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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ

ENTENDENDO A INCLUSÃO E A CONVIVÊNCIA


COM PORTADORES DE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

CURITIBA/PR
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ

ENTENDENDO A INCLUSÃO E A CONVIVÊNCIA


COM PORTADORES DE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Trabalho entregue à Faculdade de Educação


São Braz, como requisito legal para
convalidação de competências, para obtenção
de certificado de Especialização Lato Sensu,
do curso de Pós Graduação Educação Especial
Inclusiva conforme Norma Regimental Interna e
Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96.

Orientador:

CURITIBA/PR
FOLHA DE APROVAÇÃO

ADRIANA

ENTENDENDO A INCLUSÃO E A CONVIVÊNCIA COM PORTADORES DE


DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Trabalho entregue à Faculdade de Educação


São Braz, como requisito legal para
convalidação de competências, para obtenção
de certificado de Especialização Lato Sensu,
do curso de Pós Graduação Educação Especial
Inclusiva conforme Norma Regimental Interna e
Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96.

Orientador (A):

Aprovado(a) em: _____/_____/_______

Examinadores:

Prof. (Esp/Me/Dr.) ____________________________________________________


Instituição: ___________________________ Assinatura: _____________________

Prof. (Esp/Me/Dr.) ____________________________________________________


Instituição: ___________________________ Assinatura: _____________________

Prof. (Esp/Me/Dr.) ____________________________________________________


Instituição: ___________________________ Assinatura: _____________________
RESUMO

Este trabalho se constitui em analisar as propostas para a inclusão de alunos com deficiência
intelectual, cujas limitações podem ser diferenciadas de acordo com o nível de deficiência. Essa
pesquisa foi desenvolvida na Escola Municipal no Município de Jaguariaíva/Pr. O tema justifica-se
pela necessidade em dar atendimento prioritário e individual para alunos que são portadores de
necessidades especiais desde o momento que chegam à escola. A metodologia adotada foi à
pesquisa exploratória de cunho bibliográfico e estudo de campo, através da qual foram coletados os
dados necessários ao embasamento teórico e resolução do problema apontado, assim como, o
alcance do objetivo proposto. Para o levantamento dos dados bibliográficos existentes a respeito do
tema em estudo, fez-se uso de livros, periódicos e correio eletrônico. São situações novas que,
educadores, estão tentando compreender e ao mesmo tempo desenvolver estratégias que os
auxiliem nesta árdua tarefa. O Estudo conclui que ainda hoje, fica patente que mesmo com os
esforços evidentes há ainda uma busca incessante por fórmulas e técnicas que tornem a inclusão
mais fácil de se promover.

Palavras-chave: Inclusão. Deficiência mental. Propostas.


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1 INTRODUÇÃO

A inclusão de pessoas com deficiência intelectual é possível tendo a


consciência que cada indivíduo é único, porém todos fazem parte do sistema
educacional, é necessário conhecer como se processa a aprendizagem no cérebro.
Considerou-se importante apresentar, também, sugestões de propostas
pedagógicas que mostrem caminhos aos docentes para viabilização de trabalhos
contribuam para que este setor educacional seja motivo de reflexão para os
educadores, no que se refere ao conhecimento do Ensino Especial, fazendo também
uma retrospectiva da mesma no Brasil, além de tomar conhecimento da legislação
que o ampara.
Este trabalho ainda se propões a levar aos conhecimentos as práticas
políticas e a definição de normas relativas aos procedimentos para a identificação de
pessoas com deficiência mental levando em conta sua realidade e a situação sócio
cultural brasileira. O objetivo é demonstrar, aos professores de educação especial e
também aos do ensino regular, mas que têm alunos incluídos, que existem
metodologias bastante variadas e recursos pedagógicos de grande eficácia que
contribuem para o aprendizado de pessoas com deficiência intelectual. A
problemática discutida nesta pesquisa: Quais os fatores que interferem
significativamente na aprendizagem? Já que há falta de recursos pedagógicos e
despreparo por parte do corpo docente para o desenvolvimento pleno do trabalho.
Para realizar um trabalho consciente e qualitativo com as pessoas com
deficiência mental é necessário o conhecimento teórico que efetua a prática, pois
estes necessitam de um atendimento mais especializado, para realização de um
trabalho de forma correta adequada, onde se estará favorecendo o desenvolvimento
integral dessas crianças, de maneira positiva.
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2 EDUCAÇÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

