ¼ da área do SAF, levando a morte de
imediata de indivíduos de urucum, copaíba, ingá, banana e taperebá. Desta forma a
taxa de sobrevivência do SAF foi reduzida para 32,70%

Figura 43- Açaizeiros com sintomas de Figura 44- Planta de pequi morta
ataque de praga e doenças comprometendo pelo incêndio.
sua persistência.

SAF B

Para calcular a taxa de sobrevivência foram consideradas apenas os indivíduos


plantados a partir de dezembro de 2019, totalizando 186 indivíduos divididos em 8
espécies (tabela 10). A primeira verificação de taxa de sobrevivência ocorreu em junho
de 2020, onde foi constatado a mortalidade de 100% dos indivíduos da espécie Annona
squamosa. Em novembro de 2020, foi realizada a segunda medição de taxa de
sobrevivência, sendo a mesma considerada satisfatória. A taxa de sobrevivência do
SAF B foi de 77,41%, todas as espécies, com exceção da Annona squamosa, tiveram
taxa de sobrevivência superior a 80%, conforme tabela 10.
Tabela 10- Persistência dos indivíduos plantados no SAF B.
Junho de 2020 Novembro de 2020
Nome Nome Mudas %
Não Nº de Não Nº de
vulgar Científico plantadas Sobrevivência
persistiram indivíduos persistiram indivíduos
Laranja Citrus sinesis 38 2 36 2 34 89%
Citrus reticulata
Tangerina
Blaco Var. 34 3 31 1 30 88%
Pokan
Pokan
Graviola Anona muricata 41 0 41 2 39 95%
Ingá-cipó Inga edulis 16 0 16 2 14 88%
Annona
Ata 19 19 0 0 0 0%
squamosa
Castanha Bertholletia
14 1 13 1 12 86%
do Brasil excelsa
Carapa
Andiroba 9 0 9 0 9 100%
guianensis
Mogno Swietenia
6 0 6 0 6 100%
Brasileiro macrophylla
TOTAL 186 34 152 8 144 -
TAXA DE 77,41%
SOBREVIVÊNCIADO SAF

 Crescimento vegetativo
SAF A
Conforme mencionado anteriormente, o SAF sofreu a ocorrência de incêndio
contribuindo para a redução do número de indivíduos, desta forma não foi possível
obedecer a metodologia de medição respeitando o quantitativo de indivíduos medidos
e repetindo a 2ª medição nos mesmos em que se realizou a 1ª em junho de 2020.
O agricultor foi conscientizado sobre as implicações da ocorrência de incêndio
dentro do SAF e em sua propriedade, uma vez que a queima reduz o teor de matéria
orgânica e provoca modificações físicas, químicas e biológicas no solo, e,
consequentemente, altera o ciclo do carbono, contribuindo para a emissão de gases de
efeito estufa para a atmosfera (REDIN et al., 2011).
Tabela 11- Altura média por espécie dos indivíduos do SAF A.
1ª Avaliação 2ª Avaliação
Junho/2020 Agosto/2020
Nº de Nº de
Nome Nº de
Nome Científico indivíduos indivídu Altura Altura
vulgar indivíduo
atual os média média
s
medido (cm) (cm)
medidos
s
Urucum Bixa orellana 20 5 225 5 275
Ingá-cipó Inga edulis 17 5 130 5 270
Açaí Euterpe oleracea 0 12 42 - -
Pilocarpus 6 5 40
Jaborandi 5 30
microphyllus
Pequi Caryocar villosum 17 6 180 6 250
Copaíba Copaifera duckei 1 - - 1 70
Andiroba Carapa guianensis 3 3 153 3 170
Swietenia 6 4 90
Mogno 4 86
macrophylla
Taperebá Spondias mombin 11 3 117,5 3 150

Figura 45- Pequizeiro medindo 2, 8 de altura, apresentando bom desenvolvimento.


Figura 46- Mogno com desenvolvimento Figura 47- Jaborandi sobrevivente, em
satisfatório. situação de solo exposto.

SAF B
No SAF B foi possível realizar a medição de todas as espécies conforme
descrição na tabela 6. Foi observado que os indivíduos apresentaram bom
desenvolvimento vegetativo, com crescimento satisfatório, resultado da execução das
recomendações técnicas de adubação e demais tratos culturais.

Tabela 12- Altura média por espécie dos indivíduos do SAF B.


