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Universidade de São Paulo

Adubação foliar com micronutrientes em grãos

Adubação foliar com micronutrientes em grãos

São Paulo
Julho/2022
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO............................................................................................................5
2. DESENVOLVIMENTO..............................................................................................6
2.1 Importância socioeconômica na produção de grãos................................................6
2.2 Aspectos agronômicos do cultivo de grãos no Brasil..............................................7
2.2.1 Milho................................................................................................................7
2.2.2 Soja...................................................................................................................7
2.2.3 Trigo.................................................................................................................8
2.3 Micronutrientes em grãos........................................................................................9
2.3.1 Manganês........................................................................................................10
2.3.2 Zinco...............................................................................................................12
2.3.3 Boro................................................................................................................14
2.3.4 Molibdênio......................................................................................................16
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................18
REFERÊNCIAS.............................................................................................................19
RESUMO

Adubação foliar com micronutrientes em grãos

O presente trabalho trata de a adubação foliar que visa o fornecimento de


nutrientes às plantas de forma prontamente absorvível, cuja finalidade é a correção
imediata das deficiências, servindo como uma complementação da adubação via solo.
Com o objetivo geral de demonstrar que neste tipo de adubação são utilizados
principalmente os micronutrientes, os quais se encontram em quantidades muito
pequenas no solo e também pelo fato da aplicação de alguns micronutrientes via solo
não apresentarem uma eficiência tão boa quanto via foliar e são usados como
complemento da adubação feita no solo visando fornecer estes nutrientes em épocas de
elevada exigência das culturas. Foram fundamentados os estudos através de pesquisas
bibliográficas a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e
artigos científicos. A necessidade de se buscar fertilizantes foliares mais eficientes, tem
levado as empresas a utilizar alta tecnologia para desenvolver produtos cada vez
melhores e mais baratos. O custo/benefício de um produto não é medido pelo
custo/unidade e sim pela sua dosagem e eficiência de absorção as quais satisfaçam
plenamente as necessidades nutricionais das plantas apresentando um menor número de
aplicações em períodos definidos, como ciclo da cultura, período vegetativo. Existem
vários fatores que podem aumentar ou diminuir a capacidade de absorção foliar. O
conhecimento destes fatores permite o desenvolvimento da aplicação adequada, sendo
que alguns destes fatores estão relacionados à própria planta, ao meio ambiente e à
solução.

Palavras-chave: Essencialidade, Benefícios, Solução, Deficiência


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1.INTRODUÇÃO

A prática da adubação foliar vem se desenvolvendo intensamente nos últimos


anos, como rotina, em várias culturas de interesse econômico. Adubação foliar é o
processo de aplicação de nutrientes minerais na folha vegetal, através da absorção total
(absorção passiva e ativa), com a utilização destes nutrientes por toda a planta, não se
limitando a uma terapia local da folha, suprindo as carências nutricionais em qualquer
lugar da morfologia da planta.
A adubação foliar não se limita à aplicação de soluções de nutrientes apenas à
folhagem das plantas, o tratamento pode se estender aos ramos novos e adultos, das
estacas e dos troncos por meio das pulverizações ou pincelamentos, o que é designado

de adubação caulinar. Para que o tratamento com micronutrientes foliar seja eficaz e
corresponda aos
resultados esperados deve-se conhecer alguns fatores importantes, inerentes à
folha, aos nutrientes, às soluções aplicadas e a fatores externos.
- A adubação foliar é uma técnica eficaz de reposição de nutrientes?
A prática da adubação foliar deve ser feita com muita cautela, não
substituindo a adubação do solo para que haja efeito efetivo sobre a planta não

inviabilizando economicamente para grande maioria dos agricultores brasileiros. A


disponibilidade dos micronutrientes para as plantas é influenciada pelas características
do solo, como à textura e mineralogia, teor de matéria orgânica, umidade, pH, condições
de oxirredução e interação entre nutrientes.
O entendimento da dinâmica dos micronutrientes nos diferentes tipos de solo e
do requerimento pelas culturas, definição de doses, fontes e estratégias de fornecimento
de micronutrientes, adequadas às condições locais, são passos fundamentais para maior
produtividade das lavouras e uso eficiente de insumos.
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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Importância socioeconômica na produção de grãos