A Educação para pessoas com deficiência mental é um programa que faz


parte da Educação Especial, sendo esta parte da Educação Geral, destinada a
oferecer igualdade de oportunidades às pessoas com deficiências especiais com o
objeto de atender as diferenças individuais dos educandos, isto através de métodos,
técnicas, procedimentos e recursos adequados ou adaptados, de maneira que possa
auxiliar ao máximo o desenvolvimento das condições e potencialidades reais dos
indivíduos, visando assim a sua aprendizagem, integração social, auto realização,
bem como a sua independência.
Na Educação Especial há três princípios básicos e fundamentais para o
pleno desenvolvimento do indivíduo. São eles:
Princípio da Individualização: cada indivíduo é um caso especial, particular,
que necessita de um atendimento e planejamento curricular de acordo com suas
necessidades e características individuais.
Princípio da Integração: este princípio tem objetivo de oferecer igualdade de
oportunidades, da vida e convivências como as outras pessoas da comunidade. Esta
integração pode ser a nível físico, social, funcional e comunitário.
Princípio da Normalização: este, com o objetivo de proporcionar ao indivíduo
uma vida mais simples, mais humana e a mais normal possível. (BAGATINI, 1987).
Ainda de acordo com Bagatini (1987) a integração compreende um valor
constitucional que em si deve consubstanciar a aceitação da diferença humana.
O fator de integração é de fundamental importância que alarguem as
oportunidades educacionais e sociais.
A interação social e escolar é fator preponderante para acelerar o
desenvolvimento das estruturas da inteligência, havendo, portanto, a necessidade
de se estudar o que ocorre nas salas de aula, em especial as relações entre
professores e alunos.
Para Pontecorvo (2005, p.2) “A interação social caracteriza a atividade social
conjunta dos sujeitos (adulto-criança, professor-aluno (os), alunos entre si)”.
7

Apesar de professores e alunos desempenharem papéis diferenciados, cabe


ao professor tomar a maior parte das iniciativas, legitimando, assim, a sua
autoridade na tomada de decisões.

2.1 Definição e Classificação da Deficiência Intelectual

Deficiência mental é a designação que caracteriza os problemas que


ocorrem no cérebro e levam a um baixo rendimento, mas que não afetam outras
regiões ou áreas cerebrais.
Deficiência vem da palavra deficientia do latim e sugere algo que possua
falhas, imperfeições, não é completo. É o termo usado para definir a ausência ou a
disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Diz respeito à biologia
da pessoa. (OMS/ ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2007)

A deficiência intelectual não é considerada uma doença ou um transtorno


psiquiátrico, e sim um ou mais fatores que causam prejuízo das funções
cognitivas que acompanham o desenvolvimento diferente do cérebro.
(HONORA & FRIZANCO, 2008, p. 103)

Segundo Pan (2008), as finalidades do registro diagnóstico são diversas,


como entre outras: elegibilidade; concessão de benefícios e assistência
previdenciária; concessão de proteção legal; acesso a cotas para o ensino superior
e a vagas de emprego. A sua realização requer o uso de instrumento e recursos que
garantam resultados confiáveis.

Quadro 1: Categoria do Retardo


Categoria do retardo Q.I. Desvio Padrão
Limítrofe 84-70 101 a 200
Leve 69-55 201 a 300
Moderado 54-50 301 a 400
Severo 39-25 401 a 500
Profundo 24 a menos 501 a mais
Fonte: Heber Apud Grossman (1973, p.18).