1ª Avaliação 2ª Avaliação
Junho/2020 Agosto/2020
Nº de Nº de
Nome Nº de
Nome Científico indivíduos indivídu Altura Altura
vulgar indivíduo
atual os média média
s
medido (cm) (cm)
medidos
s
Laranja Citrus sinesis 34 5 90 5 100
Tangerina Citrus reticulata
30 5 110
Pokan Blaco Var. Pokan 5 80
Graviola Anona muricata 39 6 109 6 160
Ingá-cipó Inga edulis 14 4 147 4 170
Castanha
Bertholletia excelsa 12 3 70
do Brasil 3 52
Andiroba Carapa guianensis 9 1 80 1 90
Mogno Swietenia
6 160 170
Brasileiro macrophylla 6 100
Figura 48- Medição dos indivíduos do SAF B realizada em novembro de 2020.

 Ocorrências de invasoras
SAF A
No SAF A foram identificadas algumas espécies de invasoras (quadro 1), com
a ocorrência do icêndio aliado ao período seco reduziu drasticamente a ocorrencia de
invasoras, entretanto esta redução também levou a exposição do solo, o que do ponto
de vista agrícola e biológico é prejudicial , desta forma a eliminação das daninhas sem
uma de proteção do solo pode afetar o desenvolvimento do SAF.
Tabela 13- Relação das principais espécies de plantas daninhas identificadas no
SAF A.

Nome vulgar Nome Científico


vassourinha de botão Borreria verticillata
capim de burro Cynodon dactylon
Brachiarão Brachiaria brizantha
Hortelanzinha Ageratum conyzoide

Assim, o agricultor foi orientado a realizar ocultivo de culturas anuais para propriciar
cobertura do solo e produção de matéria orgância.
Figura 49- Ocorrência de plantas daninhas Figura 410- Solo exposto na área do
no SAF A. SAF A.

SAF B

No SAF B a predominância de grama nativa identificada na primeira avaliação


em junho de 2020 prevalece, exercendo uma importante função atuando como
cobertura viva para o solo. O agricultor tem praticado roço periódico para controle das
invasoras, além disto tem feito uso de cobertura morta para reduzir a competição e
melhorar a exploração do solo pelas espécies cultivadas.

Figura 411- Solo da área do SAF A


protegido por gramínea.

 Condições de fitossanidade
SAF A

O ataque de saúvas foi responsável pela morte de alguns indivíduos do SAF,


da mesma forma a ocorrência de antracnose levou a morte de grande parte dos
açaizeiros. Foi verificado que a exposição ao calor devido ao incêndio comprometeu a
estrutura de algumas plantas reduzindo sua capacidade de sobrevivência.
Figura 50- Andiroba afetado pelo Figura 51- pequizeiro afetado pelo
calor do incêndio ocorrido no SAF A. calor do incêndio ocorrido no SAF A.

SAF B

No SAF B foi verificado o ataque de abelhas irapuás (Trigona spinipes), que


estão causando danos as folhas e ramos das espécies dos citros, Além disto foi
verificado a ocorrência de lagartas, mosca negra e brocas que estão atacando as
plantas de citrus ingá e graviola. Apesar destas ocorrências as plantas, de modo geral,
apresentam aspecto saudável. As medidas de controle foram fornecidas para o produtor
a fim de evitar danos mais severos ao SAF.

Figura 52- Dano causado pelas abelhas Figura 53- Ataque de mosca negra na
irapuãs. laranjeira.
 Condições do solo

Gráfico 2- Resultados dos parâmetros de avaliação de melhorias da


qualidade do solo, obtidos através de análises de solos realizadas
no SAF do Sr. Antônio Bezerra.
60
50
40
30
20
10
0
Soma de V%
Ca + Mg+ Ca + Mg Al+ H +Al
Bases (saturaçã
pH- (h20) (cmol/d (cmol/d (cmol/d (cmol/d (cmol/d
(cmol/d o por
m3) m3) m3) m3) m3)
m) bases)
nov/19 4,2 1,2 17,4 0,6 0,2 0,8 0,7 5,5
jun/20 5 3,9 54 1,6 0,5 2,1 0,3 3,2
nov/20 6,46 2,3 51 1,4 0,7 2,1 0,8 2,2

60

50

40

30

20

10

0
Soma de V%
Ca + Mg+ Ca + Mg Al+ H +Al
Bases (saturaçã
pH- (h20) (cmol/d (cmol/d (cmol/d (cmol/d (cmol/d
(cmol/d o por
m3) m3) m3) m3) m3)
m) bases)
nov/19 4,2 1,2 17,4 0,6 0,2 0,8 0,7 5,5
jun/20 5 3,9 54 1,6 0,5 2,1 0,3 3,2
nov/20 6,46 2,3 51 1,4 0,7 2,1 0,8 2,2

Gráfico 3- Resultados dos parâmetros de avaliação de


melhorias da qualidade do solo, obtidos através de análises de
solos realizadas no SAF do Sr. Antônio Bezerra.