A previsão da produção mundial de grãos para a safra 21/22 foi de 2,292 bilhões
de toneladas, baseando-se nas culturas mais produzidas que são o milho, trigo, arroz e
soja (International grains council, 2022). Os maiores países produtores de grãos são a
China, Estados Unidos, Índia e Brasil.
O agronegócio brasileiro é responsável pela alimentação de 800 milhões de
pessoas, equivalente a quase 10% da população mundial, sendo que esse levantamento
foi realizado através produção de grãos e oleaginosas no país, levando em conta que os
mesmos são utilizados para consumo direto, alimentos processados ou matéria-prima
para produção de ração para os animais (Embrapa, 2021).
O Brasil é o quarto maior produtor de grãos do mundo e o segundo maior país
exportador, representando 19% do mercado internacional. Em contrapartida, o
crescimento da população exigirá maior produção de alimentos para o abastecimento
mundial e, dessa forma, o Brasil poderá contribuir de forma notória com esse aumento
nos próximos anos (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, 2021).
Na safra 20/21 a produção nacional de grãos fechou em um volume estimado de
252,3 milhões de toneladas, diminuição de 1,8% em comparação a safra 19/20 (Conab,
2021). A estimativa para o volume colhido na safra 21/22 foi de 271,8 milhões de
toneladas de grãos, um aumento de 6,4% em relação à safra anterior (Conab,2022).
A área estimada de plantio na safra 21/22 foi de 72,9 milhões de hectares,
aumento de 4,4% comparada com a safra anterior, houve incremento de 4,1% ou 1,6
milhão de hectares de soja e 6,5% ou 1,3 milhão de hectares de milho (Conab, 2022).
Esse incremento é decorrente do aumento dos preços das commodities, crescimento da
população e a demanda pela exportação de grãos.
O milho é o terceiro cereal mais produzido no mundo e o Brasil é terceiro maior
produtor e segundo maior exportador (Coêlho, 2021). A importância econômica no
Brasil se dá pelo fato de que sua utilização é diversificada, sendo destinada para
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alimentação dos seres humanos na forma in natura ou transformados em subprodutos,


como também é atribuído para alimentação animal, sendo uma das principais
destinações do grão que é para a produção de rações e concentrados fornecidos para
bovinos, aves, suínos e peixes (IMEA, 2015). O trigo é o segundo cereal mais
produzido no mundo, na safra 20/21 no Brasil a cultura apresentou um expressivo
crescimento de 14,9% em 2,69 milhões de hectares, com produção estimada de 8,15
milhões de toneladas (Conab, 2021). É um cereal rico em carboidrato e proteínas,
altamente energético e base da cadeia alimentícia dos seres humanos, ou seja, pelo alto
consumo diariamente tem exigido a expansão da cultura no Brasil, isso porque a
produção nacional não conseguiu atender à demanda interna, dependendo de
importações para o abastecimento interno.
O Brasil é o maior produtor de soja do mundo, responsável por 50% do
mercado mundial e produção de 126 milhões de toneladas e 84 milhões exportadas,
respectivamente a exportação do grão somou um valor de US$ 30 bilhões em 2020 e
US$ 346 bilhões nas duas últimas décadas (Embrapa, 2021). A soja apresenta um alto
valor econômico para o país, mas também é de suma importância para o consumo
alimentício dos seres humanos e dos animais, pois sua composição é rica em proteínas,
carboidratos, óleos e fibras.

2.2 Aspectos agronômicos do cultivo de grãos no Brasil

2.2.1 Milho

O milho (Zea mays L.) teve origem nas Américas, pertence à família Poaceae, é
uma planta de ciclo anual, monoica e metabolismo C4. Caracterizado por ser uma
espécie alógama, devido 95% dos grãos de pólen que chegam nos estigmas são
originários de outras plantas (Panison, 2017).
É cultivado em diversos países do mundo como Brasil, China, Índia, França,
Estados Unidos, África entre outros. Essa diversidade de regiões se dá pelo motivo da
cultura ser adaptável a diversas características de clima, por possuir genótipos diferentes
em diversos materiais, podendo ser cultivada desde o nível do mar até altitudes maiores
de 3600 metros (Barros e Calado, 2014).
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O ciclo da cultura do milho no Brasil varia entre 110 e 160 dias, essa variação
ocorre de acordo com os genótipos (superprecore, precoce e tardio) período considerado
entre a semeadura e a maturidade fisiológica (Fancelli, 2015).
É cultivado em regiões com precipitação variável de 300 a 5.000 mm anuais,
porém a exigência da cultura durante o ciclo é de aproximadamente 600 mm
(Magalhães e Durães, 2006). A temperatura ideal para o desenvolvimento da
emergência até floração varia entre 25 e 30°C, sendo que noites frias retardam o
crescimento que antecede a floração (Berger, 1962).