Conforme Pereira (1977) a categoria limítrofe é atualmente eliminada da


classificação porque, na nova definição da AAMD, entende-se por significativamente
abaixo da média o limite de dois desvios padrões e não um como antes. Categoria
8

Leve: São casos perfeitamente educáveis. Podem chegar a realizar tarefas mais
complexas com supervisão. São os casos mais favoráveis. Moderado: São pessoas
que podem ser capazes de adquirir hábitos de autonomia e, inclusive, podem
realizar certas atitudes bem elaboradas. Quando adultos podem frequentar lugares
ocupacionais, mesmo que sempre estejam necessitando de supervisão. Na
categoria severa: Fundamentalmente necessitam que se trabalhe para instaurar
alguns hábitos de autonomia, já que há probabilidade de adquiri-los. Sua capacidade
de comunicação é muito primária. Podem aprender de uma forma linear, são
crianças que necessitam revisões constantes. Na categoria Profundo: São pessoas
com uma incapacidade total de autonomia. Os que têm um coeficiente intelectual
inferior a 10, inclusive aquelas que vivem num nível vegetativo.

No Quadro 2: Quanto ao critério do comportamento adaptativo, o sistema da


AAMD propõe:
Categoria do retardo Desvio Padrão

Leve 101 a 225

Moderado 226 a 350

Severo 351 a 475

Profundo 476 a mais

Relativamente aos Q.I.


sistemas de classificação,
Limítrofe 70 a 85

Educável 50 a 70

Treinável 25 a 50

Dependente 0 a 25

Fonte: GROSSMAN, 1973, p.18

Os portadores de deficiência mental do grau leve podem até concluir o


ensino fundamental mesmo que num compasso mais moroso, porém se insistirem
no andamento dos estudos no 2º grau dependerão de auxilio de especialistas e de
muita perseverança devido o agravo nas dificuldades. Já os portadores da
deficiência de grau moderado dependerão de programas de treinamento para
obtenção de habilidades. No que diz respeito aos Os portadores de deficiência
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mental do grau grave, são capazes de realizar trabalhos mecânicos mas necessitam
de acompanhamento e orientação constantes.

2.2 História da Educação Especial no Brasil

A preocupação com pessoas portadoras de necessidades especiais no


Brasil evidenciou-se na década de 50.
Enquanto “algumas culturas simplesmente eliminavam as pessoas
deficientes, outras adotaram a prática de interná-las em grandes instituições de
caridade, junto com doentes e idosos.” (SASSAKI, 1997, p.1)
Na história da educação inclusiva brasileira, segundo Mazzotta (2009)
destaca-se dois períodos:
1º Período 1854 a 1956 (Iniciativas isoladas) Foi em 12 de setembro de
1854 que Dom Pedro II fundou o Imperial Instituto dos Meninos Cegos no Rio de
Janeiro, o qual atendia, educacionalmente, os portadores de deficiência visual. Em
17 de maio de 1980 foi assinado o decreto nº408 que muda o nome do Instituto para
Instituo Nacional dos Cegos, e também aprovam seu regulamento. Já em 24 de
janeiro de 1891, pelo decreto nº 1.320 o Instituto passa a se chamar Instituto
Benjamin Constant.
Percebe-se que esse primeiro período, da história da educação inclusiva no
Brasil, foi um período, principalmente, das instituições especializadas, como centros
de habilitações e reabilitações, que atendiam os deficientes. Nestas instituições, era
priorizado a internação das pessoas com deficiência, e as mesmas não participavam
de uma vida cotidiana normal, pois passavam os dias sendo assistidos como se não
tivessem a condição de participar de atividades e lugares para pessoas ditas
normais.
2º Período 1957 a 1993 (iniciativas oficiais) Em 1973 foi criado o Centro
Nacional de Educação Especial (CENESP), sendo que os alunos que acompanham
o ensino regular permanecem e os demais vão para a educação especial. Os
portadores de necessidades educacionais especiais ganham atendimento
oficializado a nível nacional, pelo governo federal. Os pais dos portadores de
necessidades educacionais especiais foram os principais responsáveis por tais
mudanças, afinal pela luta por seus filhos adquiriram serviços e atendimentos
especializados para os mesmos.
10

