PRODUÇÃO DE MICROVERDES E PRODUÇÃO DE

MUDAS DE HOTALIÇAS: Revisão de literatura

Vinicius Jose Mendes

Nayronn
Sumário
1.1............................................................................................................Microverdes.
1.2........................................................................................Produtividade e métodos.
1.3................................................................Problemas e cuidados com microverdes.
1.4......................................................Armazenamento e qualidade dos microverdes.
2.1...............................................................................................Mudas de hortaliças.
1.1. Microverdes
Microverdes é um termo utilizado para nomear hortaliças, ervas aromáticas,
condimentares e até mesmo espécies silvestres que são cultivadas e colhidas
poucos dias após a semeadura. Normalmente são cultivados até o grau máximo de
expansão cotiledonar e são colhidos quando atingem entre 5 e 10 cm de
comprimento.
Os microverdes são vegetais colhidos entre 1-2 semanas após semeadura.
Consistem em três partes: caule central, folha cotilédones e um par de folhas
verdadeiras, colhidos sem as raízes, o interesse por microverdes aumentou, devido
sua grande taxa de nutrientes e micronutrientes, podem oferecer benefícios
nutricionais semelhantes ao de um vegetal maduro. (Lopez-Cervantes et al.,2013).
0s microverdes concentram 40 vezes mais nutrientes que vegetais maduros.
(Laurindo,2020).

1.2. Produtividade e métodos

A produção de microverdes é comumente realizada em solo ou bandejas em
estufas, sendo utilizados substratos, como, lã mineral, perlita, por exemplo, a turfa.
A turfa é a mais utilizada em alguns países, mais por valor econômico, foi
substituída por fibra de coco, esses meios de cultivo devem ser esterilizados, para
evitar a ação microbiana e melhorar o desenvolvimento dos microverdes.
(Photchanachai; et al.,2018). podem ser cultivados em pequenos espaços em meio
urbano, por ser de fácil cultivo. (Renna & Paradiso,2020). Suas sementes podem
ser embebidas em água no período noturno para aumentar taxa de germinação,
após 3 dias são expostas a luz sendo resgatada diariamente, deve considerar
qualidade da semente e a troca da água constantemente para favorecer propagação
de agentes microbiológicos. (Turner et al. 2020). Segundo Paulus et al. (2011),
substratos elaborados a base de vermiculita expandida e material orgânico possuem
macro e micronutrientes necessários ao desenvolvimento inicial das plantas.

1.3. Problemas e cuidados

Os microverdes enfrenta problemas no armazenamento e conservação, por se
decompor em curto prazo gerando odor e mal sabor, descoloração, e causado por
micro-organismo, devido ao ambiente que se tornou favorável, e recomendado oi
uso de sanitizantes para reduzir a propagação dos micro-organismos. (Mir et
al.,2016). A fibra de coco utilizada para o plantio se fervida e utilizada pode diminuir
a propagação microbiana por até 3 dias. (Photchanachai et al.,2018). Os
microverdes limita o uso de fungicida como método de controle, estudos têm sido
desenvolvidos testando métodos de controle biológico, como o uso do fungo
trichoderma e bactérias endofiticas. (Verlinden,2020).

1.4. Armazenamento e qualidade

Estudos estão sendo desenvolvidos em prol do armazenamento de microverdes , o
cultivo tem sido feito de forma manual, armazenados em potes plásticos, considerar
a fragilidade dos microverdes e fácil deterioração, para manter fraca, relacionar os
fatores para melhor conservamento. Estudos comprovam que baixa temperatura
contribui para boa qualidade. (Verlinden, 2020). A refrigeração e embalagem
interfere no produto e sugerido temperatura de 5°C, alta umidade e o uso de
embalagem com atmosfera modificada podem equilibrar a vida útil e sua qualidade.
(Turner et al., 2020).

1.5. Adubação
A maioria das culturas exige pouco ou nenhum fertilizante, pois as sementes
fornecem nutrição adequada para as culturas jovens. Algumas culturas microverdes
de crescimento mais longo, como microcenouras, endro e aipo, podem se beneficiar
da fertilização, i.e., adubos diluídos na água de irrigação.