2.2.2 Soja

A soja [Glycine max (L.) Merrill] é uma planta herbácea e leguminosa que
pertence à família Fabaceae originária da Manchúria, região do Leste da China sendo
utilizada há mais de
5.000 anos como base da dieta alimentar do povo chinês (Farias et al., 2007).
É uma planta dicotiledônea, formada por raiz e parte área. Apresenta grande
variabilidade genética desde o ciclo vegetativo que ocorre da emergência até a floração
e no reprodutivo da floração até a colheita, sendo influenciada também pelas condições
ambientais do local (Thomas e Costa, 2010).
O desenvolvimento da cultura leva de 75 até 200 dias, porém a maioria das
cultivares adaptadas as condições brasileiras apresentam ciclos de 90 a 150 dias
(Sediyama, 2016). De acordo com ciclo de crescimento, são classificados em
determinado, semi-determinado e indeterminado (Thomas, 2018).
Para alcançar altos níveis de produtividade necessita temperaturas entre 20 e 30
°C e não se deve realizar a semeadura quando a temperatura do solo estiver abaixo de
20 º C, isso porque prejudica a germinação e a emergência da planta (Embrapa, 2011).
É considera uma planta de dia curto, sendo muito sensível ao fotoperíodo.
Decorrente a essa sensibilidade, a adaptação de cada cultivar muda de acordo com a
deslocação do seu cultivo em direção ao norte ou ao sul, quando altera a latitude (Silva
et al, 2017).
A água compõe aproximadamente 90% do peso da planta e age praticamente em
todos os processos fisiológicos e bioquímicos, sendo essencial principalmente no
período de germinação/emergência e floração/enchimento de grãos. A necessidade
hídrica para a cultura é de 450 a 800 mm durante o ciclo (Farias et al., 2007).
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2.2.3 Trigo

O trigo (Triticum aestivum L.) chegou em meados de 1534 no Brasil, trazido por
Martim Afonso de Souza, que desceu na capitania de São Vicente, porém o clima
quente atrapalhou o crescimento e expansão da cultura (Ribeiro, 2009). É um cereal de
estação fria, considerado uma planta de ciclo anual, monocotiledônea pertencente da
família Gramineae (Rampim et al., 2012).
A duração do ciclo da cultura depende do cultivar, fotoperíodo, temperatura e
disponibilidade hídrica para a planta. Assim, o trigo precisa se adaptar as condições
locais do ambiente para dar sequência em seu desenvolvimento, podendo resultar o
aceleramento ou prolongamento de alguma fase durante seu ciclo (Pires; Vargas;
Cunha, 2011).
Durante o crescimento da planta a temperatura ideal varia conforme a fase de
desenvolvimento da planta, sendo 20 °C na germinação, 8 °C na fase vegetativa, 15 °C
na fase reprodutiva e 18 °C da floração até a maturação fisiológica dos grãos (Souza e
Pimentel, 2013). O avanço do melhoramento genético e a diversidade genética da
cultura, aumenta adaptação edafoclimática, possibilitando o cultivo desde regiões com
clima desértico até em regiões com alta precipitação pluvial (Ribeiro Júnior et al.,
2007).
Quando a cultura está próxima ao ponto de colheita, o excesso de chuva por
ocasionar perdas na produtividade, dando condições para que ocorra a germinação dos
grãos ainda na espiga, principalmente quando sob temperaturas altas e alta umidade
(Bassoi, 2004). Quando essa condição ocorre no campo causa grandes prejuízos ao
produtor, diminuindo a qualidade, tipos de trigo e menor valor comercial na entrega do
grão.

2.3 Micronutrientes em grãos

Assim como os macronutrientes, os micronutrientes também atendem os


critérios de essencialidade, ou seja, sem eles a planta não completa seu ciclo de
desenvolvimento. Os micros são absorvidos em menores quantidades pelas plantas,
expressos em mg kg-1 de matéria seca, porém exercem funções importantes para o
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crescimento e a falta pode influenciar na qualidade e na produtividade final dos grãos


(Kirkby e Römheld, 2007).
Os elementos que são considerados micronutrientes são boro (B), cloro (Cl),
cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), níquel (Ni) e zinco (Zn),
sendo que cada cultura exige diferentes necessidades para esses elementos (Hänsch &
Mendel, 2009).

Tabela 1. Micronutrientes essências e suas concentrações consideradas adequadas para o


crescimento normal da planta (Hopkins, 2000).