SAF A

Para o SAF A, a primeira coleta e análise de solo ocorreu antes da sua


implantação em novembro de 2019. Foram coletadas duas amostras compostas. Na
segunda coleta, em junho de 2020, foi coletada uma amostra composta, na terceira
coleta realizada de solo também foram coletadas uma amostra composta

Foram observados os oito parâmetros de solo conforme gráfico 3, em que todos


apresentaram melhorias:
Desta forma pode ser observada uma melhora na química do solo,
principalmente no que se refere ao aumento de saturação por base e soma de bases,
entretanto a melhoria destes parâmetros está relacionada ao uso de corretivo para a
implantação do SAF e também devido as cinzas originadas pela queima da matéria
orgânica

O efeito causado pelas cinzas, embora a princípio possa parecer benéfico para
a saúde do solo, é nocivo, pois trata-se de um efeito momentâneo, a queima da matéria
orgânica empobrece o solo e reduz a sua microbiota.

SAF B
Para o SAF B, a primeira coleta e análise de solo ocorreu logo após sua
implantação, em janeiro de 2020. Foram coletadas duas amostras compostas. A
segunda coleta ocorreu em junho de 2020, quando foi coletada uma amostra composta
e realizada análise de solo. A terceira coleta foi realizada em novembro sendo coletada
uma amostra composta.
Foram registrados os seguintes parâmetros de análise de solo:

Figura 54- Terceira coleta de solo realizada no SAF B.

Gráfico 4- Resultado dos parâmetros avaliados na 2ª e 3ª análise de solo realizada na


área do SAF do Sr. Francisco Barbosa.
70
60
50
Título do Eixo

40
30
20
10
0
Soma de V%
CTC Ca + Mg+ Ca + Mg Al+ H +Al
pH- Bases (saturaç
(cmol/d (cmol/d (cmol/d (cmol/d (cmol/d (cmol/d
(h20) (cmol/d ão por
m3) m3) m3) m3) m3) m3)
m) bases)
Junho 4,5 4,02 57,26 7,02 1,6 0,8 2,4 0,3 1,6
Novembro 6,51 2,23 43,5 2,6 1,4 0,6 2 0,4 2,9

O resultado da primeira análise de solo do SAF B ainda não foi disponibilizado,


portanto, não há comparar as condições químicos do solo no momento de implantação
do SAF. Contudo observa-se que ao comparar os resultados obtidos na 2ª e 3ª
avaliação feita por análise de solo, houve melhoras no pH do solo sendo elevado de 4,5
para 6,51. Entretanto ocorreu declínio na CTC do solo e também nas bases Ca+ e Mg.
Assim embora o pH esteja adequado recomenda-se a realizar a correção de
manutenção do solo com aplicação de calcário dolomítico, para repor as bases do solo,
elevando a CTC e o valor de saturação por bases (V).

9- IMPACTOS REFERENTES A IMPANTAÇÃO DOS SAFS

SAF A:
Durante a visita técnica, foi conversado com o agricultor sobre os benefícios que
esse agricultor acredita já ter gerado com o projeto. O beneficiário informou que tem
acreditado bastante nos benefícios do projeto, até mesmo porque essa é a segunda vez
que ele recebe apoio para a implantação desse tipo de sistema (o primeiro foi através
do ICMBIo).3
Porém como desafio ele apontou:

Ataque de animais nos plantios


(capivaras)

Mortalidade das plantas devido a

Desafios
ausência de irrigação em toda a área

Ataques de pragas e doenças que não


conseguem combater sem o uso de
produtos químicos

Pouco recurso por conta do


beneficiário para investir em
tecnologias que melhores essas áreas

Organograma 1- Desafios enfrentados pelo beneficiário Antônio Bezerra.

Como fatores positivos foram apontados as seguintes informações apresentados


pelo beneficiário.