1.6. Lucratividade Lucratividade

Ambientes de cultivo mais tecnificados que possibilitem maior uniformidade e

qualidade na produção, apesar de apresentarem maior custo de implantação,
podem gerar um excelente retorno financeiro em curto prazo.
Como por exemplo, a aquisição e adaptação de um contêiner de 20 pés (seis
metros) apresenta custo aproximado de R$ 80.000,00, tendo capacidade produtiva
de 20.000 bandejas de microverdes por mês, com peso entre 40 e 60 g cada, e um
preço médio de venda de R$ 12,00 a bandeja, gerando uma renda bruta de
aproximadamente R$ 240.000,00 por mês.

2.1. Mudas de hortaliças

A produção de mudas e uma etapa importante para uma qualidade e desempenho
do cultivo de hortaliças, a qualidade da muda não depende apenas da infraestrutura,
mas, da qualidade de sementes e do manejo adequado de pragas, doenças,
nutrição e irrigação, entre outros fatores, há uma grande demanda dos produtores e
profissionais em busca de tecnologias sobre produção de mudas de alta qualidade
fisiológica para melhoria do cultivo. (Vieira,J. 2016)

2.2. Mercado de mudas de hortaliças

Atualmente dentro da cadeia produtiva, produção de mudas de hortaliças se
caracteriza uma atividade de caráter técnico. A aumento no setor de fornecimento
de mudas, com elevação no padrão genético, fisiológico e sanitário, optando por
melhor manejo e melhor insumo uma etapa que antecede a produção em campo,
(Jorge,M. 2016)
De acordo com estimativas da Embrapa Hortaliças, a produção brasileira de
hortaliças em 2009 foi de aproximadamente 18 milhões d toneladas, comtemplando
40 espécies, a área de produção nesse ano sofreu alteração se comparado a área
de produção de 2000, aumento de 3,5%, resultando no crescimento de 30 mil
hectares, comparado com os 810 mil hectares até então cultivados, a participação
da produção de hortaliças no produto interno bruto da agropecuária (PIBagro) em
2012, os percentuais ficaram 7,6% e 1,5%. Considerando desempenho da produção
de hortaliças entre 2000 e 2012, a produção e a produtividade foram de 4,2% e
6,6%, respectivamente (Embrapa Hortaliças)

2.3. Nutrição
Manejo nutricional e um tema de grande complexidade na produção de mudas, pois
a escolha do substrato, do recipiente, após o semeio e germinação, surgindo a
questão d qual nutriente usar ou não para nutrir as mudas, o manejo nutricional
várias de produtor e depende da infraestrutura viveirista.
O estágio de produção da muda e uma das etapas mais importantes dentro da
cadeia produtiva de hortaliças e influência no resultado final, dependendo dos
materiais que compõe a formulação dos substratos, o teor de nutrientes nem
sempre e suficiente para o desenvolvimento das mudas, para corrigir essa carência
produtores usam lançar suplementação a mão de nutrientes, para produzir mudas
com vigor e resistência ao transplante. Pesquisas mostraram que mudas de
brócolis, aipo, alface e pimenta, produzidas em bandejas, apresentam
desenvolvimento quando fertirrigadas com diferentes doses de nitrogênio e
potássio, mudas de tomates produzidas em bandejas apresentam melhor
desenvolvimento, quando fertirrigadas, mudas de berinjela irrigadas com solução
nutritiva, apresentam melhor desenvolvimento quando comparadas com mudas
somente irrigadas, ao invés de fertirrigadas .

]
2.4. Manejo de pragas
A muda e a base para obtenção de produtividade com qualidade, o ambiente de
produção da muda passou a ser mais bem controlado e protegido, para uma muda
produtiva,
Referência bibliográfica

PAULUS, D., et al. Avaliação de substratos orgânicos na produção de mudas de

hortelã (Mentha gracilis R. Br. E Mentha x villosa Huds.) Revista brasileira de
plantas medicinais, Botucatu-SP, 2011, 13.1:90-97.

Júlio César Ribeiro – Engenheiro agrônomo, doutor em Ciência do Solo

– Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Amanda Santana Chales – Engenheira agrônoma, mestranda em
Ciência do Solo – Universidade Federal de Lavras (UFLA) –
Warley Marcos Nascimento – chefe-geral da Embrapa Hortaliças
Janlylle R. Yankovich Arrifanole – mestranda da UnB, Isla Sementes
Italo Moraes Rocha Guedes – pesquisador da Embrapa Hortaliças
Diana Werner – diretora-presidente, Isla Sementes