Elemento Símbolo Químico Forma Concentração na


Disponível M.S (mmol/kg)
Micronutrientes
Cloro Cl Cl- 3,0
Boro B BO33-3+ 2,0
Ferro Fe 2+ 2,0
Fe , Fe
Manganês Mn Mn2+ 1,0
Zinco Cobre Zn Zn2+ 0,3
Cu Cu+, Cu2+ 0,1
Níquel Ni Ni2+ 0,05
Molibdênio Mo MoO42- 0,001

A deficiência dos micronutrientes representa grandes preocupações na produção


de grãos, visto que o cultivo em solos com baixa fertilidade e produtividade, adubação
inadequada tem favorecido essa carência (Mascarenhas et al., 2014). De acordo com
Pereira et al. (2007) um outro fator que afeta diretamente a disponibilidade dos
micronutrientes é o pH do solo, sendo que cada elemento responde de forma diferente
ao pH.
Para realizar uma recomendação adequada é necessário realizar uma análise de
solo e foliar, acaso não haja disponibilidade dos micronutrientes no solo é necessário
realizar uma adubação até atingir os níveis adequados para que a planta possa expressar
seu potencial de produtividade (Alexandre, 2012). O fornecimento de micronutrientes
para as plantas podem ser realizados via solo, tratamento de semente, aplicação foliar e
fertirrigação (Fiorini, 2011).

2.3.1 Manganês
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O manganês (Mn) é absorvido na forma de Mn 2+ pelas raízes das plantas e é o


segundo micronutriente mais abundante nos solos tropicais, atrás apenas do Fe (ferro)
que apresenta maior abundância. Exerce funções nos sistemas enzimáticos das plantas
como constituinte ou ativador, diretamente ligado aos processos vitais das plantas como
a fotossíntese, respiração, eliminador de espécies reativas de oxigênio (ROS),
sinalizador de hormônios, dentre outros (Alejandro et al., 2020).
Diferentemente do B e do Zn, o manganês (Mn) é o segundo micronutriente
mais abundante em solos tropicais, perdendo apenas para o Fe. A disponibilidade de
manganês no solo depende principalmente do pH, do potencial de oxirredução, da
matéria orgânica e do equilíbrio com outros cátions (Fe, Ca e Mg) (Bartlett, 1998).
Alta concentração de Mn em solos ácidos pode causar problemas de toxidez nas
plantas. Em contrapartida, solos que receberam altas doses de materiais para correção da
acidez, induzindo a baixa disponibilidade de Mn, podem causar deficiências nas plantas,
especialmente naqueles solos originalmente pobres. Assim, é importante manter
concentrações adequadas de Mn nos solos, sendo mais vantajosa a
aplicação de Mn em solos com concentrações baixas (<1,5 mg dm-3) ou médias (1,5 5,0
mg dm-3) (extrator DTPA) (Raij et al.,1996), às quais as respostas das culturas são
maiores. Normalmente, respostas das plantas a manganês são de ocorrências
mais prováveis em solo com teores altos de matéria orgânica, de pH alto, calcários ou
arenosos (Wiese, 1993) e com altos índices pluviométricos. O manganês é absorvido
pelas raízes ativamente na
forma Mn²+. De forma geral, os metais pesados, como o Mn, podem ser transportados
através da membrana por quatro famílias distintas (ATPases do tipo CPx, Nramp,
facilitadores de difusão de cátions e ZIP) (Williams et al., 2000). Como
o Mn²+ tem propriedades químicas semelhantes (o raio iônico) às dos nutrientes Ca²+, F
e²+, Zn²+, e, especialmente, Mg²+, a presença desses pode inibir sua absorção e até o
transporte. Saliente-se que a absorção de Cu, Zn e Fe pode dobrar com a deficiência de
Mn (Yu & Rengel, 1999).
A disponibilidade do nutriente está ligada a determinados fatores, como pH,
potencial de oxidação-redução (redox), presença ou falta da matéria orgânica no solo e a
estabilidade com os cátions de cálcio, magnésio e ferro (Liu et al., 2020). A liberação do
Mn ocorre através do intemperismo das rochas, porém grande parte é convertido em
óxidos Mn3+e Mn4+, ou seja, em forma insolúvel para absorção das plantas e somente
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uma pequena proporção do íon Mn2+ continuam na solução do solo (Millaleo et al.,
2010).
Em solos com alto potencial redox do Mn e pH ácido <5,5, os óxidos com
valência +3 e +4 podem ser reduzidos na forma solúvel Mn 2+, assim a planta terá maior
aporte de Mn disponível para absorção. Já o pH até 8, beneficia a auto-oxidaçaõ do
Mn2+, deixando as formas insolúveis em maior proporção no solo (Alejandro et al.,
2020).
Para Prado (2008) é através da difusão e interceptação radicular que o manganês
do solo se movimenta até as raízes, sendo necessário a aplicação do nutriente próximo
ao sistema radicular das plantas. O transporte do nutriente ocorre unidirecionamente
pelo xilema, ou seja, das raízes para as partes aéreas das plantas. A redistribuição do Mn
é baixa, a mobilidade do Mn das folhas é pouco móvel, já os nutrientes das raízes e
caules podem ser redistribuídos, porém seu fornecimento pode variar de acordo com a
espécie (Malavolta et al., 2006). A toxidez do Mn para as plantas pode ocorrer através
de altas concentrações em solos ácidos.
Por outro lado, solos em que foi realizado a correção da acidez, apresentou baixa
disponibilidade do nutriente no solo, principalmente em solos pobres Prado (2021). A
deficiência de manganês apresenta na superfície das folhas jovens uma clorose
(amarelecimento), podendo avançar até as nervuras.
Diante do papel do Mn na síntese proteica, trabalhos indicam que o aumento do
Mn pode levar a um aumento do teor de proteína e de óleo na semente de soja (Mann et
al., 2002).
Cabe ressaltar a importância de teores adequados de proteína e óleo nas
sementes, pois esses elementos são responsáveis pela determinação da qualidade e da
quantidade dos produtos finais, como o farelo e o óleo de soja.