Diversiidade de plantas, o que


favorece em sua subsistência
Fatores positivos

Possibilidade de incremento de renda


a médio e longo prazo através de
espécies frutíferas e florestais

Melhoramento da qualidade do solo


através das plantas inseridas

Possibilidade ganho de renda em


diversos períodos do ano
(sazonaolidade de produção)

Organograma 2 – Fatores positivos enfrentados pelo beneficiário Antônio


Bezerra

SAF B:
Com intuito de acompanhar os impactos gerados pelo projeto ao agricultor, em
visita foi realizado uma conversa para identificar como esse tem percebido a
implantação das espécies em sua propriedade.

O agricultor relatou que esta otimista, uma vez que já trabalha com a fruticultura
e conhece os pontos positivos e negativos dessa produção. Esse informou que sempre
os primeiros anos são cruciais para o sucesso da produção, é necessário haver um
pouco mais de atenção com o cultivo, até ele se estabilizar.

Como desafios ao projeto, o agricultor apontou as seguintes questões:

Investimento é maior do que com


culturas anuais

Necessaidade de recursos para mudas,


adubos, inseticidas e fungicidas

Necessidade de maior mão de obra uma


vez que o SAFs requer maior tipos de
Desafios

manejos
Mortalidade das plantas devido a
ausência da irrigação

Valores alto para aquisição de irrigação

Ausência de acompanhamento técnico


contínuo (não é o caso desse projeto).

Organograma 3- Desafios enfrentados pelo beneficiário Francisco Barbosa.

Já como pontos positivos, o agricultor apontou os pontos apresentados na


Figura 16.
Possibilidade de consórcio com

Fatores positivos
culturas anuais

Possibilidade de plantas espécies de


interesse da família

Retorno financeiro rápido. Logo no


primiera ano com a venda/consumo
de culturas anuais já pode mesurar
esse benefício

Organograma 4 – Fatores positivos enfrentados pelo beneficiário Francisco


Barbosa.

Cabe destacar que nessa propriedade também foi realizado a coleta de solo a
fim de verificar alterações químicas no solo com a inserção das espécies do SAFs.
Acredita-se que a até a primeira quinzena de dezembro os dados desses resultados já
estarão de posse a equipe técnica.

10- CARACTERÍSTICAS DOS MEIO SOCIOECONÔMICO

Foram realizadas orientações para planejamento financeiro e produtivo da propriedade,


considerando que há a necessidade de realizar manutenções nos SAFs implantados o
que requer a aplicação de recursos financeiros.

9.1 -SAF A (ANÁLISE SOCIOECONÔMICA SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO


SAF)

Fluxo de caixa
Durantes a visita foi possível realizar, o fluxo de setembro, outubro e novembro
de 2020, conforme a tabela 1.
Tabela 8 Fluxo de caixa de setembro, outubro e novembro de 2020.
FLUXO DE CAIXA SETEMBRO
RECEITAS(R$)
Pecuária Agricultura Outras receitas
1.500,00 600,00
DESPESAS(R$)
Pecuária Agricultura Outras despesas
120,00 125,00 1.000,00
TOTAL DE RECEITAS (R$) 2.100,00
TOTAL DE DESPESAS (R$) 1.245,00
SALDO (R$) 855,00
FLUXO DE CAIXA OUTUBRO
RECEITAS(R$)
Pecuária Agricultura Outras receitas
1.450,00 600,00
DESPESAS(R$)
Pecuária Agricultura Outras despesas
0,00 137,00 1.200,00
TOTAL DE RECEITAS (R$) 2.050,00
TOTAL DE DESPESAS (R$) 1.337,00
SALDO (R$) 713,00
FLUXO DE CAIXA NOVEMBRO
RECEITAS(R$)
Pecuária Agricultura Outras receitas
1.700,00 600,00
DESPESAS(R$)
Pecuária Agricultura Outras despesas
230,00 120,00 1.000,00
TOTAL DE RECEITAS (R$) 2.300,00
TOTAL DE DESPESAS (R$) 1.350,00
SALDO (R$) 950,00
FLUXO DE CAIXA AGOSTO
RECEITAS (R$)
Pecuária Agricultura Outras receitas
2.000,00 1.200,00
DESPESAS (R$)
Pecuária Agricultura Outras despesas
120,00 137,00
TOTAL DE RECEITAS (R$) 3.200,00
TOTAL DE DESPESAS (R$) 257,00
SALDO (R$) 2.943,00