A Constituição Federal de 1988 tem como objetivo “promover o bem de


todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas
de discriminação”. - “Educação para todos” (art.3º inciso IV). Em 1994, as diretrizes
apontadas pelo Conselho Nacional de Educação, leis, decretos e resoluções
instituem as ações básicas para a implementação das propostas de educação
inclusiva. Para definição de uma política nacional para educação, as ações
governamentais buscam estratégias efetivas para a garantia dessas ações em nível
federal, estadual e municipal. (MEC/SEESP, 2007).
O sistema público direciona políticas orientando-se pela inclusão, enquanto
as instituições de ensino comprometem-se a mudar em seus projetos políticos
pedagógicos, os quais necessitam dessas mudanças para incluir e não excluir os
alunos inclusos. Na mesma direção, o Ministério da Educação e a Secretaria de
Educação do Governo Federal estabelecem cidades-polo para multiplicar e agilizar
suas ações na área de Educação Especial. (MEC/SEESP 2007)
Para Carvalho, 2006, a elaboração de determinada política educacional deve
ser considerada como condição necessária para “fazer acontecer”, mas não é
condição suficiente. Para esta autora, se não houver convicção de que a escola
reflete uma concepção de mundo e de uma sociedade com suas características e
formas de organização própria; se não forem considerados os atributos políticos,
intrínsecos à educação, corremos o risco de dispormos de retóricas políticas de
excelente qualidade com práticas ainda incipientes e muito distante do alcance dos
objetivos.

O princípio básico da inclusão escolar consiste em que as escolas


reconheçam diversas necessidades dos alunos e a elas respondam, as
segurando-lhes uma educação de qualidade, que lhes proporcione
aprendizagem por meio de currículo apropriado e promova modificações
organizacionais, estratégias de ensino e uso de recursos, dentre outros
quesitos. (UNESCO apud MENDES,2002)

A valorização da preparação do professor será fundamental para que o


processo de inclusão aconteça. Pois este profissional não poderá considerar seu
aluno como incapaz.
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3 METODOLOGIA

3.1 Estudo de Caso na Escola Municipal

A Escola Municipal situada em Jaguariaíva /PR possui 230 alunos. A Classe


Especial funciona no período matutino possui 10 alunos e a Professora que possui
ampla experiência, especializada, com nível de 3º grau e habilitação em deficientes
mentais;
O ambiente físico é adequado, com professor, equipamentos, métodos,
técnicas e recursos pedagógicos especializados.
Os alunos, após diagnóstico, foram matriculados na classe especial de
acordo com o nível de sua escolaridade, que pode variar entre a pré-escola e ao 5º
ano.
O objetivo é proporcionar condições ao desenvolvimento global do aluno,
priorizando: seu desenvolvimento sócio emocional, sua escolaridade e seus outros
aspectos que estão defasados, como: visualização, audiobilização, linguagem,
psicomotricidade, orientação temporo espacial.
Este estudo de caso foi realizado no mês de Março/2015, para efeito desse
estudo teve-se acesso a documentos oficiais como laudos médicos e entrevista com
os familiares, as professoras, e pedagogas que assistem a criança.
A situação que se pretende arrolar caracteriza de sobremaneira a condição
da criança com necessidades especiais, bem como os cuidados de todos os
envolvidos, seja família, escola e corpo médico para a sua inclusão social. Os
nomes dos envolvidos são fictícios para preservar a privacidade da família.
Aluna com 13 anos, repetente durante três anos a terceira série do ensino
fundamental, frequenta a classe especial em nível de primeira série, é uma aluna
atenciosa e muito dependente, realiza as tarefas propostas e atividades em sala de
aula apresentando dificuldades de assimilação da matéria, demonstra atitudes
positivas ao estudo, transcreve com letra manuscrita legível, faz leitura de pequenos
textos, mas encontra dificuldades de interpretar os textos lidos, interpreta gravuras e
relata fatos do cotidiano.
Em relação ao relacionamento com os colegas e professora, é tímida,
retraída e apresenta dificuldades de relacionamento.
No desenvolvimento afetivo, é interessada e disposta para os estudos, mas
demonstra insegurança no que faz, pois espera explicação e orientação individual da
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professora para depois registrar as respostas, parece estar sempre triste e