2.3.2 Zinco

O zinco (Zn) é um micronutriente limitante para a maioria das culturas, pela sua
baixa concentração no solo, pois, muitas vezes, uma parte está adsorvida às argilas,
como a gueta (Fe2O3 hidratado), representando 30%-60% do total, e outra parte está
“presa” à matéria orgânica. Na solução do solo, a maior parte do zinco encontra-se na
forma de complexos orgânicos solúveis. Além do problema da baixa concentração
do Zn no solo, a sua disponibilidade é muito influenciada por diversos fatores. O mais
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importante é o valor pH do solo, e quanto mais alto seu valor, menor será a sua
disponibilidade na solução do solo, especialmente naqueles arenosos que receberam
altas doses de calcário. Além do pH, altas doses de fertilizantes fosfatados podem
induzir problemas de deficiência de Zn (Alonso et al., 2006).
Solos com alto teor de matéria orgânica podem “fixar” o Zn, ou a microbiota
pode imobilizá-lo temporariamente; além disso, solos com alta umidade, associados
à baixa temperatura, também podem ter diminuída temporariamente a sua
disponibilidade. Saliente-se que em solos com camada subsuperficial ácida e com baixo
teor de Zn o gesso com resíduos de Zn terá efeito benéfico na produção agrícola
(Alonso et al., 2006). Assim, faz-se importante o conhecimento desses fatores que
governam a disponibilidade do Zn no solo, pois afetam a absorção e a nutrição das
plantas. 3), (extrator DTPA), (Raij et al.,1996), micronutriente, variando em razão da
exigência nutricional da cultura. No estudo do zinco, é importante conhecer todos os
“compartimentos” pelos quais o nutriente percorre no sistema solo e planta, sendo este
último fator importante para o conhecimento do seu papel na fisiologia da planta e na