A comercialização de derivados da mandioca (farinha), se mantêm como a


principal fonte de receita (gráfico 1) da propriedade e também a atividade na qual é
empregada grande parte da mão disponível sendo priorizada em detrimento das outras
pela família (figura 1).
Figura 12: Produção de farinha realizada na propriedade do Sr. Antônio
Bezerra.
O auxílio emergencial fornecido pelo Governo Federal e recebido por dois
membros da família tem sido uma fonte de receita externa oriunda, contribuindo para o
equilíbrio financeiro da propriedade. No que se refere as despesas (gráfico 2), o valor
gasto com a manutenção da família supera os valores aplicado nas atividades
produtivas, e estão descritas como outras receitas.

O resumo das receitas despesas apuradas desde junho de 2020 está

RECEITAS DESPESAS
junho julho agosto
junho julho agosto
Setembro outubro novembro
Setembro outubro novembro
1.200,00
2.000,00

1.000,00
1.000,00
1.000,00

1.000,00
1.700,00

900,00
1.600,00

1.500,00
1.450,00
1.440,00

1.200,00

230,00
600,00
600,00

600,00
600,00
600,00

165,00
145,00

145,00
137,00

137,00
125,00
120,00

120,00

120,00
0,00

0,00

AGRICULTURA PECUÁRIA OUTRAS


AGRICULTURA OUTRAS RECEITAS DESPESAS

Gráfico 1: Receitas de junho a Gráfico 2: Despesas de junho a


novembro/2020 da propriedade do Sr. novembro/2020 da propriedade do Sr.
Antônio Bezerra. Antônio Bezerra.
representado no gráfico 3, neste período a propriedade encerrou os fluxos de caixa em
com saldo positivo todos os meses, as atividades agrícolas se destacam como principal
fonte de receita, entretanto as atividades agropecuárias não geraram receita, sendo seu
custo de produção paga por outras fontes.

DESPESAS X RECEITAS
DESPESAS TOTAIS RECEITAS TOTAIS

R$3.200,00

R$2.200,00 R$2.300,00
R$2.040,00 R$2.100,00 R$2.050,00

1.210,00 1.257,00 1.245,00 1.337,00 1.350,00


1.145,00

junho julho agosto Setembro outubro novembro

Gráfico 3: Valores totais para receitas e despesas geradas na propriedade


do Sr. Antônio Bezerra no período de junho a novembro de 2020.

Produção do SAF em 2020

A produção obtida de janeiro a outubro de 2020 está descrita na tabela 2, a mandioca


produzida no SAF e beneficiada na propriedade se transformando em farinha foi a
principal cultura produzida no período.
Tabela 9: Produção do SAF do Sr. Antônio Bezerra durante o período de janeiro
a outubro de 2020.
VALOR
VALOR
MESES PRODUTO UNIDADE QUANTIDADE UNITÁRIO
TOTAL (R$)
(R$)
Abobrinha
janeiro verde kg 33 2,00 66,00
Mandioca
maio (farinha) kg 60 4,00 240,00
Mandioca
outubro (farinha) kg 350 4,00 1.400,00
Total 1.706,00

Planejamento do Sistema Agroflorestal


O SAF do Sr. Antônio Bezerra foi atingido por um incêndio que levou a morte de vários
indivíduos. O açaí principal espécie do sistema teve taxa de mortalidade de 100%,
causada pelo o ataque de pragas e doenças e também pelo fogo. Atualmente a taxa de
sobrevivência do SAF é de 32%, inferior ao percentual previsto inicialmente de 60%.
Portanto, é necessário o planejamento para a reposição destes indivíduos.
Atualmente o agricultor está realizando plantio de feijão em parte do SAF, e pretende
plantar mandioca posteriormente. O cultivo destas espécies condiciona ao sistema
gerar renda enquanto se realiza as intervenções necessárias. O agricultor foi orientado
a plantar indivíduos das espécies que sobreviveram dentro do SAF e outra espécies
que sejam de seu interesse e que harmonizem com o arranjo produtivo proposto para
o sistema.

Figura 13: Cultivo de feijão iniciado pelo Sr. Antônio Bezerra em outubro
de 2020.

9.2 SAF B (ANÁLISE SOCIOECONÔMICA SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO SAF)

Figura 14 Visita para resgates de dados de receitas e despesas da propriedade do Sr.