dificilmente sorri.
Na parte de organização e hábitos pessoais, cuida do material escolar, da
higiene pessoal, tem boa postura de corpo. Sempre se queixa de dor de cabeça, os
pais foram comunicados, estão cientes dessa situação, mas não tomam
providências. Segundo as fichas de observação da escola.
É uma aluna atenciosa, respondeu as questões de identidade pessoal em
tom baixo, com respostas curtas e objetivas, nas frases curtas repete corretamente,
nas frases longas omite palavras, não sabe informar o dia do seu aniversário.
Na área cognitiva, apresentou um desempenho abaixo do esperado para
sua faixa etária. Seu nível de compreensão mostrou-se aquém do esperado. Seu
vocabulário reflete o ambiente familiar. Sua lógica mostrou-se baseado no concreto,
não observa detalhes, apresentou dificuldades em realizar atividades de sequência
lógica. Aluna necessita de atividades bem diversificadas para melhorar seu nível de
retenção, necessita também de muito estímulo precisa ter oportunidade de perceber
seu próprio potencial e acreditar em si mesma para poder desenvolver-se
psicossocial e emocionalmente de forma adequada. E o que mais prejudica o seu
desenvolvimento na aprendizagem é o excesso de faltas da aluna.

3.1.1 Elementos e conteúdos desenvolvidos em sala de aula

Durante o processo de intervenção neste caso estudado, o corpo docente


apontou a necessidade de aprimorar seus conhecimentos em relação à deficiência
mental. Utilizando-se os mais diversos procedimentos para a ação.
1°passo: Trabalhar as diferentes formas de intervenção expressando
claramente de modo conciso, e da experiência apresentar aquilo que está sendo dito
sob forma de transformação em função das qualidades do aluno.
2° passo: Certificar-se dentro da metodologia e conteúdo: dados,
habilidades, técnicas, atitudes e conceitos, onde o professor deverá entender bem o
fato de o aluno prestar atenção e se dedicar apenas aquilo que interessa e o motiva.
3° passo: Verificar se as escolas estão levando em conta as diferenças
individuais de aprendizagem e se apresentam algumas possibilidades de adaptar o
método de ensino as necessidades da criança.
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4° passo: Motivar todo o corpo docente que o ideal é ter mais "jogo de
cintura" e criatividade para gerar uma variedade de alternativas, avaliando qual delas
"funciona melhor" para aquela situação em particular, ou seja, temos que ser capaz
de modificar as estratégias de ensino, de modo a adequá-las ao estilo de
aprendizagem as necessidades da criança.
É necessário saber que as crianças com deficiência necessitam de um nível
mais alto de estimulação para funcionar melhor, mas se o estimulo for exagerado ela
irá tornar-se superestimada, o que é ruim, assim embora as rotinas sejam
necessárias, é interessante eventualmente introduzir novidades, desde que isso seja
feito com preparo prévio.
Considerando a amplitude do tema discorrido nesta proposta as atividades
sugeridas não se esgotam aqui neste trabalho, devendo o professor dar-lhes vida e
motivações ás aulas como as diferentes séries de ensino.
As sugestões apresentadas a seguir estão direcionadas, a direção dos
professores e alunos, tendo em vista a educação inclusiva não se espera que se
adapte à escola e sim que se transforme de forma a possibilitar a inserção daquela
para isso, algumas orientações são úteis:
Posicionar o aluno nas primeiras carteiras de forma que possa estar sempre
atento a ele;
Estimular o desenvolvimento de habilidades interpessoais e ensine- o a pedir
instruções e solicitar-ajuda;
Tratá-lo de acordo com a faixa etária;
Avalie o aluno pelo progresso individual com base em seus talentos e suas
habilidades naturais sem compará-lo com a turma.
Sabe-se que a criatividade desencadeia no processo ensino. Na
Aprendizagem certamente, inserir os alunos com diferença a desenvolver suas
habilidades, podendo assim eliminar as barreiras existente no contexto social.
Deficiências não podem ser medidas e definidas, há os que levam em conta a
situação atual da pessoa. Sem discriminação e capaz de proporcionar e aprendizado
efetivo tanto de visto educativo quanto social.
De acordo com respostas de pais de alunos com deficiência da comunidade
sentem a necessidade de fazer um acompanhamento que os possibilite lidar com
este quadro tão delicado. No entanto a família em hipótese nenhuma pode isentar-
se da sua mais importante função que é prepara de forma expressiva o
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relacionamento e a adaptação dos portadores de deficiências ao meio social, escolar