formação das colheitas. O zinco é absorvido pelas raízes


na forma de Zn²+, de forma ativa, por um transportador, a exemplo do ZNT1 Pence et
al. (2000). Entretanto, em valor pH alto, pode ser absorvido na forma
monovalente ZnOH+.
Outros nutrientes (cátions) em altas concentrações no meio podem inibir
competitivamente a absorção do Zn. E também o íon acompanhante pode incrementar a
absorção do Zn, obedecendo à seguinte ordem decrescente, quando aplicado na raiz:
quelado (lignosulfurado) >nitrato = sulfato > cloreto ou na folha: cloreto > nitrato =
quelado > sulfato (Garcia & Salgado, 1981). A absorção do zinco pode ser afetada pelo
cultivo, Yagi et al. (2006) verificaram em sorgo a maior absorção do nutriente pela
cv.BR 304, comparado a cv.BR 310.
O zinco, na mesma forma que é absorvida Zn²+, apresenta o transporte radial de
forma passiva e ativa. A forma de complexos como o Zn é transportada é ácido cítrico e
málico (Malavolta, 2006). Em seguida, tem-se o transporte a longa distância, das raízes
para a parte aérea pelo xilema.
Em razão da baixa estabilidade por quelantes orgânicos, o zinco praticamente
não é encontrado no floema, razão pela qual sua redistribuição na planta é muito
limitada, se considerado, assim, pouco móvel. Entretanto, em plantas em geral bem
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supridas com Zn, a mobilidade do elemento no floema pode ser aumentada. Franco et
al. (2005) verificaram a maior mobilidade do Zn em plantas bem supridas com o
nutriente em feijoeiro; entretanto, no cafeeiro, isso não ocorreu. Assim, o Zn no floema
está complexado a compostos orgânicos de peso molecular entre 1.000 e 5.000,
denominados fitoquelatinas (peptídios de cadeia curta contendo unidades repetidas de
glutaminas e cisteínas) (Malavolta, 2006). O autor acrescenta que o Zn, assim como o
Fe, existe em duas frações nas plantas, ativa e inativa, e se a proporção da primeira for
maior, o nutriente terá maior redistribuição.
No cenário da agricultura brasileira, o zinco possivelmente é o micronutriente
que apresenta grande incidência de deficiência em culturas anuais e perenes. O Zn faz
parte da constituição estrutural, ativador de enzimas, síntese e conservação de
hormônios, apresenta um papel importante na produção de triptofano, aminoácido
percursor do ácido acético, indispensável na formação da auxina (Rehman et al., 2018).
A disponibilidade do Zn é influenciada por vários fatores, como pelo pH, tipo e
teor de argila, ânions, cátions, sistema de cultivo e fertilização fosfatada (Alonso et al.,
2006). As concentrações do elemento no solo apresentam maior disponibilidade com o
pH entre 5,0 e 6,5. O pH acima de 6,5 pode desencadear problemas de deficiência de
Zn,sendo a utilização de altas doses de adubos fosfatados podem acarretar o mesmo
(Rehman et al., 2018).
A literatura indica que a deficiência de Zn pode degradar o AIA existente na
planta (aumento da atividade AIA oxidase) ou diminuir a sua síntese. No caso da síntese
de AIA, embora haja discussão, é comum indicar que o Zn é requerido para a síntese do
aminoácido triptofano, um precursor da biossíntese do AIA. A enzima sintetase do
triptofano exige Zn para a sua atividade. Normalmente, a deficiência de Zn resulta em
diminuição do volume celular e menor crescimento apical, pelo distúrbio no
metabolismo das auxinas como AIA (redução da síntese ou a própria degradação).
Saliente-se, portanto, que o Zn é mais importante para manutenção da auxina em seu
estado ativo, comparado à sua síntese (Skoog, 1940). Assim, em plantas submetidas à
deficiência de Zn tem-se diminuição drástica da concentração de auxina, mesmo antes
do aparecimento dos sintomas visuais. Observe-se que os locais de síntese das auxinas
são os teci- dos meristemáticos de diferentes órgãos (folhas, raízes, flores etc.). O
principal efeito fisiológico seria a alongação celular, a partir da quebra de ligações (não
covalentes) entre hemiceluloses e celuloses na parede celular, permitindo o influxo
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d’água, provocando uma pressão sobre a parede celular, aumentando sua plasticidade
(Castro et al., 2005).
Na verdade, esse mecanismo de alongação da parede celular é dado pela
acidificação.Inicialmente a auxina induz o citoplasma a secretar íons H+ para dentro da
parede primária adjacente, através de uma ATPase (usa a energia de hidrólise do ATP
para gerar os prótons) localizada na membrana plasmática, provocando diminuição do
pH, que, por sua vez, ativa certas enzimas (endo transglicosilase e betaglucano
sintetase), as quais são normalmente inativas em pH mais alto, e hidrolisa a parede
celular, causando então o rompimento das ligações da parede celular e rápida resposta
em crescimento (Castro et al., 2005). Depois que a alongação celular estiver completa,
tais ligações são reformadas (por ação enzimática), sendo esse processo irreversível.
Assim, o papel do Zn seria no caminho metabólico de triptofano até a auxina. A
ação da auxina está envolvida no evento inicial da expansão celular, conhecido como
teoria do cresci- mento ácido (Rayle & Cleland, 1992), conforme dito anteriormente. O
Zn também está ligado ao metabolismo do N nas plantas supridas com nitrato e sua
deficiência leva ao acúmulo de N-NO3, podendo diminuir a síntese de aminoácidos.