Francisco Barbosa.
Fluxo de caixa
Neste acompanhamento foram realizados os fluxos de caixa de outubro e
novembro de 2020, conforme a tabela 3.
Tabela 10 Fluxo de Caixa de outubro e novembro/2020 do agricultor Francisco
Barbosa.
FLUXO DE CAIXA OUTUBRO/2020
RECEITAS (R$)
Outras receitas (aposentadoria e 13º
Pecuária Agricultura
salário)

1.500,00 2.060,00
DESPESAS (R$)
Pecuária Agricultura Outras despesas

300,00 1.330,00
TOTAL DE RECEITAS (R$) 3.560,00
TOTAL DE DESPESAS (R$) 1.630,00
SALDO (R$) 1.930,00
FLUXO DE CAIXA NOVEMBRO/2020
RECEITAS (R$)
Outras receitas (aposentadoria e 13º
Pecuária Agricultura
salário)

2.060,00
DESPESAS (R$)
Pecuária Agricultura Outras despesas

150,00 400,00 1.000,00


2.060,00
TOTAL DE DESPESAS (R$) 1.550,00
SALDO (R$) 510,00

As aposentadorias recebidas continuam sendo a principal fonte de receita da


propriedade, representado 57,8% das receitas em outubro e sendo a única do mês de
novembro.
No mês de outubro o agricultor comercializou 1 novilha e a receita gerada está
sendo usada para custear despesas familiares. Os gráficos 4 e 5 descrevem as receitas
e despesas geradas de maio a novembro de 2020.
RECEITAS
Pecuária Agricultura Outras receitas

2.480,00

2.090,00

2.060,00

2.060,00

2.060,00
2.050,00

2.050,00
1.500,00

1.500,00

1.500,00
1.200,00
1060

560,00

480,00
-

-
-
MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO

Gráfico 4 Receitas de maio a novembro de 2020 da propriedade


do Sr. Francisco Barbosa.

DESPESAS
Pecuária Agricultura Outras Despesas

1.330,00

1.000,00
1.000,00

800,00
976

800,00
700,00
750

400,00
300,00
283,00
260,00

150,00
130,00
150,00

100,00
102,00
0,00

0,00

MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO

Gráfico 5 Despesas de maio a novembro de 2020 da propriedade do Sr.


Francisco Barbosa.

Houve novos lançamentos de valores de despesas para os fluxos de caixa de


meses anteriores (maio, junho e julho), a partir as informações prestadas pelo agricultor,
assim os fluxos de caixa estão mais próximos de mostrar a realidade econômico-
financeira da propriedade. O gráfico 6, mostra os valores totais de receitas e despesas
durante todo o período de registro dos fluxos de caixa.
Assim observa-se que de acordo com as informações prestadas pelo agricultor,
que foram usadas para a produção dos fluxos de caixa, para o período de
acompanhamento de maio a novembro de 2020, o saldo obtido no final de cada mês foi
positivo. Entretanto, vale destacar que embora o saldo tenha se mantido positivo, isso
ocorre devido principalmente as aposentadorias recebidas, portanto a propriedade vem
se mantendo economicamente neste período, através de receitas não agrícolas.

RECEITAS X DESPESAS
3.850,00 Receitas Despesas

3.560,00

3.560,00
3.550,00
3.540,00

2.530,00

2.060,00
1.726,00

1.630,00

1.550,00
1.243,00

1.150,00

1.030,00
902,00

MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO

Gráfico 6: Receitas e despesas totais geradas entre maio e novembro, na


propriedade do Sr. Francisco Barbosa.

Produção do SAF em 2020


A banana (figura 4) foi a única espécie que produziu no SAF durante o ano de 2020,
conforme mostras a tabela 4. Entretanto não foi comercializada no período sendo
destinada para o consumo da família apenas, de acordo com o agricultor devido a
pandemia, o mesmo perdeu acesso a comercialização, uma vez que a banana seria
vendida para compor a merenda escolar do município.

Tabela 11: Produção do SAF do Sr. Francisco Barbosa em 2020.


