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SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAF’s) COMO ALTERNATIVA ECONÔMICA E DE RESTAURAÇÃO

DE ÁREAS DEGRADADAS
Alunos: Bruno Costa e
Professor: Diego Cafola
Disciplina: Terra, Vida e Trabalho (TVT).

A AGROFLORESTA OU SAF’S AGROFLORESTA EM RESERVAL LEGAL (RL) E


ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE.
A legislação brasileira, em diferentes instrumentos legais
(Brasil, 2009; Brasil, 2011), tem definido sistemas agroflorestais Os SAFs produzem grande quantidade de resíduos
como “sistemas de uso e ocupação do solo em que plantas vegetais que são importantes à cobertura do solo, bem como na
lenhosas perenes são manejadas em associação com plantas manutenção e melhoria da matéria orgânica, além de servirem de
herbáceas, arbustivas, arbóreas, culturas agrícolas, alimento para organismos trituradores e decompositores de
forrageiras em uma mesma unidade de manejo, de acordo materiais orgânicos que realizam vários serviços ecológicos no
com arranjo espacial e temporal, com alta diversidade de solo, possibilitando a melhoria de atributos físicos, químicos e
espécies e interações entre estes componentes” biológicos, com potencial para recuperar solos degradados e
Os SAF’s é inspirado no funcionamento das florestas ou torná-los mais produtivos.
dos ecossistemas locais. São sistemas de uso da terra em que as Se a Área de Preservação Permanente (APP) está
árvores interagem com os cultivos agrícolas e/ou animais, degradada, a Agrofloresta pode ser uma alternativa possível para
simultânea ou sequencialmente, de modo a aumentar a a restauração desta área.
produtividade total de plantas e animais de forma sustentável por A Agrofloresta também pode ser implantada na Reserva
unidade de área (Nair, 1989). Esses sistemas são considerados Legal (RL) desde que o uso desta área conserve a vegetação
promissores para adoção em Mato Grosso do Sul, pelo enorme nativa e que o uso seja sustentável.
território de nosso estado ser ocupado por grandes pastos para a
pecuária e com a monocultura. Vantagens:
A Agrofloresta é planejada para permitir colheitas desde  Fazer o uso sustentável do local.
o primeiro ano de implantação, de forma que o agricultor obtenha  Técnicas de manejo.
rendimentos provenientes de culturas anuais, hortaliças e  Sem agroquímicos.
frutíferas de ciclo curto, enquanto aguarda a maturação das  Sem queimadas.
espécies florestais e das frutíferas de ciclo mais longo. Assim, o  Controlar a erosão dos solos.
maior número de produtos disponíveis para a comercialização em  Eficiência na ciclagem de nutrientes.
diferentes épocas do ano e ao longo do tempo, incrementa a renda  Recuperação da Terra naturalmente.
e aproveita melhor a mão-de-obra familiar.  Melhoria da alimentação das populações rurais e dos
consumidores.
AGROFLORESTAS NO MATO GROSSO DO SUL  Garantia de produção e renda para as gerações futuras.
Em termos de uso da terra, o levantamento do IBGE  Valorizam a cultura local.
(2006) mostrou que 166.764 ha (correspondendo a 1.424
estabelecimentos) tinham sistemas agroflorestais, definida como Desvantagens:
a área cultivada com espécies florestais também usada para
lavouras e pastoreio por animais, em Mato Grosso do Sul.
 O custo inicial para a implantação da área pode ser mais
elevado e o retorno do capital pode ser mais lento.
Existem SAFs se concentravam em Corumbá (27,2%),
Nioaque (5,8%), Amambai (4,7%) e Aparecida do Taboado  Atualmente os produtos gerados pelos SAF’s têm
(4,6%) (Figura Abaixo). Já em relação a quantidade de terra sob mercados limitados.
SAFs em MS, destacavam-se: Amambai (17,8%), Corumbá  Ausência de pesquisas pros cultivos consorciados.
(12,4%), Figueirão (8,5%), Bataguassu (8,4%), Bonito (5,7%),  O manejo incorreto pode diminuir o rendimento dos
Aparecida do Taboado (5,1%) e Coxim (4,7%). (NICODEMO, cultivos agrícolas.
2013)
CONCLUSÕES
Sistemas agroflorestais se transformaram, nessas últimas
décadas ganhando mais visibilidade e importância, de sistemas
de produção marginais e pouco conhecidos para se tornarem o
caminho a ser seguido, alcançando alta eficiência de produção e
promovendo maior equilíbrio ambiental.

REFERÊNCIAS
ALVES, Luciana M. Sistemas Agroflorestais (SAF’s) na restauração de
ambientes degradados. 2009.
MARTINS, Tatiana P. M.; RANIERI, Victor E. L. Sistemas Agroflorestais
como alternativa para as Reservas Legais. São Paulo. Revista Ambiente e
sociedade, vol. 17, n. 3, July/Sept. 2014.
NARDELE, Marcelle; CONDE, Igor. Apostila Sistemas Agroflorestais.
NICODEMO, Maria L. F.; MELOTTO, Alex M. 10 anos de pesquisa em
sistemas agroflorestais em Mato Grosso do Sul, Campo Grande. Sistemas
Agroflorestais e desenvolvimento sustentável. 2013.

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