2.3.3 Boro

O boro é um micronutriente importante na divisão celular, alongamento dos


tecidos meristemáticos, crescimento radicular, órgãos florais masculinos,
desenvolvimento do tubo polínico e formação de sementes e frutos (Furlani et al.,
2003). Participa também da fixação biológica do nitrogênio, porém ainda não foi
desvendado completamente sua função nas plantas (González et al. 2016).
O boro é essencial para a germinação dos grãos de pólen e crescimento do tubo
polínico, metabolismo fenólico e proteico, integridade e funcionamento das membranas
celulares. Desempenha também, importante papel na migração e metabolismo de
carboidratos, facilitando o transporte dos açúcares através das membranas, na forma do
complexo açúcar-borato (Marschner, 1995 e Malavolta et al., 1997).
O contato B - raiz ocorre basicamente em razão do fluxo de massa que é afetado
pela taxa transpiratória da planta. O boro é absorvido via raízes nas formas:
H3BO3, H2BO3, B(OH)4, entretanto, a maior absorção ocorre na forma de H3
BO3 (Oertli & Grgurvic, 1975), e como a absorção independe da temperatura e não é
afetada por inibidores da respiração, infere-se que seja processo passivo.
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Desse modo, o B, na forma de B (OH)3, parece ser o único nutriente que tem
alta permeabilidade e vence as membranas (citoplasma e tonoplasto), por processo
passivo, sem necessidade de um processo intermediário mediado por uma proteína
(Welch, 1995).
O local de aplicação do boro também pode afetar a quantidade do nutriente
absorvida A presença do B afetando a atividade de componentes específicos da
membrana pode aumentar a capacidade da raiz para absorver P, Cl e K (Malavolta,
1980).
A matéria orgânica é uma importante fonte de boro para o solo. Sob condições
de seca a decomposição dessa diminui, liberando menos boro para a solução do solo.
Condições de seca reduzem o crescimento das raízes, induzindo a menor exploração do
volume do solo, o que leva a um menor índice de absorção de nutrientes, inclusive boro
(Lopes,1999).
O pH entre 5,0 até 7,0 proporciona maior disponibilidade do nutriente e a
matéria orgânica do solo (MOS) é fonte de B para o solo (Soares, 2005). O aumento da
MOS pode proporcionar maior retenção do B, impedindo a lixiviação, posteriormente
até o aumento da disponibilidade quando houver a mineralização da matéria orgânica
(Yermiyahu et al., 2001).
A deficiência de boro é acompanhada ela produção de calose, obstruindo os
tubos crivados, com consequente efeito adverso no transporte da seiva elaborada
(Malavolta et al., 1997). Sintomas de carência tais como menor germinação do grão de
pólen e diminuição no crescimento do tubo polínico, encurtamento dos internódios,
frutos e folhas menores e deformadas, entre outros, mostram importante papel do B na
vida das plantas. A deficiência de B ocasiona uma série de sintomas anatômicos
incluindo a inibição do crescimento em extensão e crescimento apical, necrose dos
brotos terminais, rachamento e quebra de caulese pecíolos, abortamento dos botões
florais e queda dos frutos (GOLDBACH, 1997). Devido à rapidez e à grande variedade
de sintomas que aparecem quando a falta de B ocorre, a determinação da função
primária desse nutriente tem sido um dos grandes desafios em nutrição de plantas.
Plantas com deficiência de B, há irregularidades na deposição das substâncias
cimentantes nas células do câmbio, podendo causar colapso do caule das plantas
(Moraes et al., 2002).
O boro é um dos micronutrientes mais limitante na produção de grãos na
agricultura brasileira (Galindo et al., 2018). Na lavoura, a reprodução das plantas é
17

prejudicada por baixos níveis de B e diminuição significativa na produtividade de grãos


(Marschner, 2012). Porém apresenta maior possibilidade de resposta entre os
micronutrientes, já que entre os micronutrientes, o boro é o que apresenta a maior
deficiência nos solos (Rasche et al., 2017).

2.3.4 Molibdênio

O molibdênio Mo, é um metal encontrado no solo,mas como um oxiânion na


forma de molibdato MoO4²- na sua forma de valência mais alta.
Suas propriedades são semelhantes àquelas dos não metais e de outros ânions
inorgânicos divalentes. Assim, em solos ácidos, fosfato e molibdato têm comportamento
semelhante em relação à forte adsorção aos óxidos hidratados de ferro, e, na absorção, o
molibdato compete com o sulfato. O molibdato é um ácido fraco, e, com decréscimo de
pH de 6,5 para abaixo de 4,5, a dissociação diminui e a formação de poliânions é
favorecida (Quaggio et al.,1998).
A solubilidade do MoO4²- pode ser estimada da seguinte forma:
Solo-Mo + 2 OH- ⇔ MoO4²- + solo-2OH- Assim, fica evidente o efeito da
calagem em solos ácidos para se aumentar a disponibilidade do Mo, estimando-se que é
aumentado em cem vezes pela elevação de cada unidade pH. Em razão do efeito do pH
na disponibilidade de Mo surgiu o termo relação de substituição de calcário por Mo.
Para manter a mesma produção da cultura (soja), Quaggio et al. (1998) verificaram que,
na aplicação do calcário, para manter a saturação por bases próxima de 70%, a
necessidade de Mo foi de 25 g ha-1, ao passo que na saturação por bases de 60% a
necessidade de Mo aumentou para 50 g ha-1. O contato Mo - raiz é feito basicamente
por fluxo de massa, especialmente em maiores concentrações no solo. Normalmente, o
molibdênio é absorvido como MoO4²- quando o pH do meio é igual ou maior que 5,0, e
como HMo O4 quando o pH é menor que 5,0.
De forma geral, o Mo é pouco móvel no floema para maioria das espécies.
Entretanto, Jongruaysup et al. (1994) verificaram em Vigna mungo que a mobilidade de
Mo pode variar dependendo do nível de suprimento, apresentando baixa mobilidade em
plantas deficientes e alta mobilidade nas plantas bem supridas de Mo.
No processo de absorção, a presença de outros íons pode afetar a absorção do
Mo, e a presença do H2PO4- tem efeito sinérgico na absorção do Mo, ao passo que
outros nutrientes inibem a sua absorção como SO4²- e outros (Cl-, Cu²+, Mn²+ e Zn²+).
18