VALOR
PRODUT UNIDAD QUANTIDAD VALOR TOTAL
MESES UNITÁRIO
O E E (R$)4
(R$)
Janeiro Banana Kg 200 1,80 360,00
Abril Banana Kg 400 1,80 720,00
Maio Banana Kg 340 1,80 612,00
Outubro Banana Kg 300 1,80 540,00
Novembr
o Banana Kg 230 1,80 414,00
Total 2.646,00

4 Valores estimados pelo preço médio de comercialização do produto no mercado. Este seria a receita gerada pelo SAF caso houvesse comercialização do
produto.
O cupuaçu (figura 5) iniciou sua produção, mas ainda não está em ponto de colheita, a
perspectiva é que seja produzidos 1200 kg de frutos, que serão usados para a produção
de polpa de fruta produzida na propriedade para posterior comercialização.

Figura 16. Cupuaçu em fase de produção


no SAF do Sr. Francisco Barbosa.

Figura 15: Banana produzida


no SAF do Sr. Francisco
Barbosa.

Planejamento do SAF

O sistema agroflorestal da propriedade encontra-se com estabelecimento


satisfatório e se recuperou bem do período seco. Desta forma o agricultor foi orientado
a realizar os tratos culturais (poda de formação, controle de invasoras e pragas e
doenças) e realizar adubação de manutenção para as frutíferas implantadas a fim de
estimular seu desenvolvimento.
10- PERCEPÇÃO TÉCNICA SOBRE A IMPLANTAÇÃO DO SAFS

Os SAFs apresentam grande potencial para sua expansão na Amazônia


na ocupação produtiva das áreas desmatadas e na sua recuperação, que está
em função do mercado das plantas componentes. Ao contrário das culturas
anuais as quais exigem grandes dimensões de áreas, o mercado de plantas
perenes exige menor espaço.
Na implantação de SAFs deve-se evitar à derrubada de vegetação
primária, pois não teria sentido efetuar essa substituição. No caso de sistemas
envolvendo espécies madeireiras (agrossilvicultura ou silvipastoris) o
encerramento do sistema com o corte das árvores deve ser ampliado para uma
visão de ciclo contínuo, sob a perda de finalidades desses sistemas. A
transformação de SAFs em monocultivos perenes se justifica, se ele mantiver as
mesmas funções reguladoras de proteção do solo e garantir rentabilidade
adequada.
O conhecimento e uso dos sistemas agroflorestais ainda são limitados,
representando uma oportunidade para o desenvolvimento de maiores ações de
pesquisa, para a valorização dos benefícios ambientais e de maiores incentivos
econômicos que venham a estimular sua implantação. Estes mecanismos são
necessários para assegurar a sustentabilidade dos sistemas agroflorestais, a
equidade social e a proteção ambiental.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos dados referentes ao relatório referente a implantação de sistemas


agroflorestais familiares, percebe-se que a adoção desse tipo de alternativa agrícola
pode promover além da recuperação da fertilidade do solo, da restauração ecológica,
um fluxo de caixa mais regular aos pequenos agricultores e oferecer simultaneamente
uma variedade de produtos florestais e não florestais, permitindo aos mesmos, maior
flexibilidade na comercialização de seus produtos e racionalização da mão de obra.
REFERÊNCIAS

Abelhas sem ferrão - irapuã (trigona spinipes) – https://www.cpt.com.br/cursos-


criacaodeabelhas/artigos/abelhas-sem-ferrao-irapua-trigona-spinipes

EMBRAPA – Metodologia para Planejamento, implantação e monitoramento de


Sistemas Agroflorestais: Um processo participativo, 2000.

EMBRAPA – Cartilha de técnicas para cultivo de cupuaçuzeiro, 2017.


ALVES, L. M. Sistemas Agroflorestais (SAF’s) na restauração de ambientes
degradados. Programa de Pós-graduação em Ecologia Aplicada ao Manejo e
Conservação de Recursos Naturais (PGECOL). UFJF, Juiz de Fora, MG, 2009. 18 p.

MACÊDO, J. L. V. de. Cultivo de Fruteiras em Sistemas Agroflorestais. In:


ENCONTRO DE FRUTAS NATIVAS DO NORTE E NORDESTE DO BRASIL Frutas
Nativas: Novos Sabores para o Mundo, 4., 2007, São Luís, MA. Anais [...]. São Luís:
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BRANCALION, Pedro Henrique Santin; VIANI, Ricardo Augusto Gorne; RODRIGUES,


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processo de restauração. In: Restauração Ecológica de Ecossistemas Degradados
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GOMES, J.M.; CARVALHO, J.O.P.; SILVA, M.G.; NOBRE, D.N.V.; TAFFAREL, M.;
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