e familiar.
Os deficientes contestam que todos sendo deficiente ou não são diferentes
entre si, pois tem diferentes modos de aprender e fazer as coisas para eles é
necessária uma estrutura adequada, criar acessibilidade, em vista que os mesmos
além de suas deficiências físicas ainda passam por dificuldade de ordem econômica,
portanto precisam ser enquadrados em diferentes programas que tem o objetivo de
atender diferentes interesses educacionais e econômicos.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É preciso ressaltar que a escola e a família precisam trabalhar juntos com


intuito de promover uma educação igualitária fundamentada com bons princípios de
igualdade e equidade mediante a deficiência de uns, outros podem aprender lições
como: paciência, gratidão, fé e bondade para com os outros. As barreiras tanto de
natureza arquitetônica, quanto emocional não devem ser um empecilho para o
conhecimento dos deficientes, nem para sua integração nas mais variadas
atividades.
A cada nova fonte pesquisada a curiosidade aguçava-se, tamanha é a gama
de informações novas que se adquire com registro passo a passo, sobre como
proceder e agir com crianças e adultos especiais.
De acordo, com a visão, a "Luz da Lei", as escolas especiais não podem ser
consideradas como um agravante da exclusão. Porque fala-se muito que a
educação e a matricula são direitos para todos.
Sendo assim, com ótica para educação inclusiva as escolas devem
ser de fato democráticas com uma gestão participativa que integra a todos e cada
um em sua proposta pedagógica respeitando as necessidades e especificidades do
ser.
Estudiosos apontam que a formação de professores é um dos pilares para
romper a existência de discriminação em relação a educação inclusiva. E que
através dela pode se contemplar mudanças, atitudes a respeito da diversidade,
diferença e deficiência. Portanto, ampliar o compromisso político com a sociedade
escolar é facilitar o aprendizado para todos.
Diante do exposto, a inclusão tem promovido mudanças no modelo de
serviços. Professores e sociedade precisam ir além das dificuldades que os
deficientes se colocam, levando-os a alcançar o máximo de suas potencialidades.
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REFERÊNCIAS

BAGATIN BRASIL. Constituição, 1988. Constituição da República Federativa do


BRASIL. Brasília, 1988. I, Vilson. Educação Física para deficientes. Porto Alegre:
Sagra 1987.

CANTORANI, José Roberto Herrera; FRASSON, Antonio Carlos; NEVES, Geraldo


Nepomuceno das, Educação Física adaptada ao Deficiente visual. Universidade
estadual de Ponta Grossa – UEPG. Biblioteca digital. Disponível em
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/art
igos_teses/EDUCACAO_FISICA/artigos/Educacao_Fisica_adaptada.pdf. Acesso
em: 20/04/2015

GROSSMAN, H. J. (1973). Manual on Terminology and Classificationin Mental


Retardation. Washington, D.C.: AAMD.

HONORA M. & FRIZANCO M. L., Esclarecendo as deficiências: Aspectos


teóricos e práticos para contribuir com uma sociedade inclusiva. Ciranda
Cultural, 2008.

MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Deficiência, educação escolar e


necessidades especiais: reflexões sobre inclusão sócio educacional. São
Paulo: Mackenzie, 2002.

...........................................................................Educação Especial no Brasil:


História e Políticas Públicas. São Paulo: Cortez, 2009.

PAN M., O direito a diferença. Curitiba: IBPEX, 2008.

PEREIRA, Olívia et alli. Educação Especial - Atuais Desafios. Rio de Janeiro:


Interamericana, 1980.

SASSAKI R. S., Inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.


São Paulo: Prodef, 1997.

SEESP/ SEED/ MEC, A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar:


A Escola Comum Inclusiva, Fascículo I, Brasília, 2010.

UNESCO, Declaração Mundial sobre Educação para Todos. Plano de Ação para
Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem. Nova Iorque: WCEFA,
1990. [online] - [Disponível em http://www.educacãoonline.pro.br] acessado em
Abril 2015.

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