Normalmente, a deficiência de molibdênio pode estar associada de perto com o


metabolismo do nitrogênio, em decorrência da exigência de Mo para a atividade da
nitrogenase e a fixação do N. Além das leguminosas, as crucíferas são particularmente
exigentes em Mo. Nas plantas, dado nutriente pode apresentar mudanças no estado de
oxidação entre as formas Mo+6 (oxidada) e Mo+5 (reduzida), portanto participando do
sistema redox (Marenco & Lopes, 2005).
Assim, o molibdênio participa como constituinte de várias enzimas,
especialmente as que atuam no metabolismo do nitrogênio e do enxofre, que estão
relacionadas com a transferência de elétrons. Com relação ao metabolismo nitrogenado,
o Mo afeta a fixação biológica (nitrogenase) e a redução do nitrato e nitrito (redutases).
Com relação à redutase do nitrato, essa contém três subunidades: a FAD (flavina),
a hemo (citocromo) e a unidade com Mo (Marenco & Lopes, 2005).
O elemento participa de vários processos bioquímicos da planta, possui funções
importantes na incorporação de nitrogênio (N) em compostos orgânicos (Sfredo e
Oliveira, 2010). Também está envolvido na fixação biológica do nitrogênio (FBN),
visto que sua participação no complexo enzimático da nitrogenase é responsável por
transformar N2 em amônia (Hansel e Oliveira, 2016).
A disponibilidade do Mo no solo é influenciada pelo pH, quantia de matéria
orgânica, teor de fósforo presente e textura do solo (Broch e Ranno, 2010). O pH acima
de 7,0 aumenta a disponibilidade do elemento, ou seja, solos ácidos têm maior
possibilidade de apresentar deficiência de molibdênio (Kirkby e Römheld, 2007).
A mobilidade do nutriente é restrita nas plantas, porém os sintomas podem
ocorrer em folhas novas ou folhas velhas dependendo da espécie. De moro geral
acontece uma clorose internerval, parecida com a deficiência de manganês, as folhas
podem se curvar para cima ou para baixo, já nas leguminosas ocorre sintoma
semelhante a deficiência de N, ou seja, uma clorose uniforme nas folhas velhas,
podendo se tornar uma necrose (Prado, 2021).
Atua, também, no metabolismo do nitrogênio na planta. O excesso de
molibdênio pode ser tóxico para os animais e para as sementes em germinação
prejudicando a absorção e translocação de ferro pela planta. Sintomas de deficiência são
amarelecimento das folhas mais velhas e possíveis necroses marginais.
19

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quanto ao tema os desafios existem e são importantes, para que o manejo da


nutrição das culturas permita atingir a produção máxima econômica com uso
racional dos nutrientes, respeitando o meio ambiente. Para isso é necessário encorajar o
uso da análise química de folhas pelos agricultores como ferramenta de rotina para o
manejo da nutrição e adubação das culturas. Intensificar pesquisas básicas e aplicadas
em nutrição de plantas, como: a) ampliação da lista dos nutrientes de plantas; b) maior
conhecimento dos mecanismos de absorção, transporte e redistribuição dos
nutrientes nas plantas; c) ampliação de estudos interdisciplinares, abordando a interface
da microbiologia do solo (microrganismos fixadores de N, solubilizadores de fosfato
entre outros) e a nutrição equilibrada para máxima produção econômica com baixa
incidência de doenças/pragas. Elucidar o papel da nutrição na obtenção de produtos
agrícolas de alta qualidade. Estabelecer níveis adequados dos nutrientes na folha e
critérios de amostragem de folhas em culturas pouco estudadas nas condições
brasileiras. Estabelecer manejo adequado de nutrientes a partir de novas tendências da
agricultura, como plantio direto, fertirrigação, cultivo protegido, entre outros.
De forma mais especifica para construir um sistema de alta produtividade, o
produtor deve administrar sua propriedade da seguinte forma:
1. Atitude de trabalho como melhora contínua.
2. Diagnóstico das condições do solo e se for o caso da água de irrigação.
3. Reconhecer e priorizar os fatores controláveis que limitam o rendimento do
empreendimento.
4. Plano de produção com meta e objetivos de produção, rentabilidade e de
construção de fertilidade.
20

Um sistema de alto rendimento se baseia em construir a fertilidade do solo e


melhorar o meio ambiente como forma de aumentar o potencial produtivo e o
patrimônio do produtor.

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